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II Congresso Brasileiro de Redução de Riscos e Desastres:

Rio de Janeiro, RJ, Brasil – 11 a 14 de Outubro de 2017

MARCOS INTERNACIONAIS E A REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES NA


AMÉRICA DO SUL

Viviane Japiassú Viana1, Rosa Maria Formiga Johnsson2


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UVA, Universidade Veiga de Almeida, vivijvambiental@gmail.com
2
UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, formiga.uerj@gmail.com

RESUMO

Nas últimas décadas, marcos internacionais e acordos multilaterais voltados para a redução de riscos
de desastres – RRD tiveram a adesão de países do mundo todo, visando o fortalecimento de ações,
medidas e políticas públicas relacionadas à temática. Em 2015, o Marco de Sendai trouxe novas
diretrizes e metas para a RRD, considerando os resultados obtidos na implementação do Marco de
Ação de Hyogo - MAH. A mobilização para implementação do MAH resultou na adesão de diversos
países aos programas que desdobraram deste marco. No entanto, para que os objetivos e metas do
Marco de Sendai sejam alcançados até 2030, será necessário que o poder público, a iniciativa
privada, a academia e a sociedade civil se empenhem na revisão de suas práticas, priorizando a RRD
em detrimento do gerenciamento dos desastres. Sem pretender esgotar o assunto, este artigo
apresenta uma perspectiva da evolução da RRD na América do Sul, mapeando instrumentos legais,
programas e projetos promovidos ao longo das últimas décadas nos países sul americanos em
alinhamento com o Marco de Ação de Hyogo e o Marco de Sendai. Para tal, foi realizada ampla
revisão bibliográfica, contemplando relatórios de organismos internacionais e instituições dos países
estudados, artigos científicos e trabalhos acadêmicos, bem como instrumentos legais e
procedimentos técnicos dos países estudados. Foi possível constatar que apesar dos esforços
empreendidos no âmbito do Marco de Ação de Hyogo, mesmo depois de dois anos de existência do
Marco de Sendai, poucas ações efetivas foram realizadas nos países avaliados com vistas ao
atingimento das metas deste marco.

Palavras-chave: Redução de Riscos de Desastres. RRD. América do Sul. Marco de Sendai.

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II Congresso Brasileiro de Redução de Riscos e Desastres:

Rio de Janeiro, RJ, Brasil – 11 a 14 de Outubro de 2017

1 INTRODUÇÃO

Desde o início do século XXI, a prevenção dos desastres vem sendo incorporada ao arcabouço legal de
diferentes países do mundo todo. Neste período, diferentes instituições voltadas para o tratamento desta
temática vem sendo criadas, tanto no âmbito do poder público, quanto no contexto da sociedade civil e dos
organismos multilaterais. Líderes governamentais, gestores públicos e especialistas, com diferentes formações
e experiências, têm se reunido para debater e propor soluções para essa problemática. Dentre estas soluções,
destacam-se a promoção da gestão do risco de desastres na escala local e a cooperação técnica entre os países
atingidos por desastres.
Essa mobilização tem promovido importantes avanços na compreensão dos desafios e oportunidades
da gestão de riscos de desastres, de modo a promover uma transição das abordagens tecnocratas e segregadas
que vinham sendo adotadas anteriormente para uma abordagem holística e multidisciplinar. A revisão
bibliográfica realizada neste artigo demonstrou que as estratégias adotadas pelos países da América do Sul
para a redução de riscos desastres associados a inundações variam em termos de estrutura de governança,
investimentos, prioridades, critérios técnicos e instrumentos de gestão. No entanto, é reconhecida a urgência
da integração da gestão de riscos de desastres à gestão do território para que seja possível avançar no tema e
obter resultados mais efetivos em termos de redução de riscos.
Enquanto alguns países restringem integralmente a ocupação nas áreas de risco, outros aceitam essa
ocupação mediante a adaptação das infraestruturas urbanas e edificações para suportar esse risco. Há ainda
aqueles que permitem o uso de áreas de riscos, desde que eles sejam considerados compatíveis com os riscos
aos quais está exposto o território. No que diz respeito aos mecanismos financeiros, alguns países criaram
fundos voltados para o apoio às comunidades atingidas por inundações, estabelecendo regras claras para a
concessão e aplicação dos recursos. Outra alternativa adotada por alguns países é a adoção de políticas
públicas de aquisição dos terrenos inseridos em áreas de risco (CAISSE D’EPARGNE, 2004).
Este artigo tem como objetivo apresentar uma breve perspectiva dos esforços para a redução dos
riscos de desastres na América do Sul, sobretudo, nas últimas duas décadas de modo a evidenciar a
importância de se empreenderem novos esforços para o cumprimento das recomendações do Marco de
Sendai dentro de seu período de vigência.

