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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional


e tecnológica

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA

INFILTRAÇÃO

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA

JUNHO 2018
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional
e tecnológica

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA

INFILTRAÇÃO

CAIO CESAR ALVES GUSMÃO - 2014135010


CARINA DA SILVA SOUSA FRANÇA - 2016135032
MARIA STÉLA BLATT LACERDA SILVA - 2016235012
NADYNE BARBOSA RIBEIRO - 2017135025
REBECA CRISTINA OLIVEIRA AMORIM –
2016235014

Relatório elaborado para obtenção de créditos


parciais na disciplina de Hidrologia Geral (eciv28)
do colegiado de Engenharia Ambiental, ministrada
pelo professor Felizardo A. Rocha no Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia –
Campus Vitória da Conquista.

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
JUNHO 2018

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 5
2.1. Velocidade de Infiltração.......................................................................................... 5
2.2. Métodos para determinar a Velocidade de Infiltração .......................................... 6
2.2.1. Infiltrômetro de anel.............................................................................................. 6
2.2.2. Modelo de Kostiakov ............................................................................................ 7
2.2.3. Modelo de Kostiakov-Lewis ................................................................................. 9
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 16
1. INTRODUÇÃO
O solo é um meio poroso e heterogêneo, cujas propriedades podem ser alteradas com
o tempo e conforme o sistema de manejo praticado. O potencial de erosão de um solo está
diretamente relacionado à dinâmica de processos hidrológicos dentro da bacia
hidrográfica. A redução da ação desses processos ocorre com a modificação ou remoção
da vegetação nativa e o cultivo do solo (CARDURO e DORFMAN, 1988).

O grau de absorção de água de um solo está diretamente relacionado com a


intensidade da chuva, a declividade do terreno, a existência de obstáculos ao
caminhamento da enxurrada sobre o solo (cobertura vegetal) e a capacidade de infiltração
do solo (dependente das suas condições estruturais, textura, porosidade, conteúdo de
matéria orgânica, porosidade, umidade e atividade biológica) (CARDURO e
DORFMAN, 1988)

Segundo Sobrinho et al (2003) a infiltração é o processo pelo qual a água penetra no


perfil do solo. Em um primeiro instante seu valor é elevado, e diminui com o tempo, até
se tornar constante no momento em que o solo fica saturado. A determinação da
infiltração tem sido amplamente estudada e ainda não existe um parecer geral sobre qual
é o melhor método para sua determinação. Entre as propriedades físicas do solo, a
infiltração é uma das mais importantes quando se estudam fenômenos que estão ligados
ao movimento de água entre estes a infiltração e a redistribuição (CARVALLO, 2000).

A infiltração é um processo que depende essencialmente da água disponível para


infiltrar, ou seja, a água escoa superficialmente até adentrar para o interior do solo, sendo
este impermeabilizado ou não, as quantidades de água no interior dependeram
exclusivamente do estado do solo, das suas características pedológicas além das ações
antrópicas que estão afetando esse processo de armazenamento de água no solo.

À medida que a água infiltra pela superfície, as camadas superiores do solo vão-se
umedecendo de cima para baixo, alterando gradativamente o perfil de umidade. Enquanto
há aporte de água, o perfil de umidade tende à saturação em toda profundidade, sendo a
superfície, naturalmente, o primeiro nível a saturar. Normalmente, a infiltração decorrente
de precipitações naturais não é capaz de saturar todo o solo, restringindo-se a
saturar,quando consegue, apenas à superfície, conformando um perfil típico onde o teor
de umidade decresce com a profundidade (TUCCI, 2009).
O regime de infiltração determina a parcela da precipitação que irá se infiltrar e,
consequentemente, qual parcela contribuirá para o escoamento superficial direto, que
ocorre quando a capacidade de infiltração é excedida. Portanto, com o estudo da
infiltração, é possível estabelecer a potencialidade de formação de vazões elevadas
quando da ocorrência de precipitações intensas, bem como, do armazenamento
temporário da parcela da precipitação que se infiltra e que se disponibilizará sob a forma
de escoamento de base, que ocorre durante o período de seca.

Assim em condições de chuvas constantes ou frequentes irrigações, a taxa de


infiltração vai se aproximar de um valor mínimo e constante, conhecido também como
taxa de infiltração básica (TIB). A infiltração determina o balanço de água na zona
radicular e, por isso, o conhecimento deste processo e de suas relações com as
propriedades do solo é de fundamental importância para o eficiente manejo do solo e da
água.

