e posicionamento cristão Prof. Dr. Claus Schwambach (Seminário ministrado no 37º Congresso de Jovens da MEUC) Nosso tema dá o que falar...! Qual é a sua opinião sobre... A prática da homossexualidade? O Movimento LGBT? Ideologia de gênero? Você acha que ser contra as práticas LGBT é discriminação? É um atentado aos direitos humanos? Você concorda com a crítica da mídia de que os cristãos são homofóbicos e preconceituosos? Você tem coragem de defender publicamente a família e a união hetero? Parada do orgulho gay – Liberação total e pressão social Marcha para Jesus – Fundamentalismo cristão Confusão e dificuldade para se posicionar Tema está polarizado na sociedade (e na igreja!) Há uma “guerra de fundamentalismos” e uma “guerra de intolerâncias” Fundamentalismo intolerante gay e LGBT Fundamentalismos intolerantes religiosos Há forte pressão social (mídia e massas) em favor do gênero Há imposição política do gênero (MEC) Quem ousa se posicionar publicamente contra é visto como homofóbico Propósitos desse seminário 1. Expor Fundamentos históricos e filosóficos da IG Principais ênfases e articuladores da IG e da guerra contra a família Implantação da IG nos aparelhos políticos internacionais 2. Apresentar argumentos que sirvam de ferramenta de discernimento teológico e ideológico – e que ajudam a formar opinião 3. Fornecer dicas pastorais para lidar IG e com LGBTs Literatura PEETERS, Marguerite A. O gênero: uma norma política e cultural mundial. Ferramenta de discernimento. São Paulo: Paulus, 2015; SCALA, Jorge. Ideologia de gênero. O neototalitarismo e a morte da família. 2ª ed. São Paulo: Katechesis, 2015 Gênero – Uma palavra, muitos significados!! Gênero é uma palavra que existe há muito tempo, usada no senso comum, entre outros, como sendo um sinônimo para a palavra sexo Teorias de gênero (e teorias queer) são teorias elaboradas por psicanalistas, sociólogos, filósofos da cultura e feministas de gênero, de acordo com as quais “a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero dos indivíduos são o resultado de um constructo social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais” <http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_queer>. Acesso em: 16 mar. 2015 Fundamentação teórica para opções sexuais tipicamente pós-modernas A definição de gênero encontrada nas teorias de gênero e nas teorias queer serve de fundamentação “científica”: para legitimar a visão e estilo de vida dos movimentos LGBT, QUEER e similares para lutar pelos direitos e autonomia da mulher e minorias LGBT e combater “estereótipos sexistas” (maternidade, a feminilidade, o casamento heterossexual, a complementaridade homem/mulher) para convencimento das populações globais, visando provocar uma “revolução cultural do gênero” ou uma nova cultura global, favorável aos pleitos LGBT para convencer políticos a implantarem legislações favoráveis ao movimento LGBT (a partir da ONU) Tese: Gênero é uma ideologia escondida sob a máscara de boas causas humanitárias Significados mais neutros da palavra, Palavra “GÊNERO” usados para alcançar adesão popular e consenso global: Luta contra estupro e violência contra a mulher Programas em favor da igualdade da mulher Direitos humanos (minorias, igualdade, liberdade de escolha) Luta contra violência, bullying e preconceito Defesa da não Núcleo ideológico escondido discriminação e dos >> manipulação da linguagem! direitos LGBT Nossa tarefa como cristãos é discernir a vontade de Deus História da ideologia de gênero Da revolução estudantil ao transhumanismo pós-gênero da atualidade... 4 etapas do conceito “gênero” Conceito “gênero” é resultado de um longo processo de revoluções filosóficas e culturais do ocidente ETAPAS: 1) Surgimento e elaboração do conceito por psiquiatras, psicólogos e psicanalistas americanos (a partir de 1955) 2) Transferência do conceito para as ciências sociais nas universidades dos EUA e da França (a partir de 1960) 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1970-1980) 4) Globalização pós-moderna do gênero (anos 90-) 1) Surgimento e elaboração do conceito por psiquiatras, psicólogos e psicanalistas americanos Sexólogo John Money (1921-2006), Harvard Diante de casos de hermafroditismo – traços biológicos dos 2 sexos – ele começa a usar a palavra “gênero” Gênero é uma “identidade sexual que não coincide com a identidade biológica” Famoso por cunhar a expressão gender