Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Dano: tem que estar configurado um dano, que pode ser de natureza
material e/ou moral. Ambos podem ser pedidos em uma mesma ação (súmula 37
do STJ) – o dano tem que ser real, concreto e já configurado. Portanto, danos
presumidos não ensejam responsabilidade.
b) Agente público: tem que ser causado por um agente público, expressão
esta que foi utilizada pela própria Constituição, no art. 37, par. 6º, sendo que as
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros – essa expressão, como cediço, é a mais abrangente, apanhando todas as
pessoas localizadas dentro da Administração Pública, sendo irrelevante saber
como elas ingressaram.
c) Nesta qualidade (art. 37, par. 6º da CF): isso significa que para a vítima
ser indenizada, não basta que o dano seja causado por uma pessoa de dentro da
Administração, mas é necessário que o dano seja causado por agente que tenha
causado dano lançando mão das prerrogativas do cargo ou do emprego que
titulariza. Portanto, não pode praticar o dano na qualidade de particular.
1.2. Responsabilidade do Estado em juízo (art. 37, par. 6º da CF): tema muito
controvertido. O dispositivo dispõe que a vítima deverá acionar a pessoa jurídica
de direito público* ou a pessoa jurídica de direito privado** prestadora de serviços
públicos.
1.4. Prescrição (art. 37, par. 6º da CF): prazo de 5 anos, por conta da previsão do
art. 1º do Decreto 20.910/32.
1.5. Direito de regresso (art. 37, par. 6º da CF): ao Poder Público é ressalvado o
direito de regresso contra o responsável nas hipóteses de dolo ou culpa. Isso se dá
quando a vítima sai vencedora da ação de indenização.
2. Omissão do Estado: até então estudamos o dano sofrido por uma ação, conduta
positiva (art. 37, par. 6º da CF). Aqui nos referimos a uma omissão no que tange
aos serviços públicos que deveriam ser prestados pelo Poder Público, mas não o
fez. Neste caso, não há qualquer prescrição legal.
**RE 608880/MT: dano decorrente de crime praticado por preso foragido. Admitiu-
se também a responsabilidade objetiva – a este julgado foi admitida a Repercussão
Geral, na qual se pretende balizar toda a responsabilidade do Estado.
*Administração indireta: somente duas pessoas jurídicas podem ser criadas para
explorar atividades econômicas, quais sejam, as empresas públicas e sociedades de
economia mista, já que são pessoas jurídicas de direito privado que se subsumem
ao regime privado quase que integralmente (estatais).
- Objetiva (art. 927, par. único do CC): haverá obrigação de reparar o dano,
independente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem. Se a responsabilidade da pessoa jurídica da iniciativa privada aqui é
objetiva, também o será para as pessoas da Administração indireta que exploram
atividades econômicas.
2.3. Risco integral: na variante do risco integral, o Estado, acionado em juízo pela
vítima, responde ainda que não tenha sido o causador do dano. Isso porque o risco
é integral. Tem como consequência, o Estado não poderá usar em sua defesa o
caso fortuito, força maior ou fato exclusivo da vítima.
II) Danos resultantes de erro nas decisões judiciais (art. 5º, LXXV da
CF): tal responsabilidade se dá quando do erro, mas também quando
o indivíduo fica preso por muito tempo, além do tempo fixado na
sentença;