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Hidrologia Aplicada

UNIDADE 3 – PRECIPITAÇÃO

Ana Luiza Ferreira Campos Maragno


1 - Introdução

O regime hidrológico de uma região é


determinado por suas características:

•Físicas
•Geológicas
•Topográficas
•Por seu clima
2 - Fatores climáticos
2.1 Atmosfera

Mistura complexa de gases


- Maneira simples:
- Três partes principais:
1) Ar seco: 99% nitrogênio e oxigênio, 0,93% argônio, 0,03%
dióxido de carbono, e hidrogênio, hélio, neônio etc.
2) Vapor d’água: Levado ao ar devido à evaporação
3) Partículas sólidas em suspensão (AEROSSÓIS):
provenientes do solo, sais de origem orgânica e inorgânica,
explosões vulcânicas, combustão de gás, carvão e petróleo
e da queima de meteoros na atmosfera.
2.2 Circulação da atmosfera e ventos

• Troposfera - 18 Km no equador.
- 9 Km nos pólos.

• Movimento Horizontal (ventos).

• Movimento Vertical (corrente de ar).


2.3 Umidade atmosférica

Influencia na formação da precipitação e na


evaporação.
2.4 Temperatura e transporte de energia na atmosfera

• Calor por irradiação: emissão pelo sol no vácuo (ondas


curtas) / na Terra (calor sensível) (ondas longas).

• Condução: O ar é aquecido sem qualquer movimento


da matéria.

• Convecção: Transporte de calor por transporte da


matéria.
Figura 1 – Movimentos Atmosféricos.

Fonte: Departamento de Meteorologia – FCTH - USP


2.4.1 Distribuição vertical da temperatura

Decréscimo da temperatura com a altitude: 6,5º


C / km elevado na Troposfera.

2.4.2 Distribuição geográfica da temperatura

Em geral, a temperatura é máxima no Equador


decrescendo em direção aos pólos.
2.4.3 Variação da Temperatura com o tempo

Máxima temperatura: por volta das 15 horas.

Mínima temperatura: ao amanhecer.

Estações do ano.
3 Precipitação
• Podem ocorrer de diferentes maneiras, como:
chuva, orvalho, neve, neblina...
3.1 Formação das precipitações
• Elemento básico: Umidade atmosférica
• Outros requisitos: Mecanismo de resfriamento do ar,
presença de núcleos higroscópicos e crescimento das
gotas.
• O ar úmido das camadas baixas da atmosfera é
aquecido por condução e eleva-se, expandi e resfria
até o nível de condensação. Com a existência de
núcleos higroscópicos (partículas de origem
inorgânica), o vapor se condensa e por um processo
de crescimento* a gota atinge tamanho suficiente
para precipitar.
• *Coalescência: As gotas de água aumentam de
tamanho devido a colisão (movimento turbulento do
ar, forças elétricas e do movimento Browniano).
3.2 Tipos de precipitação
3.2.1 Precipitações Ciclônicas

• Estão associadas com o movimento de massas


de ar de região de alta pressão para regiões de
baixa pressão. Essas diferenças de pressão são
causadas pelo aquecimento desigual da
superfície terrestre.
• Podem ser classificadas em Frontal e não
Frontal.
• Frontal: Resulta da ascensão do ar quente e
úmido.

Ar quente

Ar
quente

Ar Frio
Ar frio

Frente Fria: o ar frio substitui Frente quente: o ar quente substitui o


o ar quente. ar frio.
• Não Frontal: Ocorre baixa barométrica.

• As precipitações ciclônicas são de:


– longa duração,
– intensidade de baixa a moderada,
– espalhando-se por grandes áreas.

São importantes principalmente no projeto de


grandes bacias hidrográficas.
3.2.2 Precipitações Orográficas
• Resultam da ascensão de correntes de ar
úmido sobre barreiras naturais.

• Exemplo: Serra do mar.


3.2.3 Precipitações Convectivas
• O aquecimento desigual da superfície
terrestre provoca o aparecimento de camadas
de ar com diferentes densidades (gera
estratificação térmica da atmosfera, em
equilíbrio estável).
• Se algum fator desequilibra (vento,
superaquecimento) provoca ascensão brusca
do ar menos denso.
3.2.3 Precipitações Convectivas
• Características:
– grande intensidade
– curta duração,
– concentradas em pequenas áreas.