2 METODOLOGIA

Para a elaboração deste trabalho foi realizado um amplo levantamento bibliográfico que
compreendeu consulta a publicações oficiais (relatórios, boletins informativos, manuais, cartilhas), em
diferentes idiomas (português, espanhol, inglês e francês), sítios eletrônicos de organismos internacionais, bem
como das instituições envolvidas com a gestão e a redução de riscos de desastres nos países da América do Sul.
O arcabouço legal dos países avaliados foi levantado nos portais oficiais das instituições nacionais
responsáveis pela gestão de riscos de desastres, e complementado com informações obtidas em relatórios e
estudos técnicos identificados.

3 RESULTADOS

3.1 Esforços para a Redução de Riscos de Desastres (RRD) no cenário internacional

Diversos centros de pesquisa e bases de dados focados na questão dos desastres foram criados desde
a década de 1990. No entanto, a produção e a avaliação de informações sobre o histórico de desastres, não é

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suficiente para produzir uma cultura de prevenção e redução de riscos que seja capaz de prevenir ou minimizar
os danos causados pela ocorrência de novos desastres.
Neste contexto, buscando promover estimular a mobilização pela prevenção de desastres, a
Organização das Nações Unidas - ONU declarou a década de 1990 a 1999 como a década internacional para a
redução dos desastres naturais.
Em 1994, foi realizada a primeira conferência mundial sobre a redução de desastres, em Yokohama no
Japão. Neste primeiro encontro dedicado ao tema, os países participantes lançaram um “esforço global para
criar uma cultura de redução de riscos, preparação e prevenção” (UNISDR/ONU, 2015).
Em 1999, a ONU criou o Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres – EIRD
(UNISDR, na sigla em inglês), dedicado ao estudo e o financiamento de iniciativas de prevenção de desastres.
Desde então, o EIRD vem estimulando e promovendo o intercâmbio de experiências entre as regiões e países
afetados.
Em 2005, a ONU promoveu uma segunda conferência internacional que resultou no “Marco de Ação
de Hyogo 2005-2015: Construindo resiliência nas nações e nas comunidades frente aos desastres”. Por fim, a
terceira conferência, realizada em 2015, resultou no “Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres
2015-2030”, ao qual países do mundo todo aderiram, devendo cumprir as metas pré-estabelecidas até o ano
de 2030 (VIANA, 2016). O quadro 1 apresenta uma síntese dos principais acordos, estratégias e fóruns
internacionais voltados para a redução de risco de desastres, disposta de acordo com a cronologia dos eventos.

Quadro 1 - Cronologia dos principais acordos, estratégias e fóruns internacionais voltados para a RRD.
Ano Estratégia / Acordo / Fórum
1989 Década Internacional para a Redução dos Desastres Naturais
1994 Estratégia de Yokohama e Plano de Ação
2000 Estratégia Internacional para a Redução de Desastres
Declaração do Milênio / Objetivos do Milênio - ODM
2002 Implementação do Plano de Johannesburgo/ Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social
2005 2ª Conferência Mundial para a RRD: Marco de Ação de Hyogo – MAH 2005-2015
2007 1ª Sessão da Plataforma Global para a RRD
2009 2ª Sessão da Plataforma Global para a RRD
1ª Reunião da Plataforma Regional para RRD das Américas
2011 3ª Sessão da Plataforma Global para RRD
2ª Reunião da Plataforma Regional para RRD das Américas
2015 3ª Conferência Mundial para a RRD: Marco de Sendai 2015-2030
Fonte: Viana, 2016.

3.2 Marco de Sendai 2015-2030

Em 2015, foi realizada mais uma conferência sobre RRD para avaliar as dificuldades e oportunidades
encontrados ao longo de 10 anos de implementação do Marco de Ação de Hyogo, e definir novas diretrizes
para a redução de riscos de desastres. Os resultados desta avaliação apontaram diversos problemas a serem
superados, dentre os quais podemos destacar a urgência na prevenção de novos riscos de desastres e redução
dos riscos de desastres existentes.
O Marco de Sendai, resultante dos debates promovidos nesta conferência, estabeleceu quatro áreas
prioritárias para que sejam alcançados seus objetivos:
1) Compreensão do risco de desastres;
2) Fortalecimento da governança para a gestão do risco de desastres;
3) Investimento na redução do risco de desastres para resiliência:
4) Melhoria na preparação para desastres visando a melhoria da resposta e uma melhor
reconstrução nas etapas de recuperação, reabilitação e reconstrução.
No que tange à área prioritária 1, é necessária a geração de dados que considerem os
desdobramentos dos desastres na escala local, mas também, como estes eventos se inserem num contexto

