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PLANO DE CONTAS
EMPRESA INCORPORADORA
ATIVO
CIRCULANTE
Disponível
Caixa
Banco do Brasil S/A
Banrisul S/A
Aplicaçoõ es financeiras
Créditos
Devedores
ICMS a recuperar
IRF a recuperar
PIS a recuperar
COFINS a recuperar
Adiantamentos
Adiantamento de salaá rios
Adiantamento a fornecedores
Estoques
Apto 101
Apto 102
Apto 103
Apto 201
Apto 202
Apto 303
Box 01
Box 02
Box 03
Box 04
Box 05
Box 06
Despesas antecipadas
Seguros a apropriar
Comissoõ es s/vendas a apropriar
NÃO CIRCULANTE
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Lauri Natalicio Fries
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Investimento
Açoõ es Banco do Brasil S/A
Participaçoõ es societaá rias
Finor
Imobilizado
Maá quinas e equipamentos
Moá veis e Utensíálios
Veíáculos
Computadores
Preá dios
Terrenos
Intangível
Marcas e patentes
Software
(-) Realizaçaõ o intangíável
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PASSIVO
CIRCULANTE
Obrigações sociais
Fornecedores
Alugueis a pagar
AÁ gua e luz a pagar
Salaá rios a pagar
Provisaõ o de feá rias
Provisaõ o de 13 Salaá rios
Multa FGTS a pagar
Prolabore a pagar Soá cio “a”
Prolabore a pagar Soá cio “b”
Obrigações fiscais
Prevideê ncia social a recolher
FGTS a recolher
IRF a recolher
Contribuiçaõ o sindical a recolher
PIS a recolher
Cofins a recolher
ICMS a recolher
Provisaõ o Contribuiçaõ o social
Provisaõ o Imposto de renda
Empréstimos e financiamentos
Banco do Brasil S/A c/empreá stimo
Banrisul c/empreá stimos
Custo Orçado
Custo orçado Empreendimento “x”
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Banco do Brasil S/A c/empreá stimo
Banrisul c/empreá stimo
Receitas a realizar
Receitas a realizar Empreendimento “X”
Custos a apropriar
(-) Custos a apropriar Empreendimento ”X”
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PATRIMONIO LÍQUIDO
Capital Social
Capital social
(-) Capital social a integralizar
Reservas de Capital
Reserva especial de Capital
Reserva legal
Reserva de Incentivos Fiscais
Reserva de lucros
Lucros acumulados
Lucros a disposiçaõ o da assembleia
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RESULTADO DO EXERCÍCIO
RECEITAS OPERACIONAIS
Receitas de venda
Receita de venda do empreendimento “X”
Receita de venda do empreendimento “Y”
Despesas c/pessoal
Prolabore
Salaá rios
Feá rias
13 Salaá rio
Aviso preá vio
Indenizaçoõ es
Vale transporte
Prevideê ncia social
FGTS
Segurança e medicina do trabalho
Despesas administrativas
Honoraá rios profissionais PJ
Serviços de terceiros PF
Depreciaçaõ o
Material de expediente
Material de consumo
Conservaçaõ o e manutençaõ o
Despesas c/veíáculos
Energia eleá trica
AÁ gua e esgoto
Telefone
Portes e telegramas
Seguros
Jornais e revistas
Mensalidades de classe
Alugueis
Despesas c/ viagem
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Bens de natureza permanente
Doaçoõ es
Despesas indedutíáveis
Despesas c/vendas
Propaganda e publicidade
Brindes
Comissoõ es
Fretes e carretos
Despesas financeiras
Juros pagos
Descontos concedidos
Despesas bancaá rias
Juros s/empreá stimos e financiamentos
Variaçaõ o monetaá ria passiva
Receitas financeiras
Renda c/aplicaçaõ o financeira
Juros recebidos
Descontos obtidos
Variaçaõ o monetaá ria ativa
Variaçaõ o cambial ativa
Despesas c/provisões
Contribuiçaõ o social
Imposto de renda
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Custos de produção empreendimento “A”
Prolabore
Salaá rios
Feá rias
13 Salaá rio
Prevideê ncia social
FGTS
Material
Projetos
Maõ o de obra PJ
Terrenos
(-) Custo em formaçaõ o empreendimento “A”
CARACTERÍSTICAS
Para que possamos identificar o desempenho da atividade imobiliaá ria faz-se necessaá rio
conceituarmos as expressoõ es a seguir:
Contribuinte
Unidade Imobiliária
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Desmembramento
Loteamento
Incorporação Imobiliária
No mercado imobiliaá rio eá normal empresa que exerce atividade imobiliaá ria associar-se
com proprietaá rio de aá rea (pessoa fíásica ou juríádica), a fim de empreender loteamento, sendo o
produto das vendas das unidades imobiliaá rias rateado entre as partes na proporçaõ o
estipulada.
