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* Vício:
A) Responsável
* Assim, todos os partícipes do ciclo de produção são responsáveis diretos pelo vício. O
consumidor poderá escolher e acionar diretamente qualquer dos envolvidos.
B) Vício
* O art. 18, caput, define como vício de qualidade aqueles que tornem os produtos
“impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor,
assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária”.
* Impropriedade:
* O fornecedor tem o prazo de 30 (trinta) dias para sanar o vicio do produto. Porém,
superado o prazo sem que o vício tenha sido sanado, o consumidor tem a prerrogativa
de utilizar as benesses do § 1º do art. 18, quais sejam: substituição do produto;
Restituição da quantia paga mais perdas e danos; Abatimento proporcional do preço.
3) Restituição da quantia paga mais perdas e danos ( Art. 18, § 1º, II)
* O consumidor pode fazer uso da opção de ser restituído da quantia paga mais perdas e
danos.
Nexo de causalidade
Dano
* OBS: é uma alternativa dificil de se negociar com o fornecedor, pois nem sempre é
fácil se chegar a um número exato. Caso seja feito essa opção judicialmente terá que ser
feito uma perícia. Melhor será o consumidor optar pelas outras duas opções.
5) Cumulação de pedidos
* Sim. Apesar de não ter previsão legal para tal saída, não há muita diferença prática
entre requerer a troca do produto por outro da mesma espécie, marca e modelo e pedir
restituição da quantia paga. ( RIZZATO NUNES)
* Conforme redação do art. 18, § 3º o consumidor pode fazer uso imediato das
alternativas dos incisos I ( substituição do produto), II ( restituição da quantia paga +
indenização) e III ( abatimento proporcional ao preço).
b.1.4) Substituição do produto por outro de espécie, marca e modelo diverso ( art.
18, § 4º)
* O consumidor após a espera de 30 dias se não tiver o vício sanado poderá requerer a
substituição do produto por outro da mesma espécie, marca e modelo ( inc. I, § 1º, art.
18). Contudo pode ocorrer que o fornecedor não tenha esse outro produto para entregar
ao consumidor. O que o consumidor nessa hipótese pode pleitear então?
* A resposta está no art. 18 ,§ 4º: “ não sendo possível a substituição do bem, poderá
haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante
complementação ou restituição de eventual diferença de preço”.
Efetuar a troca por outro produto de espécie, marca ou modelo diferentes, que
tenha preço mais barato do que o que foi pago pelo produto viciado;
Efetuar a troca por outro produto de espécie, marca ou modelo diferentes, que
tenha preço superior áquele que foi pago pelo produto viciado
1 - Pagamento a prazo?
Produto com preço mais barato (restituição): subtrair a diferença a seu favor do
valor a ser pago relativo às parcelas vincendas;
Produto com preço mais caro (complementação): complementar a diferença,
incluindo-a parceladamente em cada prestação faltante. OBS: Claro que se o
consumidor quiser pagar a diferença à vista poderá ser feito.
* Conceito: Vício de quantidade se dá, toda vez que ocorra diferença a menor de
qualquer tipo de medida da porção efetivamente adquirida e paga pelo consumidor. E
isso por uma simples questão de pagamento do preço. A constatação dessa diferença
prejudicial ao consumidor pode ser aferida mediante a verificação da diferença a menor
entre a quantidade que o consumidor recebeu e aquela existente:
No recipiente e na embalagem
Na rotulagem
Na mensagem publicitária
Na apresentação
Na oferta e informação em geral
No contrato;
* Em confronto ao § 1º do art. 18, o art. 19 somente acrescentou a possibilidade do
consumidor exigir a complementação do peso ou medida do produto viciado.
* Art. 19, § 1º: Caso o consumidor opte pela substituição do produto, e não seja
possível, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, uma vez que §
1º autoriza a aplicação do § 4º do art. 18.
b.4) Art. 20, I, II e III: As opções dos inscs. I, II e III são de escolha do consumidor e
não do fornecedor.
b.4) Art. 20, § 1º: A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros por conta e
risco do fornecedor.
5.3.1. Defeitos
* Defeito = Vício + Dano (Obs: Se trata apenas de uma fórmula oriunda de um conceito
semântico)
* OBS IMPORTANTE:
A) Análise do art. 12
a.1) O Defeito
Assim os produtos e serviços defeituosos podem ser definidos como os bens e serviços
de consumo que não apresentam a segurança que deles o mercado legitimamente espera.
* Classificação:
a.2) Responsável
a.2.1) Solidariedade
* Não, pois são todos responsáveis solidários na medida de suas participações. Ex: um
automóvel que apresenta vício de fabricação, consistente em um amortecedor que
se rompe no momento em que o consumidor dirigindo, faz uma curva, capotando e
sofrendo danos, a montadora é a responsável. Mas o fabricante do amortecedor
também é. Do ponto de vista prático a escolha cairá na montadora. Mas esta
poderá posteriormente, após ter indenizado o consumidor, por via direta, acionar
o fabricante do amortecedor para cobrar dele o desembolso em razão do acidente.