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mais amplo (regional, nacional e global). Assim, é fundamental que os servidores públicos e outras partes
interessadas ampliem seus conhecimentos sobre os riscos de desastres e estratégias para a sua redução. Por
isso, a capacitação técnica dos envolvidos na temática é essencial. Neste ponto, a RRD deve ser abordada no
sistema de educação (formal e informal). A utilização de sistemas de informações geográficas, de redes sociais
e outros recursos digitais para a divulgação das informações de RRD também é um elemento de grande
importância para aumentar a capilaridade de tais informações (UNISDR/ONU, 2015).
Quanto ao fortalecimento da governança do risco de desastres (área prioritária 2), o marco pontua a
necessidade de aumentar substancialmente o número de países com estratégias nacionais e locais de redução
de riscos de desastres até o ano 2020. Nessas estratégias devem ser consideradas diferentes escalas de tempo,
e estabelecidos indicadores a serem atingidos com prazos pré-definidos. Outra questão fundamental para o
fortalecimento da governança da RRD é a formulação de políticas públicas que abordem a prevenção e a
realocação dos assentamentos humanos inseridos em áreas expostas aos riscos de desastres (margens de rios,
encostas, etc.). Também devem ser estabelecidos instrumentos legais e de gestão que incentivem a inserção da
RRD nas práticas da iniciativa privada e nas regulamentações setoriais (construções, planejamento urbano, uso
do solo, gestão ambiental, gestão das águas, etc.).
No âmbito da área prioritária 3, que trata dos investimentos na RRD para a resiliência, os países devem
promover a proteção financeira no que diz respeito aos desastres, através da criação de seguros e outros
mecanismos adequados. Também devem ser intensificados e estimulados os investimentos do poder público e
da iniciativa privada em ações e projetos de desenvolvimento que promovam o aumento da resiliência.
Para a melhoria da preparação para desastres (área prioritária 4), as etapas do pós-desastre
(reabilitação, recuperação e reconstrução) devem ser desenvolvidas considerando-se a necessidade de reduzir
riscos existentes e prevenir a instalação de novos riscos. Nesta conjuntura, cabe destacar, por exemplo, a
necessidade de priorizar a realocação de infraestruturas públicas para fora das áreas de risco. Também é
necessário garantir o apoio psicossocial e serviços de saúde mental para os atingidos por desastres, além de
envolver todos os setores da sociedade, inclusive a população, na concepção das iniciativas de RRD.
O Marco de Sendai destaca que o fortalecimento dos contextos nacional e local é essencial para a
efetividade e eficácia das medidas de redução de riscos de desastres. Para isso, a clareza na definição de papéis
e responsabilidades dos diferentes atores sociais é fundamental, devendo ser considerados também os grupos
mais vulneráveis (crianças, idosos e deficientes), as instituições privadas, a academia e as comunidades
indígenas.
Para que o Marco de Sendai seja implementado de maneira a promover uma redução efetiva nos
riscos de desastres, destacamos os seguintes pontos a serem considerados na concepção e na implementação
de políticas públicas:
• A gestão de riscos de desastres deve ser abordada com uma visão holística que considere os
múltiplos riscos (reais e potenciais) aos quais um território está exposto;
• Os arranjos institucionais (nacionais e locais) e os sistemas de governança, ainda muito frágeis
em grande parte dos países, precisam de investimentos e ações que os fortaleçam;
• As políticas públicas devem se basear em informações (técnicas e de conhecimentos
tradicionais) e precisam promover o aumento da resiliência da aos riscos de desastres;
• É preciso melhorar a preparação para a resposta ao desastres, investindo em capacitação,
simulados, comunicação, sinalização e mobilização social;
• A recuperação precisa ser promovida de foram a adaptar as pessoas e sistemas aos riscos
iminentes;
• É necessário, e urgente, que sejam criados instrumentos legais e normativos que facilitem e
incentivem o investimento de recursos privados na RRD;
• É preciso integrar os instrumentos de gestão e as legislações temáticas para que iniciativas
públicas, privadas e da sociedade civil possam se integrar, potencializando seus resultados e
garantindo medidas mais efetivas (econômicas, estruturais, jurídicas, sociais, de saúde,
culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e institucionais);