Quando o proprietaá rio da aá rea for pessoa fíásica, seraá considerado, para efeito do
Imposto de Renda, como empresa individual, estando sujeito ao tratamento tributaá rio
dispensado pela legislaçaõ o em vigor aà s atividades imobiliaá rias.
Ressalta-se que ambas as partes deveraõ o considerar apenas, o que competir a cada
uma. Portanto, o proprietaá rio da aá rea registraraá , somente, o valor da terra nua, enquanto que
a empresa executora do empreendimento consignaraá , em sua escrituraçaõ o, os demais custos
do loteamento.
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO
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b) naõ o haja operaçoõ es imobiliaá rias por concluir, para as quais tenha sido computado
custo orçado (IN SRF nº 25/99).
Condomínios
A cada condoê mino, pessoas fíásicas, seraõ o aplicados os criteá rios de caracterizaçaõ o da
empresa individual e demais dispositivos legais, como se fosse ele o uá nico titular da operaçaõ o
imobiliaá ria, nos limites de sua participaçaõ o.
4) os preá dios construíádos para venda e respectivos terrenos preá dio por preá dio.
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O registro permanente de estoque de imoá veis seraá feito em livros, fichas, mapas ou
formulaá rios contíánuos emitidos por sistema de processamento de dados, a criteá rio do
contribuinte.
O registro das existeê ncias de imoá veis tomaraá por modelo as fichas usuais de controle de
estoque, podendo ter outros elementos informativos, peculiares aà s atividades imobiliaá rias,
que o contribuinte entender necessaá rios.
Registro e Autenticação
Escrituração
O registro de estoque seraá escriturado com base nos lançamentos dos custos pagos ou
incorridos e das baixas de estoque constantes da escrita comercial (IN SRF nº 23/83, item
1/I).
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TRIBUTAÇÃO
A tributaçaõ o das empresas incorporadoras pode ser, por opçaõ o, desde que atendidos as
exigeê ncias previstas na legislaçaõ o vigentes sendo as principais formas de tributaçaõ o do lucro
no Brasil o Lucro Real e o Lucro Presumido.
Podem optar pela tributaçaõ o com base no lucro presumido as pessoas juríádicas que,
naõ o estando obrigadas ao regime de tributaçaõ o pelo lucro real, tenham auferido, no ano-
calendaá rio anterior, receita total igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (Setenta e oito milhoõ es
de reais).
Considera-se receita total o somatoá rio da receita bruta de vendas, dos ganhos de
capital, das demais receitas e dos resultados positivos decorrentes de receitas naõ o
compreendidas na atividade, no caso de iníácio de atividade, o limite seraá proporcional, aà razaõ o
de R$ 6.500.000,00 (Seis milhoõ es e quinhentos mil reais) multiplicado pelo nuá mero de meses
do períáodo.
Podem, tambeá m, optar pela tributaçaõ o com base no lucro presumido as pessoas
juríádicas que iniciarem atividades ou que resultarem de incorporaçaõ o, fusaõ o ou cisaõ o, desde
que naõ o estejam obrigadas aà tributaçaõ o pelo lucro real.
