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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DE

MANAUS DO ESTADO DO AMAZONAS

ANA sobrenome, estado civil, modelo profissional, portadora da carteira de

identidade nº..., inscrita no CPF sob nº…, domiciliada em Manaus – AM, residente no endereço...,
vem, por seu advogado, com endereço profissional no endereço…, para fins do artigo 39, I do
Código de Processo Civil, propor a presente

AÇÃO INDENIZATÓRIA

pelo rito ordinário, em face de BRASIL CONNECTION LTDA., importadora inscrita

no CNPJ nº..., estabelecida em Curitiba - PR, pelas razões de fato e de direito que passa

a expor.

DOS FATOS

A autora, modelo profissional, residente em Manaus viajou para São Paulo para

o casamento de sua filha.

Ao chegar a São Paulo, a autora procurou um Salão de Cabeleireiro para lavar e

pintar seus cabelos e realizar um penteado para o casamento de sua filha

A demandante procurou o estabelecimento do primeiro réu para contratar os

serviços acima citados.

João Macedo, representante da primeira empresa ré e cabeleireiro que a atendeu,

cobrou R$ 500,00 pela prestação dos serviços.

Na aplicação da tintura, produzida pelo segundo réu, a autora sofreu uma grave

alergia necessitando de atendimento hospitalar, que teve um custo de R$ 1.000,00, bem

como ficou de repouso absoluto por dois dias, o que a impossibilitou de ir ao casamento

de sua filha.

Além disso, a demandante perdeu grande parte do seu cabelo e teve seu rosto

manchado durante dois meses, tendo sido dispensada de um ensaio fotográfico o qual

havia sido contratada pelo valor de R$ 50.000,00.


Constatou-se que a tintura utilizada na autora da presente demanda continha

substancias químicas extremamente nocivas à vida e saúde das pessoas. E, inclusive, já

tendo sido condenada o segundo réu pela justiça francesa para cessar a fabricação e

comercialização do produto
DOS FUNDAMENTOS

O Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 12 em diante versa sobre o

fato do produto.

O fato do produto disposto na lei consumerista assegura que o fabricante,

produtor, construtor, nacional ou estrangeiro, responderá sem ser necessário identificar

a existência ou não de culpa, pelos danos causados aos consumidores tendo em vista a

insegurança e defeito do produto.

Na presente demanda observa-se que a autora ao utilizar a tintura fabricada pelo

segundo réu no salão do primeiro réu foi acometida de grave alergia, sofrendo inúmeros

danos à sua saúde, bem como ficando em repouso e tendo um gasto no valor de R$

1.000,00 com atendimento médico.

Além disso, se viu impossibilitada de comparecer a uma das datas mais

emocionantes e importantes de sua vida, que foi o casamento de sua filha.

Ora, Exa, imagine o transtorno da autora de ter saído de sua cidade e, ao chegar

na cidade onde contemplaria o casamento de sua filha, teve de ficar em repouso

absoluto em razão da irresponsabilidade dos réus em colocar no mercado um produto

perigoso
Não obstante ter sofrido o dano físico e psicológico, a autora ainda teve um

contrato no valor de R$ 50.000,00 cancelado em razão do modo como se encontrava


cheia de manchas e enorme perda de cabelo.

Assim, merece a autora ser indenizada do valor que deixou de ganhar tendo em

vista o acidente causado pelo produto, pois encontra respaldo no artigo 402 da lei

civilista, onde se observa a figura do lucro cessante, garantia de indenização ao que a

autora perdeu e, ainda, ao que deixou de lucrar com sua imagem.

O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil garante que as empresas

responderão independente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em

circulação, restando claro que a autora deve ser indenizada pelos danos sofridos.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer, conforme abaixo:

1 – a citação do réu para, querendo, apresentar resposta sob pena de revelia;

2 – que seja concedida a inversão do ônus da prova;

3 – julgar procedente o pedido para:

3.1 – a condenação do réu ao pagamento de dano material ao autor, no valor de

R$1.500,00, com juros e correção monetária;

3.2 – a condenação do réu ao pagamento de lucros cessantes no valor de R$50.000,00,

com juros e correção monetária;

3.3 – a condenação do réu ao pagamento de dano moral no valor de R$... (determinar),

com juros e correção monetária;

3.4 – a condenação do réu ao pagamento de dano estético no valor de R$... (determinar),

Com juros e correção monetária;


3.5 – a condenação do réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado

em 20% sobre o valor da causa.

DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos

artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal,

pericial e depoimento pessoal dos réus.

DO VALOR DA CAUSA

Dá–se à causa o valor de R$... (Art. 259, II, do CPC)

Pede deferimento.

Município, 01 de outubro de 2012.

ADVOGADO

OAB...

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