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SISTEMA DE POTÊNCIA

GRANDEZAS
E– Tensão V (volt) Pg 1 a 2
I – Corrente A (amper) Pg 1 a 2
R– Resistência Ω (ohm) Pg 1 a 2
L– Indutância H (henrry) Pg 3 a 5
C– Capacitância F (farad) Pg 9 a 10
XL – Reatância Indutiva Ω (ohm) Pg 10
XC – Reatância Capacitiva Ω (ohm) Pg 7
PA – Potência Aparente VA(volt amper) Pg 11 a 15
PR – Potência Real W (watt) Pg 11 a 15
Preat – Potência Reativa VAR (volt amper reativo) Pg 11 a 15
Z– Impedância Ω (ohm) Pg 8
F– Freqüência Hz (hertz) Pg 6 a 7
FP – Fator de Potência (admissional) Pg 11 a 12, 18
Ф– Angulo de Fase (graus) Pg 28 a 31

Ênfase em; PAULO LOBO


Lei de Ohm’s Pg 2 a 3
Associação de resistores e capacitores Pg 21 a 27 98066281
Gerador Pg 16 a 17
Correção do fator de potência Pg 18 a 20 ID 84943*67
Tabela de grandezas elétricas com formulas Pg 32 a 35
LEI DE OHM Ω

A Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador Georg Simon Ohm,
indica que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um condutor é proporcional à
corrente elétrica (I).

Quando essa lei é verdadeira num determinado resistor,este denomina-se resistor ôhmico ou
linear.A resistência de um dispositivo condutor é dada pela fómula

A diferença de potencial, V, dividido pela corrente eléctrica, I , é resistência do resistor, R,


que denominada de Lei de Ohm: V = IR

onde:

V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em Volts


R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères

e não depende da natureza de tal: ela é válida para todos os resistores.Entretanto,quando um


dispositivo condutor obedece à Lei de Ohm,a diferença de potencial é proporcional à
corrente elétrica aplicada,isto é,a resistência é independente da diferença de potencial ou da
corrente selecionada.

Diz-se, em nível atômico, que um material (que constitui os dispositivos condutores)


obedece à Lei de Ohm quando sua resistividade é independente do campo elétrico aplicado
ou da densidade de corrente escolhida.

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Um exemplo de componente eletrônico que não possui uma resistência linear é o diodo,
que portanto não obedece à Lei de Ohm.

Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a terceira:

A potência P, em Watts, dissipada num resistor, na presunção de que os sentidos da corrente


e da tensão são aqueles assinalados na figura, é dada por

Logo, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:

Outras relações, envolvendo resistência e potência, são obtidas por substituição algébrica:

INDUTÂNCIA L (Henrry)
Indutância Em um circuito constituído de uma ou mais bobinas perfeitas - (resistência
interna igual a zero) - quando percorrido por uma corrente elétrica produz um campo
magnético, campo este que cria um fluxo que as atravessa. A capacidade de uma bobina em
criar o fluxo com determinada corrente que a percorre é denominada Indutância (símbolo
L) medida em "henry" cujo símbolo é H.

Chamamos de indutor a um fio enrolado em forma de hélice em cima de um núcleo que


pode ser de ar ou de outro material. A Fig01 mostra o símbolo para indutor com núcleo de
ar, de ferro e de ferrite.

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(a) (b) (c)

Fig01: Símbolo de indutor - (a) Núcleo de ar; (b) de ferro e (c) ferrite.

1.2. Indutor em Corrente Contínua

O que acontece quando no circuito da Fig02 fechamos a chave no instante t=0? A


tensão é aplicada no indutor mas a corrente leva um certo tempo para crescer, a
explicação é um fenômeno chamado auto indução (para maiores detalhes veja o livro
Analise de Circuitos em Corrente Alternada ou o livro Circuitos Em Corrente
Alternada) que faz aparecer uma tensão e que se oporá ao crescimento da corrente.
Ao abrir a chave, no instante t2, novamente esse fenômeno vai atuar na bobina
não deixando a corrente se anular instantaneamente, fazendo aparecer uma tensão e com
a polaridade tal que se opôe à diminuição da corrente. Observe que isso faz aparecer
uma tensão nos terminais da chave que é igual a E + e, que pode causar uma arco de
corrente.