Nota do autor
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Atraveá s da Lei 10.931/04 ficou instituíáda a sistemaá tica do patrimoê nio de afetaçaõ o e
tambeá m alterou e aprimorou a Lei de Incorporaçoõ es Imobiliaá rias nº 4.591, de 16/12/64,
visando aumentar a segurança entre as partes envolvidas na incorporaçaõ o imobiliaá ria.
O artigo 53 da nova Lei institui o regime de Patrimoê nio de Afetaçaõ o, determinando que
a criteá rio do incorporador, a incorporaçaõ o poderaá ser submetida ao regime de afetaçaõ o, pelo
qual o terreno e as acessoõ es objeto da incorporaçaõ o imobiliaá ria, bem como os demais bens e
direitos a ela vinculados, manter-se-aõ o apartados do patrimoê nio do incorporador, podendo
utilizar esta sistemaá tica para os empreendimentos que julgar conveniente.
O patrimoê nio de afetaçaõ o afasta a incorporaçaõ o imobiliaá ria dos demais ativos do
incorporador, com o objetivo de proteger as partes envolvidas uma vez que o patrimoê nio
afetado naõ o se comunica com os outros bens, direitos e obrigaçoõ es do patrimoê nio geral da
empresa incorporadora e responde somente pelas díávidas e obrigaçoõ es daquela incorporaçaõ o
imobiliaá ria.
Dentre as vantagens anunciadas, destacam-se aquelas que sinalizam os creá ditos mais
acessíáveis e a reduçaõ o da carga tributaá ria, e ao adquirente das unidades, que passaraá a contar
com maiores garantias de recebimento de seu imoá vel.
Com a adoçaõ o da nova regra, todas as díávidas, de natureza tributaá ria, trabalhista e junto
a instituiçoõ es financeiras, ficam restritas ao empreendimento em construçaõ o, naõ o tendo
qualquer relaçaõ o com outros compromissos e díávidas assumidas pela empresa.
O patrimoê nio de afetaçaõ o eá opcional e traz maiores garantias aos mutuaá rios, pois preveê
a existeê ncia de uma comissaõ o de representantes desde o iníácio da obra, o que dificultaraá a
ocorreê ncia de desvios, embora o patrimoê nio do incorporador responda pelo empreendimento
objeto da afetaçaõ o.
A Lei 10.931/94 regulamentou o Patrimoê nio de Afetaçaõ o que foi instituíádo na verdade
pela Medida Provisoá ria 2.221, de setembro de 2004.
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contratada sob o regime por empreitada ou por administraçaõ o, naõ o integram o patrimoê nio de
afetaçaõ o.
Os bens e direitos integrantes do patrimoê nio de afetaçaõ o somente poderaõ o ser objeto
de garantia real se o benefíácio se reverter integralmente em prol do respectivo
empreendimento.
Para o atendimento de qualquer das situaçoõ es acima seraá necessaá rio que seja atestado
por um profissional habilitado, contratado pela Comissaõ o de Representantes, atraveá s da
emissaõ o de documento haá bil que ateste o estado da obra e de seu atendimento com o prazo
pactuado e os recursos financeiros que integrem o patrimoê nio de afetaçaõ o recebidos no
períáodo.
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O RET, Regime Especial de Tributaçaõ o foi criado para incentivar as empresas
incorporadoras a optar pelo Patrimoê nio de Afetaçaõ o e adotar uma tributaçaõ o simplificada
permitindo que cada empreendimento possa fazer o recolhimento de seus impostos de forma
simples e individualizada..
A base de caá lculo para pagamento dos tributos seraá a totalidade de receitas auferidas
pela incorporadora na venda das unidades imobiliaá rias que compoõ em a incorporaçaõ o e
tambeá m as receitas financeiras e variaçoõ es monetaá rias decorrentes da operaçaõ o.
A individualizaçaõ o dos tributos, no total de 4% (quatro) por cento, que devem ser
recolhidos pela incorporadora fica distribuíáda da seguinte forma, conforme determina o artigo
8º da Lei 10.931/04, alterado pela Lei 12.024/09.
