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AULA XX, SEXTA, 04.

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DAS PRISÕES PROCESSUAIS

Nosso ordenamento jurídico possui 03 prisões, em regra, e aqui, vamos estudar a PRISÃO
PROCESSUAL (diferente da prisão pena – LEP, e da prisão civil por inadimplemento de alimentos
– CPC, além da prisão militar).

PRISÕES PROCESSUAIS: Prisão em flagrante, prisão preventiva e prisão temporária.

Prisão é o cerceamento da liberdade de locomoção, é o encarceramento. Pode advir de


decisão condenatória transita em julgada (é a prisão pena, regulada pela LEP), ou ainda ocorrer no
curso da persecução penal (é a prisão sem pena ou processual – também chamada de prisão
cautelar ou provisória).

A prisão em flagrante, hoje, só serve para duas coisas: cessar a agressão ao bem jurídico
tutelado e eventualmente colher os elementos de prova, sendo uma medida PRECAUTELAR.
A prisão preventiva é aquela prisão que é necessária ao processo, com base na fumaça do
cometimento do delito e o perigo da liberdade. Cabe durante o IQ e o processo!
A prisão temporária não tem previsão no CPP, e será localizada na lei 7.960/89, sendo
exclusiva para o INQUÉRITO POLICIAL.

A presunção de inocência é ferida pelas prisões processuais? Não. O artigo 5°, LVII diz que
ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A CF
também diz que ninguém será privado de seus bens ou liberdade sem o devido processo legal, e
por decisão judicial fundamentada e motivada. O juiz decide com base nas informações constantes
nos autos, não implicando que tal prisão processual fira a presunção de inocência.

*Questão da execução provisória da pena*

DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Flagrante é uma medida de autodefesa da sociedade, caracterizado pela privação da


liberdade de locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executado
independentemente de prévia autorização judicial.

Artigo 301: flagrante facultativo e obrigatório, respectivamente, qualquer do povo e os


agentes policiais.

Quem vai confirmar ou ratificar o flagrante será a autoridade policial.

Policial tem o dever de agir, se PUDER, em regra, dependendo do caso concreto.

Algumas pessoas não podem ser presas em flagrante, como os juízes, promotores,
parlamentares federais e estaduais, somente em caso de crime inafiançável, conforme artigo 323.

CF, artigo 53, § 2° = membros do congresso; e Artigo 33, II, da lei nº 35/79 da LOMAN =
membros do poder judiciário.
Membros do MP, artigo 40, III, da lei 8.625/93 e LC 75/93, artigo 18, II, d.

Advogados no exercício de suas atribuições, artigo 7°, § 3°, da lei 8.906/64.

Eleitor, artigo 236, caput, do Código Eleitoral; REGRA: não pode ser preso nos 5 dias que
antecedem as eleições, até 48 horas após o encerramento das votações, salvo em flagrante delito.

DAS IMUNIDADES PRISIONAIS

ABSOLUTAS

Presidente da República não pode ter prisão processual nem prisão pena, conforme artigo
86, § 3º, CF.

Dos menores de 18 anos, conforme artigo 228, CF, e 27, CP. Menor é apreendido e não
preso (mandado de busca e apreensão do menor e não mandado de prisão).

Imunidade diplomática, conforme artigo 29 da Convenção de Viena, não pode ser preso em
flagrante. Embaixada não é território estrangeiro, mas goza de inviolabilidade.

RELATIVAS

Senadores, deputados federais, estaduais e distritais, conforme o artigo 53, § 2 c.c. artigo
27, § 1º, CF. Não se admite a prisão cautelar do parlamentar (flagrante, temporária e preventiva),
exceto em flagrante de crime inafiançável.

A imunidade parlamentar não é absoluta e não deve ser interpretada de maneira literal.

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