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• É preciso melhorar os fluxos de comunicação intra e inter setoriais, de modo a garantir que as
informações produzidas alcancem seu público alvo e sejam efetivamente utilizadas para a
redução de riscos de desastres;
• Devem ser ampliadas as cooperações em âmbito internacional, regional, sub-regional e
transfronteiriço, de modo a prover apoio técnico e financeiro aos países mais vulneráveis aos
desastres;
• As mudanças e a variabilidade climática nos estudos e políticas públicas, mas é preciso
cautela no excesso de conservadorismo, que pode produzir efeitos contrários aos esperados,
tais como a resistência às iniciativas propostas e a descrença na estimativa de riscos;
• A gestão de riscos de desastres deve ser necessariamente associada a uma gestão do
território mais eficiente, que pondere os riscos existentes, prevendo ações que reduzam estes
riscos e evitem a instalação de novos riscos;
• As iniciativas de RRD devem considerar elementos que podem aumentar a dimensão dos
danos causados por desastres. Também devem ser considerados os problemas sociais
ambientais e econômicos que podem ser potencializados pela ocorrência de desastres, tais
como: pobreza e desigualdade social, urbanização não planejada, má gestão do solo, usos
insustentáveis de recursos naturais, degradação de ecossistemas e a ocorrência de
pandemias e epidemias.
Apesar de estar em vigor há pouco mais de dois anos, o Marco de Sendai já tem se mostrado capaz de
promover reflexões que transpõem as barreiras impostas pelas diferentes prioridades setoriais. Isto porque,
suas metas globais estão começando a ser incorporadas em outros acordos internacionais e em políticas
públicas regionais, nacionais e locais.
Porém, em termos de promover mudanças mais efetivas no arcabouço legal e no arranjo institucional
dos países da América do Sul, o Marco de Sendai ainda não tem sido capaz de promover grandes mudanças.
Neste contexto, traçamos a seguir, um panorama da RRD nos países sul americanos, apresentando os principais
marcos legais e iniciativas promovidos pelos organismos multilaterais atuantes no continente. Também são
apresentados alguns projetos e programas realizados com o apoio de instituições que tem financiado e
incentivado iniciativas de RRD nesses países.

3.3 Redução de Riscos de Desastres na América do Sul

Nery (2016) afirma que Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL, criada em
1948, exerceu um importante papel no desenvolvimento de uma identidade latino-americana, influenciando na
política externa brasileira e promovendo um processo de integração entre o Brasil e os outros países latino
americanos.
No que tange à articulação legislativa, Bressan, Mariano e Luciano (2015), afirmam que o Parlamento
Latino-Americano – Parlatino, criado em 1964, é a experiência mais antiga da América Latina.
Atualmente, além destes organismos, a América do Sul conta com diferentes iniciativas/instituições
multilaterais de integração regional. Dentre elas, a mais conhecida é o Mercado Comum do Sul - Mercosul,
criado em 1991, que visa estabelecer uma política comercial comum, coordenar políticas macroeconômicas e
setoriais, e harmonizar legislações nas áreas pertinentes (MERCOSUL, 2017).
Em 2008, no contexto de uma nova visão de integração regional, foi criada a União de Nações Sul-
Americanas – Unasul, visando estabelecer uma maior autonomia nas relações entre os países do continente.
Segundo Nery (2016), a Unasul é “um espaço multilateral de coordenação e cooperação política” em diferentes
áreas, e que considera a heterogeneidade dos modelos políticos e econômicos dos países integrantes.
No quadro 1, é apresentada uma síntese do cenário atual de adesão dos países sul americanos a às
iniciativas multilaterais supracitadas.

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Quadro 1: Iniciativas multilaterais voltadas para RRD na América do Sul


Participação
País
MERCOSUL UNASUL PARLATINO CAPRADE-CAN
Argentina X X X
Bolívia Em processo de adesão X X X
Brasil X X X
Chile X X X
Colômbia X X X X
Equador X X X X
Guiana X X
Paraguai X X X
Peru X X X X
Suriname X X
Uruguai X X X
Venezuela X X X
Fonte: Elaborado pelas autoras.