São importantes no processo de pequenas bacias.

Típicas de regiões tropicais.


4 Medidas Pluviométricas

• Quantidade de chuva é expressa pela altura


de água caída e acumulada sobre uma
superfície plana e impermeável.
• Os pontos os quais serão executadas as
medidas são previamente escolhidos.
4 Medidas Pluviométricas

Para realizar a medição utilizam-se aparelhos,


como:
– Pluviômetros: Simples receptáculos, medidas
periódicas (sete horas da manhã).
– Pluviógrafos: Registram a altura d’água no
decorrer do tempo.
Pluviômetro
Pluviógrafos
Princípio do funcionamento do pluviógrafo.

Balança

Flutuador
4.1 Grandezas Características:

• Altura pluviométrica (h): medida realizada nos


pluviômetros (em mm);
• Intensidade da precipitação (i): relação entre
altura e a duração da chuva (mm / hora ou
mm / minutos);
• Duração (t): período de tempo contado desde
o início até o fim da precipitação (horas ou
minutos).
5 Frequência de Totais Precipitados
Intervalo Pto F F.X x=X-X F.x2 Frequência
Médio acumulada
(X) até pto médio

  

Período de retorno Probabilidade das alturas pluviométricas esperadas

(Anos) Máxima Mínima

2 1-1/2 = 0,50 1/2 = 0,50

5 1-1/5 = 0,80 1/5 = 0,20

10 1-1/10 = 0,90 1/10 = 0,10

30 1-1/30 = 0,97 1/30 = 0,03

100 1-1/100 = 0,99 1/100 = 0,01

1000 1-1/1000 = 0,999 1/1000 = 0,001


Exemplo
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ T. ANUAL
1941 228,1 49,6 32,8 51,3 13,2 8,0 16,5 5,5 215,4 122,0 210,5 113,7 1066,6
1942 220,5 249,1 405,6 62,7 41,6 28,1 30,5 0,0 33,1 57,7 126,9 233,1 1489,1
1943 331,6 114,1 298,4 44,6 3,9 41,1 0,0 7,1 7,1 240,0 203,2 181,1 1552,2
1944 111,4 176,8 150,6 47,5 0,0 0,1 0,0 0,0 1,8 52,2 157,4 29,3 727,1
1945 236,7 187,9 95,7 59,4 1,4 122,8 32,1 0,3 40,0 58,4 192,4 178,7 1205,8
1946 434,1 127,5 171,5 45,5 6,1 12,6 59,3 0,7 50,7 97,2 165,8 258,8 1429,8
1947 376,3 405,1 235,7 4,3 31,6 18,8 35,1 58,5 174,5 165,3 142,6 377,1 2024,9
1948 189,6 119,2 247,8 1,3 83,1 0,3 57,9 21,0 4,8 125,3 174,4 140,6 1245,3
1949 253,5 174,8 171,5 94,9 59,9 38,6 0,5 15,5 2,7 47,3 76,9 474,7 1410,8
1950 227,1 380,5 130,0 170,4 11,6 6,6 19,3 0,0 4,8 199,9 210,7 198,1 1559,0
1951 307,6 135,1 250,6 46,3 14,7 37,8 2,2 39,5 1,0 94,5 199,0 123,2 1251,5
1952 193,4 173,3 243,7 15,6 0,0 108,4 0,0 4,3 25,4 185,8 201,0 48,1 1199,2
1953 227,8 140,4 99,3 69,4 43,9 22,5 12,8 24,9 84,6 148,0 157,7 217,5 1248,8
1954 314,8 280,5 195,4 37,1 134,8 49,2 1,1 0,0 25,5 47,9 165,4 219,3 1471,0
1955 193,4 179,7 142,5 75,2 24,2 43,1 50,4 61,9 2,6 59,1 125,3 265,1 1224,5
1956 123,3 142,7 119,4 88,9 305,4 126,7 61,1 66,2 102,2 111,7 18,3 146,4 1412,3
1957 398,9 143,8 152,9 130,6 11,3 14,0 134,0 74,7 92,4 109,5 45,6 159,4 1467,1
1958 233,4 166,5 121,2 136,1 116,2 60,8 12,5 8,9 84,1 180,9 99,1 347,5 1567,2
1959 270,8 164,4 155,4 47,0 35,7 17,8 0,0 56,2 13,1 63,3 97,5 183,8 1105,0
1960 431,3 338,3 94,8 42,1 45,8 65,4 4,6 21,2 10,2 126,8 270,9 382,3 1833,7
1961 248,9 323,9 137,7 46,3 81,5 3,3 0,0 6,9 1,0 51,1 70,6 165,1 1136,3
1962 134,9 250,6 214,4 50,4 16,6 97,2 10,7 45,4 45,7 232,5 58,3 517,0 1673,7
1963 185,2 181,9 59,3 35,4 6,2 0,0 0,0 3,0 0,0 146,1 152,8 116,0 885,9
1964 155,7 285,5 89,1 18,4 61,1 8,8 58,6 7,2 79,8 163,4 78,1 445,3 1451,0
1965 351,9 437,6 170,0 51,8 97,0 20,2 49,1 9,1 41,0 161,3 178,9 282,1 1850,0
1966 120,8 95,9 170,1 45,4 62,7 0,0 2,0 18,7 84,5 135,1 179,0 316,7 1230,9
1967 390,7 199,7 261,7 22,9 29,1 71,2 4,7 0,1 71,4 252,8 136,4 208,9 1649,6
1968 406,5 127,1 114,9 26,8 13,8 15,7 4,8 32,4 39,6 117,3 115,3 180,4 1194,6
2024,9 – 727,1 = 1297,8/28=46,35
Com base na Figura ao lado, foram
estabelecidas as seguintes alturas
pluviométricas anuais esperadas em
5, 10, 100 e 1000 anos de período
de retorno.
Alturas Pluviométricas Prváveis
Período de Retorno
Máxima Mínima
5 anos 1600 1145
10 anos 1725 1015
100 anos 2020 700
1000 anos 2240 490

