Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autores:
País: BRASIL
CUSTOS DE SERVIÇOS
RESUMO
CUSTOS DE SERVIÇOS
INTRODUÇÃO
AURÉLIO (dicionário):
VanDERBECK:
ATKINSON:
TEBOUL:
Além das divergências sobre o conceito, pode-se verificar que não há sequer
concordância quanto à tangibilidade ou não dos serviços, sabendo-se também que há
ainda muito a ser feito nesse setor.
Inúmeras causas ou razões poderiam ser apontadas para a mudança de uma era
industrial para a era dos serviços, mas estaremos destacando somente as consideradas
principais:
Grande busca por melhor qualidade de vida pela população à medida que ocorre
uma melhoria no nível de renda, propiciando investimentos em atividades de
serviços ligadas ao lazer, turismo, cultura, esporte, etc.;
a) Telecomunicações e informática:
Constitui-se de uma das áreas mais promissoras na geração de empregos
e de renda, tanto a curto como médio prazo, mormente devido às
privatizações com participações de grandes corporações multinacionais,
que estão investindo pesado para atender à demanda da grande extensão
do território brasileiro.
b) Instituições financeiras:
Nestas atividades, onde também vem ocorrendo elevado nível de
automação através da informatização, os principais custos referem-se à
captação e remuneração de fundos, gerenciamento das captações,
aplicações e empréstimos de capitais, mão-de-obra, depreciação das
agências e investimentos em informática.
c) Construtoras:
Representam um dos principais setores geradores de emprego, mormente
de mão-de-obra menos qualificada. Neste setor poderá haver somente o
fornecimento de serviços, ou seja, mão-de-obra e equipamentos; neste
caso, os principais custos são os relacionados aos salários e encargos
sociais, além da depreciação dos equipamentos. Poderá também haver o
fornecimento tanto de serviços como de materiais, como, por exemplo,
quanto se constrói em terreno do cliente, caracterizando o chamado
fornecimento da obra completa, sendo neste caso adicionado aos custos
também o valor dos materiais. A construtora poderá ainda construir em seu
próprio terreno, para posterior revenda.
Após o plano real, com uma economia mais estabilizada, tornou-se necessário um
melhor conhecimento de custos, pois, caso contrário, o produto ou serviço poderá ficar
fora do mercado, uma vez que atualmente é o mercado que estabelece o preço.
segurança em saber quais seriam os serviços realmente rentáveis ou quais os custos que
estão desproporcionais ao que o mercado espera.
material direto;
mão-de-obra direta;
custos indiretos variáveis e fixos.
Logicamente, como existe uma ampla gama de serviços, há variações quanto aos
custos a serem apropriados, tais como nas áreas de publicidade (mídia, artistas,
modelos, cenografia), oficinas de consertos (emprego de peças e materiais), além da
mão-de-obra.
Uma atividade de serviço normalmente inicia com acordo (contrato) entre cliente e
empresa, estabelecendo quais os serviços a serem prestados e em que condições,
podendo ser tanto formal como informal.
Esse acordo (contrato) dará origem a uma “ordem de serviço”, em que serão
registrados os valores dos materiais requisitados e utilizados no serviço, bem como as
horas incorridas pelos profissionais especializados e auxiliares empregados na prestação
do serviço, de acordo com o valor-hora estabelecido, permitindo aos gestores ter uma
visão de controle, a saber:
6.1 – Orçamento
Funcionários Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Gerentes
L.M.C. 180 200 180 187 Férias 150 130 170 140 150 140 120 1747
I.B.G. 195 200 180 185 150 150 130 Férias 140 150 140 120 1740
L.S.S. 150 200 180 170 120 Férias 130 170 140 150 140 120 1670
M.S. 150 200 180 187 80 150 130 170 Férias 150 140 120 1657
675 800 720 729 350 450 520 510 420 600 560 480 6814
Supervisores
M.C.
A.H. 180 200 185 180 80 120 Férias 130 140 150 140 120 1625
L.H.G. 180 210 170 181 80 120 130 130 Férias 150 140 120 1611
180 200 180 175 80 Férias 130 130 140 150 140 120 1625
540 610 535 536 240 240 260 390 280 450 420 360 4861
Técnicos
M.L.