O entendimento da geração e produção do escoamento superficial é importante para


a orientação de obras de engenharia como construção de pontes ou represas; é igualmente
importante para o manejo e conservação dos solos, na medida em que os fluxos d’água
superficiais podem erodir o topo dos solos e remover os nutrientes básicos para o
crescimento de vegetais. Além disso, o conhecimento do processo de infiltração fornece
subsídios para o dimensionamento de reservatórios, estruturas de controle de erosão e de
inundação, canais e sistemas de irrigação e drenagem.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Velocidade de Infiltração
A compreensão do processo de infiltração e suas relações com as propriedades do
solo é de grande importância para o manejo edáfico. A determinação da taxa de infiltração
permite avaliar a capacidade de retenção do solo, auxilia na solução de problemas
relativos às áreas de irrigação e drenagem, preservação do solo e da água além da
determinação e controle do escoamento superficial.

Segundo BERNARDO (1989), sob chuva ou irrigação contínua, a velocidade de


infiltração se aproxima, gradualmente, de um valor mínimo e constante. Esse valor
constante que a velocidade de infiltração atinge com o passar do tempo é conhecido por
velocidade de infiltração básica (VIB).
A velocidade de infiltração (VI) depende diretamente da composição mineralógica do
solo; também pode variar de acordo com o teor de umidade; a temperatura; a quantidade
de espaços vazios; a existência de camada menos permeável ao longo do perfil; e o tipo
de cobertura vegetal; a presença de matéria orgânica; entre outros. Esses fatores
influenciam na condutividade hidráulica ou permeabilidade e consequentemente na
velocidade de infiltração (BERNARDO et al. 2006 apud FAGUNDES, 2012).

Vários métodos de campo têm sido utilizados para determinar a VI de um solo,


entretanto, cabe ressaltar que a escolha do método deve ser condizente com o tipo de
irrigação que será utilizada naquela área. MANTOVANI et al., (2006) destacam que em
irrigação, mais importante do que a VI é a velocidade de infiltração básica (VIB), sendo
ela quem vai dizer se o solo suporta a intensidade de aplicação imposta por determinado
tipo de emissor, ou seja, ela deve ser levada em conta na escolha, por exemplo, dos
aspersores no método de irrigação por aspersão.

2.2. Métodos para determinar a Velocidade de Infiltração


2.2.1. Infiltrômetro de anel
FAGUNDES et al., (2012) afirma que vários métodos de campo têm sido utilizados
para determinar a velocidade de infiltração de um solo, dentre eles destaca-se o método
do infiltrômetro de anel, por ser simples e de fácil execução.
O método de infiltrômetro de anel é um dos métodos utilizados para determinar a
capacidade de infiltração da água no solo. Segundo Carvalho e Silva (2006), utiliza-se
dois cilindros concêntricos e um dispositivo de medir volumes da água aduzida ao cilindro
interno. Os cilindros apresentam 25 e 50 cm de diâmetro, ambos com 30 cm de altura,
estes devem ser instalados concentricamente e enterrados 15 cm no solo. Em seguida, a
água é colocada, ao mesmo tempo nos dois anéis e, com uma régua graduada, faz-se a
leitura da lâmina d’água no cilindro interno ou anota-se o volume de água colocado no
anel, com intervalos de tempo pré-determinados. A diferença de leitura entre dois
intervalos de tempo, representará a infiltração vertical neste período.
Figura 1. Desenho esquemático do infiltrômetro de anel

O anel externo tem como finalidade reduzir o efeito da dispersão lateral da água
infiltrada do anel interno. Assim, a água do anel interno infiltra no perfil do solo em
direção predominante vertical, o que evita a superestimativa da taxa de infiltração.
(FAGUNDES, 2012).
A água é colocada, ao mesmo tempo nos dois anéis e, com uma régua graduada, faz-
se a leitura da lâmina d’água no cilindro interno ou anota-se o volume de água colocado
no anel, com intervalos de tempo pré-determinados. A diferença de leitura entre dois
intervalos de tempo, representa a infiltração vertical neste período
O teste termina quando a Taxa de Infiltração (TI) permanecer constante. Na prática,
considera-se que isto ocorra quando TI variar menos que 10% no período de 1(uma) hora.
Neste momento, considera-se que o solo atingiu a chamada taxa de infiltração estável.
(CARVALHO, 2006)

2.2.2. Modelo de Kostiakov

Segundo BRANDÃO et al., (2006), os modelos que descrevem a infiltração da água


no solo podem ser teóricos ou empíricos. Nos modelos empíricos têm a vantagem de
permitir relacionar os parâmetros do modelo às características do solo, sem que estes
obrigatoriamente tenham significado físico, e englobar na determinação de suas
constantes, fatores que são difíceis de ser considerados nos modelos teóricos, por
exemplo, a heterogeneidade do solo. Contudo, a principal desvantagem do emprego de
equações empíricas é que os dados ajustados somente são válidos para as condições em
que eles foram determinados, ou seja, não podem ser adotados para outros tipos de solo.