role Distinguiu entre sexo (noção biológica) e gênero (papel social, experiências de masculinidade e feminilidade das pessoas, sentimentos subjetivos) Definição reducionista de pessoa = corpo + papel social CORPO = determinação animal, pela qual a pessoa nada pode PAPEL SOCIAL = espaço para usar a liberdade e determinar a vida É possível escolher uma identidade de gênero diferente da identidade biológica [p. ex. homossexualidade] 2) Transferência do conceito para as ciências sociais nas universidades dos EUA e da França Sociólogo Talcott Parsons (1902-1979) desenvolve um modelo de família nuclear em 1955, contendo uma visão integrada de “papéis de gênero” Educação mista na escola (mesmo conteúdo para rapazes e moças) Mesmas carreiras para homens e mulheres Partilha de tarefas educativas e trabalhos domésticos Decisões por consenso do casal Considerava a complementaridade e as diferenças de homem e mulher como empecilhos para se falar de igualdade de sexos Defendia uma política de igualdade dos sexos 2) Transferência do conceito para as ciências sociais nas universidades dos EUA e da França 1958 – Criação do Gender Identity Research Project, que estuda casos de intersexuais e transexuais no Centro Médico da Universidade da Califórnia
Psiquiatra Robert Stoller (1925-1992) introduz o conceito
de identidade sexual, diferente da identidade biológica, no Congresso Psicanalítico de Estocolmo, Suécia, 1963 2) Transferência do conceito para as ciências sociais nas universidades dos EUA e da França Psiquiatra Robert Stoller (1925-1992) HOJE: Gênero = “quantidade de masculino e feminino” presente em cada pessoa Defende que os pais e a cultura importam mais na identidade sexual de uma criança que suas características biológicas Identidade sexual é sentimento psicológico, independente do sexo Papel sexual são os estereótipos culturais masculinos e femininos 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Forte expansão do conceito a partir “1968” foi o ano louco e enigmático do da revolução juvenil (1968) nosso século... Deu-se uma espécie de furacão humano, uma generalizada e estridente insatisfação juvenil, que varreu o mundo em todas as direções. “1968” foi o ponto de partida para uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversível. Seria o marco para os movimentos ecologistas, feministas, das organizações não-governamentais (ONGs) e dos defensores das minorias e dos direitos humanos. 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) A partir da revolução estudantil de 1968... Autores influenciados pelo filósofo existencialista ateu francês de Jean Paul Sartre defendem a ideia de liberar o indivíduo em si (negando o que lhe é dado, a realidade dada, as normas dadas), para que ele possa viver para si, i. é, conforme suas próprias opções e decisões livres 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) A partir da revolução estudantil de 1968... Usa-se a palavra “gênero” como expressão dessa liberação: eu não preciso ser o que sou naturalmente (biologicamente e psiquicamente) ou aquilo que estado ou religião querem me impor, sem que eu tivesse direito de escolher, mas posso me autodeterminar livremente, decidindo minha identidade de gênero Ao lado: adolescentes e jovens protestam e pedem educação sexual dinâmica e direito ao orgasmo 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Frase famosa de Simone de Beavoir (1908-1986): “Não se nasce mulher, torna-se mulher” Família, casamento e maternidade estão na origem da opressão e dependência femininas e são um empecilho para que vivam a sua liberdade Beavoir defende que a pílula anticoncepcional liberta as mulheres para exercerem o domínio de seus corpos e poderem dispor livremente deles “Nenhuma mulher deveria ser autorizada a ficar em casa criando filhos... As mulheres não deveriam ter essa opção exatamente porque, se existe essa opção, muitas mulheres optarão por elas” (cit. p. J. Scala, p. 67) 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) O pensador freudiano-marxista Herbert Marcuse (1898-1979), autor do famoso livro Eros e civilização, defende o surgimento de uma sociedade não repressiva – i.