Concluímos que um indutor se opõe à passagem de uma corrente alternada (se opõe à
variação de uma corrente) e que a corrente está atrasada em relação à tensão (a tensão
já está aplicada e a corrente começa a aumentar).
Caso o núcleo fosse de ferro ou ferrite a corrente demoraria mais para aumenta
(ou diminuir), isto porque a indutância da bobina seria diferente em cada caso. A
indutância (L) de um indutor é um parâmetro que dá a medida da capacidade que tem
o indutor de armazenar energia no campo magnético, a sua unidade se chama Henry
(H).

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(a) (b)

(c)

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FREQUÊNCIA H (Hertz)

Cinco ondas senoidais com diferentes frequências (a azul é a de maior frequência). Repare
que o comprimento da onda é inversamente proporcional à frequência.

Frequência[1] é uma grandeza física ondulatória que indica o número de ocorrências de um


evento (ciclos, voltas, oscilações, etc) em um determinado intervalo de tempo.

Alternativamente, podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Este tempo em
particular recebe o nome de período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período.

Unidades de medida mais usadas

-Hertz (Hz): Corresponde ao número de oscilações por segundo. Nome dado em honra ao
físico Alemão Heinrich Hertz.

-Rotações por minuto (rpm): Corresponde ao número de oscilações por minuto.

[editar] Exemplos

Considere o evento "dar a volta completa em torno de si mesmo na volta". Suponha que
leve 0,5 segundos para que esse evento ocorra. Esse tempo é o seu período (T). Com isso,
podemos deduzir que em 1 segundo o evento ocorrerá duas vezes, ou seja, será possível
"dar duas voltas em torno de si mesmo". Nesse caso, sua frequência é de 2 vezes por
segundo, ou 2 Hz (2 × 0,5 s =1 s). Imagine agora que seja possível realizarmos esse mesmo
evento em 0,25 segundos. Consequentemente, em um segundo ele ocorrerá 4 vezes,
fazendo com que a frequência passe a ser de 4Hz (4 × 0,25 s= 1 s). Perceba que o tempo
considerado para frequência é sempre o mesmo, ou seja, 1 segundo. O que varia é o período
do evento, que no primeiro caso foi de 0,5 s e no segundo de 0,25 s. Assim sendo, para
sabermos quantas vezes o evento ocorre em 1 segundo precisamos saber quantas vezes ele
"cabe" dentro desse segundo.

Portanto temos que:

a) No primeiro caso, 2 × 0,5 s = 1 s, temos que:

F = 2 Hz
T = 0,5 s

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Portanto, 2 × 0,5 s =1 s; ou seja, . Daí, temos que : .

b) No segundo caso, 4 × 0,25 s = 1 s, temos que:

f = 4 Hz
T = 0,25 s

Portanto, 4 × 0,25 s =1 s; ou seja, . Daí, temos que : .

REATÂNCIA CAPACITIVA XC (Ω Ohm)


A reatância capacitiva só existe em circuitos de tensão alternada. Em circuitos de tensão
contínua um capacitor apresenta resistência considerada infinita.

Todo capacitor em circuito de tensão alternada atua como um resistor (não que esta seja sua
função no circuito, porém seu comportamento apresenta resistência). Sua resistência será
dada em função da frequência do circuito e o valor do capacitor dado em farads. O valor
nunca será exato, já que π é um número irracional. Porém, a diferença entre o valor obtido e
o real é desprezível, não afetando o circuito. Vale lembrar que o cálculo descrito abaixo só é
válido para tensão alternada com onda senoidal, com semiciclos de 50%, e a mesma tensão
de pico para os dois lados da senoide em relação ao referencial (geralmente 0 V). A
reatância capacitiva é o tipo de reatância devida à capacitância de um capacitor, de um
circuito elétrico ou circuito eletrônico. É medida em ohms e é igual à recíproca do produto
de 2 π pela frequência em hertz e pela capacitância em farads, onde X < 0.