Dentre as equações empíricas, uma das mais utilizadas para fins de dimensionamento
de sistemas de irrigação é a desenvolvida por Kostiakov em 1932. Bernardo et. al. (2006)
afirma que este método é mais empregado para infiltrações para períodos curtos, que tem
lâminas d’água pequenas a média. Entretanto, esta equação possui algumas limitações,
uma vez que em períodos longos de infiltração a velocidade de infiltração (TI) tende a
zero, à medida que o tempo de infiltração torna-se muito grande, porém a TI tende a um
valor constante.

O modelo de Kostiakov, descrito por PREVEDELLO (1996), é um modelo para


cálculo da infiltração acumulada e velocidade de infiltração onde os parâmetros utilizados
não têm significado físico próprio e são avaliados a partir de dados experimentais, é
representada pela equação potencial a seguir:

𝐼 = 𝑘. 𝑇 𝑎 (1)

Em que:

𝐼 - Infiltração Acumulada;
𝑘 - Constante dependente do solo;
T - Tempo de infiltração;
𝑎 – Constante depende do solo (adimensional), variando de 0 a 1 em valor absoluto.

Para determinar os coeficientes e expoentes das equações potenciais utiliza-se o


método de regressão linear. Aplicados os logaritmos nos dois lados da equação potencial,
tem-se a equação 2:

𝑙𝑜𝑔𝐼 = 𝑙𝑜𝑔𝑘 + 𝑎. 𝑙𝑜𝑔𝑇 (2)

Com a aplicação dos logaritmos, a equação potencial é transformada em uma equação


linear do tipo 𝐼 = 𝐴 + 𝐵𝑥, em que:
∑ 𝑋 .∑ 𝑌
∑ 𝑋𝑌−
𝑚
𝐵= (∑ 𝑋)² (3)
∑ 𝑋²−
𝑚

𝐴 = 𝑌 − 𝐵. 𝑋 (4)

Sendo m o número de leituras.

Derivando a equação (1) obtém-se a taxa de infiltração instantânea (TI):

𝑇𝐼 = 𝑘. 𝑎. 𝑇 𝑎−1 (5)

E para se obter a velocidade de infiltração média (VIm) faz-se a divisão de I pelo


tempo T, como mostrado na equação (6):

𝑉𝐼𝑚 = 𝑘. 𝑇 𝑎−1 (6)

2.2.3. Modelo de Kostiakov-Lewis

Para solucionar a limitação da equação de Kostiakov, que o TI tende a zero para


um longo período de tempo, foi desenvolvida uma equação designada de Kostiakov-
Lewis que descreve uma equação que introduz um termo de infiltração constante (VIB)
na equação de Kostiakov visando a descrição de forma adequada da infiltração, quando
os tempos forem muito longos, assim

𝐼 = 𝑘. 𝑇 𝑎 + 𝑉𝐼𝐵. 𝑇 (7)

Para determinar os coeficientes e expoentes das equações potenciais utiliza-se o


método de regressão linear. Aplicados os logaritmos nos dois lados da equação potencial,
tem-se:

log(𝐼 − 𝑉𝐼𝐵. 𝑇) = 𝑙𝑜𝑔𝑘 + 𝑎. 𝑙𝑜𝑔𝑇 (8)

Assim como utilizado no método Kostiakov, a equação potencial é transformada


em uma equação linear do tipo 𝐼 = 𝐴 + 𝐵𝑥. O VIB, é a variável incorporada nessa
fórmula para calcular a taxa de entrada de água no solo com o tempo em função do
umedecimento do perfil. O VIB assume um valor mínimo quase constante também
denominado de velocidade de infiltração básica (VIB). Ela mostra que a infiltração ocorre
de forma decrescente e não tende a zero como no método de Kostiakov (BERNARDO
et.al., 2006).

A determinação da VIB pode ser feita em nível de campo, com a utilização de alguns
equipamentos, porém, é um processo demorado e trabalhoso, sendo assim criou-se tabelas
que expressam a classe do solo para uma determinada VIB .