COFINS – 1,71%
PIS - 0,37%
IRPJ - 1,26%
CSLL - 0,66%
No caso dos imoá veis residenciais de interesse social, construíádos a partir de março de
2009 ateá 31 de Dezembro de 2013, conforme previsaõ o no § 6º do artigo 4º da Lei 10.931/04,
seraá o equivalente a 1% (um por cento) da receita mensal recebida e fica distribuíádo
individualmente como segue:
COFINS – 0,44%
PIS - 0,09%
IRPJ - 0,31%
CSLL - 0,16%
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1) o custo de aquisiçaõ o de terrenos ou preá dios, inclusive os tributos devidos na aquisiçaõ o e as
despesas de legalizaçaõ o, incluindo, entre outros custos:
Os custos pagos ou incorridos, admitidos na formaçaõ o do custo do imoá vel vendido, saõ o aqueles
que se refiram a bens ou serviços adquiridos ou contratados para especíáfica aplicaçaõ o no
empreendimento de que a unidade negociada faça parte.
CONTABILIZAÇÃO
a) Os bens adquiridos para estocagem, sem destinaçaõ o especíáfica, deveraõ o ser debitados a
uma conta de almoxarifado e somente apropriaá veis ao custo de qualquer empreendimento
quando nela aplicados.
MAPA DE RATEIO
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Os lançamentos de apropriaçaõ o dos custos incorridos aà s unidades imobiliaá rias saõ o
apropriados mediante planilhas de caá lculos, discriminando a data, histoá rico e respectivo valor,
distribuíádas entre as unidades respectivas.
Os custos ainda naõ o incorridos saõ o aqueles que se formaraõ o no futuro, mas que devem ser
contabilizados quando se referem aà vendas contratadas, pois decorrem de uma obrigaçaõ o de
fazer.
CUSTOS CONTRATADOS
Pela observaê ncia estrita do regime de competeê ncia, contabiliza-se, na formaçaõ o do custo do
imoá vel vendido, os custos contratados para a realizaçaõ o das obras ou melhoramentos a que
estiver obrigado.
A contabilizaçaõ o dos custos contratados eá aplicaá vel somente aos imoá veis vendidos, portanto,
naõ o deveraõ o ser registrados custos contratados apropriaá veis a unidades por vender.
O valor dos custos contratados respectivos ao imoá vel vendido deveraá ser creditado a conta
especíáfica do Passivo Circulante ou do Exigíável a Longo Prazo, na data da efetivaçaõ o da venda,
em contrapartida a um dos seguintes deá bitos:
1) Resultado do exercíácio:
Deá bito aà conta especíáfica de Custo dos Imoá veis Vendidos, se referente aà unidade naõ o concluíáda
vendida aà vista, ou vendida a prazo ou aà prestaçaõ o com pagamento total contratado para o
curso do ano-calendaá rio da venda.
Deá bito aà conta proá pria deste grupo (Custos de Exercíácios Futuros), se referente aà unidade naõ o
concluíáda vendida a prazo ou aà prestaçaõ o com pagamento restante ou pagamento total
contratado para depois do ano-calendaá rio da venda.
CUSTOS ORÇADOS
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Esta contabilizaçaõ o aplica-se somente aos imoá veis vendidos. Portanto, a contabilidade naõ o
deveraá registrar custos orçados apropriaá veis aà s unidades por vender.
O custo orçado seraá baseado nos custos usuais do tipo de empreendimento imobiliaá rio e
compreenderaá a diferença entre o custo total previsto e os custos pagos, incorridos ou
contratados ateá a data de efetivaçaõ o da venda.