5 anos – 80% e 20%


10 anos – 90% e 10%
100 anos – 99% e 1%
1000 anos – 99,9% e 0,1%
 Exercício
Calcular os valores precipitados máximos e míninos prováveis para os
períodos de retorno de 5, 10, 50, 100 e 1000 anos.
São dados:

Ano 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
Total
precipitado 1.230 1.165 1.742 1.834 1.205 1.112 2.176 2.345 1.196 1.265
(mm)
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Total
precipitado 1.437 2.375 2.381 1.386 1.535 1.810 1.875 2.130 2.253 1.344
(mm)
6 Variação da Precipitação

6.1 Variação Geográfica

No Brasil, a região com máxima precipitação se


situa na Serra do Mar, em São Paulo e as
mínimas no Nordeste.
6.2 Variação Temporal

• Períodos úmidos são sempre contrabalançados por


períodos secos;

• Nenhum ciclo regular significativo foi encontrado;

• Embora os registros de precipitação possam sugerir


uma tendência de aumentar ou diminuir, existe uma
tendência de voltar à média, segundo VILLELA e MATOS
(1975).
7 Precipitação Média Sobre uma Bacia
 Método de THIESSEN

Pode ser utilizado, mesmo para distribuição NÃO


UNIFORME dos aparelhos de medição.

Ligam-se todos os pontos adjacentes por linhas retas e


traçam-se as mediatrizes dessas retas, formando
polígonos. Os lados dos polígonos são os limites das
áreas de influência de cada estação.
Área Um

Figura 2 – Disposição das áreas para cálculo


pelo método de Thiessen .
 Pi . Ai  Pi . Ai
h 
 Ai A
Onde:

Pi = Precipitação em cada estação.


Ai = Área de influência de Pi.
Ai = A = Área da bacia.
 Método das Isoietas
Isoietas: curvas de igual precipitação.

 hi  hi 1 
 . Ai
h  2 
 Ai
Tal que:
hi = valor da isoieta de ordem “i” Figura 3 – Disposição de área para cálculo pelo Método
das Isoietas.

h(i +1) = valor da isoieta de ordem “i+1”


Ai = área entre as duas isoietas
Ai = área total da bacia.
Exercício: Na bacia hidrográfica abaixo,
determinar a precipitação média anual, de
acordo com as isoietas da figura.