A redução de riscos de desastres vem ganhando cada vez mais importância no contexto dessas
iniciativas multilaterais. Assim, nos últimos anos vêm sendo estabelecidos acordos multilaterais que resultaram
na criação de grupos de trabalho, comissões e reuniões específicas para debater os desafios e buscar soluções
para esta problemática.
No Mercosul, por exemplo, foi instituída em 2009, a Reunião Especializada de Redução de Riscos de
Desastres Socionaturais, Defesa Civil, Proteção Civil e Assistência Humanitária – REHU, tendo como finalidade
expressar a preocupação dos países membros quanto à temática dos desastres e discutir a implementação do
Marco de Ação de Hyogo - MAH. Em 2011, foi elaborado um relatório sub-regional com um balanço da
implementação deste marco. No final de 2015, durante a reunião do Conselho de Mercado Comum, os países
membros do Mercosul, criaram a RMAGIR - Reunião de Ministros e Altas Autoridades de Gestão Integral de
Riscos de Desastres. Este fórum, que tem atualmente o Paraguai à frente de sua secretaria técnica, tem dado
continuidade aos trabalhos realizados pela REHU, tendo como principais funções (RMAGIR, 2017; MERCOSUL,
2015):
• Definir prioridades na área da gestão integral de riscos de desastres da região;
• Propor políticas sub-regionais transfronteiriças em matéria de gestão integral de riscos de
desastres baseadas em realidades nacionais que contribuam com as mesmas, apoiadas no
intercâmbio de informação, investigação, inovação, experiências, assessoria técnica e
científica.
• Promover a criação de uma plataforma MERCOSUL em matéria de gestão integral de riscos de
desastres integrada pelos Estados Membros.
Em maio de 2016, em sua primeira reunião, a RMAGIR discutiu a possibilidade de integração de
serviços hidro meteorológicos dos países membros, com enfoque na gestão dos riscos. Contudo, a
possibilidade ainda não se concretizou.
Em 2013, a UNASUL criou o Grupo de Trabalho de Alto Nível para a Gestão do Risco de Desastres
(GTAN-GRD), composto pelos representantes do ministérios de gestão de riscos e organismos de proteção e
defesa civil dos países membros. Em 2015, foi publicado o relatório “Consideraciones para Fortalecer una
Estrategia Suramericana para la Reducción del Riesgo de Desastres” apresentando um diagnóstico da RRD e
estimativas de riscos na América do Sul. No mesmo ano, foi publicada a Resolução UNASUR/ CMRE/
RESOLUCION Nº 022/2015 aprovando o Plano de Ação 2015-2019 do GTAN-GRD. Neste plano, está prevista a
formulação de uma estratégia regional para a gestão de riscos de desastres para a América do Sul com base no
Marco de Sendai (UNASUL, 2017). Entretanto, esta estratégia ainda não foi formulada.
Em 2013, ao tornar efetivo o grupo de trabalho GTAN-GRD, a UNASUL buscou instituir uma instância
regional de coordenação e articulação na gestão de riscos de desastres na América do Sul. Atualmente, esse GT
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está revisando a estratégia sul-americana para a redução de riscos de desastres, visando promover a
colaboração entre os países da América do Sul no enfrentamento da temática e em alinhamento com o Marco
de Sendai (BORGO, 2015). Dentre as ações voltada para RRD que se encontram em andamento nos grupos de
trabalho da UNASUL, destacam-se a elaboração de um atlas sul americano de mapas de riscos, e as discussões
sobre a padronização de terminologias e convenções cartográficas (VIANA, 2016; UNASUL, 2017).
O PARLATINO aprovou em outubro de 2013, o protocolo sobre a gestão de risco de desastres na
América Latina e no Caribe, concebido em alinhamento com as prioridades do Marco de Ação de Hyogo. Desde
então, este parlamento vem promovendo debates e definições técnicas no âmbito da subcomissão sobre
prevenção e atenção de riscos e desastres. Ao assinarem o protocolo, os países membros do PARLATINO se
comprometem com a promoção da redução do risco de desastres (RRD), por isso, ele pode ser considerado um
marco regional no tocante à temática. Dentre as diretrizes que devem ser consideradas pelos países signatários
deste protocolo, se destacam (PARLATINO, 2013):
• A criação de um sistema regional para a redução do risco de desastre e a definição de elementos
para a elaboração de um plano regional para a redução dos riscos de desastres (art. 3);
• As medidas de RRD deverão ser integradas com os instrumentos de desenvolvimento,
ordenamento territorial, planificação urbana e estratégias de redução da pobreza (art. 6);
• As autoridades nacionais deverão adotar políticas, estratégias e planos para a RRD com a devida
provisão de recursos (art. 9);
• Deverão ser elaborados, promovidos e aplicados os planos de ordenamento territorial em todos
os níveis de governo (local, estadual, provincial e nacional), bem como da legislação relativa a
obras e construções com o propósito de garantir a prevenção dos riscos de desastres naturais e
tecnológicos (art. 12);
• A prevenção e a mitigação dos desastres, assim como o serviço público de defesa civil deverão ser
descentralizados, sendo realizados nos municípios, comunidades e outras escalas administrativas
de acordo com as particularidades dos países membros (art. 19);
• Devem ser determinados os direitos dos indivíduos frente aos organismos do sistema de RRD
(capítulo IV), de modo a garantir o respeito aos direitos humanos dos afetados por desastres;
• Devem ser determinados os deveres dos indivíduos em casos de desastres (art. 27), de modo a
reforçar a importância da atuação e colaboração dos cidadãos no âmbito do enfrentamento dos
desastres e da gestão dos riscos;
Desde 2005, o Comitê Andino para a Prevenção e Atenção de Desastres - CAPRADE-CAN também vem
promovendo ações de incentivo à adesão aos marcos internacionais de RRD, tais como: o Projeto “Apoio à
prevenção de desastres na Comunidade Andina” realizado em parceria com a Comunidade Europeia, e, a
Adoção do Plano Estratégico Andino para a Prevenção e Atenção de Desastres 2005-2010. Através da Decisão
819 de 9 de maio de 2017, este comitê estabeleceu a Estratégia Andina para a Gestão do Risco de Desastres –
EAGRD, já harmonizada com o Marco de Sendai. Esta estratégia substituiu a Estratégia Andina de Prevenção e
Atenção de Desastres – EAPAD, que tinha sido elaborada em 2010 em alinhamento com o Marco de Ação de
Hyogo. A EAGRD baseia-se em quatro eixos temáticos inter-relacionados (COMUNIDAD ANDINA, 2017):
1) Priorizar o processo de conhecimento do risco de desastres em todos os setores do nível nacional
e sub-regional andino;
2) Fortalecer a governança do risco de desastres nos planos nacional e sub-regional.
3) Fortalecer a ação pública e privada orientada à redução do risco e manejar os desastres da região
andina mediante a aplicação de medidas estruturais e não estruturai.
4) Incrementar, em todos os níveis, as medidas de preparação antes dos desastres, a fim de contar
com uma resposta eficaz, e “reconstruir melhor” no âmbito da reabilitação e da reconstrução;
Ao financiarem estudos técnicos e ações de RRD, outros organismos internacionais e multilaterais
também vêm desempenhando um importante papel no fortalecimento da governança para a gestão e a
redução de riscos de desastres na América do Sul.