A reatância é capacitiva (XC) e o seu valor em ohms é dado por:

Onde C é a capacitância dada em Farads, f é a frequência dada em Hertz, π é


aproximadamente 3,14159.

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IMPEDÂNCIA Z (Ω OHM)
Impedância elétrica ou simplesmente impedância (quando, em domínio de circuitos ou
sistemas elétricos, e Engenharia Elétrica, não houver possibilidade de confusão com outras
possíveis acepções de impedância), em circuitos elétricos, é a relação entre o valor eficaz
da diferença de potencial entre dois pontos de circuito em consideração, e o valor eficaz da
corrente elétrica resultante no circuito.
A impedância não é um fasor, mas é expressa como um número complexo, possuindo uma
parte real, equivalente a resistência R, e uma parte imaginária, dada pela reatância X. A
impedância também é expressa em ohms, e designada pelo símbolo Z. Indica a oposição
total que um circuito oferece ao fluxo de uma corrente elétrica variável no tempo.
Matematicamente, exprime-se:

 (1) calculando-se a impedância elétrica (Z) como a relação entre o valor eficaz da
diferença de potencial (U) entre os terminais de um determinado circuito elétrico e o
valor da corrente resultante (I) num circuito de corrente alternada:

sendo:
1. Z: a impedância elétrica em ohms;
2. U: a tensão elétrica, em volts;
3. I: a corrente elétrica, em ampères.

(2) exibindo a relação entre impedância, resistência e reatância:

sendo:
1. Z: a impedância elétrica em ohms;
2. R: a resistência elétrica em ohms; e
3. X: a reatância elétrica em ohms.

A impedância total de uma associação série de elementos passivos é dada pela fórmula:

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CAPACITÂNCIA F (Farad)

Considere duas placas paralelas feitas de um material


condutor e separadas por um espaçamento vazio,
estão ligadas a uma bateria através de um resistor e
uma chave. Se as placas estão inicialmente
descarregadas, e a chave está aberta, as placas
permanecem descarregadas. No momento em que a
chave é fechada, elétrons começam a sair da placa h e
se acumulam na placa l, depois de passarem pela
resistência e pela bateria. A corrente é inicialmente
elevada, limitada apenas pela resistência do circuito.
Com o tempo a corrente diminui, e após um certo
tempo temos uma carga positiva na placa h.

Os elétrons se acumulam na placa l com a mesma


rapidez que deixam a placa h. Esta transferência
de elétrons continua até que a diferença de
potencial entre as placas seja exatamente igual à
tensão da bateria.
O resultado final é uma carga positiva na placa h e
uma carga negativa na placa l, muito semelhante à
distribuição de carga mostrada na figura abaixo.

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Independentemente do formato destes condutores,
os chamamos de placas.

Este elemento, constituído por apenas dois condutores


isolados com formato qualquer, separados por um
material isolante ( no caso o ar), é chamado CAPACITOR

REATÂNCIA INDUTIVA XL (Ω Ohm)


A reatância indutiva é devida à indutância de um circuito elétrico, circuito eletrônico ou
bobina. É medida em ohms, designada pelo símbolo XL e igual à indutância em henrys
multiplicada por 2 π vezes a freqüência em Hertz.

Quando X > 0 a reatância é (XL) e o seu valor em ohms é dado por:

onde L é a Indutância dada em henrys, f é a freqüência dada em Hertz.

