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Departamento de Teoria Literária e Literaturas

Programa de Pós-Graduação em Literatura

JOAQUIM TELES DE FARIA

A Emparedada da Rua Nova – transmigração, reescritura e adaptação em


Amores Roubados: do esquecimento à ascensão midiática.

Linha de LITERATURA E OUTRAS ARTES


Pesquisa
Orientador: Sidney Barbosa

Projeto de dissertação, de minha autoria exclusiva,


apresentado ao orientador acima proposto e aos
integrantes da banca do processo de seleção do
PPGL/2016.

_________________________________
assinatura
2

RESUMO

Este projeto de investigação literária visa à análise, a comparação e a interpretação de dois objetos
literários, um romance e uma minissérie, conforme segue: a obra escrita a ser analisada, é o romance,
A Emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela e, a obra literária de caráter televisivo, é a minissérie
da Rede Globo, Amores Roubados, de George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa
Frota. Nossa intenção é compreender os processos de recepção das obras em seus contextos de
aparecimento e os efeitos da adaptação da obra literária impressa transmigrada para a mídia digital por
meio dos processos de produção cinematográfica. Compreendendo assim, como a adaptação de uma
obra literária escrita, transmigrada e adaptada para outro formato midiático, pode interferir em sua
recepção por parte do público a que é destinada.

Palavras-chave: Esquecimento literário, reescrita, adaptação, recepção e outras mídias.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Este estudo que ora propomos irá trabalhar a partir de uma relação interdisciplinar
com áreas que envolvem a literatura, ensejando discursões que entrelacem os estudos
literários com a literatura comparada, os processos de recepção de obras e a teoria do cinema.
Um estudo dessa natureza visa estabelecer relações concernentes ao campo literário,
discutindo tanto os processos de construção da obra, como sua reescritura e receptividade por
parte do público leitor e em nosso caso também o público telespectador.
Da literatura comparada trabalharemos com a definição de intertextualidade, de
CARVALHAL1, uma vez que este conceito pode propiciar a compreensão de que a relação
existente entre textos escapam aos critérios de divida, ou dependência, levando a percepção de
que há entre textos uma dinâmica de interação, e dessa interação entre textos surgem as
noções de originalidade. O fenômeno da intertextualidade quando entendido e aceito como
imanente ao texto permite uma analise mais enriquecedora, revogando a o aspecto negativo da
influência, tendo em vista que “os intertextos são elementos de natureza intratextual,
formadores e constituintes da obra.” (CARVALHAL, 2003, p. 19). Destarte é por meio do
intertexto que se faz possível elaborar, tramar, costurar os diversos fragmentos que dão corpo
ao pano literário.
1
CARVALHAL, Tânia Franco. O Próprio e o Alheio: Ensaios de Literatura Comparada. São Leopoldo:
Unisinos, 2003.
3

A intertextualidade, como propriedade descrita, passou a significar um procedimento


indispensável à investigação das relações entre textos, tornou-se chave para a leitura e um
modo de problematizá-la. Como indicativo da apropriação de um texto por outro, a
intertextualidade aponta para a socialidade da escrita literária, cuja individualidade se afirma
no cruzamento de escritas anteriores. (CARVALHAL, 2003, p.19). Dos estudos literários
vamos trabalhar com o conceito de formas apresentados e discutidos por Roland Barthes em
seus estudos sobre a estrutura literária.
No que pertine aos processos de recepção de obras embasaremos este estudo nas
teorias de Paul Zumthor, para quem a “Recepção é um termo de compreensão histórica que
aponta um processo, com duração imprevisível, se identificando com a existência real de um
texto no corpo da comunidade de leitores e ouvintes, medindo a extensão corporal, espacial e
social onde o texto é conhecido e em que produziu efeitos. (ZUMTHOR, 2000, p.50).2 bem
como nas teorias de Wolfgang Kaiser, para alcançar a compreensão e o funcionamento destes
processos
Os objetos literários que trazemos para essa investigação trata-se de uma obra
narrativa intitulada A Emparedada da Rua Nova do escritor Carneiro Vilela e de um objeto
audiovisual televisivo, a minissérie produzida recentemente pela rede globo, no ano de 2014,
intitulada Amores Roubados.
A Emparedada da Rua Nova é um romance escrito pelo jornalista e fundador da Academia
Pernambucana de Letras, Carneiro Vilela (1846-1913), que ao seu tempo gozou algum prestígio no
universo da literatura pernambucana, porém não obstante sua produção e reconhecimento literário, o
esquecimento o envolveu com o seu manto, não permitindo - lhe alcançar a expressão que sua obra
poderia lhe conceder no cenário literário pernambucano e nacional.
Sendo então Carneiro Vilela, lembrado mais como criador da Academia Pernambucana de
Letras – APL, do que por seu romance. A emparedada da Rua Nova passou desde sua publicação, em
1886 pela Typographia Central (Recife), por mais três edições durante o século vinte, porém nenhuma
fora suficiente capaz de arrancar do esquecimento o escritor pernambucano.
A recepção desta narrativa romanesca de Carneiro Vilela, por parte do público de sua época,
não foi proporcional ao mérito da obra, tendo em vista que trata-se de um enredo com aguda
elaboração que reflete questões sociais e humanas da época, tocando na corda da moral vigente com
toda a acidez e sagacidade que permeia o texto.

