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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL

DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA


DE COLATINA, ESTADO DA BAHIA.

, brasileira, separada judicialmente,


lavradora, portadora do CPF nº 977.988.357-68, residente na Rua Pedro
Nolasco, 75, Sapucaia, Baixo Guandu - ES, CEP nº 29730-000 por
seu advogado e procurador “in fine” signatário,
qualificado e constituído no anexo documento de procuração
(DOCP. 01), com escritório e endereço para intimações judiciais de
praxe à Avenida Dez de Abril, 645, Centro, Baixo Guandu – ES,
na melhor forma de direito, respeitosamente comparece a presença
de Vossa Excelência para propor a presente

AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO DE AUXÍLIODOENÇA c/c CONVERSÃO EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
em face do

DOS FATOS
A parte Autora requereu, junto à Autarquia Previdenci
ária, aconcessão de benefício de auxílio doença em maio de
2013 que foi deferido e mantido até 23/08/2014, quando foi
cessado de forma administrativa o que não pode prevalecer
conforme será demonstrado abaixo.

Apesar do perito, ter cessado a continuação do benef


ício, amesma necessitada do benefício pleiteado, benefício esse
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que lhe seria de grande ajuda para continuar a custear seu


tratamento, na qual faz uso contínuo de uma lista de vários
medicamentos.

Conforme se observa dos laudos médicos


em anexos a autora é portadora das seguintes enfermidades:

ARTROSE INTERAPOFISÁRIA EM L4-L5 E L5 S1 Á


DIREITA, ABAULAMENTOS DISCAIS DIFUSOS EM L3-L4 A L5-S1,
LOMBALGIA,ESPONDILOARTROSE, DOR NOS OMBROS E
COLUNA LOMBAR PARAMENBRO INFERIOR ESQUERDO,
LOMBOCIATALGIA, COMPRESSÃO DARAIZ DISCAL, CID 10 – M54.5
– M 54.3 – G 55 – M 54.2 ).

Porém de forma diversa da avaliação do médico


ASSITENTE DA AUTORA O PERITO DO INSS ATESTOU QUE A
MESMA ESTÁ APTA AO TRABALHO, O QUE AGRAVA E MUITO
SUA SAÚDE.

Doenças essas que a acomete e a impede de


qualquer tipo de atividade, uma vez que não tem condições de realizar
esforços físicos que sua profissão exige, tendo ironicamente e de
forma arbitrária diante dos fatos o pedido de concessão sido indeferido
de forma injusta pelo perito.

A autora é contribuinte do INSS há vários anos e justamen


tequando necessita do amparo, um médico perito despreparado para cert
assituações nega o benefício do autor, benefício este que certamente
ajudaria o autor no tratamento com a compra de medicamentos.
Ao recorrer aos direitos assegurados pela Previdência Soc
ial, aautora o faz pelo motivo de sofrimento e angústia que vem sofrendo
e não pelo desejo de querer viver à custa da Previdência Social,
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ficando ela em situação de muito sofrimento em face de não está


em condições de laborar e sofrendo muitas dores, o que vem causando
enormes constrangimentos.

Como efeito a autora continua a sofrer fortes dores,


ocasionadas pela doença adquirida.

A saúde e o bem mais precioso que o ser humano tem, e


stando aautora com sua saúde em péssimo estado e ainda sem
condições de realizar um tratamento adequado, não lhe resta alternativa
a não ser recorrer às vias do Poder Judiciário, para ver sanado tal
injustiça, com a Concessão do Benefício do Auxílio-Doença, que a
Lei assegura, para quem desse benefício dependa.

DO DIREITO

A autora apresenta todos os pressupostos legais para que


lhe sejaconcedido o benefício previdenciário pleiteado, senão vejamos:

a) Possui condição de segurado da Previdência Social,


o que inclusive não foi contestado pelo órgão administrativo;

b) Possui também preenchidos os requisitos pertinentes a


carência exigida para fazer jus ao benefício pleiteado;

Desta forma temos que estão preenchidos os requisitos


citados acima.

A pretensão do autor encontra amparo legal na Lei nº. 8.2


13/91, conforme estabelece os artigos 42, 59 e 60 respectivamente,
vejamos:
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Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida,quan


do for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado
que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

Art. 59. Ao auxílio-doença será devido ao segurado, que


cumprido, quando for o caso, o período de carência exigida
nesta lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado


a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e,
no caso dos demais segurados, a contar da data do início da
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.

Assim dispõe a Constituição Federal em seu artigo 201, in


ciso I, vejamos:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma der


egime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade


avançada;
Portanto conforme demonstrado pelos documentos em
anexo a autora é portadora de GRAVES DOENÇAS, sendo que estas
doenças a torna incapaz para desempenhar suas atividades
laborativas, o que posteriormente será comprovado por perícia médica
que a ser designada por Vossa Excelência.
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Entretanto, fazendo ouvidos moucos, a autarquia insiste


em negar o benefício a autora, fazendo com que seus problemas
de saúde se agravem cada vez mais. Verifica-se, portanto, que a autora
não tem condições de trabalhar por conta dos vários problemas que a
afligem. Mas ainda assim a Autarquia Previdenciária insiste em lhe
negar o benefício.

No mesmo sentido as decisões dos Tribunais, vejamos:

*********************************************************.
Desta forma, se faz patente o direito evocado pelo aut
or devendo a Autarquia Previdenciária, portanto proceder à
Concessão ou da Aposentadoria por Invalidez ou Restabelecer o
Beneficio do Auxilio "Doença, conforme seja constatado o grau de
incapacidade da autora em pericia judicial a ser realizada

DA TUTELA ANTECIPADA

Ademais, no caso em epigrafe, há laudos médicos de


“ESPECIALISTA” comprovando a incapacidade da Autora para voltar ao
trabalho, ficando demonstrado, claramente, o fumus boni iuris, elemento
indispensável para concessão liminar no mesmo sentido, o periculum in
mora também se faz presente, tendo em vista que ( conditio sine quanon,
para fins de resguardo da saúde e do sustento da autora e, por via de
conseqüência, proteção da fonte substituidora de seu salário, justamente
o auxilio doença, assegurando, dessa forma, ao respeito o direito de
uma vida saudável, proveniente do principio da dignidade da pessoa
humana, um dos pilares de nosso Estado Democrático e Social de
Direito, previsto no artigo 1º inciso III, da CF, mormente pelo fato do
auxilio doença ter natureza alimentar.
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caracterizado, portanto, o dano irreparável ou de difícil


reparação, e neste sentido, corrobora com o nosso entendimento o
Ilustre Professor e Desembargador Federal do Egrégio Tribunal
Federal da 4ª região, Dr" Paulo Afonso Brum Vaz:

sih.bernardo@hotmail.com

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