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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE COMUNICAÇAO SOCIAL/JORNALISMO

Angela Lima Freitas


Jeilza Cavalcante
Layana Karine Silva Barbosa
Luana Carvalho Coelho
Lucas Araujo Calixto
Matheus Campos

Relatório de
Pesquisa de campo

Comunicação e Realidade Brasileira

IMPERATRIZ
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES
PERÍODO DESTE RELATÓRIO: 02 de maio/2018 a 09 de maio/2018 – 7 dias.

Introdução
O presente relatório contém as atividades de pesquisa dos alunos, Angela
Freitas, Jeilza Cavalcante, Layana Karine, Luana Coelho, Lucas Calixto e Matheus
Campos, que colaboraram com os estudos desta pesquisa, tendo início em 02 de maio
permanecendo até 09 de maio de 2018. Essa pesquisa trata da Identidade e do
Trabalho ou Profissão. A pesquisa estuda a identidade e o trabalho das Mulheres que
vendem produtos alimentícios no formato de porções, nas barracas da Beira Rio.
Em nossa pesquisa, tentamos relacionar a identidade com um trabalho informal
bastante conhecido na cidade de Imperatriz, são as barracas de comida caseira, que são na
maioria das vezes compostas por mulheres. Nesse tipo de trabalho, as mulheres montam uma
barraca em uma praça ou avenidas da cidade e vendem comidas típicas. O sustento da família
dessas mulheres vem da venda desses produtos alimentício caseiro, que é consumido pela
população. No livro do Roberto da Mata ele trata a “concepção de trabalho em um sistema
onde as mediações entre casa e ruas são “complexas”. “Pois o lugar de trabalho, sendo um
local físico é também um espaço de onde se pode julgar classificar, medir, avaliar e decidir
sobre ações, pessoas, relações e moralidades.” (DAMATA, 1986). Com isso, podemos
relacionar a profissão e a identidade das vendedoras ou “barraqueiras” de comida, como são
conhecidas.
O nosso campo de pesquisa foi a Avenida Beira rio, onde existe um espaço grande
para vendedores do ramo alimentícios, variados tipos de comida, sobremesas, até jantar entre
outros. Saímos a campo para entrevistar tais mulheres e conhecer um pouco mais dos seus
respectivos trabalhos. Foram entrevistadas quatro mulheres. Fátima Pereira, vendedora de
tacacá, Marta Sousa, vendedora de cachorro quente, Marinalva Alves, vendedora de tacacá e
Hilda Ribeiro, vendedora de açaí.
Fátima Pereira trabalha com a venda de tacacá há mais de 30 anos e foi uma das
pioneiras a vender comida na beira rio, aprendeu a cozinhar o tacacá sozinho e foi se
aperfeiçoando com o tempo. Para ela não existe nada de difícil em vender tacacá, pois ela
gosta do que faz e tem um reconhecimento pelo o que faz. Não foi da escolha de Fátima
vender tacacá e sim da necessidade financeira. Começa a preparar o produto na parte da tarde
e, ás vezes, pela manhã. Fátima já vendeu churrasco também, mas atualmente vende o tacacá
e recomenda vender tacacá quem tiver afinidade ou gostar.
Marta Sousa, trabalha vendendo cachorro quente na beira rio há dois meses e mesmo
com o pouco tempo ela já tem um bom fluxo de clientes. Ela mesma quem prepara a comida e
sua rotina de preparação começa a partir das 14 horas da tarde e monta sua barraca ás 16
horas, abre às 18 horas e se o atendimento se estende até as 00h. Trabalha de segunda a
segunda e o que ela vê de difícil é a concorrência com os outros 25 barraqueiros. Tinha sua
barraca de cachorro quente no seu bairro, mas fechou e foi trabalhar na beira rio,
primeiramente como atendente e depois de um mês começou a preparar também o produto.
Vende também crepe e guaraná da Amazônia e recomenda a que quer vender que é difícil
devido à regularização da Prefeitura e outras coisas.
Marinalva Alves, vendedora de tucupi e acarajé há mais de cinco anos, é reconhecida
pelo seu trabalho e vê o fazer acarajé e tacacá como uma arte e uma profissão digna. Sua
rotina é de preparar o tucupi com muito cuidado, pois, segundo ela, o mal preparo do produto
pode levar a morte. Aprendeu a cozinhar trocando informações com pessoas que já
trabalhavam com esse produto antes dela e, também, a rotina do preparo que leva a uma
profissionalização. Marinalva vê a concorrência como o mais difícil da profissão, e diz que a
forma de trabalhar e saber abordar o cliente são um diferencial. Sempre teve curiosidade em
trabalhar vendendo acarajé e que a venda do tucupi entrou em sua vida por acaso e recomenda
que o trabalho da venda de tucupi é uma ótima área para trabalhar.
Resultados do questionário aplicado com 4 mulheres.

Você escolheu este ramo por afinidade na área?

SIM
Não
NDA

100

QUANTO TEMPO VOCE É VENDENDORA DE COMIDA?

50%
50%

1 a 3 anos
3 a 5 anos
mais de 5 anos

0%
Como você aprendeu a conzinha?

10%
10%

Sozinha
Familiares
NDA

80%

Em qual grau seu produto alimentício diz algo sobre você?

0%
10%

Alto Médio Fraco

90%
Você é satisfeita com o que faz?

0%
0%

SIM NÃO NDA

100%

Conclusão
Diante da pesquisa, e os conceito teóricos de Roberto DaMatta, concluímos
que a profissão ou trabalho independente do ramo, influi na identidade das pessoas
pois as classificam e enquadra em um sistema de rótulos das mais derivadas áreas.
Como o autor de “O que faz o Brasil, Brasil” revela, no capítulo A casa, a rua e o
trabalho, “a rua é um lugar de luta”, ou seja, de trabalho. E nossa pesquisa trás de
perto como é a vida de algumas mulheres que trabalham e tiram todo o seu sustento
e de sua família em barracas vendendo seu produto alimentício, no fluxo da cidade
que é a Avenida Beira Rio.

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