Tabela 1. Classificação dos solos a partir de sua VIB

Tipos de solo VIB (cm/h)


Solo de VIB muito alta > 3,0
Solo de VIB alta 1,5 - 3,0
Solo de VIB média 0,5 - 1,5
Solo de VIB baixa < 0,5
Fonte: Bernardo et al., (2006)

OBJETIVOS:

Descrever a infiltração da água no solo pelo método infiltrômetro de anéis


concêntricos, determinar a Infiltração Acumulada (I), Velocidade de Infiltração (VI) e
Velocidade de Infiltração Básica (VIB), utilizando o modelo de Kostiakov e Kostiakov-
Lewis e correlacionar os dados obtidos com a textura do solo.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Os métodos para determinar a infiltração da água no solo devem ser simples e eficaz
na representação das condições em que se encontra o solo, por isso os métodos adotados
baseiam-se em condições semelhantes àquelas observadas durante o processo ao qual o
solo é submetido, sendo a taxa de infiltração influenciada pelas condições de superfície e
conteúdo de umidade do solo, pois, para a interpretação dos resultados é importante saber
em que condições o solo se encontra.

Os infiltrômetros são equipamentos utilizados na determinação da taxa de infiltração


da água no solo, o método utilizado neste trabalho para determinar a taxa de infiltraçaõ
foi o Infiltrômetro de anéis no qual constitui-se de dois anéis que são posicionados de
forma concêntrica no solo. O anel interno apresenta 25 cm de diâmetro e o externo, 50
cm de diâmetro, sendo ambos com 30 cm de altura.

Os materiais utilizados foram:


 Infiltrômetro de anel composto por dois cilindros de 25 e 50 cm de diâmetro;

 Régua de acrílico de 30 cm;

 Saco plástico preto;

 Balde de plástico;

 Água;

 Cronômetro.

Os anéis, cujas bordas devem ser bizeladas, são colocados concentricamente e


enterrados cerca de 15 cm no solo. O anel externo impede que a água do anel interno
infiltre lateralmente, reduzindo o efeito da dispersão lateral da água infiltrada, fazendo
com que a água do anel interno infiltre no perfil do solo em uma direção
predominantemente vertical, evitando a superestimativa da taxa de infiltração.

Logo após, o anel interno foi envolvido com saco plástico e foi colocada uma régua
na sua parte interna. Adicionou-se água ao mesmo tempo nos dois anéis. O saco plástico
foi retirado e, com a régua acompanhou a infiltração vertical no anel interno. O tempo de
infiltração foi marcado com a ajuda de um cronômetro, observou-se que esse tempo foi
aumentando, sendo variável o tempo de infiltração do volume de água no solo.

O volume de água no anel interno foi diminuindo conforme a água se infiltrava no


solo. O ensaio de infiltração deve ser realizado até que a taxa de infiltração, torne-se
aproximadamente constante com o tempo. A taxa de infiltração é considerada constante
quando o valor da leitura da lâmina infiltrada no anel interno se repete pelo menos três
vezes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos dados obtidos durante a prática, foram obtidos seis gráficos, três
referentes à equação de Kostiakov e os restantes referentes à Kostiakov-Lewis. Os
gráficos são os seguintes, ordenadamente, Infiltração Acumulada, Taxas (Velocidade) de
Infiltração Instantânea e de Infiltração Média. A partir da bibliografia é possível
determinar o tipo de solo a partir das informações retiradas de cada gráfico.
A tabela a seguir apresenta os valores de k, a, A e B, obtidos como dito
anteriormente no referencial teórico, através do Excel.

Tabela 2: Valores obtidos de A, a e k para Kostiakov.


A B=a k
0,694084 0,688876 4,944060

Primeiramente, os gráficos referentes às Equações de Kostiakov. Para o cálculo


da Infiltração Acumulada, a partir de Kostiakov, tem-se de (1) que:
𝐼 = 𝑘. 𝑇 𝑎 = 4,94406. 𝑇 0,688876

Infiltração Acumulada (I)


60
Infiltração Acumulada (cm)

50

40

30

20

10

0
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
Tempo acumulado (min)

Gráfico 1: Infiltração Acumulada x Tempo Acumulado

Para a Taxa de Infiltração Instantânea tem-se de (5) que:

𝑇𝐼 = 𝑘. 𝑎. 𝑇 𝑎−1 = 3,40584. 𝑇 −0,311124


Taxa de Infiltração Instantânea (VI)

