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Índice Remissivo

Direitos Autorais 3

Prefácio 4

Capítulo 1 5

Capítulo 2 8

Capítulo 3 11

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Direitos Autorais
Todos os direitos deste livro são reservado a autora Rosa Behar.

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Prefácio
Aventura. Esta talvez seja uma das palavras que vocês leitores irão
apreciar no relato do livro da Rosita.
A vida por si só já é uma aventura, mas nas linhas que compõem
este livro é possível conhecer um pouco mais da aventura de nascer em
um país e construir a vida em outro. Será possível conhecer o épico de ir
a um país estrangeiro acompanhar o marido e ser calorosamente
recebido pelos habitantes de lá.

Nas palavras de Rosita vocês irão perceber a aventura e o prazer


que é para ela em aprender e ensinar. Aprender sempre coisas novas e
ensinar seus conhecimentos à juventude Argentina e Brasileira.

Aproveitem e se aventurem no mundo de Rosita, repleto de muito


amor e de carinho.

A você Rosita eu parabenizo pela perseverança e o excelente trabalho


realizado neste livro!

Obrigada pela amizade e aprendizagens que me proporcionou neste


últimos anos...

Prof. Leticia Machado


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Junho 2014

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Capítulo 1
Tinha, faz muito tempo, uma menina que nasceu em Buenos Aires
(Argentina). Ela era muito pequenina e colocaram o nome de uma das
avós: Rosa, Mas começaram a chamar ela de Rosita.

Fonte: Acervo pessoal.

Os pais vieram da Europa de muito pequenos e lutaram muito para


formar uma família. Assim eu fui muito bem recebida! A mãe se
chamava Etia e o pai Josué.

Fonte: Acervo pessoal.

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A mãe chegou em um barco aos 17 anos sem idioma e sem família.
Ela não tinha mãe desde os 8 anos. O pai mandou para Argentina para
salvar ela, do que ele pensava estava por chegar, naquela época nos
países da Europa. Foi adotada por uma família.

O pai Josué perdeu os pais com 6 anos e como muitas crianças


ficaram órfãs do que aconteceu na Europa. Todas as crianças foram
levadas (umas 400) em um barco para Argentina a um asilo, onde ficou
até os 18 anos. Ali ele aprendeu a tocar um instrumento musical e a sua
profissão de imprensa.

Em uma reunião de jovens eles se conheceram, se gostaram e logo


depois de seis meses casaram e, em seguida, dois anos mais tarde,
nasceu a pequena Rosita. A mãe, para poder cuidar da sua filha,
trabalhava em casa e costurava. O pai ia para uma imprensa.
A vida que foi levando Rosita foi de muito carinho e amor dos pais.
Foi passando os anos e eu, já com 4 ou 5 anos, ficava sentada na calçada
da porta da casa enquanto a mãe trabalhava nos fundo, sempre atenta
cuidando de pequena. Quando já com 6 anos chegou a tão esperada
irmã Sarita.

Fonte: Acervo pessoal.

Ela cuidava da irmã em uma pracinha perto da casa e nessa época


ainda se podia estar na rua!

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Com os 6 anos entrou no colégio no 3 de Tigre da província de
Buenos Aires. Sempre ia com colegas para a escola com o guarda-pó
branco impecável. Época muito sadia e linda. Começou também as aulas
de piano. No mesmo tempo que aos 12 anos termina o colégio, também
se forma em professora de piano, para alegria dos pais maravilhosos
que dão tanto amor sem ter eles recebido de muito pequenos.

Fonte: Acervo pessoal.

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Capítulo 2
Aos 8 anos dei o meu primeiro concerto a 4 mãos, Valsa das Flores,
de Shubert. Aos 9 anos tocou sozinha Beethoven ,para Elisa. E assim
cada ano tocava nos concertos estudantis dos alunos de piano,
diferentes músicas e composições: Chopin, Monti etc.

Participou de corais, inclusive no 2º grau, onde já tínhamos trocado


de cidade para a Capital de Buenos Aires, pois os seus pais decidiram
que era melhor para as duas estudar (Rosita e Sarita). Nesse ínterim a TV
estraga e a mãe chama alguém para arrumar. Esse alguém vai ter um
lugar muito importante na sua vida.

Ela estudeu no Instituto de Pedagogia e Psicologia, lugar onde


estudava aquele, que a mãe foi um dia buscar para concertar a TV. Ele
estudava Física e nos vários encontros e saídas ficaram juntos, foi o
primeiro namorado.

Fonte: Acervo pessoal.

Começou a trabalhar como ajudante de professora de jardim de


infância no Colégio Israelita de Buenos Aires. Incentivada pela diretora
do colégio veio o convite para dar aulas de música e expressão corporal
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para todo o jardim de infância. Ela e o seu namorado terminaram as
suas carreiras e decidiram se casar (sim, aquele que na época arrumava
TVs para se sustentar). Dois anos depois do casamento nasceu o filho
tão esperado por eles!

Fonte: Acervo pessoal.

Continuo trabalhando na sua especialidade no colégio pelo seu


amor pelas crianças. Dois anos depois do nascimento do filho, nasce a
filha, também muito esperada!

Fonte: Acervo pessoal.

