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1 - INTRODUÇÃO.
2 - OBJETIVO.
3 - ASPECTOS IMPORTANTES DA PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS.
4 - EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS À REALIZAÇÃO DA INSPEÇÃO.
5 - ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E ENSAIOS ESPECIAIS.
6 - ASPECTOS IMPORTANTES À SEREM OBSERVADOS NA INSPEÇÃO DE
PONTES E VIADUTOS.
7 - REGISTRO FOTOGRÁFICO.
8 - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES.
1 - INTRODUÇÃO.
2 - OBJETIVO.
7 - REGISTRO FOTOGRÁFICO.
8 - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES.
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1 - INTRODUÇÃO
2 - OBJETIVO
O manual objetiva a formação básica e orientação dos inspetores e engenheiros do DNER que
venham a se responsabilizar pela alimentação, com dados de campo, do Sistema Gerencial de Obras de
Arte Especiais (SGO). Procurou-se durante a elaboração deste manual reunir o conjunto de aspectos
que devem fazer parte de uma minuciosa inspeção de obras de arte especial, visando principalmente a
padronização dos procedimentos de inspeção e a impessoalidade na atribuição de notas a cada obra.
Fez parte também do objetivo a divulgação das principais patologias presentes nas pontes e viadutos
de nossa malha rodoviária. Buscou-se conscientizar os órgãos públicos responsáveis, os engenheiros
projetistas e os construtores, da importância da correta aplicação das técnicas de projeto,
especificações, execução e controle de qualidade para se assegurar a durabilidade das estruturas.
Os problemas patológicos que ocorrem nas estruturas de concreto e afetam sua segurança e
durabilidade, são originários de diversos fatores que estão associados as fases de produção, uso e
manutenção de uma obra. Cada um destes problemas apresenta normalmente uma sintomatologia
própria que permite sua identificação.
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Os principais efeitos dos problemas patológicos que conduzem a deterioração das estruturas
são:
As causas que comprovam a deterioração das estruturas podem ser humanas, naturais ou
acidentais. Apresenta-se a seguir os principais fatores, por tipo de causa, que contribuem para a
deterioração das estruturas:
CAUSAS HUMANAS:
• Na fase de projeto:
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• Na fase de execução:
• Na fase de utilização:
CAUSAS NATURAIS:
- Pela presença de águas agressivas e puras, sulfatos, sais, oxigênio e pelo processo de
carbonatação do concreto.
CAUSAS ACIDENTAIS
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Apresenta-se a seguir as principais formas de manifestação dos problemas patológicos que
ocorrem nas estruturas de concreto armado e protendido. Procurou-se também, embora de forma
sintética associar a estes problemas os principais agentes causadores.
Esta cal dissolvida, ao chegar a superfície da peça reage com o anidrido carbônico do ar e
transforma-se em carbonato de cálcio.
Foto 3.1
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B - NINHOS DE CONCRETAGEM
Foto 3.2
C - FISSURAÇÃO DO CONCRETO
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passivas, que não apresentam movimento e encontram-se estabilizadas. Apresenta-se a seguir os
principais tipos de fissuras encontradas nas estruturas de concreto armado.
Figura 3.1
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- Fissuras que surgem após o endurecimento do concreto.
Foto 3.3
Os principais fatores que contribuem para o aparecimento deste tipo de fissura são a
cura inadequada, a falta de armadura de costela e o elevado fator água / cimento no traço do
concreto. Este tipo de fissura aparece freqüentemente nas almas das vigas contínuas de pontes e
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viadutos de grande extensão. Nas almas das vigas de pontes estas fissuras são verticais e
apresentam espaçamento aproximadamente constante conforme ilustra a figura à seguir.
Figura 3.2
Este tipo de fissura, conhecida também como fissuras devido a ações térmicas
autógenas, esta associado a liberação de calor das reações de hidratação do cimento que são
exotérmicas. Estas fissuras ocorrem nas primeiras idades do concreto (entre um dia e três
semanas após a concretagem), durante o processo de resfriamento do mesmo. O resfriamento
provoca a contração da peça, que quando impedida leva a fissuração. Este fenômeno que ocorre
com freqüência em obras que envolvem grande volume de concreto como as barragens, tem
sido também detectado em obras de pontes.
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• Fissuras de retração térmica de origem externa.
São inúmeros os tipos de fissuras que podem surgir por erros ou deficiências do
detalhamento das armaduras. A correta técnica de detalhamento está atualmente bem consolidada e
divulgada, não havendo portanto justificativa para a reincidência, por parte dos engenheiros
projetistas, nestes erros. O relacionamento e descrição de todos os erros e deficiências passíveis de
ocorrer no detalhamento das armações tornaria este trabalho bastante extenso e cansativo.
Recomenda-se o estudo das bibliografias [11], [18], que tratam o assunto de forma profunda e
bastante extensiva.