6.00

TI instantânea (cm/min) 5.00

4.00

3.00

2.00

1.00
VIB = 1,14 cm/min
0.00
0.00 10.00 20.00 30.00 40.00
Tempo acumulado (min)

Gráfico 2: Taxa de Infiltração Instantânea x Tempo Acumulado

Para a Taxa de Infiltração Média tem-se de (6) que:

𝑉𝐼𝑚 = 𝑘. 𝑇 𝑎−1 = 4,94406. 𝑇 −0,311124

Taxa de Infiltração Média (VIM)


8.00
Taxa de Infiltração Média (cm/min)

7.00

6.00

5.00

4.00

3.00

2.00

1.00

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
Tempo Acumulado (min)

Gráfico 3: Taxa de Infiltração Média x Tempo Acumulado

Para Kostiakov-Lewis apresentam-se as seguintes curvas e a tabela a seguir


apresenta os valores de k, a, A e B, obtidos do modo dito anteriormente no referencial
teórico, através do Excel. O VIB (taxa de infiltração básica) utilizado para corrigir o
método de Kostiakov é obtido a partir do gráfico 2 (1,14 cm/min x 60 = 68,4 cm/h), já
mencionada anteriormente na introdução deste relatório, o valor para o qual a curva tende
a se estabilizar e aproximar.

Tabela 3: Valores obtidos de A, a e k para Kostiakov-Lewis.


A B=a k
0,576896 0,485003 3,774821

Para o cálculo da Infiltração Acumulada, a partir de Kostiakov, tem-se de (7) que:


𝐼 = 𝑘. 𝑇 𝑎 + 𝑉𝐼𝐵. 𝑇 = 3,774821. 𝑇 0,485003 + 1,14. 𝑇

Infiltração Acumulada (I)


25
Infiltraçaõ acumulada (cm)

20

15

10

0
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
Tempo acumulado (min)

Gráfico 4: Infiltração Acumulada x Tempo Acumulado

Para a Taxa de Infiltração Instantânea tem-se de (5) que:

𝑇𝐼 = 𝑘. 𝑎. 𝑇 𝑎−1 + 𝑉𝐼𝐵 = 1,830799. 𝑇 −0,514997 + 1,14


Taxa de Infiltração Instantânea (VI)
5.00
4.50
TI Instantânea (cm/min) 4.00
3.50
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
0.00 10.00 20.00 30.00 40.00
Tempo Acumulado (min)

Gráfico 5: Taxa de Infiltração Instantânea x Tempo Acumulado

Para a Taxa de Infiltração Média tem-se de (6) que:

𝑉𝐼𝑚 = 𝑘. 𝑇 𝑎−1 + 𝑉𝐼𝐵 = 3,774821. 𝑇 −0,514997 + 1,14

Taxa de Infiltração Média (VIM)


9.00
Taxa de Infiltração Média (cm/min)

8.00
7.00
6.00
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
Tempo Acumulado (min)

Gráfico 6: Taxa de Infiltração Média x Tempo Acumulado

A partir da análise dos gráficos, em comparação com a bibliografia observa-se


que eles acompanham o comportamento esperado. Segundo BERNARDO ET AL (2006),
a taxa de infiltração básica é muito alta (Tabela 1), classificando o solo com sendo
arenoso.
REFERÊNCIAS

BERNARDO, S. Manual de irrigação. 5.ed. Viçosa:UFV, Imprensa Universitária, 1989.


596p.

BERNARDO, S; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. Ed.


Atual. e Ampl. Viçosa: UFV, 2006. 625p.

BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do Solo. Piracicaba: Livroceres,


1990, 355 p.

CARDURO, F.A.; DORFMAN, R. Manual de ensaios de laboratório e campo para


irrigação e drenagem. Brasília, PRONI/MA, 1988

CARVALLO, H.O.G. Física dos solos. 1 ed. Campina Grande: UFPB, 2000. 173

MANTOVANI, E. C.; BERNARDO, S.; PALARETTI, L. F. Irrigação: princípios e


métodos. Viçosa: UFV, 2006. 318 p.

PREVEDELLO, C. L. Física do Solo com Problemas Resolvidos. Curitiba: Editora


SAEAFS, 1996.

SOBRINHO, T.A.; VITORINO, A.C.T.; SOUZA, L.C.F.de; GONÇALVES, M.C.;


CARVALHO, D.F. de. Infiltração de água no solo em sistemas de plantio direto e
convencional. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina
Grande, v.7, n.2, p.191-196, 2003

TUCCI, CARLOS E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. 4 ed. 1ª reimp.-Porto


Alegre:Editora da UFRGS/ ABRH,2009

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