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POTÊNCIAS: APARENTE VA ( Voltamper), REAL W (Watt),
REATIVA Var ( Voltamper reativo) E FATOR DE POTÊNCIA
FP (Admissional)
Em sistemas elétricos existem 3 tipos de potências:

Potência ativa = Watts (carga puramente resistiva)

Potência reativa = VAr (carga puramente reativa (indutores e capacitores))

Potência Aparente = VA (soma vetorial das outras duas). Raiz quadra da soma dos
quadrados,

(como se fosse a hipotenusa do teorema de Pitágoras) entenderam?

Todos conhecem a formula: P=U*I. Considerando uma carga puramente resistiva quando se
multiplica U*I temos a potência em Watts (W).
Quando entra um capacitor ou um indutor na jogada (por exemplo a bobina de um
transformador) aí aparece o tal fator de potência.

O fator de potência (FP) é intriseco a cada aparelho. Ele é o cosseno do ângulo formado
do defasamento entre corrente e tensão produzido pelos elementos reativos do
equipamento. É o mesmo ângulo entre potência ativa e reativa.
Por ser um cosseno ele varia de 0 a 1.
Geralmente nos aparelhos eletro/eletrônicos fica em torno de 0,55 à 0,95. No Brasil a
legislação elétrica estabelece 0,92 como mínimo (logo, logo será 0,95), mas não se
preocupem, consumidores residenciais estão de fora desse requisito.

Com esse conceito, podemos calcular (W) e (VA) apenas conhecendo o fator de potência
(FP) sem se preocupar com a trigonometria ou calcular a reatância dos elementos indutivos
e capacitivos.
Basta usar a seguinte regra:
VA=W/FP e W=VA*FP

Por exemplo:
Tomemos um estabilizador é de 1000VA (ignorando o rendimento, que explicarei daqui a
pouco) significa dizer que você pode ligar uma carga resistiva (como um ferro e passar) de
1000W por que o FP é 1.

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Mas nesse mesmo estabilizador de 1000VA você poderá ligar uma carga de no máximo
650W se esta tiver FP=0,65. Os outros 350W estarão circulando na parte reativa (VAr).

Tem como corrigir o FP e deixa-lo com valor 1?


-Sim.
Porque então os fabricantes de equipamentos já não corrigem?
- Primeiro por que há um custo para isso e segundo essa energia reativa é necessária para o
bom funcionamento dos equipamentos. Sem essa energia reativa os motores elétricos não
giram e os transformadores não funcionam.

Falta falar sobre o rendimento.


Rendimento é o quanto um equipamento aproveita da energia elétrica fornecida.
r = P.OUT/P.IN.
onde:
r= rendimento
P.OUT= potência de saída
P.IN= potência de entrada

Por exemplo: Um rendimento de 96% significa que dos 100% de energia que entra 4% é
dissipada na forma de calor, ou seja, não é aproveitada para nada, a não ser que você queira
aproveitar seu estabilizador como aquecedor nos dias de frio.

Naquele exemplo anterior do estabilizador de 1000VA alimentando uma carga com fator de
potência de 0,65 tínhamos um consumo de 6950W. Só que o estabilizador não entrega
1000VA. Considerando um rendimento de 96% teremos 960VA na saída. Portanto a carga
máxima nessas condições seria 624W.

Conclusão:
Estabilizadores, no-breaks e fontes funcionam a base desses principios. Conhecendo um
pouco sobre esse assunto podemos dimensionar melhor nossos equipamentos e de certo
modo até economizar por não comprar um equipamento superdimensionado.

 POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA

Potência é o trabalho realizado em um determinado tempo.

Potência de 1 watt desenvolvida quando se realiza o trabalho de um joule, em cada


segundo, contínua e uniformemente.

Unidade de potência: watt, símbolo W.

Exemplo: Uma potência de 500 W significa que foi realizado um trabalho de 500 joules em
1 segundo

O joule é a unidade de energia.

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Nos circuitos de corrente alternada o joule toma o nome de:

· volt-ampére-segundo , VAs ou watt.segundo energia aparente

· Ws ou var.segundo, Vars energias ativa ou reativa.

