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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

DANILO DE PAIVA NEGRÃO

LIBERDADE, RESPONSABILIDADE E VALORES:


conceitos fundamentais.

BAURU

2010
VALOR

Valores são o que buscamos alcançar ou manter, de acordo com nossa vida
como o padrão de avaliação. Os Valores são energia motivadora subjacente à ação
intencional. Eles são os fins para os quais agimos. Sem eles, a vida seria
impossível. Vida requer ação autogerada para se sustentar. Sem os valores, não
poderíamos agir, e a morte seria o resultado.

Valor especifica um relacionamento entre a pessoa e o objetivo. Um valor


requer um avaliador – uma pessoa particular que visa alcançar ou manter algo. Um
objeto não pode conter valor por si só. Valor é relacional, e por isso requer uma
pessoa e um objetivo. O objetivo o qual se visa é chamado de valor, mas o
relacionamento é sempre necessário. Isso significa que um objeto não pode ser um
valor. Ele apenas ganha o título de valor quando uma pessoa age para alcançar ou
manter o objeto.

Valores são essenciais à ética. A ética está preocupada com as ações


humanas, e as escolhas destas ações. A ética avalia essas ações, e os valores dão
suporte a elas. Ela, a ética, determina quais valores devem ser aspirados, e quais
não devem. A ética é um código de valores.

RESPONSABILIDADE

Quando uma pessoa falha em um ato moral, nós às vezes pensamos que um
tipo particular de resposta é permissivo. Elogio e culpa são talvez a forma mais
evidente que essa reação pode trazer. Por exemplo, alguém que encontra um
acidente de carro pode ser considerado digno de ser louvado por ter salvo uma
criança dentro do carro em chamas, ou, alternativamente, pode ser considerado
merecedora de culpa por não ter usado o telefone celular de alguém para pedir
ajuda. Considerar os agentes como merecedores de uma dessas reações é atribuir
responsabilidade moral a eles com base no que eles têm feito ou deixaram de fazer.
Assim, para ser moralmente responsável por algo, digamos, uma ação, é ser digno
de um determinado tipo de reação – louvor, culpa ou algo semelhante a estes – para
tê-la executado.
Ser responsável por uma ação ou por uma omissão significa ser passível de
responder por ela – por exemplo, perante os pais ou perante um tribunal. No senso
comum e na tradição filosófica, religiosa e jurídica, a responsabilidade, seja legal ou
moral, é vista como uma consequência do livre-arbítrio. Somos responsáveis pelas
nossas ações porque somos livres. A responsabilidade não é apenas individual – por
exemplo, o estado é atribuível uma responsabilidade coletiva. Alguns filósofos
defenderam a doutrina da responsabilidade negativa, segundo a qual somos
responsáveis não só pelos acontecimentos que provocamos, mas também pelos
acontecimentos que poderíamos ter evitado.

LIBERDADE

Noção central na filosofia política, que pode ser entendida em dois sentidos. A
liberdade negativa consiste na ausência de coerção. Neste sentido, um individuo é
livre desde que ninguém o force a agir ou o proíba de agir de certa maneira. A
liberdade positiva consiste no controle efetivo da própria vida. Uma alcoólico, por
exemplo, tem liberdade negativa caso ninguém o obrigue a beber, mas ainda assim
não tem liberdade positiva. Isaiah Berlin (1909-1997), que introduziu esta distinção
no artigo “Dois conceitos de liberdade”, defendeu que o conceito positivo de
liberdade é politicamente perigoso, pois autoriza inferências individuais do estado na
vida dos indivíduos. Um problema fundamental da filosofia política aliás, é
determinar em que medida é aceitável o estado limitado da liberdade (negativa) dos
cidadãos. E um dos aspectos importantes deste problema é o da justificação do
castigo: por que pode o estado castigar os cidadãos privando-os da sua liberdade?
Não se deve confundir estas questões políticas com o problema metafísico do livre-
arbítrio.
REFERENCIAS:

DICIONÁRIO escolar de filosofia. Desenvolvido pela Plátano Editora.


Disponível em <http://www.defnarede.com>. Acesso em: 17 ago. 2010.

STANFORD encyclopedia of phylosophy. Desenvolvido pela Stanford


University. Disponivem em: <http://plato.stanford.edu/>. Acess em 16 ago. 2010.

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