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Justiça Federal da 1ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico


Consulta Processual

05/06/2018

Número: 1007921-80.2018.4.01.3400
Classe: AÇÃO POPULAR
Órgão julgador: 20ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 20/04/2018
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Comunicação Social
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
IVAN VALENTE (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
LUIZA ERUNDINA DE SOUSA (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
FRANCISCO RODRIGUES DE ALENCAR FILHO (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
EDMILSON BRITO RODRIGUES (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
JEAN WYLLYS DE MATOS SANTOS (AUTOR) ALBERTO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ANDRE BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
ALVARO BRANDAO HENRIQUES MAIMONI (ADVOGADO)
UNIÃO FEDERAL (RÉU)
ESTEVES PEDRO COLNAGO JUNIOR (RÉU)
MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA (RÉU)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
60154 05/06/2018 14:01 Decisão Decisão
96
55629 30/04/2018 16:57 SEI MP - 5997871 - Nota Técnica SOF Documento Comprobatório
24
55629 30/04/2018 16:57 Aprovação Consultoria MPDG Documento Comprobatório
08
55628 30/04/2018 16:57 Manifestação Conjur-MPDG Documento Comprobatório
96
55628 30/04/2018 16:57 Manifestação Preliminar - final Manifestação
32
55624 30/04/2018 16:57 Manifestação Manifestação
24
54484 24/04/2018 19:34 Despacho Despacho
24
54316 20/04/2018 18:15 Certidão Certidão
96
54303 20/04/2018 17:41 Informação de Prevenção Informação de Prevenção
65
54198 20/04/2018 13:40 portaria 75 de 10 de abril de 2018 Documento Comprobatório
94
54200 20/04/2018 13:40 Jean Titulo Título de eleitor
60
54200 20/04/2018 13:40 Jean Procuração Documento Comprobatório
65
54200 20/04/2018 13:40 Jean Endereço Documento de Identificação
74
54200 20/04/2018 13:40 Jean Documento Documento de Identificação
88
54201 20/04/2018 13:40 Ivan Procuração Procuração
09
54201 20/04/2018 13:40 Ivan Endereço Documento de Identificação
22
54201 20/04/2018 13:40 Ivan Documentos Documento de Identificação
15
54201 20/04/2018 13:40 Guia Custas Outras peças
42
54201 20/04/2018 13:40 Glauber Procuração2 Documento de Identificação
37
54201 20/04/2018 13:40 Glauber Procuração 1 Procuração
62
54204 20/04/2018 13:40 Titulo Título de eleitor
36
54204 20/04/2018 13:40 RG e CPF Documento de Identificação
30
54204 20/04/2018 13:40 Procuração Procuração
15
54203 20/04/2018 13:40 Endereço Documento de Identificação
97
54203 20/04/2018 13:40 Documentos e Procuração Documento de Identificação
86
54203 20/04/2018 13:40 Comprovante pagamento de custas Comprovante de recolhimento de custas
78
54203 20/04/2018 13:40 Procuração Procuração
67
54203 20/04/2018 13:40 Residencia Comprovante de residência
25
54202 20/04/2018 13:40 Chico Documentos Comprovante de residência
24
54202 20/04/2018 13:40 Inicial vf Manifestação
02
54193 20/04/2018 13:40 Petição inicial Petição inicial
15
Seção Judiciária do Distrito Federal
20ª Vara Federal Cível da SJDF

PROCESSO: 1007921-80.2018.4.01.3400
CLASSE: AÇÃO POPULAR (66)
AUTOR: IVAN VALENTE, LUIZA ERUNDINA DE SOUSA, FRANCISCO RODRIGUES DE ALENCAR FILHO,
GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA, EDMILSON BRITO RODRIGUES, JEAN WYLLYS DE MATOS SANTOS
RÉU: UNIÃO FEDERAL, ESTEVES PEDRO COLNAGO JUNIOR, MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA

