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Gilberto Freyre nasceu em 1900 no Recife/PE. O pai, Alfredo Freyre, era juiz e
professor universitário que ensinaria latim ao filho. Apesar do estímulo ao estudo
em casa, Freyre não conseguia aprender a escrever e fazia desenhos para
expressar-se. Estudou em colégios americanos e quando terminou sua formação
partiu para os Estados Unidos onde se matricularia na Universidade de Baylor,
Texas e anos mais tarde, em Columbia.
Diante disso, é possível traçar um paralelo entre a análise de Reis sobre Freyre
e o texto “O Negro no Mundo dos Brancos”, de Florestan Fernandes – sociólogo
importante para a etnologia brasileira e que dialoga com a sociologia clássica e
moderna e, principalmente com o pensamento marxista.
O tema é ainda mais complexo, pois no país não existe regras fixas ou modelos
de descendência biológica aceita consensualmente, e traçar uma “linha de cor”
no Brasil é algo a se temer, pois a classe social do indivíduo, local e situação
podem variar de acordo com o ambiente em que ele está inserido. Em território
brasileiro não apenas o dinheiro e as posições de prestigio que embranquecem,
mas também a “raça” transvestida em um conceito chamado “cor” transformasse
em um conceito relativo e passageiro.
Dessa forma afirma-se que não existem bons ou maus racismos, todo racismo é
ruim e desrespeitoso com um povo e sua descendência. É necessário pensar
nas características da histórica brasileira que faz da discriminação um espaço
não formalizado e da desigualdade uma etiqueta internalizada.