* Fundamentação: Art. 12, caput c/c parágrafo único do art. 7º c/c §§ 1º e 2º d art. 25.
* Hipóteses:
Sempre que não puder ser identificado ou quando não houver identificação do
fornecedor – fabricante, construtor, produtor ou importador ( I e II);
* Art. 13, parágrafo único: “Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação
na causação do evento danoso.”
Apresentação (art. 12, § 1º, I): A apresentação consiste num ato unilateral do
fornecedor para divulgação dos elementos característicos do produto. Deve ela,
portanto, funcionar como uma barreira eficaz à possível incidência ou
materialização de defeitos, uma vez que o consumidor devidamente
informado tem condições de avaliar os riscos no uso e fruição do bem
adquirido.
O uso e risco que razoavelmente dele se esperam (art. 12, § 1º, II): A
razoabilidade afasta a necessidade de uma segurança absoluta. Assim, há
produtos que naturalmente geram insegurança, tais como a faca, a tesoura, um
remédio para dormir, um aquecedor elétrico.
A época em que foi colocado em circulação (art. 12, § 1º, III): O momento em
que o produto foi colocado em circulação é o marco temporal para se averiguar a
existência do defeito.
* Art. 12, § 2º: Dispõe que o produto não pode ser considerado defeituoso pelo fato de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado de consumo. Se o fornecedor,
em razão dos avanços tecnológicos, melhora a qualidade de seu produto, não pode ser
penalizado, já que não era defeituoso o produto que foi substituído.
Doutrina minoritária (Rizzato Nunes): Pelo fato do CDC estar fundado na teoria
do risco do negócio, a responsabilidade objetiva não admite que o caso fortuito
ou força maior excluam o dever de indenizar, pois as cláusulas de excludentes
no CDC são numerus clausulus.
* OBS: O caso fortuito é uma das causas excludentes da responsabilidade civil, previsto
no artigo 393 , do Código Civil :
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir.
De acordo com o professor Pablo Stolze, a diferença entre caso fortuito interno e
externo é aplicável, especialmente, nas relações de consumo. O caso fortuito interno
incide durante o processo de elaboração do produto ou execução do serviço, não
eximindo a responsabilidade civil do fornecedor. Já o caso fortuito externo é alheio ou
estranho ao processo de elaboração do produto ou execução do serviço, excluindo a
responsabilidade civil.
O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento segundo o qual assalto em
transporte coletivo é hipótese de fortuito externo, excluindo a responsabilidade do
transportador:
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇAO POR DANOS MORAIS,
ESTÉTICOS E MATERIAL. ASSALTO À MAO ARMADA NO INTERIOR DE ÔNIBUS
COLETIVO. CASO FORTUITO EXTERNO. EXCLUSAO DE RESPONSABILIDADE
DA TRANSPORTADORA.
1. A Segunda Seção desta Corte já proclamou o entendimento de que o fato
inteiramente estranho ao transporte em si (assalto à mão armada no interior de ônibus
coletivo) constitui caso fortuito, excludente de responsabilidade da empresa
transportadora.
2. Recurso conhecido e provido. (STJ, REsp 726.371/RJ , Rel. Ministro Hélio Quaglia
Barbosa, DJ 05/02/2007)
Contudo, existe corrente nos tribunais inferiores no sentido de que se o assalto é
sucessivo, freqüente, na mesma linha, passaria a haver previsibilidade. Desta feita, o
transportador seria obrigado a indenizar.
Risco do Desenvolvimento: é aquele risco que não pode ser identificado quando
da colocação do produto no mercado mas, em função de avanços científicos e
técnicos, é descoberto posteriormente, geralmente depois de algum tempo de uso
do produto. A questão é: poderia o risco de desenvolvimento ser considerado
excludente de responsabilidade? A maioria da doutrina consumerista considera
que não.
A) Análise do art. 14
a.1) Responsável
* A redação do caput do art. 14 segue e mesma regra do art. 12. O prestador de serviços
responde de forma objetiva pela reparação de danos causados aos consumidores pelos
defeitos relativos aos serviços prestados e pelas informações insuficientes ou
inadequadas sobre a fruição e os riscos dos serviços.
a.2) Solidariedade
4ª Turma: Trata a questão a luz do art. 951 do CC/02, entendendo que o hospital
somente será responsabilizado por ato do médico mediante comprovação de culpa.
Nesse caso, a responsabilidade objetiva dos hospitais circunscreve-se apenas aos
serviços exclusivamente relacionados com o estabelecimento empresarial
propriamente dito, ou seja, aqueles que digam respeito à estadia do paciente
(internação), instalações, equipamentos, serviços auxiliares (enfermagem, exames,
radiologia), etc.
Parece que a controvérsia foi dirimida pela 2ª seção do STJ (órgão que compõe a 3º
e a 4º Turma) por 4 votos a 3 prevalecendo o entendimento da 4ª Turma.
Informativo 365 STJ.