Decisão

Cuida-se de ação popular, que trafega sob o rito especial da Lei nº 4.717/1985, ajuizada
por IVAN VALENTE, LUIZA ERUNDINA DE SOUSA, FRANCISCO RODRIGUES DE
ALENCAR FILHO, GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA, EDMILSON BRITO RODRIGUES e
JEAN WYLLYS DE MATOS SANTOS em face da UNIÃO, do MINISTRO DO
PLANEJAMENTO e do PRESIDENTE DA REPÚBLICA, objetivando a suspensão liminar da
Portaria nº 75, de 10 de abril de 2018, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, ato praticado pelo senhor Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, ESTEVES PEDRO COLNAGO JUNIOR, publicada na Seção 1 do Diário Oficial da
União de 11 de abril de 2018.

Contam os Autores que a

Afirmam também que


, e que,

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Sugerem que

(evento nº 5420202 - pág. 2 e 3)

Alegam (evento nº 5420202 - pág. 3), que nada, exceto interesses eleitoreiros,

Defendem que ocorreu ato lesivo ao patrimônio, uma vez que, o Brasil está em plena
crise econômica, sob os efeitos da aprovação da EC nº 95/2016, que congela por vinte anos
despesas primárias, motivo pelo qual conclui que “a Portaria que remanejou recursos para a
comunicação institucional da Presidência da República visa não a gerar garantia de
transparência da administração pública, ou do direito à informação, mas a realizar propaganda
do governo com finalidade de aumentar a força eleitoral do atual ocupante do cargo de
Presidente da República, implicando prática de ato administrativo eivado de desvio de
finalidade, e ofendendo frontalmente o princípio constitucional da moralidade administrativa –
ainda mais pelo fato de tal aumento desarrazoado de despesas com publicidade institucional
ter sido fruto de redução do orçamento de políticas públicas voltadas à garantia dos direitos
fundamentais” (evento nº 5420202 - pág. 6).

Asseveram ainda que, além da ocorrência do desvio de poder previsto na alínea “e” do
artigo 2º da Lei n° 4.717/1965, a ilegalidade na edição da Portaria se deve também ao fato de
que “a Lei nº 9.504/1997 proíbe que, “no primeiro semestre do ano eleitoral, a média dos
gastos da Administração com publicidade seja maior do que se gastou no primeiro semestre
dos últimos três anos anteriores ao pleito (art. 73, VII) (evento nº 5420202 - pág. 10).

Despacho determinando a intimação dos réus para manifestação acerca do pedido


liminar (evento nº 5448424).

Manifestação da União às fls. 57/78 (eventos nos 5562424/5562924).

Sem mais, vieram os autos conclusos.

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É, no essencial, o relatório. DECIDO.

Em situações como a presente, o deferimento da medida de urgência requer a presença


de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano, o que prontamente
verifico; explico.

A evidência da probabilidade do direito resta caracterizada pelos argumentos lançados


na inicial, que demonstram desproporcionalidade da redução do orçamento de políticas
públicas voltadas à garantia de direitos fundamentais, nítido desvio de finalidade do ato
praticado com a edição da Portaria nº 75/2018, bem como sua contrariedade à legislação
eleitoral e ao princípio da moralidade administrativa.

Sabe-se que a Administração Pública deve agir dentro dos limites legais, bem assim
conforme os princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade
administrativa, da publicidade e da eficiência.

Além disso, o atuar de um gestor administrativo deve pautar-se na lealdade e na boa-fé.


Ao contrário, quando age em desconformidade com tais pilares, tem-se presente a violação do
ordenamento jurídico, a merecer, portanto, a devida correção.

Não apenas quanto aos aspectos relacionados à Administração Pública em seu sentido
estrito deve se reger a condução estatal, mas também em seu amplo aspecto gerencial; a
eficiência administrativa – necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços,
considerando o cidadão-contribuinte como beneficiário – é essencial no regime
democrático de Direito. A orientação do Governo e do Estado passa a ser orientada
predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e
pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.

Nos termos da doutrina de José dos Santos CARVALHO FILHO (Manual de Direito
Administrativo. Lumen Juris, 24ª ed., 2011, p. 19), “

” (sem grifos no
original).