Tanto gostou da sua atividade no colégio, que quando surgiu a


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oportunidade do esposo viajar para os Estados Unidos acabou
acompanhando ele por dois anos, no Campus da Universidade de
Lafayette (no capitulo 3 contarei as experiências vividas ali). O pedido de
licença foi concedido no colégio. Não perdeu a oportunidade de realizar
cursos de aperfeiçoamento ali e em outros países que iam. Os filhos,
nunca impediram de continuar se especializando.

Fonte: Acervo pessoal.

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Capítulo 3
Como contei no capítulo 2, moramos nos Estados Unidos, no Campus
da Universidade de Lafayette. A chegada foi em Chicago com as duas
crianças pequenas.

O marido já estava lá a um mês para acertar tudo para quando


chegarem. Todos estavam ansiosos em encontrar-se. Logo seguiram
viagem, com o carro até o Campus de Lafayette. Quando chegaram ao
Campus e se acomodaram e começaram acontecer coisas que ela nunca
tinha experimentado na vida. O marido já estava lá um mês antes, então
tinha feito algumas amizades de língua latina.

Em um carrinho de bebê vinha uma senhora com um monte de


coisas, para poder usar no apartamento: panelas, cabides, cortinas etc.
Muito agradável a gentileza de ser recebida dessa maneira! Acontece
que as pessoas que já moravam mais tempo lá, e já sabiam quem
chegaria, sabia o que poderiam necessitar. As coisas que elas davam
eram de outros estudantes que passaram por ali, terminavam e partiam
cada um para sua terra, deixando para outras que chegavam, o que
outros deram para eles.
No dia seguinte, o filho com 4 anos, ganhou uma bicicleta, já que as
únicas coisas que conseguiram levar para eles, foram os carrinhos
dentro de um palhaço, além das bonecas para a filha de 19 meses. O seu
filho saiu contente com sua nova bicicleta e dando a volta ao redor do
lugar. Outros meninos, que não conhecia, sujaram a bicicleta dele com
barro. Imaginem como ele chegou... chorando

Os dias iam passando, conhecendo mais gente. O Campus estava


habitado por estudantes com suas esposas e filhos de diferentes partes
do mundo, com suas línguas de seus países de origem. Cada um com
seu jeito foram aprendendo o inglês e assim podíamos nos comunicar.

Tinha dias em que as pessoas deixavam TVs, camas, etc. coisas que
não usavam fora dos apartamentos e quem necessitava podia pegar.
Assim de noite a diversão era ir de carro pelo Campus, com outras
mulheres, pegar o que cada uma necessitava. Como nunca tinha feito
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isso eu tinha vergonha. Então as outras pegavam por ela.
As crianças foram para as creches e quando o tempo estava bom
brincavam livres pelo Campus. Quando chegou o inverno de -30 graus,
saiam a fazer os bonecos de neve, bem agasalhados.

Fonte: Acervo pessoal.

Como a bolsa de pesquisa era pobre, então o marido comprou uma


barraca e, no verão, foram conhecer lugares muito bonitos. Ela, como
todos, tiveram lindas experiências.

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Fonte: Acervo pessoal.

Na volta dos passeios começou tudo de novo, ela aproveitando


cursos de sua especialidade. Também se juntavam, uma vez por
semana, com as mulheres de outros países e levavam roupas, ou, no seu
caso, o chimarrão para que cada pessoa veja o que tem, bebe ou usa no
seu país de origem. Quando uma japonesa experimentou o chimarrão
fez careta, mais pediu mais.

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Fonte: Acervo pessoal.

Um dia a sua filhinha caminhava pelo Campus e, como todos os


apartamentos eram iguais, foi a parar atrás de um deles. Uma senhora
brasileira pegou ela no colo e a sua filhinha nem chorou. Esta senhora
levou a sua filha até o seu apartamento, já que mais ou menos todos
sabiam de onde era cada criança.

A vida boa estava se terminando, o marido terminou o Pós-


Doutorado em Física e voltaram a Buenos Aires. Pois que pequeno é o
mundo... Logo passou 2 anos e ela, depois que voltou para Buenos Aires,
voltou ao seu trabalho. Porém a Argentina estava num período ruim e o
marido foi convidado a trabalhar em Porto Alegre no setor de física da
UFRGS.

Quando foi a morar em Porto Alegre, encontrou a senhora que trouxe


a pequena filha, no Campus de Lafayette, perto da sua casa. Em seguida
iniciou as atividades no Colégio Israelita (CIB) e nunca mais abandonou
seu amor pelas crianças, por meio da música e expressão corporal, no
jardim de infância. Sempre teve uma ótima relação com os colegas, mais
tarde sendo suas amigas. Após 12 anos de trabalho teve que se afastar
por problemas físicos que le impediam de exercer as atividades.

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Fonte: Acervo pessoal.

Com o nascimento de sua primeira neta, não se deu por conta, que
não trabalhava mais, pois se dedicava por completo a ela. Depois de
dois anos nasceu seu segundo neto. Seus netos estudam no CIB e le
permitem manter um contato maravilhoso, perpetuando seu carinho e
paixão pelas crianças.

Fonte: Acervo pessoal.

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A maior alegria e satisfação, para ela, é poder reencontrar seus
antigos alunos, agora adolescentes, adultos ou casados, podendo ouvir
dos próprios os elogios pelo que ela fez no jardim e o prazer de poder-
lhes abraçar e beijar. Não tem preço o amor e a satisfação em poder
compartilhar esses momentos!

Fonte: Acervo pessoal.

E assim formou-se uma linda família!

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Fonte: Acervo pessoal.

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