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Como signatário da Convenção de Zonas Úmidas seis Sítios incluídos na proposta. O planejamento
de Importância Internacional ou Convenção de permite estabelecer ações estratégicas e identificar
Ramsar, o Governo Brasileiro assume o compromisso prioridades de conservação para as áreas, de forma
de promover a conservação e o uso sustentável das a auxiliar os gestores a identificar suas necessidades
zonas úmidas do território nacional, bem como críticas de uma maneira hierarquizada.
manter as características ecológicas daquelas áreas
incluídas na Lista de Zonas Úmidas de Importância Entendemos que o processo de planejamento
Internacional, conhecidos como Sítios Ramsar. é dinâmico e deve ser revisado à medida que as
Como meio de atender aos preceitos deste acordo, ações previstas são implementadas, outras ameaças
o Ministério do Meio Ambiente, ponto focal da surgem e novas informações são geradas. Seu
Convenção no Brasil, tem buscado apoiar ações dos modelo baseia-se num funcionamento cíclico de
órgãos gestores dos Sítios para que tais compromissos reflexão-ação. Por essa razão, optamos por adotar
sejam alcançados. uma metodologia que permite planejar com a
quantidade/qualidade de informações já disponíveis.
Para tanto, dentre outras iniciativas, elaboramos o A proposta do planejamento é que cada participante
projeto “Fortalecimento da capacidade institucional compreenda os processos ambientais, a importância
para a consolidação dos Sítios Ramsar brasileiros” com e a fragilidade daqueles ecossistemas e contribua no
objetivo de construir planos de conservação, para a cumprimento das ações estratégicas previstas por
gestão mais eficaz das áreas. Os planos de conservação meio de sua própria instituição. Desta maneira soma-
foram desenvolvidos com a participação daqueles se os recursos humanos e financeiros para a gestão
atores que estão direta ou indiretamente envolvidos da área, que gera serviços ambientais a todos.
com a gestão de cada uma das áreas protegidas,
visto que uma visão construída conjuntamente, além O documento ora apresentado resulta de uma
de ser mais realista, tende também a gerar força construção conjunta de atores e entidades diversas,
conjunta de trabalho e resultados mais positivos para que contribuíram cada qual com seus conhecimentos,
a conservação das áreas focais e para a sociedade. fossem técnicos/científicos ou empíricos, mas sempre
a partir de suas próprias experiências.
O projeto, que contou com suporte financeiro
da Convenção de Ramsar, teve ainda a parceria de
importantes entidades ambientalistas como a Mater Maria Cecília Wey de Brito
Natura e a The Nature Conservancy, essa última, autora Secretária de Biodiversidade e Florestas
da metodologia “Planejamento para a Conservação
de Áreas (PCA)”, utilizada para os planejamentos dos
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Sob a Convenção de Ramsar a definição de zonas Para uma área ser designada como Sítio Ramsar
úmidas é bastante abrangente, incluindo ambientes ela deve atender a critérios que podem considerar
de água doce, salobra ou salgada (pantanal, várzeas, apenas algumas espécies como toda a comunidade
lagoas, planícies inundáveis, banhados, salinas) ecológica.
e também de ambientes costeiros e marinhos
(manguezal, lagunas e até os recifes de coral). No Brasil já foram designados, até o momento,
oito Sítios Ramsar, todos eles coincidentes com limites
Esses ambientes oferecem diversos serviços de unidades de conservação, sejam de proteção
(controle de enchentes, purificação de água, integral ou de uso sustentável, sejam administradas
retenção de carbono, proteção da linha de costa, etc) no âmbito federal, estadual ou municipal. São eles:
e produtos (solo rico para agricultura, água potável, Parque Nacional do Pantanal (MT), Parque Nacional
fibras para utensílios e construção, combustível, do Araguaia (TO), Parque Nacional da Lagoa do
recursos pesqueiros) e, portanto, são vistas como Peixe (RS), Reserva Particular do Patrimônio Natural
áreas de interesse estratégico tanto do ponto de do SESC Pantanal (MT), Área de Proteção Ambiental
vista ambiental como do desenvolvimento sócio- das Reentrâncias Maranhenses (MA), Área de
econômico. Proteção Ambiental da Baixada Maranhense (MA),
Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luis
Um dos instrumentos utilizados pela Convenção é (MA) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável de
a designação de Sítios Ramsar, que tem como objetivo Mamirauá (AM).
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Sítio Ramsar
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Documento de Criação
Tipo Número Data Data de Publicação Área (ha)
Decreto Federal 93.546 06/11/1986 06/11/1986 34.400
Conselho Gestor
Portaria Ibama nº 18, de 09/03/2006
Contatos
Responsável pela UC Maria Tereza Queiroz
Endereço Praça Prefeito Luiz Martins, 30
UF RS
Município Mostardas
CEP 96.270-000
Site www.icmbio.gov.br
Telefone (51) 3673-1464
E-mail tereca@portoweb.com.br
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Sistema ecológico.
