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INTRODUÇÃO

Este disco se destina a transformar seu reprodutor de CD em um gerador


de sinais de áudio de alta qualidade, com baixa distorção e grande
variedade de tipos de sinais.
O CD contém, ainda, exemplos de sons de instrumentos musicais, sem
determinado processamento, para avaliação prática do equipamento.
Para utilizá-lo, basta conectar o reprodutor à entrada de linha do
equipamento a ser testado, e efetuar as medidas.
POR QUE MEDIDAS DE ÁUDIO
As medidas de áudio são, sem dúvida, a forma objetiva de avaliarmos um
equipamento ou sistema de som. A resposta de frequências mostra se o
sistema está apto a cobrir toda a gama necessária à reprodução de um
determinado material – rock, samba, música clássica, diálogo, filmes...
As baixas distorções (ou seja, menos de 0,1%) demonstram a “pureza” da
reprodução sonora. Os parâmetros acústicos como, por exemplo, o tempo
de reverberação indica a qualidade acústica dos ambientes de audição.
Até pouco tempo atrás, o equipamento para medidas de áudio era
analógico e custava uma fortuna. Hoje, usando-se este CD e um
computador com uma boa placa de áudio e um software de preço
acessível, tem-se um sistema de medidas de precisão superior á dos
melhores instrumentos de vinte anos atrás.
A seguir, descrevemos o conteúdo deste CD faixa por faixa, dando dicas
sobre a utilização de cada um destes 69 sinais, escolhidos para a máxima
praticidade e abrangência.
SINAIS E APLICAÇÕES
Os sinais a seguir são descritos segundo o número da faixa do CD.
1. Identificação de canais: contêm as palavras “esquerdas”, “Centro” e
“direita” em suas respectivas posições. Na posição central, o sinal
aparece em ambos os canais estéreos.
2. Senoidal de 1kHz, 0dB; este é o mais básico dos sinais de teste.
Frequência pura, com distorção abaixo de 0,001%, no máximo nível
de gravação do sistema digital. Pode ser utilizado para estabelecer o
nível de operação do equipamento (leitura de 0dB no medidor de
picos), e sobre tudo para medidas de distorção harmônica,
utilizando um equipamento ou um software adequado. Aplica0se o
sinal ajusta-se o nível desejado e mede-se a distorção.
3. Senoidal de 1kHz. -10dB; o mesmo sinal, porém com o nível
reduzido de referência de nível, para medidas com outros sinais.
4. Senoidal de 20kHz, -1dB. Este sinal, bem como os seguintes até a
faixa nº 44, serve para medidas de resposta de frequências. Note
que, neste CD, há maior número de sinais do que em outros do
gênero. Com isso, temos maior resolução (1/6de oitava) nas faixas
de graves extremos e de agudos extremos, possibilitando medidas
muito mais precisas nas regiões mais críticas do áudio. Mesmo que
você não tenha um equipamento de medida, poderá avaliar
sistemas de caixas “de ouvido”, determinando com razoável
exatidão até que frequências o sistema responde, e se há falhas ou
picos na resposta.
5. Senoidal de 22,4Hz, -10dB.
6. Senoidal de 25Hz, - 10dB.
7. Senoidal de 28,1Hz, -10dB.
8. Senoidal de 31,5Hz, -10dB.
9. Senoidal de 35,5Hz, -10dB.
10.Senoidal de 40Hz, -10dB.
11.Senoidal de 44,7Hz, -10dB.
12.Senoidal de 50Hz, -10dB.
13.Senoidal de 56,1Hz, -10dB.
14.Senoidal de 63Hz, -10dB.
15.Senoidal de 71Hz, -10dB.
16.Senoidal de 80Hz, -10dB.
17.Senoidal de 89,4Hz, -10dB.
18.Senoidal de 100Hz, -10dB.
19.Senoidal de 125Hz, -10dB.
20.Senoidal de 160Hz, -10dB.
21.Senoidal de 200Hz, -10dB.
22.Senoidal de 250Hz, -10dB.
23.Senoidal de 315Hz, -10dB.
24.Senoidal de 400Hz, -10dB.
25.Senoidal de 500Hz, -10dB.
26.Senoidal de 630Hz, -10dB.
27.Senoidal de 800Hz, -10dB.
28.Senoidal de 1kHz, -10dB.
29.Senoidal de 1,25kHz, -10dB.
30.Senoidal de 1,6kHz; -10dB.
31.Senoidal de 2kHz, -10dB.
32.Senoidal de 2,5kHz, -10dB.
33.Senoidal de 3,15kHz, -10dB.
34.Senoidal de 4kHz, -10dB.
35.Senoidal de 5kHz, -10dB.
36.Senoidal de 6,3kHz, -10 dB.
37.Senoidal de 8kHz, -10dB.
38.Senoidal de 10kHz, -10dB.
39.Senoidal de 11,2kHz, -10dB.
40.Senoidal de 12,5kHz, -10dB.
41.Senoidal de 14,1kHz, -10dB.
42.Senoidal de 16kHz, -10dB.
43.Senoidal de 17,9kHz, -10dB.
44.Senoidal de 20kHz, -10dB.
45.Nota Lá: usada para a afinação de instrumentos.
46.Escala cromática: toca no piano, tendo as notas naturais (Dó, Ré,
Mí, etc) tocadas com maior intensidade. Serve para a educação do
ouvido (reconhecer notas).
47.Multitone: este sinal reúne frequências de 31, 25 até 16kHz em
oitavas (cada uma é o dobro da anterior). Ideal para medidas
rápidas de resposta de frequência. Muito usado em estações de
rádio e TV, bastando bem menos de um segundo de transmissão
para fazer-se a medida.