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Neste contexto, a Comissão Europeia tem aplicado recursos financeiros e dado apoio técnico aos
países sul americanos. O programa de preparação para desastres com enfoque na América Latina e Caribe
(DIPECHO-LAC), vem apoiando o desenvolvimento de metodologias e guias de orientação para a
implementação da RRD, com enfoque no nível local nas comunidades. Além disso, no período de 1995 a 2015,
o ECHO (Departamento de Ajuda Humanitária e Proteção Civil da Comissão Europeia) alocou milhões de euros
em projetos distribuídos por diversos países destas regiões. Dentre as ações realizadas no âmbito do DIPECHO-
LAC, podemos destacar (UNASUR, DIPECHO & UNISDR, 2015):
• Planos de Ação DIPECHO para América do Sul 2011-2012 e 2013-2014;
• 2011-2012: Diversos projetos realizados nos países da América, como por exemplo,
“Sistematização de diversas experiências de incorporação da gestão do risco nos processos de
desenvolvimento a nível regional, provincial e local” e “I Diagnóstico de Comunicação Nacional de
Gestão de Riscos de Desastres”;
• 2012: Projeto “Fortalecimento para a Redução do Risco de Desastres (RDD) na América do Sul
através de uma maior promoção das prioridades do Marco de Ação de Hyogo nos níveis locais,
nacionais e regionais”;
• 2012: Lançamento do portal online “Ferramentas para Preparação e Resposta”, para
disponibilização de informações, documentos e estudos referentes à temática;
• 2012: Suporte à resposta emergencial a desastres nos países abrangidos pelo DIPECHO – LAC;
• 2014: Guia para a aplicação de critérios na identificação de ações chave para a planificação da
redução do risco de desastres (RRD) na América Latina e no Caribe.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, vem cooperando financeiramente para a
realização de projetos nas voltados para temáticas aos riscos de desastres. Nos últimos anos, o BID realizou
mais de mil projetos de cooperação técnica, sendo mais de 100 voltados para questões de meio ambiente e
desastres naturais. A maioria deles teve como enfoque o atendimento a instituições públicas, porém, alguns
atenderam ao setor privado (BID, 2016).
Em 2014, foram aprovados 5 projetos para as áreas de meio ambiente e desastres naturais, para os
quais foram alocados 272 milhões de dólares que correspondem a apenas 2% do orçamento anual aprovado do
banco. Em seu relatório de operações anuais deste ano, o BID destacou a importância de recursos advindos de
parcerias com as seguintes instituições: Fundo de Co financiamento da China para a América Latina e o Caribe,
a Agência de Cooperação Internacional do Japão - JICA, o Banco Europeu de Investimento - BEI e a Corporação
para Investimentos Privados Internacionais - OPIC, além da contribuição de alguns países (Áustria, Alemanha,
Japão e Suíça). No Brasil, o banco tem trabalhado em parceria com a Caixa Econômica Federal, além e outros
parceiros institucionais (BID, 2014).
Outros organismos multilaterais que possuem atuação regional e sub-regional, e que podem contribuir
para a implementação dos marcos internacionais de RRD na América do Sul são:
• SELA (Sistema econômico latino-americano e do Caribe);
• REDULAC/RRD (Red Universitaria de América Latina y el Caribe para la reducción de riesgo de
desastres);
• CEPREDENAC-SICA (Centro de Coordinación para la Prevención de los Desastres Naturales en
América Latina).