Alvo 6: Marismas
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- Reunir a câmara técnica para construir um - Realizar reunião entre IBAMA, ICMBio,
programa de pesquisa e monitoramento Marinha do Brasil, Polícia Federal e Batalhão
- Investigar a existência de mecanismos legais de Polícia Ambiental - BPA para definição de
de ressarcimento pela cessação da produção um plano de ação
pecuária - Avaliar a possibilidade da colocação de
- Organizar um seminário para debater os obstáculos (recifes artificiais) para as em-
conhecimentos científicos e tradicionais barcações industriais nas proximidades da
sobre a gestão e dinâmica da barra e costa
identificar as lacunas - Fiscalizar e monitorar a pesca predatória
Objetivo 4: Objetivo 6:
ii) Promover o reconhecimento legal das comu- ii) Promover o ordenamento da pesca na Lagoa
nidades tradicionais - Realizar reuniões de negociação e defini-
- Reunir as informações necessárias e enca- ção do ordenamento, com a participação de
minhá-las ao Ministério da Cultura ou órgãos todos os atores envolvidos
competentes - Publicar a portaria/instrução normativa de
ordenamento da pesca na Lagoa
Objetivo 5:
Ações estratégicas:
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Coordenação da Oficina
Nome Instituição Fone/fax E-mail
DANIELLE BLANC Ministério do Meio Ambiente/Secreta- (61) 3105-2066 danielle.blanc@mma.gov.br
ria de Biodiversidade e Florestas/
Gerência de Biodiversidade Aquática
e Recursos Pesqueiros
FABIANA PRADO Consultora - Ministério do Meio Am- (61) 9244-9191 pradof@uol.com.br
biente/Secretaria de Biodiversidade e
Florestas/Gerência de Biodiversidade
Aquática e Recursos Pesqueiros
MARIA CAROLINA Ministério do Meio Ambiente/Secreta- (61) 3105-2066 maria-carolina.hazin@mma.gov.br
HAZIN ria de Biodiversidade e Florestas/
Gerência de Biodiversidade Aquática
e Recursos Pesqueiros
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GRUPO B. Sítios de importância internacional Critério 7: Uma zona úmida deve ser
para conservação da diversidade biológica considerada de importância internacional se
abriga uma proporção significativa de subespécies,
Critérios baseados em espécies e comuni- espécies ou famílias, estágios importantes do
dades ecológicas ciclo de vida de peixes nativos, interações entre
espécies e ou populações que são representativas
Critério 2: Uma zona úmida deve ser consi- dos benefícios e/ou valores da zona úmida e que,
derada de importância internacional se abriga então, contribua para a diversidade biológica
espécies vulneráveis, em perigo, criticamente em global.
perigo ou comunidades ecológicas ameaçadas.
Critério 8: Uma zona úmida deve ser
Critério 3: Uma zona úmida deve ser considerada de importância internacional se
considerada de importância internacional se abri- é uma fonte importante de alimento, área de
ga populações de plantas e/ou espécies animais desova, área de criação e/ou rota migratória
que sejam importantes para a manutenção da de peixes, nas quais dependem os estoques de
diversidade biológica em determinadas regiões peixes, tanto dessa zona úmida ou de fora dela.
biogeográficas.
Critérios específicos para outros táxons
Critério 4: Uma zona úmida deve ser
considerada de importância internacional se Critério 9: Uma zona úmida deve ser
abriga plantas e/ou espécies animais em um considerada de importância internacional se
estágio crítico de seus ciclos de vida ou provê abriga regularmente 1% dos indivíduos de uma
refúgio durante condições adversas. população de uma espécie ou subespécie de
animais dependentes de zonas úmidas, que não
aves.
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Agradecimentos
Aos gestores e funcionários das unidades de conservação/Sítios Ramsar, especialmente: APAs da Baixada Maranhense e
Reentrâncias Maranhenses, Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luis: Inácio Amorim Ribeiro; Parna Lagoa do
Peixe: Maria Tereza Queiroz Melo; Parna do Araguaia: Sandra Lima Genari, Winícius Siqueira Pinto; Parna do Pantanal:
José Augusto Ferraz de Lima, Nuno Rodrigues.
À equipe da The Nature Conservancy: Analuce Freitas, João Campari, David Oren, Leandro Baumgarten e Shirley Hauff;
da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza; da Prefeitura Municipal de Mostardas/RS; da Câmara Municipal de
Lagoa da Confusão/TO e a todos os participantes das oficinas técnicas.
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