Unidade de energia watthora (Wh)

Quando o tempo é expresso em hora e a potência em watt a unidade de energia será de um


watthora.

Relação entre o Watthora e o joule

1 Watthora = (1 joule / segundo) hora

1 hora = 3600 s

Substituindo:

1 Watthora = (1 joule / segundo) 3600 segundos = 3600 joules

Portanto:

1 Wh = 3600 J

 POTÊNCIA APARENTE, ATIVA E REATIVA

Em corrente alternada tem-se também a potência aparente VA, a potência ativa, já vista, o
W e a potência reativa o Var.

Normalmente os cálculos e avaliações em corrente alternada são feitos com essas unidades,
para poder expressar, fisicamente, a existência de resistência, indutância e capacitância em
um circuito.

A unidade de medida de resistência e reatância é o Ohm, símbolo .

O conjunto resistência-reatância tem o nome de impedância.

Circuitos com resistências e reatâncias têm as senóides de tensão e corrente defasadas,


conforme figura 1.

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Figura 1 - Senóides de tensão e corrente defasadas

Ao co-seno do ângulo de defasagem ( ) entre a corrente e a tensão dá-se o nome de fator


de potência do circuito.

A expressão da potência em corrente contínua é:

P = V I (Watt)

Em corrente alternada é:

P = V I cos (Watt)

Exemplo: Lâmpada incandescente comum de 40 W, 127 V só apresenta resistência. Sua


corrente será de:

I = P / V = 40 / 127 = 0,315 A

Uma lâmpada fluorescente de 40 W tem um reator em série. Se o reator for de baixa


qualidade seu fator de potência pode ser muito baixo, até da ordem de 0,5. Nessas
condições a corrente seria:

I = P / V cos = 40 / 127.0,5 = 0,63 A,

isto é, a corrente dobrou em função do fator de potência.

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A potência das usinas geradoras de eletricidade são dadas em múltiplos de W, isto é,
quilowatt (kW),megawatt (MW), etc.

1kW = 1 000 W = 103 W

1MW = 1 000 000 W = 106 W

1GW = 1 000 000 000 W = 109 W

1TW = 1 000 000 000 000 W = 1012 W

Pode-se citar, como exemplo, a usina hidrelétrica de Itaipu, com uma potência instalada de

12 600 000 kw = 12 600 MW.

No Brasil, a energia é 95% gerada por usinas hidrelétricas.

 CÁLCULO DO CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A conta de energia elétrica é dada em kWh.

Exemplo: A conta de energia de uma residência de classe média, registrou

um consumo de 372 kWh e incluindo impostos, um custo de R$ 110,70, isto é:

1 kWh custa R$ 0,297/kWh.

Nela residem 6 pessoas que levam no banho, 10 minutos cada, isto é, 60 min

ou 1h por dia.

O chuveiro elétrico da casa tem uma potência de 5400 W.

Logo o consumo de energia diário será de 5400 Wh ou 5,4 kWh, e o custo

diário será de 5,4 x 0,297 , isto é R$ 1,60 / dia. Considerando um mês de 30 dias:

R$ 48,10/mês

Pode-se notar que 43% da conta de energia é devido ao uso do chuveiro elétrico!

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GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA

Figura 2: Gerador de corrente alternada


constituído de uma única espira
(figura livro Física Volume Único - Antonio Máximo e Beatriz Alvarenga) Um
gerador de corrente alternada simples é constituído de um imã fixo e de uma espira
colocada no meio do imã como mostra a fig.2 ao lado. A alimentação da lâmpada é
realizada através das escovas que estão em contato com os anéis que estão ligados na
extremidade da espira. Ao girar a espira, há variação de fluxo magnético induzindo uma
corrente, que vai através das escovas alimentar o circuito e portanto acender a lâmpada.
Esta corrente é alternada e neste caso o gerador é denominado gerador de corrente
alternada.
A fig. 3 ao lado mostra o gerador de corrente alternada que funciona no mesmo princípio,
isto é, o campo magnético indutor gera uma tensão na espira de campo, que ao girar da
posição para a posição 2, está em um sentido e da posição 3 para 4 em outro sentido.
A espira de campo é ligada a anéis coletores para poder ser levada à armadura, de onde é
fornecida em terminais, em uma placa de ligações. Da placa de ligações é que se faz a
conexão com os circuitos externos, que podem ser linhas de transmissão,ou cargas
localizadas