No mesmo modo é o parecer compartilhado pela Ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha,
ao fazer comentário sobre o princípio da moralidade administrativa (Princípios constitucionais
da Administração Pública. Del Rey, 1994, p. 193):

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“A virtude que se pretende ver obtida com a prática administrativa moral
fundamenta-se no valor da honestidade do comportamento, da boa-fé, da
lealdade dos agentes públicos, e todos estes elementos estão na moralidade,
como integrantes de sua essência e sem os quais não se há dela cogitar.”

Discorrendo sobre a boa-fé na Administração Pública, Humberto Bergmann ÁVILA (


Repensando o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. Revista
Trimestral de Direito Público, nº 24, 1999, p. 178) afirma que embora não se possa sonegar
importância ao interesse público, nos casos em que este respalda a ação estatal, é
indispensável proceder-se a uma ponderação daquele ante os interesses particulares, alvos de
restrição. Somente após tal operação, a representar critério decisivo ao agir administrativo, é
que se poderá, no caso concreto, vislumbrar a altivez do interesse público invocado sobre o do
administrado.

Do mesmo modo, verifica-se na doutrina estrangeira propensão para a negativa do


caráter absoluto da supremacia da Administração Pública. Sobre o tema, discorre Luis
Cosculluela MONTANER[1]: “

”.

A situação apresentada atualmente beira o caos, e a retirada do orçamento de verbas


destinadas para a concretização de políticas públicas, com o nítido caráter eleitoral, é
patentemente um afronte à sociedade, pois práticas como as verificadas na presente Ação
Popular contrastam com a melhoria da transparência fiscal[2].

Um regime democrático tende a fortalecer o Orçamento-Participativo[3], onde a


sociedade civil influencia a definição de metas e programas prioritários, visando à alocação dos
recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Evidentemente, do
modo como apresentado, fortalecer a comunicação institucional da Presidência da República
em detrimento de programas sociais essenciais fere a boa-fé e a confiança atribuídas ao
governante pelos cidadãos, restando demonstrada a ineficiência na alocação de recursos
públicos, uma vez que enfraquece programas fundamentais em prol da promoção do governo
em ano eleitoral.

O perigo de dano encontra-se bem caracterizado com a redução do orçamento de


políticas públicas de garantia de direitos fundamentais[4], a ampliação considerável do
orçamento para fins de “comunicação institucional” da Presidência da República e a difícil
reversão aos cofres públicos dos recursos gastos para as despesas empenhadas em favor da
publicidade do atual Governo.

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A medida aqui pretendida pelos Autores é inevitável e busca dar atendimento ao preceito
trazido pelo art. 73, VII, da Lei nº 9.504/1997, que veda condutas aos Agentes Políticos em
campanhas eleitorais:

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes
condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos
pleitos eleitorais:
(...) VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com
publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das
respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos
gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o
pleito;(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

De fato, impõe frisar que o artigo 73, VII, da Lei nº 9.504/1997, em momento algum
estabelece a possibilidade de exclusão de gastos com publicidade tidos como legítimos, ou
seja, aqueles de caráter informativo, educacional ou social. O que se considera é a média
usualmente despendida pela própria gestão analisada com publicidade, contrapondo-a à do
ano eleitoral. A evidenciação de discrepâncias é indicativa imediata de distorção ou de
sobrecarga de gastos com divulgação de atos, os quais, mesmo legítimos, quando exagerados
em ano eleitoral, são considerados uso indevido da “máquina pública” para promoção de
candidatos.

