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Etica e Serviço Social PDF
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INTRODUÇÃO
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e que muitas vezes preserva e reforça valores como o preconceito,
a discriminação e a desigualdade entre as classes sociais.
O objetivo é trazer ao debate o tema da ética numa perspectiva
crítica e objetiva, que contemple a universalidade e a totalidade
que essa temática abrange, mas sem desconsiderar o gênero
humano como um sujeito ativo, capaz de construir e reconstruir a
história e o futuro.
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“a gênese das escolhas e alternativas de valor são indissociáveis
da práxis, por isso são categorias objetivas e históricas”
(Barroco, 2008, p 30).
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da natureza por meio do trabalho, mas também pelos aspectos
valorativos do comportamento singular e social do gênero humano
(Barroco, 2009).
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trata-se de uma questão de consciência ético-política motivada
pela categoria profissional, no sentido de mobilizar a
participação, a capacitação e a ampliação do debate acerca da
postura profissional, segundo os princípios éticos e políticos da
profissão (Teixeira, 2009).
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pauta pela transformação social, pela garantia dos direitos
sociais e pela emancipação do indivíduo. No entanto, ele sofre
influências dos movimentos contraditórios que se operam na
sociedade e suas ações favorecem a um ou a outro projeto. Isso
significa que as ações e intervenções profissionais nos espaços
sócio-ocupacionais são determinadas por valores específicos
de reconhecimento da liberdade como valor ético central,
quais sejam: o compromisso com a autonomia, a emancipação
e a plena expansão dos indivíduos enquanto seres humanos
genéricos. Em outros termos, o nosso projeto ético-político
se propõe à construção de uma nova ordem social, sem dominação
e sem exploração de uma classe sobre a outra (Teixeira, 2009).
Mas, também, ele é marcado constantemente pelos desafios do
cotidiano que aliena o exercício profissional, desvia a atenção para
questões corriqueiras e para viabilização de projetos contrários
àquilo que defendemos.
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projeto ético-político não se efetiva integralmente na sociedade,
ou seja, não há uma relação entre o que planejamos
e o que executamos efetivamente, isso se dá principalmente
porque as incidências objetivas desse projeto não dependem
exclusivamente de nossas ações, mas da relação com
um projeto societário mais amplo, cujas expectativas
deverão ser correspondidas via práticas socioprofissionais.
Além do mais, devem-se levar em consideração as
transformações das condicionantes da esfera social,
dos elementos que a constitui, dos interesses e dos movimentos
que movem toda a sua dinâmica.
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Todos esses aspectos determinam a profissão e sua dimensão
prática e política. Por isso, o profissional, ao transitar
num ambiente frágil e marcado por tensões, deve firmar
a democracia e a liberdade como pressupostos definidores
dos rumos da atuação profissional. Escolher caminhos,
construir estratégias político-profissionais demarcadas
por compromissos claros e princípios coerentes com o projeto
ético-político, para não cair no assistencialismo, filantropismo
e no fatalismo, mas que essas escolhas profissionais
possam colidir com a estrutura social estabelecida pela
lógica capitalista no cotidiano de trabalho, em meio ao
imediatismo e à alienação, e assim mesmo diante dessas
adversidades, sustentar a possibilidade de que um novo projeto
social e mais justo é possível. Afinal, como diz Barroco:
“Na relação com os usuários, nos limites da sociedade
burguesa, a ética profissional se objetiva através de ações
conscientes e críticas, do alargamento do espaço profissional,
quando ele é politizado - o que implica no compartilhamento
coletivo com outros profissionais e no respaldo das entidades e
dos movimentos sociais organizados. Isso torna possível uma
ação ético-política articulada ao projeto coletivo, adquirindo
maiores possibilidades de respaldo nos momentos de
enfrentamento e de resistência” (p. 21).
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O mercado passa a exigir um trabalhador multiprofissional
que pense e viva, segundo a nova lógica a qual transfere para esse
trabalhador a responsabilidade pela sua manutenção no mercado
de trabalho. Portanto, são estabelecidos critérios preferenciais de
aferição da empregabilidade e do desempenho profissional que
devem ser adquiridos individualmente como autoinvestimento e
aferidos por mecanismos de controle de qualidade como os
exames de proficiência (Koike, 2009, p 4).
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formação crítica e qualificada, o profissional vai reproduzir
modelos conservadores, despolitizados das relações sociais
e incidentes no exercício profissional também despolitizado,
o que naturaliza e reforça os processos contraditórios da
sociedade, como destaca Koike (2009) ao mencionar as
dissimulações do discurso ideológico que obscurecem mais do
que revelam essas contradições.
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Com isso, entendemos que a categoria profissional
precisa ser portadora do direcionamento intelectual
e ideopolítica, de forma a solidificar ainda mais as
bases “pedagógico-práticas”, através do rigor teórico,
histórico-metodológico, no trato da realidade e do Serviço
Social, mediados pela teoria social crítica, pelas dimensões
investigativas e interventivas, pela interdisciplinaridade e
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, entre o
estágio, supervisão de campo e acadêmica.
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Ética no Serviço Social: questões e dilemas para o exercício
profissional. Texto de Marisaura dos Santos Cardoso, escrito em
julho de 2009.
Referências
AMARAL Adriana Ferreira: Reflexão do Fórum da Unidade II em
28/06/2009
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CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL - CRESS 6ª REGIÃO
Conselho Fiscal
Cristiano Costa de Carvalho
Darklane Rodrigues Dias
Renata Flávia da Silva
Suplentes
Alexandre Alves Ribeiros
Fabrícia Cristina de Castro Maciel
Helena Teixeira Magalhães Soares
Janaina Andrade dos Santos
Maria de Fátima Santos Gottschalg
Maria de Lourdes dos Santos Borges
Maura Rodrigues de Miranda
Wagner Maciel Silva
Waldeir Eustáquio dos Santos
Seccional Uberlândia
Coordenadora: Flávia Maria da Silva Santana
Secretária: Vanda Aparecida Frameo Macedo
Tesoureira: Luana Gonçalves de Oliveira Souza
Primeira Suplente: Carmem Guardenho Maywald
Segundo Suplente: Renato Mateus de Santana
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