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Vivemos em uma sociedade capitalista, ou seja, orientada ao consumo de bens e serviços. Mas, para que
as pessoas possam consumir, estes bens devem ser primeiramente produzidos pelos respectivos
setores responsáveis.
Você já pensou nas etapas pelas quais cada produto passa até chegar as suas mãos?
Mas será que é fácil identificar a diferença entre necessidades urgentes e supérfluas? Compare as
situações a seguir e reflita.
Marcos atua na área de vendas e utiliza o telefone celular como ferramenta de trabalho para contatar
clientes, consultar fornecedores, tomar decisões urgentes e realizar transações bancárias.
Por outro lado, sua filha Paula foi advertida pelo uso do celular em sala de aula, pois é um item
desnecessário para as atividades escolares.
Percebe como o mesmo item pode ser considerado necessário ou supérfluo, dependendo do contexto?
Por isso, é difícil enquadrar um produto permanentemente em uma categoria ou outra.
Estes conceitos remontam aos tempos das cavernas, quando a maior necessidade dos seres humanos
era garantir a sobrevivência e a manutenção da própria vida e da vida do grupo. Por isso, os humanos
pré-históricos desenvolveram armas para defesa, ferramentas para trabalho, máquinas e equipamentos,
que gradualmente foram se tornando mais sofisticados.
Complementando os assuntos estudados, confira também um artigo sobre bens e serviços sustentáveis:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-contratacao-de-bens-e-servicos-publicos-e-o-desenvolvimento-
sustentavel/79670/
A Questão da Produção
Ao longo dos tempos, a ligação entre necessidade e produção foi sendo naturalmente estabelecida e
desenvolvida de acordo com cada momento histórico. Ao longo da história, a produção foi, muitas vezes,
uma questão de extrema dificuldade até ser racionalizada nos modelos que temos hoje.
Definição de produção:
Qualquer processo de transformação que se faz por meio de adição de componentes específicos, de
forma adequada e com determinado grau de tecnologia, para se alcançar um produto ou um serviço.
Para se obter um resultado cada vez melhor, deve-se cuidar da qualidade ao longo de todo o processo,
sempre observando os pontos de maior relevância e aqueles passíveis de causarem algum defeito. Isso
porque é fundamental manter o nível de qualidade adequado para atender às necessidades daqueles que
dependem ou se interessam por adquirir os itens disponíveis no mercado.
Mercado é o local onde se encontram aqueles que produziram e querem vender com aqueles que
querem comprar para consumir.
Lembre-se de que não consideramos produção apenas a criação de bens tangíveis, como casas e
eletrodomésticos, mas também os diferentes serviços prestados atualmente, como entrega,
telefonia, consultoria... quantos deles você usa no seu cotidiano?
A diferença básica entre a produção de bens e de serviços é a questão dos estoques: os primeiros
podem ser estocados temporariamente para futuro consumo. Já os serviços são produzidos e
consumidos ao mesmo tempo.
Histórico da Engenharia de Produção
A transição do século XIX para o XX foi marcada por um grande processo de industrialização e busca
contínua por otimização e melhorias na produção. Nessa época, uma linha de estudos denominada
Engenharia de Produção começou a se desenvolver nos Estados Unidos.
Seguindo essa lógica, os EUA expandiram sua rede ferroviária, facilitando a ligação entre os diversos
pontos do país. Dessa forma, grandes corporações se estruturaram de forma a produzir em larga escala,
fornecendo os mais variados itens por todo o território americano.
Esse movimento não aconteceu por acaso, mas sim graças a um cuidadoso planejamento estrutural.
Conheça a cronologia do processo da expansão ferroviária americana no site a seguir:
http://www.novomilenio.inf.br/ano02/0207a008.htm
A partir dessas informações, podemos concluir que o aumento da produção possibilita o crescimento
econômico local, incentivando o desenvolvimento dos processos produtivos e elevando os índices de
qualidade e produtividade.
Nesse cenário surgiu um forte mercado de consumo interno nos EUA, e com ele a figura que seria o
grande gerenciador desse processo como um todo: o engenheiro de produção.
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Para saber mais sobre os impactos causados pelas mudanças radicais nos sistemas de produção,
recomendamos o documentário “As consequências da Revolução Industrial”, da emissora BBC:
https://www.youtube.com/watch?v=dYLNQyeDMwg&list=PLFRt_5xil6QIRJ6piWuzHcuLzKQ_G7z0q
Sistemas de Produção
É importante lembrar que os processos de produção existem desde que o homem começou a criar
instrumentos para facilitar sua vida primitiva. Um longo caminho foi percorrido até o marco da Revolução
Industrial no ocidente, e desde então outras incontáveis inovações e mudanças já aconteceram.
1. Artesanato
Observando MARTINS e LAUGENI (2005, p. 1): “Com o passar do tempo, muitas pessoas se revelaram
extremamente habilidosas na produção de certos bens, e passaram a produzi-los conforme solicitação e
especificações apresentadas por terceiros. Surgiram então os primeiros artesãos e a primeira forma de
produção organizada.”
2. Revolução Industrial
De acordo com SELEME e SELEME (2008, p. 13): “A primeira fase da Revolução Industrial ocorreu
aproximadamente entre 1760 a 1860. A segunda fase, de 1860 a 1900, foi caracterizada pela assimilação
da industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão.”
3. Administração Científica
Conforme CORRÊA e CORRÊA (2005, p.9): “Coube a Frederick Taylor, em torno de 1901, o pioneirismo
no desenvolvimento de técnicas efetivas visando sistematizar o estudo e análise do trabalho. Nesse
período, as fábricas dedicadas a grandes volumes de produção demandavam soluções que as tornassem
mais eficientes e gerenciáveis.”
4. Diferenciação
É natural que os produtores busquem atender ao seu mercado da melhor forma possível, independente
da época. Observa-se que é na diferenciação de produtos e/ou do atendimento que o futuro cliente pode
ser conquistado e que o atual pode ser mantido. A satisfação tem sido o grande diferencial nesse
ambiente cada vez mais competitivo.
Fatores de Produção
(1) Recursos Naturais: Matérias primas retiradas da natureza, usadas como base para utilização no
processo de transformação e/ou agregação ao produto final. Ex.: minério de ferro, trigo, algodão,
petróleo etc.;
(2) Tecnologia: Este item vem se modificando e se atualizando conforme a época estudada, assim
como com as condições locais. Ex.: Forno a lenha (para processos lentos), forno a gás (para processos
maias rápidos) e forno micro-ondas (para processos muito rápidos). Cada um deles apresenta
características diferentes nos resultados;
(3) Capital: Para se adquirir todos os demais fatores de produção, há a necessidade de se ter capital, ou
seja, dinheiro próprio ou de terceiros para ser aplicado, gerando mais dinheiro. Ex.: dinheiro do
proprietário, dos sócios, de um consórcio, de um banco de fomento etc.;
(4) Mão de obra: São as pessoas envolvidas direta ou indiretamente no processo, cada uma delas
contribuindo com suas características, desde as mais gerais até as mais especializadas. Ex.: costureira,
médico, cabelereira etc.;