EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
MUNICÍPIO DE MACEIÓ, pessoa jurídica de direito público interno, com
sede na rua (...), por seu advogado inscrito na OAB/ ... sob nº ..., que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com endereço na (Rua ..., nº..., Bairro...), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 102, I, “l”, da CF/1988, arts. 13 a 18 da Lei nº 8.038/1990, arts. 156 a 162 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 282 e seguintes do Código de Processo Civil, propor:
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL COM PEDIDO LIMINAR
elaborado pela entidade sindical, resultando na decisão, preferindo pelo
deferimento do pedido de tutela antecipada, com a consequente inserção imediata em folha de pagamento do reajuste de 15% (quinze por cento) sobre o vencimento básico dos servidores.
O Tribunal de Justiça do Estado, ao apreciar o recurso interposto da
decisão concessiva da liminar, entendeu por mantê-la.
III – DA TUTELA DE URGÊNCIA
Presentes o "fumus boni iuris", tendo em vista que existe decisão do
Supremo Tribunal Federal não admitindo tutela antecipada para fins de reajuste da remuneração de servidores públicos, bem como o "periculum in mora", pois existe grave lesão aos cofres públicos, justifica-se plenamente o pedido de liminar, como preconiza o Art. 300 do Novo Código de Processo Civil:
Art. 300. A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
II - DO DIREITO
De acordo com o art. 102, inciso I, “l”, da Constituição Federal, é de
competência do STF a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar originariamente a reclamação para a preservação de sua competência e a garantia da autoridade de suas decisões. No mesmo sentido, existe a determinação legal prevista no art. 13 da Lei n° 8.038/1990.
Art. 13 - Para preservar a competência do
Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público.
Parágrafo único - A reclamação, dirigida ao
Presidente do Tribunal, instruída com prova documental, será autuada e distribuída ao relator da causa principal, sempre que possível.
Ainda dispõe o art. 1º da Lei nº 9.494, de 10/9/1997:
"Art. 1º- Aplica-se a tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil, o disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no art. 1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos arts. 1º,3º e 4º da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992."
Há aceitabilidade jurídica na imputação de constitucionalidade,
constante da inicial (fumus boni iuris) e atendendo-se também o requisito do periculum in mora, na conveniência da Administração Pública, obrigada a atender liminares que, apesar do disposto, estabelece o urgente acréscimo de vencimentos na folha de pagamento de servidores, sem o precatório exigido pelo art. 100 da Constituição Federal:
Art. 100. À exceção dos créditos de
natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Diante do exposto, o juízo monocrático ao conceder a tutela antecipada para o reajuste dos servidores públicos municipais vinculados à entidade sindical, não levou em conta o pronunciamento proferido pelo Egrégio Tribunal que dita a impossibilidade de concessão de liminares contra a Fazenda Pública que tenham como pressuposto a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do art. 1° da Lei n° 9.494/1997.
III - DO PEDIDO
Em face do exposto, requer:
a) a concessão de medida liminar para invalidar a decisão emitida nos autos da
ação ordinária, que concordou com o reajuste de 15% (quinze por cento);
c) intimação do Sindicato por ser interessado na presente demanda judicial;
d) vista ao membro do Ministério Público pelo prazo de 5 (cinco) dias, após o
decurso do prazo para informações;
e) oitiva do Procurador(a) Geral da República;
e) ratificação da liminar de cassação da decisão judicial, nos termos
requeridos.
Dá-se à causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de R$1.000, 00