A1 A2 A3 A4 A5 A6

840 860 880 900 920 940 960


Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850
P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870
P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890


P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910


P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930


P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705 25.753
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705 25.753 64.170
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705 25.753 64.170 67.070
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6 280,5

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705 25.753 64.170 67.070 254.889
P. A
Resolução
Área A1 A2 A3 A4 A5 A6 
(km2)
37,8 40,3 34,5 28,3 69,0 70,6 280,5

850 870 890 910 930 950


P
32.130 35.061 30.705 25.753 64.170 67.070 254.889
P. A

254.889
h  908,70mm
280,5
Exercício:
Calcular a precipitação média pelo método de Thiessen
 Resolução
Postos “B” e “F” estão fora da bacia

Posto Área (A) Precipitação (P) PxA


(km2) (mm)
A 125
B 150
C 130
D 95
E 140
F 90
G 110

 Resolução

Posto Área (A) Precipitação (P) PxA


(km2) (mm)
5 x 2,5
A  6,25 125
2
B - 150
5 x 2,5
C 2
 6,25 130
D 5x5 = 25 95
E 5 x 2,5
 6,25 140
2
F - 90
5 x 2,5
G  6,25 110
2
 50
 Resolução

Posto Área (A) Precipitação (P) PxA


(km2) (mm)
5 x 2,5
A  6,25 125 781,25
2
B - 150 -
5 x 2,5
C 2
 6,25 130 812,50
D 5x5 = 25 95 2.375,00
E 5 x 2,5
 6,25 140 875,00
2
F - 90 -
5 x 2,5
G  6,25 110 687,50
2
 50 5.531,25
5.531,25
h  110,6mm
50

MÉTODO. ARITMÉTICO

 P  125  130  95  140  110  600mm

 P 600
h   120mm
n 5
8 Análise das Chuvas Intensas

Para uma utilização prática dos dados de chuva nos


trabalhos de engenharia faz-se necessário conhecer a
relação entre as quatro características fundamentais da
chuva: intensidade, duração, frequência e distribuição.

Distribuição: conhecida através dos dados dos diversos


postos pluviométricos distribuídos sobre a região.
8.1 Variação da Intensidade com a duração

Os dados sobre precipitações intensas são obtidos


dos registros pluviográficos.

Intensidade é inversamente proporcional à duração.

Durações usuais: 5, 10, 15, 30 e 45 minutos.