CONTABILIZAÇÃO
O valor dos custos orçados respectivos ao imoá vel vendido deveraá ser creditado aà conta
especíáfica do Passivo Circulante ou do Exigíável a Longo Prazo, na data da efetivaçaõ o da venda,
em contrapartida a um dos seguintes deá bitos:
- Resultado do Exercíácio - deá bito a conta de custo das unidades vendidas, se referente a
unidade naõ o concluíáda, vendida aà vista, ou vendida a prazo ou aà prestaçaõ o com pagamento
total contratado para o curso do ano-calendaá rio da venda;
- Resultado de Exercíácios Futuros - deá bito aà conta proá pria de Custos deste grupo, se referente
aà unidade naõ o concluíáda, vendida a prazo ou aà prestaçaõ o, com pagamento restante ou
pagamento total contratado para depois do ano-calendaá rio da venda.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
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Caso a conta apresente saldo devedor, isto significa que o custo orçado previsto foi inferior ao
efetivado. Portanto, a partir desta data, o excesso de custos verificado deveraá ser contabilizado
diretamente em conta de resultado.
SALDO CREDOR
Na hipoá tese do empreendimento ter sido concluíádo e a conta de “Custo Orçado a Incorrer”
relativa a este se apresentar credor, deve o mesmo saldo ser zerado, mediante transfereê ncia aà
conta de resultado.
ASPECTOS FISCAIS
Para detalhamentos fiscais das atividades imobiliaá rias, observar os artigos 410 a 414 do
Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99), adiante reproduzidos:
Art. 410. O contribuinte que comprar imoá vel para venda ou promover empreendimento de
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporaçaõ o imobiliaá ria ou construçaõ o de
preá dio destinado aà venda, deveraá , para efeito de determinar o lucro real, manter, com
observaê ncia das normas seguintes, registro permanente de estoques para determinar o custo
dos imoá veis vendidos (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 27):
b) os custos diretos (art. 290) de estudo, planejamento, legalizaçaõ o e execuçaõ o dos planos ou
projetos de desmembramento, loteamento, incorporaçaõ o, construçaõ o e quaisquer obras ou
melhoramentos;
Art. 411. O lucro bruto na venda de cada unidade seraá apurado e reconhecido quando
contratada a venda, ainda que mediante instrumento de promessa, ou quando implementada
a condiçaõ o suspensiva a que estiver sujeita a venda (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 27, §
1º).
§ 1º O custo orçado seraá baseado nos custos usuais no tipo de empreendimento imobiliaá rio
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 28, § 1º).
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§ 3º A atualizaçaõ o e os juros de mora de que trata o paraá grafo anterior deveraõ o ser pagos
juntamente com o imposto incidente no períáodo de apuraçaõ o em que tiver terminado a
execuçaõ o das obras ou melhoramentos (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 28, § 3º).
Art. 413. Na venda a prazo, ou em prestaçoõ es, com pagamento apoá s o teá rmino do ano-
calendaá rio da venda, o lucro bruto poderaá , para efeito de determinaçaõ o do lucro real, ser
reconhecido nas contas de resultado de cada períáodo de apuraçaõ o proporcionalmente aà
receita da venda recebida, observadas as seguintes normas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977,
art. 29):
I – o lucro bruto seraá registrado em conta especíáfica de resultados de exercíácios futuros, para a
qual seraõ o transferidos a receita de venda e o custo do imoá vel, inclusive o orçado (art. 412), se
for o caso;
II – por ocasiaõ o da venda seraá determinada a relaçaõ o entre o lucro bruto e a receita bruta de
venda e, em cada períáodo de apuraçaõ o, seraá transferida para as contas de resultado parte do
lucro bruto proporcional aà receita recebida no mesmo períáodo;
III – a atualizaçaõ o monetaá ria do orçamento e a diferença posteriormente apurada, entre custo
orçado e efetivo, deveraõ o ser transferidas para a conta especíáfica de resultados de exercíácios
futuros, com o consequente reajustamento da relaçaõ o entre o lucro bruto e a receita bruta de
venda, de que trata o inciso II, levando-se aà conta de resultados a diferença de custo
correspondente aà parte do preço de venda jaá recebido;
IV – se o custo efetivo foi inferior, em mais de quinze por cento, ao custo orçado, aplicar-se-aá o
disposto no § 2º do art. 412.