2
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
4

O romance se passa na segunda metade do século XIX, na tradicional sociedade


pernambucana marcada pelo puritanismo religioso, a beatitude psicológica reinante, a família
patriarcal representada pela burguesia em ascensão, onde reinava os senhores de engenho e a mão de
obra escrava, a lasciva e libidinosa relação de força entre o submisso gênero feminino e o arrogante e
imperativo gênero masculino.
Todas essas forças se expressam nas figuras centrais de Jaime Favais, rico comerciante da
burguesia pernambucana, com seus coadjuvantes de gênero, como o senhor de engenho, Cavalcanti,
amigo da família Favais. Jaime Favais é um homem pertinaz e violento, meticuloso e calculista, que
na sua fúria viril leva até as ultimas consequências a defesa de sua honra e da moral machista e
patriarcal. Essas forças, numa outra perspectiva, têm representação na figura de damas aristocráticas
que burlando as regras vigentes atentam contra a moral e a honra, expressando sua insubmissão e
dando curso a desejos proibidos numa relação de intriga e paixão com o sedutor dos sertões, o “dom
Juan” pernambucano Leandro Dantas. Nessa permissividade destacam-se as personagens de Josefina,
Clotilde (mulher e filha de Jaime Favais) e Celeste, (esposa de Cavalcanti) que são ávidas e legítimas
representantes desse movimento que bem pode ser tomado por uma reação feminista não elaborada. O
romance traz a lume aspectos de uma sociedade que de certo modo ainda reverbera na atualidade.
A obra se divide em três momentos, sendo a primeira marcada pela descoberta de um cadáver
nas adjacências do Recife, numa cidadezinha chamada Jaboatão. Nesta primeira parte todo o
protagonismo está direcionado a Jaime Favais, que a protagoniza dando ao leitor as primeiras
dimensões da trama, ao passo que o envolve e prende de modo brilhantemente elaborado.
A segunda parte retrata mais às claras a natureza passional do romance e tem como
personagem central, o sedutor Leandro Dantas, que vai demonstrando toda a sua incontida luxúria em
conquistas intrigueiras e perigosas que culminará em seu apaixonar–se, ponto que se mostra como a
fraqueza do galã, o seu “calcanhar de Aquiles” levando-o a descuidos no trato com suas amantes, erro
que ocasiona a descoberta de suas relações adulterinas e proibidas, e que termina por ocasionar o seu
assassinato.
Na terceira e última parte, o protagonismo retorna à figura de Jaime Favais, que vai revelar
toda a sua odiosa natureza machista e cruel, o levando ao assassinato do sedutor, conduzindo-o ainda à
internação da esposa como mentecapta. E também ao assassinato de sua rebelde e insolente filha, a
quem ele empareda viva, antes de entregar as rédeas de sua empresa ao sobrinho João Favais e
regressar para a Europa, onde fica por três anos gozando a vida como inveterado conviva, de festins e
banquetes, porém atormentado por suas lembranças.
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Esta densa narrativa permaneceu relegada ao esquecimento, até que em 2014, “A