é, que faça das pulsões sexuais valores políticos 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) A feminista britânica Ann Oakley (1944-) em Sex, gender and society (1972) introduz o termo “gênero” nos glossários de ciências sociais e o difunde na cultura anglo-saxã O livro tornou-se no manual das feministas de gênero nos EUA nos anos 70 Defende igualdade dos sexos Combate os papéis sociais tradicionais da mulher Difunde que o gênero de uma pessoa não é algo natural, mas uma opção social da pessoa – cada um deve decidir o gênero a que quer pertencer 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Nos anos 1980 são fundados em várias universidades dos EUA departamentos de gender studies Principalmente a partir da influência do pensamento marxista, freudiano e de filósofos pós-modernos franceses (Michel Foucault, Jacques Derrida, G. Deleuze, J. Baudrillard, J-F. Lyotard, Simone de Beavoir, Monique Wittig) desenvolve-se uma teoria pós-moderna de gênero Luta-se: para igualar o tratamento socioeconômico e político de homens e mulheres na sociedade por justiça social através da igualdade dos sexos Pela aceitação do direito da mulher ao aborto Por uma redistribuição global do poder social dos sexos 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Movimentos do feminismo de gênero defendem: Que os homens inventaram a história, a ciência e a religião para oprimir as mulheres e que as mulheres devem reelabora-las para conseguir libertação A autonomia das mulheres (principalmente em relação aos homens) A ruptura com normas sociais tradicionais e o ensinamento religioso – por serem opressores Que maternidade e complementaridade homem/mulher são obstáculos à liberdade e autorrealização da mulher Que o determinismo biológico, que predispôs o corpo da mulher à maternidade, é uma razão da inferioridade da mulher e deve ser combatido 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Monique Wittig (1935-2003) Líder do movimento lésbico na França A partir de 1976, foi uma das primeiras a usar a teoria de gênero para defender reivindicações homossexuais Combate o patriarcalismo – que é principal inimigo do feminismo – e defende, no lugar dele, a igualdade de gênero 3) Maturação e transformação do conceito num projeto sociocultural (anos 1960-1980) Revolta de Stonewall, USA, 1979 1º gay pride Movimento de gays e lésbicas ataca a heteronormatividade, transmitida pela educação e cultura Crítica à discriminação, exclusão e estigmatização de práticas homossexuais Importante: a partir dos anos 80 a distinção entre sexo e gênero começa a ser considerada consensual por vários teóricos do gênero, por movimentos feministas e de homossexuais Resumo até aqui: Teorias de gênero SEXO GÊNERO Natural Social e culturalmente construído Produto de “reprodução biológica” Produto da “reprodução social” Genético, físico, biológico, anatômico, Convencional, social, cultural, político fisiológico, cromossômico, hormonal Imutável, estável, fixo, universal Mutável, instável, fluido, efêmero, variável segundo as épocas e as culturas Objetivo Subjetivo Interno ao indivíduo Externo ao indivíduo Abordagem setorial Holismo Corpo na perspectiva de gênero O corpo prende a pessoa a uma identidade biológica, da qual ela não é iniciadora [= determinismo biológico] Por isso, o corpo é a causa de uma espécie de escravidão e opressão Teorias de gênero são libertadoras, pois levam a pessoa sempre mais longe na vontade de ultrapassar seus limites biológicos por meio de autodeterminação de sua opção sexual, independente do corpo (masculino ou feminino) que possuem 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Feminista Judith Buttler, Gender trouble, 1990 Defende que não existe ligação nenhuma entre biologia e papel social – nossa opção sexual não tem nada a ver com o nosso corpo biológico “O gênero não é o resultado casual do sexo, nem é aparentemente tão fixo quanto o sexo. Ele é um estado construído, radicalmente independente do sexo... Um artifício em flutuação livre, que tem por consequência que homem e masculino podem tanto significar um corpo feminino quanto um corpo masculino e que a mulher e feminino podem tanto significar um corpo masculino quanto feminino” 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Ser homem ou mulher não é “algo que se é, mas algo que se faz” E como uma pessoa constrói socialmente seu gênero? Desprender-se do sexo como fato biológico natural Desprender-se de normas dadas (culturais ou religiosas) Por linguagem performativa ou autodeterminação i. é: a pessoa decide por não considerar a realidade biológica dada como referência, mas repete a sua “opção” sexual