3.4 A incorporação do Marco de Ação de Hyogo e do Marco Sendai pelos países sul americanos

No que diz respeito às estratégias nacionais, por um lado observa-se que alguns países sul americanos
ainda não dispõem de arcabouço legal e arranjo institucional voltados para a redução do risco de desastres -
RRD. Por outro lado, é evidente o movimento de adesão ao Marco de Ação de Hyogo mediante a elaboração e

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atualização das políticas nacionais voltadas para RRD, mudanças climáticas e proteção e defesa civil. No que
tange ao Marco de Sendai, as iniciativas nacionais ainda são poucas.
O Quadro 2 apresenta um resumo do cenário atual da regulamentação de RRD nos países da América
do Sul, a partir de uma extensa revisão bibliográfica junto a relatórios, boletins e legislações nacionais, além de
sítios eletrônicos dos países do continente, e de organismos internacionais e multilaterais.

Quadro 2 - Cenário da regulamentação da RRD em alguns países da América Latina.


País Principais instrumentos legais e normativos voltados para a RRD
Argentina • Decreto 1250/99: Cria o Sistema Federal de Emergências;
• Resolução MRECIC/1300/2007: Constitui uma equipe de trabalho para aprovar as atividades
relativas a RRD;
• 2012: Estabelecimento de diretrizes metodológicas para a formulação de um Programa
Provincial de Redução de Risco de Desastres e Adaptação às Mudanças Climáticas;
• Lei Nacional 27.287 de 2016: Promulgada pelo Decreto Nacional 383/2017 de 30 de maio de
2017, a lei estabelece o Sistema Nacional para a Gestão Integral de Risco e a Proteção Civil
(SINAGIR), e apresenta diretrizes alinhadas com o Marco de Sendai.
Bolívia • Lei nº 602/2014: Regulamenta o marco institucional e as competências para a gestão de
riscos e a RRD. Cria o Sistema Nacional de Redução de Riscos e Atenção de Desastres e/ou
Emergências – SISRADE. Cria o Fundo para a Redução de Riscos e Atenção a Desastres –
FORADE;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Brasil • Lei Federal n° 10.257/2001: Dispõe sobre o Estatuto da Cidade e regula o uso da propriedade
urbana;
• Lei nº 12.608/2012: Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC; o
Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC, o Conselho Nacional de Proteção e
Defesa Civil - CONPDEC e cria o sistema de informações e monitoramento de desastres;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Chile • Decreto Lei N° 369/1974: Cria a Oficina Nacional de Emergência (ONEMI);
• Decreto 156/2002: Aprova o Plano Nacional de Proteção Civil;
• Lei n° 18.695/2006 Orgânica Constitucional de Municipalidades: Delega ao município a
função realizar de prevenção de riscos e a prestação de auxílio em situações de emergência
(art. 4 - i);
• Projeto de lei 359 de 22 de março de 2011: Propõe uma Política Nacional para a Gestão de
Riscos de Desastres, no entanto, ainda está tramitando na câmara dos deputados;
• Resolução n° 402 da ONEMI, de 19 de maio de 2015: constitui formalmente a Plataforma
Nacional para a RRD, órgão assessor da ONEMI, que tem como principal função promover a
RRD em nível nacional;
• Apesar da criação da plataforma nacional de RRD, não foi evidenciado instrumento legal para
alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Colômbia • Lei 1523/ 2012: Adota a Política nacional de gestão de risco de desastres e estabelece o
Sistema Nacional de Gestão de Risco de Desastres;
• Decreto 308 de 24 de fevereiro de 2016: Adota o Plano Nacional de Gestão de Risco de
Desastre para o período de 2015 a 2025. Este plano adota uma abordagem alinhada com as
diretrizes do Marco de Sendai.
Equador • Em 2008, a Constituição da República estabeleceu o Sistema Nacional Descentralizado de
Gestão de Riscos;
• Em 2010, a Lei de Segurança Pública e de Estado criou a Secretaria de Gestão de Riscos.
• Em janeiro de 2013, foi estabelecido o Modelo Integral de Gestão de Riscos (MIGR) e desde
então as províncias do país estão de estruturando e criando suas unidades de gestão de
riscos;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Paraguai • Lei 2615/2005: Cria a Secretaria de Emergência Nacional (S.E.N.) concedendo-lhe atribuições
alinhadas aos princípios do Marco de Ação de Hyogo;
• Lei no 3.996/2010 Orgânica Municipal: Determina que cabe aos municípios a prevenção e a

