Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISCTAC
Trabalho de Direito
ISCTAC
Cadeira de Direito
Curso Gestão de Empresas e Recursos
Humanos
3o Ano
Fundamentação ........................................................................................................................... 2
O lock-out ................................................................................................................................... 6
Conclusão ................................................................................................................................... 8
Referencias ................................................................................................................................. 9
Introdução
A greve é, sem sombra de dúvida, uma das maneiras mais eficazes de busca dos interesses da
classe trabalhadora no sistema laboral mundial. É a forma de obtenção quase imbatível de
aceite total ou parcial do empregador aos reclames quase sempre justificados da classe
trabalhadora, através da paralisação coletiva da força de trabalho, de modo a pressionar a
classe patronal a posicionar-se numa mesa de negociações, situação inaceitável em dias
arcaicos. Portanto, o trabalho descreve aspetos tais como a greve e Louckout.
1
Fundamentação
A greve é um meio usado para se chegar a um fim: o debate das questões pendentes na
relação patrões - empregados. Exige, por lógica, um mínimo de organização, agrupamento
organizado e liderança eficaz. É considerada uma arma essencial na luta de classe. A greve é
uma demonstração de força e união da classe trabalhadora, "de natureza violenta", mas
controlada, "compreendida e consentida", no dizer de SEGADAS VIANA.
Tal instituto baseia-se, portanto, nos ditames de segurança social, de modo a frear as
disparidades entre o patronato e o empregado. Não obsta, de forma alguma, ainda, que tal
exercício de direito não sofra suscitação de legitimidade perante o Poder Judiciário por
iniciativa do empregador. Se não se pode proteger demais o empregador, o mesmo deve ser
verificado em razão aos empregados.
A questão essencial, núcleo do pensamento que devemos ter no estudo do instituto da greve,
não é proteger uma parte em detrimento dos direitos legítimos da outra, mas sim, diminuir a
hipossuficiência de modo a garantir o melhor alcance da justiça.
2
provocando diferentes reações nos sistemas jurídicos. Ora figurando como expressão de
liberdade, ora como delito. Actualmente, porém, grande parte dos ordenamentos
jurídicos já admite tais manifestações como um direito inerente aos trabalhadores em
geral e aos funcionários públicos em particular.
Portanto, parece mais razoável considerar que somente com o trabalho livre e
assalariado o instituto da greve surgiu.
4
O direito de greve na Constituição da República de Moçambique de 2004
O artigo 87.º da CRM 2004 dispõe sobre o instituto de greve nos seguintes termos:
1. Os trabalhadores têm direito à greve, sendo o seu exercício regulado por lei.
Observa-se, ainda no n.º 2, do artigo 87.º, que nos “nos serviços e actividades essenciais,
interesse das necessidades inadiáveis da sociedade e da segurança nacional.” a greve foi
proibida, tanto que, o texto constitucional determina que o atendimento das necessidades
inadiáveis da sociedade, bem como os serviços e actividades indispensáveis como a segurança
nacional, não sejam interrompidos por causa da greve na função pública.
Entretanto, sobre o abuso do exercício do direito de greve, DELGADO explica que, a conduta
colectiva dos grevistas, embora amplamente franqueada, não traduz permissão normativa para
actos abusivos, violentos ou similares, pelos grevistas”. Seguindo o mesmo entendimento, o
ALVES afirma que, as acções ou omissões que venham a contrariar o conceito de greve, ou
que deste se distanciem, são abusivas e bastam para retirar a legitimidade constitucional do
movimento, tornando possível, a partir daí, a responsabilização de seus autores pelos actos
praticados durante a greve, cabendo a respectiva apuração em todas as esferas.
5
O lock-out
O lock-out é um processo que se traduz na cessação temporária da atividade acompanhada
normalmente, do encerramento do estabelecimento ou unidade empresarial, levada a cabo por
iniciativa do empregador por forma a que este, através de meios de pressão, procure impor aos
trabalhadores determinadas condições ou defender-se das reivindicações destes.
Deste conceito extraem-se dois elementos; por um lado, o encerramento da empresa por parte
do empregador ou a não permissão dos trabalhadores acederem ao seu local de trabalho e, por
outro, as motivações dessa atuação podem ser duas:
Lock-out ofensivo. O empregador tenciona criar condições de trabalho que lhe sejam
mais
favoráveis a si.
Esta tese não teve seguidores nos vários ordenamentos jurídicos europeus. O lock-out não
é considerado um meio de luta legítimo porque não existe equilíbrio entre a greve e o
lock-out. A diferença entre a força dos trabalhadores e o empregador é muito grande.
No que diz respeito aos seus efeitos, esta forma de pressão exercida pela entidade
empregadora implicaria a exoneração do dever de pagamento dos salários, pelo que
6
surgiriam dificuldades para os trabalhadores que os levariam a desistir das suas intenções
ou a aceitar as propostas que o empregador impunha mesmo no seu próprio prejuízo.
Neste sentido , em mocambique o Lock-out e proibido segundo a CRM 1990 do artigo 87.
7
Conclusão
Após a realização da pesquisa em torno do tema pelo qual nos propusemos apresentar,
resta-nos de seguida fazer as seguintes constatações:
A greve surgiu no âmbito das relações privadas, onde se deram todos os meios
desencadeadores para o nascimento dessa paralisação. Foi com as mudanças dos
mecanismos de produção ocasionados pela Revolução Industrial que houve a
sobreposição do capital à dignificação do trabalho humano. E frente ao cenário de
degradação do ambiente laboral, a classe operária tomou consciência de que teriam a
força necessária para lutar por melhores condições laborais.
8
Referencias