e ensaia pensar e viver de acordo com ela – ela se dá total liberdade de seguir seus impulsos sexuais Ético é tudo o que é tecnicamente realizável Butler propõe a prática transexual, como maneira lúdica de praticar a liberdade de opções sexuais 4) Globalização do gênero A teoria QUEER – EUA – Anos 1990 Influência de feministas como J. Buttler, Eve K. Sedgwick, Lauren Berlant (inspiradas em M. Foulcoult) Vai mais longe que a teoria de gênero e afirma que a identidade biológica sexual, a orientação sexual e os Negação da próprios atos sexuais são basicamente construções realidade sociais, e que não são naturais e nem essenciais para o ser pessoa Há diferença entre o meu EU e o que FAÇO Teoria do gênero Teoria QUEER SEXO Natural Construído [“virtual”] GÊNERO Construído construído 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Teoria QUEER (“estranho”, em conflito com o normal) Defende todo o conjunto de identidades sexuais possíveis: homossexual, lésbica, bissexual, transexual, andrógina, hermafrodita, travesti, drag king, drag queen, transformista XX boy, boyz, new half, shemale ETC Contrários à qualquer restrição sexual e favoráveis à pura liberdade de opções 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Teoria QUEER Não visa só a igualdade e a tolerância Quer a desestabilização da identidade sexual das pessoas (desconstrução do sujeito) Trabalha pela desconstrução da ordem social (normas da sociedade) e criação de uma nova cultura de gênero nas sociedades pós- modernas Possui objetivos sociopolíticos, visando transformar a cultura das nações, com uso de influência e pressão política (lobbyies), a fim de demolir as regras tradicionais e religiosas 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Teoria QUEER David Halperin é um teórico queer que defende uma ideia tipicamente pós-moderna de uma identidade de gênero sem essência! Quem optou por viver QUEER, optou por viajar entre os gêneros, de um a outro, ao sabor das circunstâncias, dos encontros, dos desejos do momento – ele nem sabe mais direito sua identidade sexual Por não possuir identidade de gênero fixa, a pessoa tende a não ter compromissos nem parceiros fixos 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) A feminista dos EUA, Shulamith Firestone (1945-), é defensora do PÓS-GÊNERO e quer quebrar a “tirania da família biológica”: Eliminação das classes sociais e dos sexos Mulheres devem tomar controle da fertilidade humana, das instituições sociais de concepção de uma criança e da educação das crianças = Revolução Feminista Diferenças genitais homem/mulher devem ser irrelevantes A reprodução deve ser artificial e crianças devem nascer dos 2 sexos A dependência da criança da mãe deve ser substituída pela dependência de um pequeno grupo de pessoas Eliminação completa do gênero [= autodestruição] 4) Globalização do gênero (anos 90 até hoje) Donna Haraway (1944-), pós-gênero e transhumanista, escreveu A cyborg manifesto: Science, technology and socialist feminism in the late XX century (1991, best-seller) Libertação da mulher por meio de sua transformação em organismo pós-biológico e pós-gênero Mudança de sexo e indivíduos assexuados Libertação da mulher da função reprodutiva por meio de úteros artificiais Mulher poderá adquirir conhecimentos e fazer downloads em seu cérebro A libertação do gênero e do sexo será completa quando a mulher viver em espaço virtuais e cibernéticos Como o gênero está se tornando em norma política mundial O papel da ONU Após queda do muro de Berlim (1989) e início da era da globalização, ONU tomou a iniciativa de construir um novo consenso global sobre normas, valores e prioridades de cooperação internacional Isso aconteceu através de conferências internacionais entre 1990 e 1996 Por influência de feministas do gênero, que atuavam em parceria operacional com órgãos da ONU, a ONU acolheu, em seus documentos, novos conceitos e padrões, e o gênero é um deles 4ª Conferência Internacional da Mulher, Pequim, 1995 Acontece a introdução do conceito de “gênero” e da “igualdade dos sexos” nos documentos Uma vez aprovados os documentos, fala-se que há um consenso global sobre esses temas A visão aprovada deve ser implantada nos países membro da ONU Poderosas ONGs ajudam a ONU (Anistia Internacional, Planejamento Familiar Internacional, Organização para o desenvolvimento da Mulher, Greenpeace...) Essa rede chama-se de “governança