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Escola Secundária da Maia

Disciplina de Físico-Química

Simão David da Silva Rodrigues, Nº 25, 7º G

Professora Sofia Brandão

Março de 2012

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INDÍCE

Introdução ……….…………………….3
O que é a Alquimia ………...………….4
História da Alquimia ….……………… 6
Curiosidades …….……………………. 6
Conclusão ……….……………………. 7
Anexos …………………………………8
Bibliografia …………………………….9

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I – INTRODUÇÃO

O tema que vou desenvolver a seguir, despertou em mim bastante curiosidade, lembrei-
me logo de Merlin e as suas poções mágicas, de bruxas e de Panoramix, o velho druida
que aconselha Asterix. Pesquisei e descobri que a Química como ciência, teve início no
fim da Idade Média com o nome de "Alquimia".
Os alquimistas, como eram chamados os primeiros pesquisadores tinham como
objetivo:

 Transformar qualquer metal em ouro, princípio chamado de "pedra filosofal";


 Encontrar o "elixir da vida", para prolongar a vida.

Mas poderá a Alquimia ser considerada uma ciência? É o que vamos descobrir a seguir
com o desenvolvimento deste tema.

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II – O QUE É A ALQUIMIA?

A palavra alquimia vem do árabe quer dizer (AL-


Khemy - A química). Na Idade Média, a alquimia era
considerada ciência por excelência. Tinha por objetivo
o estudo da vida, sendo a sua finalidade a descoberta e
a fixação de um fermento misterioso, graças ao qual a
degradação dos corpos e, portanto, a morte, poderia ser
retardada. Este agente devia assegurar a progressão
rápida dos seres para um estado superior. Produzido no
decurso da Grande Obra, podia ser líquido (elixir da
longa vida ou panceia, remédio infalível para todas as
doenças) ou sólido (pedra filosofal, a qual, introduzida
na massa de um metal em fusão, asseguraria a sua transmutação no estado desejado,
ouro ou prata). O conjunto das leis e princípios alquímicos estava em textos escritos
numa linguagem simbólica de sentido duplo, cuja decifração pelos novos adetos fazia
parte das provas de iniciação. Este aspeto esotérico revela as limitações científicas da
alquimia e efetivamente aquilo que os historiadores da ciência consideram como sendo
uma falsa ciência. Por outras palavras, trata-se de um corpo de conhecimentos, distinto
da religião e da filosofia, que se julga fundado sobre factos e deduções, sem que no
entanto nele seja possível reconhecer, num sentido moderno, bases científicas.

A alquimia está presente em todas as civilizações. No Oriente depois da China ou da


Índia, surge em Alexandria nos séculos II e III. É recolhida por árabes e persas e
transmitida à Europa nos séculos XI e XII. Mistura tanto assuntos de ordem físico-
química como mitológica. É por esse facto que pôde, devido a alguns aspetos técnicos,
abrir algumas vias da química moderna, chegando mesmo a influenciar favoravelmente
o pensamento de certos sábios.

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É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase
importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que
mais tarde foram utilizados pela química. A ideia da transformação de metais em ouro,
acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consciência. A
pedra seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja,
sabedoria.

O próprio alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas",
deixa claro que os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as
metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Assim, ao contrário da ciência
moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do
passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.

O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma


conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica
imediatamente mais claro ao intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e
qualquer conotação espiritual da alquimia, sob a forma de manipulação de "metais",
pela lembrança de que, na Idade Média, havia a possibilidade de acusação de heresia,
culminando com a perseguição pela Inquisição da Igreja Católica.

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III – HISTÓRIA DA ALQUIMIA

A alquimia deve sua existência à mistura de três correntes: a filosofia grega, o


misticismo oriental e a tecnologia egípcia. Obteve grande êxito na metalurgia, na
produção de papiros e na aparelhagem de laboratório, mas não conseguiu seu principal
objetivo: Pedra Filosofal.

Por causa de sua origem, a alquimia apresentou um caráter místico, pois absorveu as
ciências ocultas da Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia, Egito e Síria. A arte hermética da
alquimia já nasceu em lenda e mistério. Mais de dois mil anos antes do início da nossa
era, os babilónios e os egípcios, procuravam obter ouro artificialmente, interessavam-se
pela transformação dos metais em ouro. Nessa época, a prática da alquimia era realizada
sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada uma ciência oculta. Sob a
influência das ciências advindas do Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir
propriedades sobrenaturais às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e os números
que eram usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7. Os alquimistas usavam fórmulas e
recitações mágicas destinadas a invocar deuses e demónios favoráveis as operações
químicas. Por isso muitos eram acusados de pacto com demónio, presos, excomungados
e queimados vivos pela Inquisição da Igreja Católica. Por uma questão de
sobrevivência, os manuscritos alquímicos foram elaborados em formas de poemas
alegóricos incompreensíveis aos não iniciados.

III – CURIOSIDADES DA ALQUIMIA

Da influência alquímica, aparece a palavra Laboratório: Labor = Trabalho Oratório =


local de orações. Em função das condenações proclamadas pela Igreja aos alquimistas,
durante a Idade Média, o cheiro de enxofre passou a ser associado ao diabo. Os
alquimistas faziam suas experiências com enxofre comum, sendo denunciados pelos
fortes cheiros emanados de suas casas ou laboratórios, permitindo que fossem
facilmente detetados e acusados de bruxaria e pacto com o demónio, pondo fim aos seus
trabalhos. É também digna de registo a criação de Drácula, o vampiro, acusado de obter

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longevidade à custa do sangue humano. O seu surgimento não passou de uma bem
sucedida tentativa para desmoralizar uma ordem mística alquimista, surgida na Idade
Média, que trabalhava na obtenção do elixir da longevidade. Importante também, é
enumerar as muitas descobertas feitas por alquimistas nos seus laboratórios e nas suas
tentativas para atingir a Pedra Filosofal: Água-régia, arsénico, nitrato de prata, acetato
de chumbo, bicarbonato de potássios, ácidos sulfúrico, clorídricos, benzóico e nítrico,
sulfato de sódio e de amónia, fósforo, entre muitas outras coisas que possibilitaram a
evolução da humanidade.

IV – CONCLUSÃO

Devido ao seu lado místico, a alquimia não é considerada uma ciência. Contudo, por
causa do seu lado técnico, foi sem dúvida a origem da química, pois está tudo ligado a
natureza e todos os produtos químicos, sejam os chamados naturais ou sintéticos, são
produzidos a partir de matérias-primas encontradas na natureza. Como dizia Lavoisier,
“ na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma”.

Lavoisier “ Pai da Química”

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ANEXOS
Símbolos de Alquimia

Instrumentos e artefactos de um laboratório alquímico medieval

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BIBLIOGRAFIA

 CÍRCULO DOS LEITORES, LAROUSSE, VOLUME 1, 2009 CÍRCULO DOS


LEITORES, SA E EDITIONS LAROUSSE PARA A PRESENTE EDIÇÃO;

Site consultado na Internet:

 http://pt.shvoong.com/exact-sciences/chemistry/1797724-
alquimia/#ixzz1oNlEbBl0

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