Emparedada da Rua Nova” foi tomada como inspiração para a produção de uma minissérie brasileira,
produzida pela Rede Globo. A adaptação do texto de Carneiro Vilela foi escrita por, George Moura,
Sérgio Goldenberg, Flávio, Araújo e Teresa Frota, com supervisão de texto de Maria Adelaide Amaral.
A Minissérie de dez capítulos recebeu por título, Amores Roubados e contou com elenco
composto por: Isis Valverde, Cauã Reymond, Cássia Kis Magro, Jesuíta Barbosa, Irandhir Santos,
Dira Paes, Osmar Prado, Patrícia Pillar e Murilo Benício nos papéis principais. Teve direção geral de
José Luiz Villamarim e núcleo de Ricardo Waddington. Transmitida por mais de nove emissoras
espalhadas pelo mundo, na América Latina e na Europa, a minissérie global bateu recorde de
audiência. A produção fechou com média de 28 pontos e 53% de participação na Grande São Paulo.
A recepção alcançada pela reescritura da Empareda da Rua Nova, na minissérie Amores
Roubados, desafia e convida à pesquisa, no afã de entender que fenômeno é esse que ocasiona a
ascensão de uma obra a partir de sua reescrita e adaptação para uma nova forma de mídia. Adaptação
essa, que foi capaz de remover o véu do relegamento, colocando o romance de Carneiro Vilela na
pauta do dia, no que se refere a literatura nacional brasileira.
Nesse esforço compreender os processos de intertextualidade, utilizado pelos autores de
Amores Roubados, tendo em vista que a transmigração da obra para uma mídia audiovisual de cunho
televisivo operou algumas transformações de ordem estrutural, pois que, para fazer a adaptação
midiática, a reescrituração da obra modificou a estrutura narrativa, mudando nome, função e
desempenho de personagens ao longo do roteiro adaptado.
A hipertextualidade é toda relação que une um texto a outro, realizada
por meiode alusões textuais ou paratextuais. O texto A (hipotexto) é o
texto base que serve como ponto de partida e dá origem a um texto B
(hipertexto). Assim, a obra literária passa a ser o hipotexto, dando
origem ao hipertexto, que é o roteiro. A narrativa cinematográfica é
um texto composto por sons, imagens e discursos verbais necessários
para a compreensão do espectador, presente nas entrelinhas da
projeção visual. Quando um roteiro é adaptado de um livro ou conto
literário, ele passa a ser um outro texto, visto que as técnicas de
linguagem, embora consistam em algumas similaridades, são
representadas por elementos que as distinguem. 3 (Ferreira 2006 p. 3)

Vale destacar que dentro dessas mutações estruturais, a adaptação primou pela inversão das
partes da narrativa, pois enquanto na obra escrita a primeira parte gira em torno do cadáver encontrado
nas cercanias de Jaboatão e do possível envolvimento de Jaime Favais com esse crime, na minissérie a

3
FERREIRA, Érica Eloise Peroni. Transposição da Literatura Para o Cinema: Reflexões preliminares. IN:
Intercom Junior: Jornada e Iniciação Científica em Comunicação. XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da
Comunicação. Anais. Brasília: UNB, 2006.
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morte do sedutor e, portanto o aparecimento de um cadáver, só terá espaço na narrativa nos capítulos
finais, bem como o desfecho da narrativa que na minissérie sofre total modificação.
Nesse percalço tentar perceber ainda, que mesmo com todas as mutações da adaptação, a
minissérie é um sucesso de público. Forçoso é, porém compreender que público é esse? Talvez seja
um público que não é o público da literatura mais elaborada. Talvez para esse público da literatura
mais elaborada o fenômeno da recepção com relação à minissérie não tivesse sido o que se verificou.
São conjecturas que o presente estudo pretende analisar e compreender aplicando como instrumento
conceitos de adaptação, transmigração, recepção, entre outros que se verificarem necessários.
Destarte, com esse olhar analítico compreender porque a obra no século dezenove não teve
tanta recepção e agora a minissérie teve? Será que agora sem a adaptação a obra escrita teria a mesma
repercussão e recepção que teve com a minissérie? Quão duro foi para a sociedade suportar o peso de
uma obra com tamanha acidez e criticidade nos idos da segunda metade do século XIX, e quanto
ainda o é no cenário atual? Terá sido esse aspecto da contundente e ácida crítica da obra, um dos
entraves ao seu sucesso em âmbito nacional? São algumas das muitas questões que o presente estudo
tentará responde.

Objetivo geral.
Compreensão e analisar do cenário de aparecimento da obra A empareda da Rua Nova,
percebendo sua recepção, e assim perceber comparativamente os pontos de convergência e
divergência com a minissérie produzida a partir de sua reescrita e adaptação. Procurando
compreender, quais os caminhos e processos adotados na adaptação para a minissérie Amores
roubados, analisando por que a recepção da minissérie alcançou tamanho êxito no cenário
social atual.