mundial”, e é mais poderosa que muitos governos Incontáveis ONGs e entidades e movimentos assumem o discurso nos países membro e a nova visão vai se impondo A negociação ocorrida em Pequim Houve muitas controvérsias sobre a inclusão da palavra “gênero” nos documentos de Pequim Para conseguir aprovar o uso da palavra, os seus defensores optaram por não definir o conceito [estratégia de manipulação] A maioria (ignorante!) dos governantes interpretou a palavra “gênero” no sentido gramatical tradicional e não viu problemas no seu uso Como a palavra foi usada para promover o desenvolvimento integral da mulher, a inclusão da palavra foi aprovada Depois de aprovado, o termo foi “preenchido” em seu significado a partir da ideologia de gênero O texto do documento de Pequim Gênero corresponde “aos atributos sociais e [às] oportunidades associadas ao fato de ser homem ou mulher e às relações entre mulheres e homens, entre moças e rapazes, como também às relações entre mulheres e às relações entre homens. Esses atributos, oportunidades e relações são socialmente construídos e aprendidos no curso do processo de socialização. Eles são específicos de certos contextos e épocas e mutáveis” Gênero é construção social e inclui interpretação homossexual e queer Essa linguagem e definição tornam possível atacar politicamente a heteronormatividade Todos os programas, fundos e agências normativas da ONU assumem a linguagem! Mudança de linguagem nos governos A partir da adoção do conceito de “gênero” pela ONU e ONGs, há uma ruptura com a linguagem tradicional, usada na Declaração de Direitos Humanos (homens, mulheres, cônjuges, pais, mães, marido, mulher) na Carta Internacional de Direitos, que reconhece a família de um homem e uma mulher e o casamento como a união estável Desde Pequim, a linguagem do “gênero” foi se impondo politicamente em nível internacional, nacional e local ONU exerce pressão sobre países-membro e culturas e impõe o conceito globalmente, promovendo uma transformação cultural mundial em favor da ética do gênero Mudanças nas políticas públicas e nas leis Desde Pequim, as políticas implantadas a partir da ONU priorizam a igualdade de gênero, a promoção e emancipação da mulher e seus direitos Gendermainstreaming A mulher deve ter oportunidades iguais aos homens, acesso igual aos postos de decisão, aos recursos, à educação, à informação, ao salário Há uma luta contra a violência contra a mulher e a discriminação Nos países em que tais políticas são implantadas, há uma deterioração das políticas e leis para a família e uma destruição da família, educando-se os cidadãos do mundo em favor do gênero! Lobbyies LGBT mundo afora Grupos LGBT influenciam a mídia, a opinião pública e os governos – quem foge da norma, é criticado!! Combatem à heteronormatividade e a discriminação de LGBTs, em nome da defesa dos direitos humanos Tentam mover a opinião pública e os governos a aceitarem, valorizarem e legalizarem os estilos de vida LGBT, sem considerarem culturas e crenças Igualdade de direitos homossexuais já é prioridade política em vários países, bem como a criminalização da homofobia (Brasil PL 122) Vendem a ideia de que a adoção do “gênero” é a solução para superar a violência contra mulher e a homofobia, e estabelecer direitos iguais para todos “Os direitos dos homossexuais são direitos humanos e os direitos humanos são direitos dos homossexuais... Um governo viola os direitos do homem quando declara a homossexualidade ilegal ou permite a impunidade daqueles que fazem mal aos homossexuais” Hillary Clinton, em seu discurso às Nações Unidas em 7.12.2011 O papel internacional da “ONU Mulheres” Auxilia a ONU na implantação política da igualdade de gênero Mede o desempenho dos programas internacionais Exerce pressão Fiscaliza RESUMO: a linguagem do gênero está se tornando em norma política internacional A maioria das pessoas aceita por ingenuidade, simpatia, influência da mídia, moda, conformismo... Gênero nos Ministérios da Educação Em vários países – e muito intensamente no BRASIL! – os Ministérios de Educação Revisaram livros de educação Promovem sensibilidade de gênero Introduziram o tema da orientação sexual e da identidade sexual nos currículos das escolas, e ali é associado a um direito Livros escolares desconstroem estereótipos masculino e feminino Banheiros da diversidade Tentaram (e conseguiram!) implantar ideologia de gênero através dos Planos Estaduais e Municipais de Educação O controverso Projeto de Lei 122/2006 PL 122 iria definir os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e equiparar homofobia ao racismo Houve muitas manifestações públicas contra o PL 122 Foi arquivado... Projeto de Lei da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos – Jean Wyllys Avaliação crítica da ideologia de gênero Núcleo ideológico do “gênero” Conceito “gênero” é resultado de um longo processo de revolução filosófica e cultural do ocidente