A atuação dos carregamentos gera solicitações seccionais internas nas peças das estru-
turas. A cada tipo de solicitação seccional interna está associado um quadro fissuratório próprio
com características bem definidas. Assim, tem-se um quadro fissuratório para solicitações de
tração, de flexão, de cisalhamento, de torção e de punção. Quando estas fissuras se apresentam com
aberturas superiores aos limites permitidos, normalmente está-se diante de uma das seguintes
situações:
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FISSURAÇÃO DEVIDA A ESFORÇO TRATIVO.
Figura 3.3
Figura 3.4
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FISSURAÇÃO DEVIDA AO CISALHAMENTO.
Figura 3.5
Figura 3.6
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FISSURAÇÃO DEVIDA DA PUNÇÃO.
Figura 3.7
O processo de corrosão das armaduras, que será exposto em item específico, provoca a
produção de óxido de ferro, cujo volume é cerca de oito vezes maior do que o volume da barra de
aço sujeita a corrosão. Este aumento de volume gera tensões internas na capa de cobrimento das
armações e provoca a fissuração. As fissuras seguem portanto o caminhamento das armações mais
externas. O prosseguimento do processo de corrosão leva a expulsão total da camada de cobrimento
do concreto.
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- falha ou retirada precoce do escoramento;
- excesso ou falta de protensão;
- contra-flechas insuficientes;
- avaliação inadequada do efeito de fluência;
- fissuração excessiva provocando redução da rigidez da estrutura;
- solubilidade do concreto por águas ácidas, principalmente quando há percolação das mesmas
através do concreto;
- ação de águas sulfatadas, tendo em vista o enorme poder expansivo da reação dos sulfatados
com o aluminato tricálcio dos cimentos;
- reação álcali/agregados, quando existem agregados reativos com os álcalis do cimento.
Os principais tipos de degradação química que agem simultaneamente no concreto e no aço são:
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- Ação de cloretos, principalmente os provenientes da água do mar, e de outros poluentes
ambientais presentes em ambientes urbanos.
- Corrosão sob tensão.
A corrosão das armaduras embutidas no concreto pode ocorrer de 3 formas distintas: corrosão
eletroquímica, corrosão por penetração de cloretos e corrosão por fragilização pelo hidrogênio. A
seguir apresenta-se os mecanismos básicos de cada uma destas formas.
- Corrosão eletroquímica.
A região catódica é formada pelas partes das barras da armadura situadas em zonas de maior
porosidade do concreto onde ocorre a penetração do oxigênio. A região anódica corresponde as
partes das barras da armadura envoltas por concreto mais compacto onde a penetração do oxigênio
é menor. O eletrólito é composto pela água retida nos poros do concreto e o condutor elétrico é
constituído pela própria barra de aço da armadura. A figura que se segue ilustra o modelo
simplificado do processo de corrosão eletroquímica do aço embutido no concreto.
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Figura 3.8
Fe → Fe++ + 2e-
3- Os elétrons livres que saem do metal passam para o catodo. Para que processo não se
interrompa esses elétrons têm que ser absorvidos. Assim, como ocorre geralmente, os elétrons
são absorvidos pelo oxigênio segundo a expressão:
4- Os íons com carga negativa (hidroxilas) voltam ao anodo e se combinam com os íons positivos
do ferro:
anodo ⇒ Fe → Fe++ + 2e-
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catodo ⇒ H O + ½ O + 2e- → 2 (OH)-
Fe++ + 2 (OH)-2 → Fe(OH)- ⇒ hidróxido ferroso
5- Pela ação do oxigênio do ar o hidróxido ferroso se transforma em hidróxido férrico e finalmente
em ferrugem.
4 Fe + 3 O2 → 2 Fe2O3 (ferrugem)
Este tipo de corrosão é especialmente perigosa pois conduz a rápida perda de seção de
aço em pontos localizados, o que leva a concentração de tensões na armadura com o conseqüente
início de fratura da mesma. Neste tipo de corrosão o cloreto atua como catalisador. Com a
dissolução da película passiva em zonas muito pequenas, forma-se uma região anódica também
muito pequena e uma região catódica grande, o que ocasiona reduções locais da seção da
armadura.
Quando por alguma razão, sulfetos reagem com o ferro produz-se hidrogênio atômico
(hidrogênio nascente) que penetra na estrutura do aço alojando-se nos vazios ou entre os grãos que
constituem a sua estrutura. Estes átomos recombinam-se criando hidrogênio molecular, gasoso,
que já não tem possibilidade de sair. Com a difusão de novos átomos de hidrogênio vai-se
acumulando hidrogênio molecular progressivamente no aço, que irá fazer uma pressão elevada na
estrutura das bases.
