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A Prece de Enoch

Senhor Deus, Fonte da verdadeira sabedoria, tu que abriste os segredos de teu próprio eu ao
homem, tu conheces minha imperfeição e minha escuridão interna. Como posso falar a ti que não fala
pela voz do homem; ou dignamente chamar teu nome, considerando que minha imaginação é variável e
infrutífera, e desconhecida por mim? Parecerá que a areia convida as Montanhas ou pode o pequeno rio
distrair as maravilhosas e desconhecidas ondas?
Pode o recipiente de medo, fragilidade ou o que é de determinada proporção, levantar-se,
levantar suas mãos ou reunir o seu sol em seu âmago?
Senhor, isto não pode ser: Senhor, minha imperfeição é grande; Senhor, sou menor que areia;
Senhor, teus anjos bons e criaturas excedem-me: nossa proporção não é similar; nossos sensos não
concordam, mas estou confortado, pois que temos todos um Deus, todos começando por ti, que
respeitamos a ti, Criador.
Portanto, invocarei em teu nome e em ti tornar-me-ei poderoso. Tu me iluminarás e
tornar-me-ei vidente; verei tuas criaturas e dignificar-te-ei entre elas. Aqueles que vêm em ti o mesmo
portal e através do mesmo portal descendem como tu descendeste.
Vê, ofereço minha casa, meu trabalho, meu coração e alma, se isso agradar teus anjos para
habitar-me, e eu com eles; regozijarem-se comigo, e que possa eu regozijar-me com eles; ministrar a mim,
para que assim possa dignificar teu Nome.
Então, as Tábuas (que providenciei e, de acordo com teu desejo, preparei) ofereço-as a ti, e a
teus anjos santos, desejando-os e através de teus nomes sagrados; que como tu és a luz e conforta-os,
assim eles, em ti, serão minha luz e conforto. Senhor, eles não prescreveram leis em ti, assim não é
adequado que não prescreva leis a eles: e o que te satisfaz oferecer, eles recebem; assim, o que satisfaz
oferecer-me, também receberei.
Vê e digo, ó Senhor, que se os invocarei em teu Nome, seja em mim tua misericórdia, como o
servo do Altíssimo. Deixa-os também manifestarem a mim, como, por que palavras, e em que momento
eu os convocarei.
Ó Senhor, existe algo que mede os céus, que é mortal? Como, portanto, podem os céus entrar na
imaginação do homem? Tuas criaturas são a Glória de teu Semblante: por estes tu glorificas todas as
coisas, ó Senhor, cuja Glória excede e está acima de meu entendimento.
É uma grande sabedoria falar e conversar de acordo com o entendimento dos Reis; mas para
comandar Reis por um comando exposto não é sabedoria, a menos que venha de Ti.
Vê, Senhor, como eu, portanto, ascenderei aos céus? O ar não me levará, mas resiste minha
insensatez, e por isso caio, pois sou da terra.
Portanto, tua verdadeira Luz e Conforto, que pode, deve e comanda os céus. Vê, eu ofereço essas
Tábuas a ti, comanda-as como desejar: e vós, Ministros, e verdadeiras luzes de entendimento, governando
esta moldura terrena e os elementos onde vivemos, fazei por mim como ao servo do Senhor, a quem
agradou ao Senhor falar de vós.
Vê, Senhor, tu determinaste 50 vezes: três vezes 50 vezes levantarei minhas mãos a ti. Seja isto
a mim como te agrada, e a teus Ministros santos. Nada peço, mas Tu e por teu intermédio e por tua honra
e glória; porém espero, como prometido, que sejas satisfeito e não morras até reunires as nuvens e julgar
todas as coisas, quando em um momento serei mudado e habitarei em ti para sempre.

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