Conceito foi desenvolvido e aprimorado com ideias do
pretenções à ‘reengenharia social’ planetária”, que quer a “completa eliminação das diferenças sexuais nos seres Núcleo ideológico escondido humanos como pressuposto para um ‘novo mundo’” A verdadeira intenção (Jorge Scala) Manipulação linguística e abstração “O vocábulo ‘gênero’ designa uma realidade identificável, mas é uma fabricação intelectual, sem ancoragem na realidade – uma abstração ... uma teoria pura” Marguerite A. Peeters
As “palavras têm gênero (e não sexo), enquanto que
os seres vivos têm sexo (e não gênero)” Jorge Scala Núcleo ideológico escondido Manipulação linguística A crítica de uma feminista antifeminista Camile Paglia deu em 2015 uma entrevista no programa “Roda Viva Internacional”: https://www.youtube.com/watch?v=KlYR1isM2o8 Ela faz uma diagnose trágica da cultura ocidental e anuncia a decadência cultural do ocidente Mesmo sendo feminista e até ateia, sem religião, ela propõe a revisão do feminismo por promover a decadência cultural e a destruição de valores que promovem a perpetuação da cultura Critica o feminismo por não levar a biologia à sério e por negar a realidade empírica Defende o valor das religiões, o valor da heterossexualidade, o valor de educar meninos como meninos e meninas como meninas A crítica de um documentário norueguês Em 2011 o Conselho Nórdico de Ministros – uma organização de cooperação interparlamentar entre Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia – cortaram fundos para o Instituto Nórdico de Gênero Motivo: O documentário apresentado em TV pelo sociólogo e humorista Harald Eia, chamado de “O paradoxo da igualdade” Na Noruega, apesar de haver liberdade de gênero, mulheres e homens optam por profissões mais adequadas ao seu sexo Eia confrontou pesquisadores de gênero com resultados de outros pesquisadores ingleses e norte-americanos, que apontaram para a falta de provas científicas para teorias de gênero O assunto “gênero” NÃO é consenso global NEM foi debatido, mas está sendo imposto “O pretenso conteúdo da norma mundial do gênero não foi submetido a debate democrático aberto: declarou-se um ‘consenso’, sem que o conceito tivesse sido definido. ... Esse processo distorce os princípios básicos da democracia. É fácil perceber aí coerção e manipulação” Marguerite Peeters Imposição intolerante de ética e valores “a pós-modernidade se apresenta como ‘indulgente’ ou ‘flexível’ (soft), informal, aberta, tolerante, consensual, [mas] ela mostra de fato que é, na verdade, dura, fechada e sectária. Essa ética que celebra a liberdade de escolha, mais que qualquer outro valor, impõe sua interpretação da ‘livre escolha’” Marguerite A. Peeters Negação da realidade, do senso comum e da biologia Ao isolar e separar a identidade de gênero da identidade biológica – como se o corpo biológico fosse algo que se deixasse separar do EU e da psique da pessoa – as IG entram em contradição com a fenomenologia da vida e com os conhecimentos que temos da biologia Fenomenologicamente, cada pessoa já nasce como menino ou menina antes que alguém a ensine ou a eduque e antes que ela, como ser livre e responsável, decida algo sobre a vivência de sua sexualidade Uma pessoa cresce saudável quando se desenvolve de modo coerente com sua herança biológica Esvaziamento da compreensão universal e cristã de “homem” e “mulher” IG negam a natureza humana tal qual criada por Deus, e tentam “desessencializar a ideia de homem e mulher”, ao afirmar que “não existe o homem ‘natural’ ou a mulher ‘natural’ (J. Scala) IG quer seres humanos polimorfos e que todos modos de relação sexual tenham igual valor, mas o corpo humano não foi, em sua biologia, projetado para tal Destruição da família e do papel dos pais Teorias de gênero relativizam a polarização e mútua complementaridade do ser homem e do ser mulher em sua relevância para o convívio