R.C.G. 180 195 180 185 150 80 Férias 150 140 150 140 120 1670
P.C.C. 180 195 180 185 150 80 100 150 140 Férias 140 120 1620
W.N. 180 200 180 185 100 150 80 150 140 150 140 Férias 1655
F.A.V. 180 200 180 185 100 150 80 Férias 140 150 140 120 1625
A.K. 180 200 180 185 80 100 100 150 140 150 Férias 120 1585
180 200 180 185 80 100 100 150 140 150 140 120 1725
1080 1190 1080 1110 660 660 460 750 840 750 700 600 9880
TOTAL GERAL
2295 2600 2335 2375 1250 1350 1240 1650 1540 1800 1680 1440 21555
Gerentes
L.M.C. 3.600 43.200 3.600 1.200 600 16.992 65.592
I.B.G. 3.000 36.000 3.000 1.000 600 14.160 54.760
I.S.S. 3.000 36.000 3.000 1.000 600 14.160 54.760
M.S. 3.000 36.000 3.000 1.000 600 14.160 54.760
12.600 151.200 12.600 4.200 2.400 59.472 229.872
Supervisores
M.C. 2.000 24.000 2.000 667 600 9.440 36.707
A.H. 2.000 24.000 2.000 667 600 9.440 36.707
L.H.G. 2.000 24.000 2.000 667 600 9.440 36.707
6.000 72.000 6.000 2.001 1.800 28.320 110.121
Técnicos
M.L. 1.500 18.000 1.500 500 600 330 7.080 28.010
R.C.G. 1.500 18.000 1.500 500 600 330 7.080 28.010
P.C.C. 1.100 13.200 1.100 367 600 330 5.192 20.789
W.N. 1.100 13.200 1.100 367 600 330 5.192 20.789
F.A.V. 800 9.600 800 267 600 330 3.776 15.373
A.K. 800 9.600 800 267 600 330 3.776 15.373
6.800 81.600 6.800 2.268 3.600 1.980 32.096 128.344
TOTAL GERAL 25.400 304.800 25.400 8.469 7.800 1.980 119.888 468.337
Gerentes
L.M.C. 65.592 1.779 67.371 1.747 38,56
I.B.G. 54.760 1.772 56.532 1.740 32,49
L.S.S. 54.760 1.701 56.461 1.670 33,81
M.S. 54.760 1.687 56.447 1.657 34,07
229.872 6.939 236.811 6.814 34,75
Supervisores
M.C. 36.707 1.655 38.362 1.625 23,61
A.H. 36.707 1.640 38.347 1.611 23,80
L.H.G. 36.707 1.655 38.362 1.625 23,61
110.121 4.950 115.071 4.861 23,67
Técnicos
M.L. 28.010 1.700 29.710 1.670 17,79
R.C.G. 28.010 1.650 29.660 1.620 18,31
P.C.C 20.789 1.685 22.474 1.655 13,58
W.N. 20.789 1.706 22.495 1.625 13,84
F.A.V. 15.373 1.614 16.987 1.585 10,72
A.K. 15.373 1.756 17.129 1.725 9,93
128.344 10.111 138.455 9.880 14,01
Feriados 90
Férias 91
Doença 92
À disposição 93
Treinamento 94
Administração 95
Outras 99
Período: ________
Saldo
Assim, visando superar distorções nos custos que causam dificuldades nas tomadas
de decisões gerenciais, surgiu o sistema denominado Activity Based Costing (ABC), isto
é, o custeio baseado em atividades.
Segundo Leone (1992, p.255), a amplitude do sistema pode ser ainda maior:
Segundo Kaplan e Cooper (1998:249), “o ABC, desde sua origem, voltou-se para
o serviço, e não para a produção”. As empresas prestadoras de serviços necessitam do
custeio baseado em atividades para um melhor detalhamento dos custos alocados aos
recursos, o que faz com que essas empresas hoje utilizem as informações do ABC para
enfrentar a competitividade do mercado.
O custeio baseado em atividades (ABC) é efetuado nas duas fases distintas abaixo:
No caso de não ser possível alocar os custos diretamente aos produtos ou serviços,
serão determinadas formas de rateio denominadas de geradores de custos, devendo
estes possuir estreita relação com a atividade, dispondo inclusive de elementos que
permitam associar os custos às atividades.
Dessa forma, na primeira fase os custos serão alocados às atividades através dos
direcionadores de recursos, os quais podem ser encontrados na contabilidade da
empresa. Os direcionadores de custos têm por objetivo encontrar a origem dos custos de
cada atividade, visando alocá-los diretamente aos produtos ou serviços, baseando-se na
quantidade de atividades por eles consumidas.
Não se pode dizer que o conceito de direcionador de custos difere das bases de
rateio dos sistemas tradicionais, porém a diferença é que o custo associado a uma
atividade especifica no ABC facilita mais a determinação e a interpretação por meio do
direcionador de custos do que através das bases de rateio do sistema tradicional.
18
8. CONCLUSÃO
No caso do custeio pelo sistema ABC, não se busca mais uma visão por
departamentos e sim por atividades e pelos processos por elas gerados. Tal
procedimento propicia não somente informações quanto aos valores monetários
envolvidos como também permite uma melhor visão no aspecto gerencial. Assim,
19
O sistema ABC não se constitui em mero relatório contábil de custos, e sim provoca
um envolvimento dos vários setores da empresa promovendo uma sinergia com os
gestores das diversas áreas para o sucesso de toda a equipe; nos casos de eliminação
de atividades que não agregam valor ao serviço, ou mesmo que não sejam necessárias à
operação da empresa, o resultado poderá ser a reestruturação empresarial.
No custeio baseado em atividades, são estas que consomem os recursos, sejam eles
materiais, humanos, financeiros, energéticos e informações. Posteriormente, as
atividades são consumidas pelos serviços ou produtos como objeto de custeio, de forma
que uma redução de custos passará forçosamente pela racionalização, minimização ou
eliminação de atividades supérfluas ou desnecessárias, as quais não agregam valor ao
produto ou serviço.
9. BIBLIOGRAFIA
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Um Enfoque Administrativo. 4.ª ed. São
Paulo: Atlas, 1997.
OLIVEIRA, Luis Martins de, PEREZ JR., José Hernandez. Contabilidade de Custos
para não contadores. 1.ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva. 5.ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
ROBLES JR., Antonio, CRUZ, Denis Rodrigues da. Custos de Serviços Compartilhados.
V Congresso Internacional de Costos. Acapulco, México, julho 1997.