Fe + H2S → Fe S + 2 H
gás sulfúrico sulfato
A pressão deste gás pode exceder a tensão de escoamento do aço provocando fissuras
locais e diminuindo consideravelmente a resistência do aço, ou seja, promovendo a sua
fragilização. As principais causas do aparecimento de hidrogênio nos metais são:
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- de composição da umidade e água de cristalização contida em alguns tipos de
revestimento de eletrodo que gera hidrogênio atômico no processo de soldagem por
eletrodo revestido.
Para que a inspeção das pontes e viadutos seja realizada de forma completa, reunindo profun-
didade técnica e segurança do pessoal envolvido, é necessário um conjunto de equipamentos próprios.
Estes equipamentos serão reunidos em quatro grupos de acordo com a finalidade dos mesmos.
Em casos especiais de obra com pilares de grande altura torna-se necessário a utilização de
equipamentos especiais tais como:
- andaimes metálicos;
- escada metálica para acoplar aos guarda-rodas ou guarda-corpos;
- veículo provido de braço mecânico com caçamba.
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Estes equipamentos são utilizados quando se faz necessário o levantamento da geometria da
obra por ausência de projeto. São também utilizados para a mensuração de fissuras e defeitos no
concreto. São os seguintes os principais equipamentos de medida:
- régua milimetrada com 660 mm;
- trena metálica com 3,0 m;
- trena metálica com 20,0 m;
- paquímetro com sensibilidade de 0,10 mm.
- fissurômetro com sensibilidade de 0,10 mm.
Estes equipamentos são utilizados para garantir a integridade física dos inspetores. São os
seguintes os principais equipamentos de segurança:
- capacete de plástico;
- botas de borracha;
- cinto de segurança;
- bandeiras vermelhas para sinalização.
- esclerômetro de Schmidt;
- aparelho de ultra-som;
- extratora de testemunhas de concreto;
- govermeter, digicover;
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- equipamentos para medição de potencial de eletrodo.
"O ensaio por esclerometro de reflexão consiste fundamentalmente de uma massa martelo que
impulsionada por mola se choca através de uma haste com ponta em forma esférica, com a área de
ensaio. A energia do impacto é, em parte utilizada na deformação permanente provocada na área de
ensaio e, em parte, conservada elasticamente, propiciando ao fim do impacto, retorno do martelo.
Quando maior a dureza da superfície ensaiada, tanto menor a parcela de energia que se converte em
deformação permanente, por conseguinte tanto maior será o recuo ou reflexão do martelo."
Como este método de ensaio se aplica mais na avaliação da dureza superficial do concreto, não
é recomendável a sua utilização isolada para a determinação da resistência do concreto. O programa de
investigação ideal combina a utilização de pelo menos dois tipos de ensaios não destrutivos para
avaliação de resistência de forma mais precisa. Cabe ainda alertar que os resultados dos ensaios por
esclerometria são influenciados pelos seguintes fatores:
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Para a obtenção de resultados confiáveis é muito importante que o esclerômetro esteja aferido.
A aferição do aparelho é feita através da sua aplicação em bigorna especial de aço, que, na superfície
destinada ao impacto, apresente dureza Brinell de 5000 Mpa e forneça índices esclerométricos de
80%.
As áreas de ensaios, devem ser preparadas por meio de polimento enérgico com prisma ou
disco de carborudum através de movimentos circulares. Toda a poeira e pó superficial deve ser
removida a seco, preferencialmente. Deverá ser evitada a aplicação do esclerômetro em superfícies
úmidas ou carbonatadas como também sobre agregados, armaduras, bolhas, etc.
O ensaio por pulso ultra-sônico tem por finalidade medir o tempo de duração que um pulso
ultra-sônico leva para atravessar inteiramente uma seção de concreto. A velocidade de propagação do
pulso é obtida dividindo-se a distância geométrica entre os transdutores do aparelho pelo tempo de
percurso. Não existe uma relação simples entre a velocidade de propagação do pulso ultra-sônico e a
resistência à compressão do concreto, porém um fator comum às duas grandezas é a massa específica
do concreto. Tanto a velocidade do pulso ultra-sônico quanto a resistência do concreto variam
diretamente com a massa específica. A velocidade do pulso é tanto maior quanto mais denso for o
meio, por isto, concretos com elevado fator água/cimento, que implica em maior número de vazios e
menor resistência, apresentam redução da velocidade de pulso ultra-sônico.
As prescrições para a execução do ensaio pelo pulso ultra-sônico estão contidas na norma
brasileira "CONCRETO ENDURECIDO - Determinação da velocidade de propagação de onda ultra-
sônica" NBR-8802 de 1985. Esta norma descreve sucintamente o ensaio e estabelece as condições de
preparação da superfície do concreto a ser ensaiada.