sexual e para a educação de filhos (cf. Kit Gay do MEC) Mas há incontáveis pesquisas que mostram: Nossos filhos, meninos e meninas, precisam urgentemente da presença, da referência, do amor e da aceitação tanto do pai quanto da mãe para serem felizes e crescerem saudáveis! Convicções cristãs a partir da Bíblia Relatos bíblicos de criação: Deus criou homem e mulher à sua imagem (Gênesis 1,26-28), com o propósito de estabelecerem cultura através dá constituição de famílias Cantares: polaridade homem/mulher e erotismo saudável Jesus confirma a visão dos relatos de criação do AT e a normalidade do casamento heterossexual monogâmico A normalidade na criação de Deus é que o ser humano nasce como homem e mulher e com uma identidade sexual masculina e feminina biológica-, psicológica- e geneticamente dada Bíblia confirma a polaridade e mútua complementaridade de homem e mulher como pressuposto para a continuidade da vida e da cultura Convicções cristãs a partir da Bíblia Práticas homossexuais são antinaturais e vistas como pecado Antigo Testamento Gênesis 19.5; Levíticos 18.22 e 20.13 Jz 19.22 Novo Testamento Romanos 1.22-27 1 Coríntios 6.9-11 – cristãos de Corinto deixaram para trás práticas homossexuais após aceitarem o evangelho, pois ele possibilita um novo estilo de vida, adequado à vontade de Deus Criaturas “móbile” e seres “sistêmicos” – Contra o dualismo antropológico de espírito contra corpo Bíblia possui uma visão integral do ser humano – Ele não apenas “tem” corpo, alma e espírito, mas ele “é” a união indissolúvel de corpo, alma e espírito, como homem e como mulher Ao separar a identidade de gênero (espírito) da identidade biológica (corpo), IG defende uma antropologia dualista e separa corpo e espírito – isso é tentar separar o inseparável! Fazer opções sexuais desconsiderando o corpo biológico sempre é algo que desumaniza a pessoa humana – somos criaturas “móbile”! Sobre a autonomia e a liberdade que levam ao desprezo do corpo Será que ensinar às pessoas que elas possuem um “eu” tão autônomo, que tem o direito de fazer o que quiser com “o” corpo, que sempre é o “seu próprio” corpo, não é, no fundo, um convite à autodestruição, que afetará negativamente a vida dessa pessoa como um todo? Conclusão: Ficar fora do quadro ideológico Não utilizar a linguagem do gênero, mas a tradicional, do sexo Não deixar intimidar-se pelo poder da governança mundial Perceber que IG traz a decadência da família e da cultura e traz alienação, destruição e empobrecimento Não permitir que outros formatem nossa opinião Fugir do binarismo dualista de gênero e redescobrir a estrutura triúna da pessoa e do amor Abandonar uma visão laica e ideológica de igualdade e retornar ao paradigma do amor Abrir-nos para acolher o mistério de Deus, revelado em Cristo, onde encontramos o propósito original e atual do criador para nossas vidas! Questões pastorais Para ajudar... Regra básica: Nunca discriminar, sempre acolher e pessoa Conhecer as pessoas e sua história; relacionar-se e aprender a diferenciar entre as pessoas e suas ideias e práticas de vida Entender que há muito mais pessoas que pensamos com crises sérias de identidade de gênero, sem que o desejassem Diferenciar entre estas e adeptos ideológicos de IG Jesus Cristo nos aceita como somos, mas não nos deixa como somos! Há várias causas para pessoas que lutam na definição de sua identidade sexual Hermafroditismo verdadeiro pessoas que nascem com órgãos genitais dos dois sexos (intersexualidade) – cf. pseudo- hermafroditismo Problemas embrionários! Hoje corrigível via cirurgia de definição de sexo Causa muitas lutas e dificuldades para quem possui! Há várias causas para pessoas que lutam na definição de sua identidade sexual Causas psicológicas surgidas ao longo da biografia: Incidentes ou transtornos no desenvolvimento psicológico, nas relações afetivas com pais e tendências comportamentais desenvolvidas pela própria pessoa podem causar distúrbio de identidade sexual na infância e/ou adolescência Tese defendida por muitos psicólogos e psiquiatras hoje, não cristãos Psicólogos e psiquiatras cristãos tendem a ver aqui as principais causas da homossexualidade e fazem abordagens terapêuticas para auxiliar a pessoa a definir sua identidade sexual Infelizmente essa ajuda terapêutica foi estigmatizada e vem sendo rejeitada pelo lobby gay como cura gay Como, porém, ajudar alguém que sinceramente deseja