Diferentemente do que aponta a Advocacia-Geral da União, esse, aliás, é o


entendimento e a interpretação conferidos ao artigo 73, VII, da Lei nº 9.504/1997 pelo e.
Tribunal Superior Eleitoral, conforme as ementas dos seguintes julgados:

(Ac. nº 21307,
de 14.10.2003, Rel. Min. Fernando Neves (sem grifos no original)

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(REspE n° 67.994, rel. Min. Henrique Neves) (sem
grifos no original)

(AgR-REspE nº 176114, rel. Min. Marcelo


Ribeiro) (sem grifos no original)

(Ac. nº 21307,
de 19.2.2004, rel. Min. Fernando Neves) (sem grifos no original)

Afastando por completo a argumentação da União, conforme destacou o Min. Fernando


Neves no voto-vista proferido por ocasião do julgamento do REspE n.º 21.307, a
responsabilidade do Governo por excesso de despesa com propaganda institucional é
automática, pois ele “

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”, a demonstrar que a metodologia
para aferição da configuração ou não da conduta vedada pelo artigo 73, inciso VII, da Lei nº
9.504/1997 deve levar em consideração os valores assim despendidos, não precisando descer
a minúcias probatórias quanto à natureza da publicidade, para caracterizá-la como institucional
ou não. À obviedade, fazer interpretação contrária chega a parecer menosprezo, ou, no
mínimo, beirar à ingenuidade.

Ademais, como facilmente observado em diversos veículos de informação, a atual


conjectura social, política e econômica já vêm exigindo movimentações orçamentárias que
enfraquecem políticas públicas essenciais como aquelas destinadas à saúde, educação e
saneamento básico. Evidentemente, como apresentado, o aumento exponencial do orçamento
destinado à comunicação institucional também foge à razoabilidade diante da atual crise
vivenciada.

Assim, dada a flagrante ofensa aos pilares que instruem o orçamento público, DEFIRO a
medida de urgência pleiteada, para determinar a imediata suspensão da Portaria nº 75, de 10
de abril de 2018, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, publicada no
Diário Oficial da União de 11 de abril de 2018.

Intimem-se.

Cumpra-se com a urgência que o caso requer.

Após o cumprimento, vista aos Autores, pelo prazo de 15 (quinze) dias, para que
promovam corretamente suas qualificações, bem como dos réus, e a regularização das suas
representações processuais, em conformidade com os artigos 287, , e 319, inciso II,
ambos do CPC, sob pena de extinção, nos termos do art. 485, inciso I, c/c art. 321, do Código
de Processo Civil.

Cumpridas as determinações acima, citem-se.

Após, vista aos Autores para réplica e produção das provas que entenderem pertinentes.

Em seguida, vista aos réus para especificação de provas.

À Secretaria para providências necessárias e urgentes.

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Brasília-DF, data da movimentação.

RENATO C. BORELLI
Juiz Federal Substituto da 20ª Vara/SJDF

[1] Manual de derecho administrativo. 5. Ed. Civitas, 1994, vI, p. 163 – Dita supremacia vem, não obstante, temperada pelo próprio conceito de poder, que implica a
vinculação da ação administrativa ao ordenamento jurídico, e a conseguinte satisfação de interesses públicos, e, sobretudo, pela tutela judicial efetiva dos direitos e
interesses dos administrados, que se consagra no art. 24 CE.

[2] Na Revista Francesa de Administração Pública, em artigo intitulado de “Pour le meilleur ou pour le pire? Le rôle du parlement dans le processus budgétaire des pays
en développement”, Carlos Santiso, assessor de Finanças Públicas do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, destaca a governança
orçamentária e afirma sobre os riscos da discricionariedade concedida ao Governo para tratar de importantes aspectos quanto às finanças públicas (Revue française
d'administration publique 2006/1 nº117, p. 149-185).

[3]Discorrendo sobre o tema, o professor Sérgio Mendes (Administração financeira e orçamentária. Forense, Rio de Janeiro, 2010, p. 166) afirma que o orçamento
participativo é “instrumento que busca romper com a visão política tradicional e colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública”, baseado em princípios de
autorregulação, com o objetivo de aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos.

[4]A exemplo de “Políticas para as Mulheres: Promoção da Igualdade e Enfrentamento à Violência”, “Programa de Fortalecimento do Sistema Único de Saúde”,
“Programa de Reforma Agrária e Governança Fundiária” e “Programa de Fortalecimento e Dinamização da Agricultura Familiar”.

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