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Comunicação SFU Warley
Comunicação SFU Warley
HUSSERL
Warley Kelber Gusmão de Andrade
Professor Assistente
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Bahia, Brasil.
wkandrade@uneb.br
Bergson e Husserl tem como ponto de origem de suas reflexões filosóficas temas
extremamente próximos, um deles é: crítica ao cientificismo positivista e os reflexos
desse movimento em uma ciência em particular, a psicologia em sua forma empírica,
isto é, o psicologismo, doutrina que defende que o conhecimento do real é totalmente
dado a partir dos dados psíquicos e mais particularmente a partir de uma compreensão
física e matemática desses dados.
A partir daí, todos os processos mentais passam a ser reduzidos em fórmulas
físicas que vinculam o pensamento diretamente ao trabalho cerebral, teríamos então um
paralelismo psicofísico, isto é, uma coincidência entre processos cerebrais e processos
mentais, traduzido naquilo que conhecemos como associacionismo.
Ainda que nossa exposição inicial seja muito rasa, nossa intenção aqui é
apresentar suscintamente a maneira como estes dois pensadores combatem e escapam
desse modelo apresentado acima. E nesta direção é inevitável que ambos realizem uma
profunda reflexão sobre o problema da consciência e da representação. Desse modo
nosso objetivo será traçar aproximações e distanciamentos entre o pensamento desses
dois filósofos em relação a este problema específico.
Nosso interesse inicial nesta temática surge a partir da leitura do livro Presença
e Campo Transcendental: Consciência e Negatividade na Filosofia de Bergson, do
filósofo brasileiro, Prof. Bento Prado Jr.
Nesta obra ele apresenta uma espécie de caráter fenomenológico da filosofia
bergsoniana e realiza uma descrição desse caráter, indicando os pontos de aproximação
e de distanciamento entre o bergsonismo e a fenomenologia husserliana, justamente nos
pontos que nos interessa, ou seja, em relação a consciência, isto é, a busca de sua
definição e consequentemente a explicação da representação.
Esse campo de imagens, será uma construção conceitual, que funcionará como
fundo transcendental, que permitirá a constituição da subjetividade e da objetividade.
preenchimento, o mesmo não pode ser dito ao citarmos Bergson, dado que para este
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERGSON, Henri. Matéria e Memória. Trad. de Paulo Neves. 2ª ed. São Paulo, Martins
Fontes, 1999.
MOURA, Carlos Alberto Ribeiro de. Crítica da razão na fenomenologia. São Paulo:
Nova Stella : USP, 1989, 260 p.