abandonar um estilo de vida homossexual? Causas genéticas? Sobre o “gene gay” Não há consenso entre os especialistas, e a discussão está ideologicamente comprometida Quem defende a origem genética, quer legitimar a opção e a prática LGBT O gene gay não foi, efetivamente, comprovado Cf. mudanças genéticas causadas pela alimentação de transgênicos e seus efeitos ainda não estudados Biblicamente falando, mesmo que também houvesse causas genéticas para a homossexualidade, ela não estaria simplesmente legitimada Por que não deixamos de tratar anomalias ou doenças genéticas? Prática homossexual por adesão cultural ou experimentação Boa parte – provavelmente a maior parte – de pessoas que possuem práticas LGBT não possuíam necessariamente alguma crise de identidade sexual, mas, acabaram aderindo a tais práticas por conta do ambiente cultural pós-moderno, que é favorável Já que não é proibido, experimentam... Optam por um estilo de vida e práticas sexuais LGBT e acabam gostando e se prendendo (ficando presas) a esse estilo de vida IG são, nesse sentido, causadoras de uma verdadeira confusão de gênero sem tamanho É preciso diferenciar tendências e práticas homossexuais como opção de vida Se uma pessoa está com crises de identidade sexual, lutas com tendências ou desejos homossexuais ela não deve ser vista do mesmo modo como alguém homossexual praticante Nunca estigmatizar nem discriminar Acolher sempre e manter amizade e contato Sempre que há tendências, deve-se deixar um espaço para essa pessoa tentar clarear sua identidade e buscar auxílio Também há cristãos que sofrem e travam lutas terríveis com desejos homoafetivos que não queriam de modo nenhum ter, mas têm, e que precisam ser entendidos, amados e acolhidos O que defendemos como jovens cristãos? A família – homem, mulher e filhos O casamento monogâmico e a fidelidade conjugal A complementaridade dos sexos masculino e feminino A valorização da maternidade e do dedicar-se à educação Educação com princípios cristãos O acolhimento de todas as pessoas na igreja, independente de opção sexual - vemos todas as pessoas como imagem de Deus Atitudes não discriminatórias nem excludentes nem preconceituosas (acolhemos pessoas, nem sempre suas ideias) O direito de pessoas homoafetivas buscarem ajuda Todos devem ter liberdade de expressar seus “credos morais” A tolerância como virtude política – contra a imposição cultural Tolerância como “virtude política“ (J. Habermas) „Quando devemos ser tolerantes?“ „Nós não precisamos ser tolerantes, quando nós de qualquer forma formos indiferentes à concepções e definições estranhas ou quando apreciamos o valor desse ‚outro‘... A virtude política da tolerância é requerida somente então, quando os envolvidos considerarem a sua própria reivindicação de verdade como algo ‚não negociável‘ no conflito com a reivindicação de verdade de um outro, e por isso permitem que o dissenso que permanece seja visto como questão não decidida, para que no nível da convivência política eles mantenham uma base comum de convívio“. Über die Konkurrenz von Weltbildern, Werten und Theorien, Berlin- Brandenburg. Akademie der Wissenschaften 29. 6. 2002 (palestra do autor diante da Academia de Ciências de Berlin-Brandenburg) – In: http://www.bbaw.de/schein/habermas.html Disposição ao testemunho público da fé Nossa tarefa como cristãos é discernir a vontade de Deus A decisão livre e responsável é SUA! “Governos, povos, pais, educadores, jovens do mundo inteiro, nós todos temos uma decisão a tomar: de um lado, está a conformidade com o espírito da nova cultura mundial e o de seguir, seja passivamente, seja de maneira plenamente consentida, as novas normas laicistas [do gênero]; de outro, a identificação filial com nossa vocação ao amor e à felicidade[, dados por Deus]” Margyerite Peeters Desejo a você... Que não seja vítima fácil e ingênua da mídia e nem dos lobbys da ditadura internacional do gênero e lembre que a ideologia de gênero é um tigre de papel, que não tem autoridade moral nem consistência científica Que você lute para permanecer culto, informado, capaz de discernir as filosofias e ideologias e de lidar criticamente com elas a partir da bíblia, da fé e da ética cristãs Que você tenha sempre coragem de testemunhar publicamente sua fé em Cristo e de conviver com os que pensam e vivem diferente de você, em tolerância e amor É no convívio que se transmite o evangelho!