1, 2, 3, 6, 12 e 24 horas.
8.2 Variação da Intensidade com a Frequência

É importante prever (com base nos dados


observados e nos princípios das probabilidades)
quais as máximas precipitações que possam vir a
ocorrer em uma certa localidade, com determinada
frequência.
 Amostragem:
Séries anuais – constituídos pelos mais altos valores
observados em cada ano.
Termo de distribuição: Tempo (anos).
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ T. ANUAL
1941 228,1 49,6 32,8 51,3 13,2 8,0 16,5 5,5 215,4 122,0 210,5 113,7 1066,6
1942 220,5 249,1 405,6 62,7 41,6 28,1 30,5 0,0 33,1 57,7 126,9 233,1 1489,1
1943 331,6 114,1 298,4 44,6 3,9 41,1 0,0 7,1 7,1 240,0 203,2 181,1 1552,2
1944 111,4 176,8 150,6 47,5 0,0 0,1 0,0 0,0 1,8 52,2 157,4 29,3 727,1
1945 236,7 187,9 95,7 59,4 1,4 122,8 32,1 0,3 40,0 58,4 192,4 178,7 1205,8
1946 434,1 127,5 171,5 45,5 6,1 12,6 59,3 0,7 50,7 97,2 165,8 258,8 1429,8
1947 376,3 405,1 235,7 4,3 31,6 18,8 35,1 58,5 174,5 165,3 142,6 377,1 2024,9
1948 189,6 119,2 247,8 1,3 83,1 0,3 57,9 21,0 4,8 125,3 174,4 140,6 1245,3
1949 253,5 174,8 171,5 94,9 59,9 38,6 0,5 15,5 2,7 47,3 76,9 474,7 1410,8
1950 227,1 380,5 130,0 170,4 11,6 6,6 19,3 0,0 4,8 199,9 210,7 198,1 1559,0
1951 307,6 135,1 250,6 46,3 14,7 37,8 2,2 39,5 1,0 94,5 199,0 123,2 1251,5
1952 193,4 173,3 243,7 15,6 0,0 108,4 0,0 4,3 25,4 185,8 201,0 48,1 1199,2
1953 227,8 140,4 99,3 69,4 43,9 22,5 12,8 24,9 84,6 148,0 157,7 217,5 1248,8
1954 314,8 280,5 195,4 37,1 134,8 49,2 1,1 0,0 25,5 47,9 165,4 219,3 1471,0
1955 193,4 179,7 142,5 75,2 24,2 43,1 50,4 61,9 2,6 59,1 125,3 265,1 1224,5
1956 123,3 142,7 119,4 88,9 305,4 126,7 61,1 66,2 102,2 111,7 18,3 146,4 1412,3
1957 398,9 143,8 152,9 130,6 11,3 14,0 134,0 74,7 92,4 109,5 45,6 159,4 1467,1
1958 233,4 166,5 121,2 136,1 116,2 60,8 12,5 8,9 84,1 180,9 99,1 347,5 1567,2
1959 270,8 164,4 155,4 47,0 35,7 17,8 0,0 56,2 13,1 63,3 97,5 183,8 1105,0
1960 431,3 338,3 94,8 42,1 45,8 65,4 4,6 21,2 10,2 126,8 270,9 382,3 1833,7
1961 248,9 323,9 137,7 46,3 81,5 3,3 0,0 6,9 1,0 51,1 70,6 165,1 1136,3
1962 134,9 250,6 214,4 50,4 16,6 97,2 10,7 45,4 45,7 232,5 58,3 517,0 1673,7
1963 185,2 181,9 59,3 35,4 6,2 0,0 0,0 3,0 0,0 146,1 152,8 116,0 885,9
1964 155,7 285,5 89,1 18,4 61,1 8,8 58,6 7,2 79,8 163,4 78,1 445,3 1451,0
1965 351,9 437,6 170,0 51,8 97,0 20,2 49,1 9,1 41,0 161,3 178,9 282,1 1850,0
1966 120,8 95,9 170,1 45,4 62,7 0,0 2,0 18,7 84,5 135,1 179,0 316,7 1230,9
1967 390,7 199,7 261,7 22,9 29,1 71,2 4,7 0,1 71,4 252,8 136,4 208,9 1649,6
1968 406,5 127,1 114,9 26,8 13,8 15,7 4,8 32,4 39,6 117,3 115,3 180,4 1194,6
 Amostragem:
Séries parciais – constituídos pelos “n” maiores valores
observados no período total de observação.
Termo de distribuição: Magnitude dos valores extremos.