48.Senoidal de 60Hz + 7kHz, mixadas na proporção de 4:1. Sinal usado
para medição de distorção por intermodulação, pelo método
SMPTE requerendo equipamento ou software adequado. A
intermodulação produz produtos ou batimentos, isto é, frequências
que são 7kHz ± harmônicos de 60Hz, ou seja: 7060, 7180Hz, etc. e
6940, 6880, 6829Hz etc...
49.Sweep(varredura) de frequências, de 20Hz a 20kHz, a -10dB. Serve
para uma rápida avaliação da resposta de caixas acústicas,
observando-se mesmo de ouvido se em algum momento há uma
queda ou elevação acentuada do volume.
50.Sweep(varredura)de níveis, de -40dB a 0dB, a 1kHz. É muito útil,
usado em conjunto com equipamento ou software adequado, para
traçar a cura de distorção harmônica x nível de saída de
equipamentos, determinado seu nível ou potencia máxima. Ao se
traçar essa curva, há um ponto onde a distorção sobe bruscamente,
indicando a saturação da saída. Logo abaixo dele, localiza-se a saída
máxima.
51.Pulsos de Dirac: Ideais para a medida rápida e precisa de resposta
de frequências de 20Hz a 20kHz, com o auxilio de analisador em
tempo real (RTA), pois aparecerá uma curva incorreta.
52.Ruído Branco (White Noise): Ideal para medida de resposta de
frequências em equipamento eletrônico, utilizando analisador de
espectro FFT. Não utilize analisador em tempo real (RTA), pois
aparecerá uma curva incorreta.
53.Ruído Rosa (Pink Noise): O Sinal “clássico” para a medida de
resposta de frequências de sistemas de alto-falantes. Deve ser
utilizado em conjunto com um analisador de tempo real (Real Time
Analyzer). Atenção: nunca tente obter um resposta plana de 20Hz a
20kHz. Muito poucos sistemas respondem desde 20Hz. Por outro
lado, o ar absorve frequências altas, devendo-se observar uma
queda suave (3dB por oitava) a partir de algum ponto acima de
2kHz. Esses limites devem ser respeitados, tanto para evitar
estragar os alto-falantes nos graves, como para evitar “aspereza”
nos agudos.
54.Ruído Rosa Filtrado, banda de 63Hz: as faixas de 54 a 61 contém
ruído rosa, filtrado em bandas de um oitava de extensão, de 63Hz a
8kHz. Este é um recurso extremamente útil para medidas de tempo
de reverberação. Aplica-se o sinal até “encher” a sala, e então
interrompe-se bruscamente o mesmo: o ambiente reverbera, e
esse tempo é medido com equipamento adequado (registrador de
nível X tempo). O tempo de reverberação é o tempo gasto até que a
intensidade do sinal tenha caído 60dB. Como é praticamente
impossível (devido ao barulho do ambiente) medir uma diferença
tão grande de nível, pode-se medir o tempo para uma queda de
30dB e multiplicar por 3, etc.. Em ambientes extremamente
reverberantes, pode-se até avaliar o tempo de ouvido, observando
num relógio quando segundos o som leva para desaparecer.
55.Ruído Rosa Filtrado, banda de 125Hz.
56.Ruído Rosa Filtrado, banda de 250Hz.
57.Ruído Rosa Filtrado, banda de 500Hz.
58.Ruído Rosa Filtrado, banda de 1kHz.
59.Ruído Rosa Filtrado, banda de 2kHz.
60.Ruído Rosa Filtrado, banda de 4kHz.
61.Ruído Rosa Filtrado, banda de 8kHz.
62.Bateria: mixada em estéreo, sem equalização. Compressão ou
efeitos.
63.Baixo acústico: captado a pequena distância, com microfone
condensador.
64.Baixo elétrico: gravado através de direct Box, resposta plana.
65.Violoncelo: Gravado a certa distância com microfone condensador.
Pode se perceber a acústica do estúdio.
66.Violão com cordas de aço: gravado em estéreo, com dois
microfones condensadores, Sem qualquer efeito aplicado.
67.Guitarra elétrica, gravada com amplificador.
68.Saxofone tenor: gravado a curta distância. Cada detalhe pode ser
ouvido.
69.Piano de cauda, Tocado por Antônio Adolfo e muito bem gravado.
Excerto de “AR”, do CD “Puro improviso”, gravado e produzido pelo
grande mestre.
PARA MEDIR...
Embora possa-se usar aparelhos de medida autônomos, sem duvida o
microprocessador + o software são, hoje a ferramenta favorita e mais
acessível para medidas de áudio. Existem no mercado muitos modelos de
placas de áudio de excelente qualidade, que dentro de um computador
razoavelmente rápido, com um software adequado, podem tornar-se um
preciso instrumento de medidas. Mas, mesmo que você não possua ainda
esses recursos, com este CD já terá o ponto de partida, que são os sinais
de teste.
PARA OUVIR...
A audição dos instrumentos musicais é o teste final do equipamento.
Confie em seus ouvidos – eles são ainda o melhor instrumento de medida
disponível, desde que bem educados para um julgamento critico.
Bom Trabalho!
Sólon do Valle.

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