§ 1º Se a venda for contratada com juros, estes deveraõ o ser apropriados nos resultados dos
períáodos de apuraçaõ o a que competirem (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 29, § 1º).
§ 2º A pessoa juríádica poderaá registrar como variaçaõ o monetaá ria passiva as atualizaçoõ es
monetaá rias do custo contratado e do custo orçado, desde que o criteá rio seja aplicado
uniformemente (Decreto-Lei nº 2.429, de 14 de abril de 1988, art. 10).
Art. 414. Na venda contratada com claá usula de atualizaçaõ o monetaá ria do saldo credor do
preço, a contrapartida da atualizaçaõ o, nas condiçoõ es estipuladas no contrato, da receita de
vendas a receber seraá computada, no resultado do períáodo de apuraçaõ o, como variaçaõ o
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monetaá ria (art. 375), pelo valor que exceder a atualizaçaõ o, segundo os mesmos criteá rios, do
saldo do lucro bruto registrado na conta de resultados de exercíácios futuros de que trata o
inciso I do artigo anterior (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 29, § 2º, e Lei nº 9.069, de 29 de
junho de 1995, art. 28).
Tratamento Contábil
INTRODUÇÃO
As empresas dedicadas aà atividade de construçaõ o civil poderaõ o computar no custo do imoá vel
vendido, aleá m dos custos pagos, incorridos ou contratados, os custos orçados para a conclusaõ o
das obras ou melhoramentos que estiver contratualmente obrigada a realizar.
Antes, poreá m, eá oportuno enfatizar que a determinaçaõ o do custo orçado deve ser efetuada com
base nos preços correntes do mercado na data em que a empresa de construçaõ o civil optar por
ele, e corresponderaá aà diferença entre o custo total previsto e os custos pagos, incorridos ou
contratados ateá a mencionada data.
O custo orçado a contabilizar seraá apenas o que disser respeito ao imoá vel vendido,
entendendo-se, por conseguinte, que a contabilidade naõ o deveraá registrar custos orçados
apropriaá veis a unidades por vender.
CONTABILIZAÇÃO
O Custo orçado realizado de acordo com Orçamento previamente estabelecido pela empresa
Incorporadora deve controlar os custos efetivos ateá a realizaçaõ o míánima de 85% no (PC) e o
custo efetivamente realizado no resultado no (REF).
A seguir demonstramos a movimentaçaõ o de uma unidade vendida e tributa pelo Lucro Real
(Custo orçado).
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A realizaçaõ o da receita deve ser igual ao valor recebido enquanto que o custo apropriado no
resultado dever ser o mesmo percentual da receita realizada.
O registro contaá bil das modificaçoõ es ocorridas no orçamento em relaçaõ o aà unidade vendida aà
vista poderaá ser efetuado do seguinte modo:
Por sua vez, o registro contaá bil das modificaçoõ es ocorridas no orçamento em relaçaõ o aà
unidade imobiliaá ria vendida a prazo ou a prestaçoõ es, com recebimento de parte do preço apoá s
o períáodo da venda, poderaá ser feito do seguinte modo:
Os custos pagos ou incorridos, aà medida que forem ocorrendo, seraõ o debitados a uma conta
representativa de obras em andamento e a creá dito de uma conta representativa do disponíável
ou passivo circulante, conforme seja a operaçaõ o realizada aà vista ou a prazo.
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C - OBRAS EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)
O custo orçado para a conclusaõ o das obras ou melhoramentos do imoá vel vendido seraá
controlado atraveá s da utilizaçaõ o de conta especíáfica do passivo circulante ou do passivo
exigíável a longo prazo.
a) saldo credor - quando o valor dos custos orçados for superior ao valor do custo real do
empreendimento;
b) saldo devedor - quando o valor dos custos orçados for inferior ao valor do custo real do
empreendimento.
No caso da letra "a", o registro contábil poderá ser feito do seguinte modo:
No caso da letra "b", o registro contábil poderá ser feito da seguinte maneira:
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