Por exemplo:  250 mm


ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ T. ANUAL
1941 228,1 49,6 32,8 51,3 13,2 8,0 16,5 5,5 215,4 122,0 210,5 113,7 1066,6
1942 220,5 249,1 405,6 62,7 41,6 28,1 30,5 0,0 33,1 57,7 126,9 233,1 1489,1
1943 331,6 114,1 298,4 44,6 3,9 41,1 0,0 7,1 7,1 240,0 203,2 181,1 1552,2
1944 111,4 176,8 150,6 47,5 0,0 0,1 0,0 0,0 1,8 52,2 157,4 29,3 727,1
1945 236,7 187,9 95,7 59,4 1,4 122,8 32,1 0,3 40,0 58,4 192,4 178,7 1205,8
1946 434,1 127,5 171,5 45,5 6,1 12,6 59,3 0,7 50,7 97,2 165,8 258,8 1429,8
1947 376,3 405,1 235,7 4,3 31,6 18,8 35,1 58,5 174,5 165,3 142,6 377,1 2024,9
1948 189,6 119,2 247,8 1,3 83,1 0,3 57,9 21,0 4,8 125,3 174,4 140,6 1245,3
1949 253,5 174,8 171,5 94,9 59,9 38,6 0,5 15,5 2,7 47,3 76,9 474,7 1410,8
1950 227,1 380,5 130,0 170,4 11,6 6,6 19,3 0,0 4,8 199,9 210,7 198,1 1559,0
1951 307,6 135,1 250,6 46,3 14,7 37,8 2,2 39,5 1,0 94,5 199,0 123,2 1251,5
1952 193,4 173,3 243,7 15,6 0,0 108,4 0,0 4,3 25,4 185,8 201,0 48,1 1199,2
1953 227,8 140,4 99,3 69,4 43,9 22,5 12,8 24,9 84,6 148,0 157,7 217,5 1248,8
1954 314,8 280,5 195,4 37,1 134,8 49,2 1,1 0,0 25,5 47,9 165,4 219,3 1471,0
1955 193,4 179,7 142,5 75,2 24,2 43,1 50,4 61,9 2,6 59,1 125,3 265,1 1224,5
1956 123,3 142,7 119,4 88,9 305,4 126,7 61,1 66,2 102,2 111,7 18,3 146,4 1412,3
1957 398,9 143,8 152,9 130,6 11,3 14,0 134,0 74,7 92,4 109,5 45,6 159,4 1467,1
1958 233,4 166,5 121,2 136,1 116,2 60,8 12,5 8,9 84,1 180,9 99,1 347,5 1567,2
1959 270,8 164,4 155,4 47,0 35,7 17,8 0,0 56,2 13,1 63,3 97,5 183,8 1105,0
1960 431,3 338,3 94,8 42,1 45,8 65,4 4,6 21,2 10,2 126,8 270,9 382,3 1833,7
1961 248,9 323,9 137,7 46,3 81,5 3,3 0,0 6,9 1,0 51,1 70,6 165,1 1136,3
1962 134,9 250,6 214,4 50,4 16,6 97,2 10,7 45,4 45,7 232,5 58,3 517,0 1673,7
1963 185,2 181,9 59,3 35,4 6,2 0,0 0,0 3,0 0,0 146,1 152,8 116,0 885,9
1964 155,7 285,5 89,1 18,4 61,1 8,8 58,6 7,2 79,8 163,4 78,1 445,3 1451,0
1965 351,9 437,6 170,0 51,8 97,0 20,2 49,1 9,1 41,0 161,3 178,9 282,1 1850,0
1966 120,8 95,9 170,1 45,4 62,7 0,0 2,0 18,7 84,5 135,1 179,0 316,7 1230,9
1967 390,7 199,7 261,7 22,9 29,1 71,2 4,7 0,1 71,4 252,8 136,4 208,9 1649,6
1968 406,5 127,1 114,9 26,8 13,8 15,7 4,8 32,4 39,6 117,3 115,3 180,4 1194,6
Geralmente as distribuições de valores extremos de
grandezas hidrológicas (chuvas e deflúvio) ajustam-
se satisfatoriamente à distribuição tipo I de Fisher-
Tippett, conhecida também como distribuição de
Gümbel.
y  Tabela 3

Yn e Sn  Tabela 4
Tabela 3 – Variável Reduzida, Probabilidades e Período de Retorno.

Variável Reduzida Período de Retorno Probabilidade Probabilidade


(Y) (Tr) (1 – P) (P)
0,000 1,58 0,632 0,368
0,367 2,00 0,500 0,500
0,579 2,33 0,429 0,571
1,500 5,00 0,200 0,800
2,250 10,00 0,100 0,900
2,970 20,00 0,050 0,950
3,395 30,00 0,033 0,967
3,902 50,00 0,020 0,980
4,600 100,00 0,010 0,990
5,296 200,00 0,005 0,995
5,808 300,00 0,003 0,997
6,214 500,00 0,002 0,998
6,907 1.000,00 0,001 0,999
Fonte: Hidrologia Aplicada, (VILELA e MATOS, 1975, pág. 147)
Tabela 4 – Valores esperados da média (Yn) e desvio-padrão (Sn) da variável
reduzida (Y) em função do número de dados (n) – Linsley.

n Yn Sn n Yn Sn
20 0,52 1,06 80 0,56 1,19
30 0,54 1,11 90 0,56 1,20
40 0,54 1,14 100 0,56 1,21
50 0,55 1,16 150 0,56 1,23
60 0,55 1,17 200 0,57 1,24
70 0,55 1,19 °° 0,57 1,28

Fonte: Hidrologia Aplicada, (VILELA e MATOS, 1975, pág. 147)


Nos casos práticos existem, geralmente poucos
anos de observação.
Usa-se a Equação Geral ou Equação de Ven Te Chow.

X  X  K .
Onde:
 = Desvio padrão da variável X;

X = Média da variável X;

K = Fator de frequência (Weiss) – Figura 4


Figura 4 – Gráfico de Weiss para aplicação do Método de Gumbel
 Exercício:
Calcular a intensidade de precipitação para os
períodos de retorno de 5, 20, 50 e 100 anos,
sabendo-se que a média dos dados foi de 325
mm / h e o desvio-padrão foi de 50 mm / h, para
um período de trinta anos de observações.
8.3 Relação Intensidade-Duração-
Frequência

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