Objetivos específicos
Analise da obra A Emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela, a partir do contexto
de sua obra, sua estrutura e recepção. Procurando alcançar os impactos da obra na sociedade
do seu tempo, procurando alcançar quais aspectos literários podem ter contribuído para que
uma obra da sua dimensão caísse no esquecimento, gozando parcimoniosamente de prestígio
reconhecimento localizado nas cercanias do nordeste, mais especificamente em Pernambuco.
Analise da minissérie Amores Roubados e sua adaptação e recepção pelo
leitor/espectador.
Analise comparada das obras procurando compreender o processo de adaptação com
suas aproximações e distanciamentos (convergências e divergências).
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JUSTIFICATIVA
O presente estudo se justifica à medida que nos trará com maior profundidade e
analise aspectos ainda pouco estudados da obra A Emparedada da Rua Nova. Uma narrativa
literária que apresenta as dimensões significativas de uma obra valiosa que caiu do
esquecimento. Desse modo, toma-la por objeto de estudo e pesquisa, possibilita-nos, por meio
de um trabalho metódico e um esforço concentrado, utilizando o que a crítica literária,
cinematográfica, televisiva e audiovisual (por tanto transdisciplinar) oferece como
ferramental, trazer a lume aspectos ainda pouco revelados e compreendidos, contribuindo
assim, para tirá-la do esquecimento, uma vez que se trata de uma obra de folego, densa e
relevante para a análise, tendo em vista que é obra pouco explorada nos meios acadêmicos e
teóricos.
Esse trabalho justifica-se ainda por se propor a analisar a relevância nos estudos
literários, da obra em tela, quanto aos conceitos de recepção e adaptação e outros congêneres,
uma vez que na atualidade a relação entre literatura e outras mídias, sobremaneira as mídias
audiovisuais é tão profícua e espontânea. Destarte, justifica-se à medida que possibilita-nos
estudar o fenômeno midiático da adaptação de uma obra literária de parcimoniosa fortuna
crítica contemporânea, procurando entender por que o mundo acadêmico e teórico, somente
após a minissérie Amores Roubados parece ter tomado conhecimento da obra, como que numa
súbita descoberta da narrativa de Carneiro Vilela.

REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO

O presente estudo que ora propomos, far-se-á por meio da leitura e compreensão da
obra, a partir da compreensão e análise, para se chegar a uma síntese. Como será feito esse
caminho? Primeiro propomos partir da leitura da obra A Emparedada da Rua Nova e do
assistir da minissérie Amores Roubados, analisando e destacando os pontos mais importantes
das obras.
Dos estudos literários vamos embasar nosso estudo em autores como Roland Barthes,
Antônio Cândido, Antoine Compagnon, etc. Outra ferramenta importante será a literatura
comparada que propomos fazer uso a partir dos apontamentos de Sandra Nitrini e Tania
Carvalhal, etc.
No aspecto da recepção de obras trabalharemos com as teorias de Wolfgan Kaiser e
Paul Zumthor, etc. No estudo das teorias do cinema, pautaremos nossos estudos nos estudos e
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analises de autores como Jacques Aumont, Michel Marie, Gian Luigi de Rosa, etc. Desse
modo trata-se de um arranjo articulado entre várias teorias, isto é uma discussão
interdisciplinar que movimenta métodos e ferramentas de analises de diversos campos do
saber, ensejando uma compreensão mais acurada da problemática levantada.

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Cronograma Mensal de Atividades 2017 2018 2019
M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F
1) Levantamento bibliográfico e X X X X X X
reelaboração do projeto
2) Leitura e fichamentos (Revisão da X X X X X X X X X X X X X X X
literatura)
3) Levantamento de informações X X X X X X
sobre a área da pesquisa
4) Elaboração dos roteiros para X X X
trabalho de campo (questionário para
as entrevistas)
5) Sistematização, tratamento e X X X X X X
interpretação de dados obtidos
6) Organização do material ilustrativo X X X X X
(gráficos, tabelas, quadros, mapas,
fotos...)
7) Redação preliminar dos resultados X X X X
da pesquisa realizada
8) Redação final (Revisão dos textos X X
escritos)
9) Defesa pública da dissertação X

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