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País Principais instrumentos legais e normativos voltados para a RRD


atenção para as situações de emergência e desastres (art. 12, inciso 11b)
• Decreto 11.632/2013: Regulamenta a Lei 2615/05, estabelece a terminologia a ser
considerada na GRD; determina que a S.E.N apoie a criação das estruturas nos níveis
departamental e municipal que serão responsáveis por implementar atividades e ações para
a gestão e a redução de riscos;
• Decreto 1402/2014: Aprova a Política Nacional de Gestão e Redução de Riscos alinhada com
o Marco de Ação de Hyogo;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Peru • Política de Estado 32 – gestão do risco de desastres: Estabelece o compromisso dos estados
quanto à promoção de uma política de gestão de risco de desastres;
• Lei no 29664/2011: Cria o Sistema Nacional de Gestão de Risco de Desastres (SINAGERD);
• Decreto Supremo Nº 034-2014-PCM: Aprova o Plano Nacional de Gestão do Risco de
Desastres - PLANAGERD 2014-2021. O plano em questão se inspira no Marco de Ação de
Hyogo, tendo sido elaborado antes do Marco de Sendai;
• Resolução Ministerial no 008-2016-MINAM: Detalha o procedimento técnico e metodológico
para a elaboração de estudo de avaliação do risco de desastres e vulnerabilidades às
mudanças climáticas.
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Suriname • Em 2006, foi criada a Centro de Coordenação Nacional de Resposta a Desastres;
• Em 2011, foi criada a Agência de Desenvolvimento compatível com Clima;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Uruguai • Lei nº 18.308/2008: Marco geral regulador do ordenamento territorial e desenvolvimento
sustentável. A lei estabelece que o ordenamento territorial deve incluir a identificação de
zonas de risco de desastres naturais ou tecnológicos que causem risco a assentamentos
humanos (art. 4, d). Ela também delega aos proprietários de imóveis a responsabilidade por
resguardar seus imóveis dos riscos de desastres (art. 37, c);
• Lei n° 18621 de 2009: Cria o Sistema Nacional de Emergências (SINAE) que constitui a
instância de gestão integral do risco de emergências e desastres no país;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Venezuela • Lei de Gestão de Riscos Socionaturais e Tecnológicos publicada na Gazeta Oficial Nº 39.095
de 9 de janeiro de 2009;
• Não foi evidenciado instrumento legal para alinhamento às diretrizes do Marco de Sendai.
Fonte: Modificado de Viana, 2016.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação dos marcos legais e institucionais, bem como de iniciativas existentes na América do Sul,
mostra que os países desse continente têm buscado alinhar suas estratégias de enfrentamento dos riscos de
desastres aos critérios preconizados no Marco de Ação de Hyogo, e, mais recentemente, ao Marco de Sendai.
De maneira geral, em seus instrumentos legais, os países valorizam a redução do risco como um elemento
chave da gestão do risco do desastre.
Nesse contexto, os municípios e os distritos aparecem como atores chaves para inclusão da dimensão
dos riscos de desastres no planejamento e gestão do território e do meio ambiente. No entanto, o apoio direto
dos governos centrais tem sido um fundamental para o fortalecimento das estratégias locais de RRD.
De fato, alguns destes países já avançaram significativamente na regulamentação do tema,
determinando inclusive procedimentos regulamentares que detalham as metodologias de avaliação e
mapeamento de suscetibilidade, vulnerabilidade e risco, bem como orientam como os riscos de desastres
devem ser considerados no ordenamento territorial.
No entanto, mesmo depois de dois anos de existência do Marco de Sendai, ainda são escassas as
iniciativas voltadas para a incorporação das diretrizes deste marco na legislação e nos procedimentos técnicos

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e operacionais dos países da América do Sul. Este cenário reflete um grande desafio para que as metas do
Marco de Sendai sejam efetivamente alcançadas até 2030.

5 REFERÊNCIAS

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ano 2014 – Relatório anual. Disponível em:
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BID – BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (2016). Estatísticas de proyectos. Disponível em:


<http://www.iadb.org/es/proyectos/proyectos,1229.html>. Acesso em: 25 fev. 2016.

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inundação em Nova Friburgo, RJ. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente – PPG-
MA. Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Rio de Janeiro: mar. 2016.

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