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Figura 3 - Gerador de corrente alternada

Figura 4 Linha de montagem de geradores industriais

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Correção do Fator de Potência
Em uma instalação elétrica a adição de cargas indutiva diminui o fator de potência
(cosseno fi) o que implica na diminuição da potência real aumentando a potência
aparente ou, se a potência real (Watts) se mantiver no mesmo valor a potencia aparente
aumenta o que implica em um aumento na corrente da linha sem um aumento de
potência real. Para compensar (aumentar o FP) deveremos colocar capacitores em
paralelo com a carga indutiva que originou a diminuição no FP. Seja uma carga Z,
indutiva, com fator de potencia cos e desejamos aumentar o FP para cos

(a) (b)

Fig01: ( a ) Circuito; e ( b) diagrama fasorial indutivo antes da correção e com


angulo de defasagem f1- Livro Circuitos em Corrente Alternada -6ª Edição - Editora
Érica

O objetivo é aumentar o FP de cos1 para cos2. Para isso deveremos colocar um


capacitor de valor C em paralelo com a carga de valor dado por (ver a dedução no
livro):

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(a) ( b)

Fig02: ( a ) Circuito - ( b ) Diagrama fasorial após correção com FP f2 - ver o Livro


Circuitos em Corrente Alternada -6ª Edição - Editora Érica pg208

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Exemplo: Calcular C para que o FP do circuito aumente para 0,94

Fig03: Circuito sem correção - Chave em A

Calculemos inicialmente o FP atual (chave em A). A reatância indutiva vale


XL=377x0,03=11,3 Ohms, portanto tg1=11,3/10 =1,13 e logo 1=48º cos1
=0,662

Como o novo FP é 0,9 , o novo angulo 2 será:


arccos0,9= 25,8º

Como a potência ativa vale: P = UxIxcos =220x14,46x0,662 =2108W

O valor de C que corrige o FP de 0,662 para 0,9 é:

Observe o que acontece quando ligamos o capacitor de 75uF. A corrente na carga


inicial não muda, mas a corrente na linha diminui. Esse é o objetivo, diminuir a
corrente na LINHA, mantendo as condições da carga (por exemplo um motor
continuará operando com a mesma potência) e consumindo a mesma corrente.

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Circuitos

Circuito RL paralelo

O circuito RL paralelo é geralmente de menor interesse que o circuito série. Isto ocorre em
maior parte pelo fato de a tensão de saída Vout ser igual à tensão de entrada Vin. Como
resultado, este circuito não atua como um filtro no sinal de entrada, a menos que este seja
alimentado por uma fonte de corrente.

Circuito RLC paralelo

Notações do circuito RLC paralelo:

V - a tensão da fonte de alimentação (medida em volts V)


I - a corrente do no circuito (medida em ampères A)
R - a resistência do resistor (medida em ohms = V/A);
L - a indutância do indutor (medida em henrys = H = V·s/A)
C - a capacitância do capacitor (medida em farads = F = C/V = A·s/V)

Circuito RC paralelo

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O circuito RC paralelo é geralmente de menor interesse que o circuito série. Isto ocorre em
maior parte pelo fato de a tensão de saída Vout ser igual à tensão de entrada Vin. Como
resultado, este circuito não atua como um filtro no sinal de entrada, a menos que este seja
alimentado por uma fonte de corrente.

