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Imperio Romano PDF
Imperio Romano PDF
O controle sobre a plebe era efectuado por meio da política de concessão de alimentos,
política essa iniciada por Júlio César e ampliada por Octávio. A isso se somou a criação de
grandes espaços públicos para a realização de jogos, corridas de bigas e combates de
gladiadores, de modo a dar à plebe uma forma de diversão que permitisse manter a
revolta social em um nível controlável. Era a política do "pão e circo". Ao mesmo tempo,
o controle sobre a massa de escravos era realizado por uma ampla política repressiva,
natural num Estado plenamente militarista como era o Império Romano.
Quanto às províncias, eram fundamentais não apenas pelos tributos que pagavam, mas
também pelo comércio altamente lucrativo que Roma mantinha com elas, permitindo o
escoamento da vasta produção dos latifúndios escravistas.
A plenitude do Império
A consolidação do poder romano explica-se, em grande parte, pelo refreamento
do ímpeto das conquistas. Se comparado ao período da República, o Império
representou muito mais uma fase de consolidação das fronteiras e do domínio
romano do que propriamente de expansão.
Cláudio, que governou entre 41 e 54, conquistou a Mauritânia e consolidou o
domínio sobre a Bretanha. Trajano (98-117) realizou as últimas conquistas do
Império, incorporando a Dácia (actual Roménia), a Arménia e a Mesopotâmia.
A partir daí tratava-se apenas de consolidar os domínios do Império. Adriano
(117-138) deu início à edificação de grandes muralhas de pedra nas fronteiras
imperiais; Marco Aurélio (161-180), o "imperador filósofo", defendeu as
fronteiras do Danúbio das invasões bárbaras.
O fim das conquistas significou, a curto prazo, a plenitude do Império. Seu
efeito imediato foi o da paz interna, da consolidação das fronteiras, com o
dinheiro antes usado em guerras sendo utilizado para investimentos na
actividade económica. Não por acaso, o século 2 é o período da Pax Romana, a
paz romana, significando o apogeu e a prosperidade de Roma e das províncias.
Entretanto, embora o primeiro efeito do fim das conquistas tenha sido benéfico,
seus efeitos num intervalo mais longo foram terríveis para a estrutura romana.
Veremos essas consequências ao analisarmos o período conhecido como Baixo
Império. Antes, é necessário estudarmos uma importante força social que
surgiu naquela época: o Cristianismo.
- BAIXO IMPÉRIO
Crises e decadência
A região conhecida pelos romanos como Germânia abrigava uma série de povos, genericamente
chamados de germânicos, como francos, vândalos, visigodos, ostrogodos, anglos, saxões, jutos,
hérulos, burgúndios, lombardos e vários outros. Tais povos representavam um potencial numérico
muito grande e uma ameaça efectiva ao Império, notadamente num quadro de retracção do seu
poderio militar.
Tetrarquia e divisão do Império
Decadência e êxodo urbano
A crise económica teve também uma clara manifestação Durante o século 4, o Império manteve-se unificado, com sua
administrativa. A redução da arrecadação gerou uma queda no sede em Constantinopla. No final do século, o imperador
número de funcionários do Estado, tornando a administração Teodósio estabeleceu, em 395, a divisão definitiva: Império
mais difícil, principalmente nas províncias mais distantes de Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano
Roma. do Oriente, também chamado de Império Bizantino, com capital
em Constantinopla.
Numa tentativa de sanar esse problema, o imperador Ao mesmo tempo em que o Império se debatia com toda a sorte
Diocleciano dividiu o Império em duas partes: o Ocidente, com de dificuldades administrativas e militares, os aspectos
capital em Roma, e o Oriente, com capital em Bizâncio, às económico e social da crise iam gerando uma nova realidade. O
margens do mar Negro. Em cada uma dessas partes havia um declínio do comércio gerava uma decadência de toda a
imperador, com o título de Augusto, e um outro governante para actividade urbana. E a incapacidade crescente do Estado romano
as regiões mais distantes, com o título de César. Por contar com, de manter a ordem e a paz internas transformava as cidades em
na verdade, 4 governantes, essa forma de divisão foi chamada de alvo de ataques e saques. Outro elemento era a impossibilidade
Tetrarquia. de manter a política de concessão de alimentos à plebe
miserável, tornando impossível sua permanência em Roma.
A Tetrarquia durou pouco tempo. Já no início do século 4, o
imperador Constantino reunificou o Império. Entretanto, como Esses elementos vão gerar um processo de êxodo urbano. A
o risco de invasão fosse maior na parte ocidental, ele transferiu a grande massa que sai das cidades para o campo vai passar a viver
capital para Bizâncio, mais protegida e, na época, mais rica. Ali, e trabalhar naqueles mesmos latifúndios em que, até então,
ele ergueu uma cidadela para servir de sede ao governo, dando a utilizava-se a mão-de-obra escrava. O declínio da escravidão
ela o nome de Constantinopla, nome que, durante séculos, abria espaço, portanto, para o trabalho plebeu, mas em
acabou designando toda a cidade. condições significativamente diferentes.
. Tais latifúndios continuavam com sua mesma extensão, sendo
necessário que várias famílias vivessem e trabalhassem dentro de
uma mesma propriedade. Assim, a paisagem rural do Império,
notadamente no ocidente, passou a se caracterizar por um tipo
de propriedade à qual os romanos davam o nome de vilas, nas
quais várias famílias de trabalhadores vivem e trabalham numa
terra que não lhes pertence
Bases do O imperador Constantino legalizou o
feudalismo Cristianismo no Império romano
Mapas e Imagens:
www.encarte.msm.com/media center6.2.2./european_history.html#tcsel
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