Com impedâncias complexas:

Associação de capacitores

Num circuito de condensadores montados em paralelo todos estão sujeitos à mesma


diferença de potencial (tensão). Para calcular a sua capacidade total (Ceq):

A corrente que flui através de capacitores em série é a mesma, porém cada capacitor terá
uma queda de tensão (diferença de potencial entre seus terminais) diferente. A soma das
diferenças de potencial (tensão) é igual a diferença de potencial total. Para conseguir a
capacitância total:

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Na associação mista de capacitores, tem-se capacitores associados em série e em paralelo.
Nesse caso, o capacitor equivalente deve ser obtido, resolvendo-se o circuito em partes,
conforme a sua configuração. Por isso, calcule, antes associação de capacitores em série
para após efetuar o cálculo dos capacitores em paralelo.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES SÉRIE PARALELO E


MISTO

Associação em Série

Dois componentes de um circuito encontram-se associados em série quando um dos seus


terminais é comum e ambos são percorridos pela mesma corrente eléctrica. No circuito
representado na Figura 4.3.a os elementos R1 e R2 encontram-se associados em série, não
sucedendo o mesmo com as resistências R1 e R2 do circuito representado em 4.3.b.

Figura 4.3 Associação de resistências

Considere-se então o circuito representado na Figura 4.4, constituído por uma fonte de
tensão e um conjunto de resistências associadas em série.

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Figura 4.4 Associação em série de resistências

A aplicação da Lei de Kirchhoff das tensões permite escrever a igualdade

(4.7)

a qual, em conjunto com a Lei de Ohm e a igualdade ii=i, permite obter

(4.8)

em que

(4.9)

define a resistência equivalente série.

4.2.2 Associação em Paralelo

Dois componentes de um circuito encontram-se associados em paralelo quando os nós aos


quais se encontram ligados são comuns e, portanto, a tensão aos terminais é idêntica. No
circuito eléctrico representado na Figura 4.5.a, os componentes R1 e R2 encontram-se
associados em paralelo, o mesmo já não sucedendo com as resistências R1 e R2 em (b).

Figura 4.5 Associação de resistências

Considere-se então o circuito representado na Figura 4.6.

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Figura 4.6 Associação em paralelo de resistências

A aplicação da Lei de Kirchhoff das correntes ao nó comum a todos os componentes


permite escrever a igualdade

(4.10)

a qual, em conjunto com a Lei de Ohm e a igualdade vi=v, permite obter a relação

(4.11)

em que

(4.12)

define a condutância equivalente da associação em paralelo considerada. No entanto, uma


vez que Gp=1/Rp, a resistência equivalente do paralelo pode ser expressa na forma

(4.13)

As relações (4.12) e (4.13) indicam que a associação em paralelo de resistências conduz a


um componente equivalente cujo valor nominal é sempre inferior ao menor de entre eles.
Por exemplo, a associação em paralelo de duas resistências iguais é equivalente a um
componente com metade do valor nominal (Figura 4.7.a)

(4.14)

ao passo que a associação em paralelo de k resistências iguais equivale a um componente


cujo valor nominal é (Figura 4.7.b)

(4.15)

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Figura 4.7 Casos particulares da associação em paralelo de resistências

Por outro lado, no caso particular em que os valores nominais das resistências diferem de
uma ou mais ordens de grandeza, como na Figura 4.7.c, pode aproximar-se o paralelo pela
menor das resistências

Rp » R (4.16)

Na maior parte das aplicações práticas, a regra da associação em paralelo é aplicada isolada
ou consecutivamente a conjuntos de duas, três ou mais resistências. Da expressão (4.13)
resulta que as associações em paralelo de duas e três resistências são, respectivamente,

(4.17)

(4.18)

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4.2.3 Associação Série-Paralelo ( MISTA)

A grande maioria dos circuitos é composto por associações mistas série-paralelo de


componentes. Considere-se a título de exemplo o circuito representado na Figura 4.8.a,
constituído por oito resistências. Admitindo que o objectivo da análise é determinar a
corrente fornecida pela fonte de alimentação ao circuito, pode então proceder-se às
simplificações sucessivas representadas nas Figuras 4.8 b a d: primeiro substituem-se as
resistências R7 e R8 pelo respectivo equivalente série (Figura 4.8.b); depois associa-se o
resultado em paralelo com a resistência R6 e seguidamente em série com a resistência R5
(Figura.4.8.c); e assim sucessivamente até ao resultado final ilustrado na Figura 4.8.d,

Figura 4.8 Associação mista série-paralelo de resistências Após esta simplificação

preliminar do circuito, pode então calcular-se a corrente fornecida pela fonte

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ANGULO DE FASE Ф (Tensão Alternada)
É uma tensão cujo valor e polaridade se modificam ao longo do tempo. Conforme o
comportamento da tensão então temos os diferentes tipos de tensão: Senoidal, quadrada,
triangular, pulsante, etc.
De todas essas, a senoidal é a que tem um maior interesse pois é a tensão que é gerada
nas usinas e que alimenta as industrias e residências. Antes de estudarmos mais a fundo a
tensão senoidal, vamos procurar conceituar melhor a tensão alternada. Seja o circuito da
Fig02, no qual temos duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 ao resistor,
ora conecta a bateria B2 ao resistor. Vamos supor que cada bateria fica conectada ao
resistor durante 1s. Como seria o gráfico da tensão em função do tempo nos terminais da
bateria ?

(a) (b)

Fig02: Gerando uma tensão alternada quadrada - ( a ) Circuito ( b ) Tensão em


função do tempo

Observe
que:

O valor negativo significa que a polaridade da tensão mudou. O tempo que leva para
repetir uma mesma situação é 2s, sendo chamado de período (T). O valor máximo da
tensão é 12V (com qualquer polaridade, sendo chamado de valor de pico ou valor
máximo VM). A seguir estudaremos mais em detalhes a tensão senoidal.

3. Tensão Senoidal

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É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto nesse
caso temos uma expressão matemática para expressar a tensão. A expressão
matemática é :

ou em função do angulo

Onde VM (em V) é o valor de pico (valor maximo que a tensão pode ter) e

w em (rd/s) é a freqüência angular

(rd ou graus) é o angulo de fase inicial, é o ângulo num determinado instante t.


Observe que a relação entre ângulo e tempo é dada por :
q = q0 + w.t
Esta equação é análoga à equação que rege o movimento uniforme de um móvel:

S= S0+ v.t

A Fig03 mostra a sua representação gráfica em função do tempo e a Fig04 o gráfico


em função do angulo.

3.1. Representação gráfica de uma Tensão Senoidal

Uma tensão senoidal varia em função do tempo de acordo com uma lei senoidal,
portanto a sua representação será como na Fig03, mas a mesma tensão pode ser
representada em função do angulo, Fig04, (não esqueça que a função seno tem período
de 360 graus ou de 2p rd), sendo a relação entre angulo e tempo dada por :

q =q0 +w.t
A figura a seguir mostra o gráfico da tensão em função do tempo.
v(t)=10.sen(w.t)

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Fig03: Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do tempo

O gráfico a seguir mostra a mesma tensão em função do angulo.

v(q)=10.sen(q ) existindo uma relação entre angulo e tempo dada por: q=w.t

Fig04: Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do angulo

Na Fig03, VPP (em V) é chamado de tensão de pico a pico, T (em s) é o período


(tempo que o fenômeno leva para se repetir).

Pelos gráficos da Fig03 e Fig04 tiramos as seguintes conclusões:

como q =w.t se q =2 p

então o tempo será chamado de periodo (T) t=T logo:

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2.p=w.T ou w = 2 p/T

O numero de ciclos completados segundos chamamos de freqüência (f). A freqüência


está relacionada com o periodo por:

f =1/T (Hz) logo podemos também escrever que:

w=2 .p.f

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TABELA DE GRANDEZAS ELÉTRICAS COM TODAS AS
FORMULAS

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