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O ensaio consiste basicamente, na introdução de ondas ultra-sônicas na peça de concreto
através de um emissor, e na captação das mesmas, em outro ponto da peça ensaiada, por meio de um
receptor. Os pulsos ultra-sônicos são gerados por um excitador num cristal piezelétrico e sua
freqüência depende do material usado.
A aparelhagem de ensaio, que é portável e permite leitura digital, é composta das seguintes
partes:
1 - Calibração do aparelho.
Através da barra de referência que possui velocidade conhecida para a propagação da onda
ultra-sônica.
A superfície deve ser plana, lisa e isenta de sujeira. Quando estas condições não são
atendidas a superfície pode ser regularizada por processos mecânicos ou por meio de
camada de pasta de cimento, gesso ou resina epóxi, com espessura mínima de modo a
permitir o bom acoplamento com os transdutores. O grau de umidade da superfície não afeta
o resultado do ensaio.
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Para a perfeita transmissão das ondas ultra-sônicas é necessária a aplicação de uma fina
camada de acoplante entre as superfícies da peça e dos transdutores. Usa-se como acoplante
vaselina, creme de barbear ou graxa para rolamento.
Os transdutores devem ser posicionados sobre a superfície do concreto à ser ensaiado, sob
pressão e de acordo com um dos seguintes arranjos:
Figura 5.1
A medida entre os eixos dos transdutores deve ser feita com o máximo de rigor.
- Tipo de cimento.
- Tipo de agregado.
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- Fator água / cimento.
- Relação agregado / cimento.
- Presença de barras de armadura.
- Idade do concreto.
Maiores informações sobre este ensaio deverão ser obtidas diretamente da NBR-8802.
5.3 - Ensaios em testemunhos.
Os testemunhos são corpos de prova cilíndricos retirados da estrutura sob investigação, por
meio de máquina extratora contendo coroa diamantada rotativa e com refrigeração à água. O ensaio
em testemunhos é utilizado na determinação da resistência local do concreto endurecido. Os
procedimentos à se seguir nos ensaios por testemunhos é regulamentado pela norma brasileira
"EXTRAÇÃO, PREPARO, ENSAIO E ANÁLISE DE TESTEMUNHOS DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO", NBR-7680 da ABNT de JANEIRO DE 1983. Relaciona-se a seguir os principais
aspectos que devem ser observados em cada uma das etapas do ensaio por testemunhos:
AMOSTRAGEM:
EXTRAÇÃO:
- A extração dos testemunhos, para avaliação de sua resistência à compressão, deve ser feita
preferencialmente na direção ortogonal à de lançamento do concreto, e distanciadas das juntas de
concretagem, de no mínimo um diâmetro do testemunho.
- A distância mínima entre bordas dos furos (faces dos testemunhos) não deve ser inferior a um
diâmetro do testemunho.
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- O diâmetro do testemunho de ser de 15 cm, exceto quando isto não for exeqüível, porém nunca
menor do que três vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
- A relação altura (h) / diâmetro (d) do testemunho capeado deve ser igual a dois, nunca maior.
Quando isto não for possível, a NBR-7680 indica uma tabela (tabela 1) para correção relativa à
relação h/d. Esta tabela só se aplica aos casos preconizados no item 4.7.1 da referida norma.
- Os testemunhos devem ser íntegros e não conter materiais estranhos ao concreto tais como pedaços
de madeira, barras de aço, etc. São admitidos testemunhos que contenham barras de aço em direção
ortogonal ao eixo do cilindro, porém a área da seção de aço não deve ser superior a 4% da área da
seção transversal do testemunho.
- O ensaio à compressão dos testemunhos deve atender à metodologia preconizada pela NBR-5739.
- Os testemunhos deverão ser preparados para o ensaio através do corte de seus topos por meio de
disco diamantado e do remate de suas extremidades com misturas à base de enxofre.
- Os testemunhos que apresentam brocas ou outras falhas de concretagem não deverão ser ensaiados
à compressão.
- A NBR-7680 fornece ainda uma tabela (tabela 2) para correção da resistência dos testemunhos em
função da idade do concreto na ocasião da extração do testemunho.
- Os resultados dos ensaios, após as correções pelas tabelas 1 e 2, deverão sofrer tratamento
estatístico preconizado pela NBR-12655 com vistas à determinação da resistência característica do
concreto da estrutura.
Este ensaio consiste na cravação de pinos metálicos no concreto da estrutura investigada, por
meio de pistola própria, e da medição do comprimento exposto do pino após a cravação. O ensaio
relaciona inversamente a penetração do pino com a resistência à compressão do concreto.
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rapidez de execução. Da mesma forma que no ensaio de esclerometria, exige experiência do
operador e curvas de correlação adequadas.
A colagem do disco metálico é feita por meio de adesivo de resina epoxi, e requer o adequado
preparo da superfície. Este preparo da superfície consiste no seu lixamento e aplicação de carborudum
de modo a uniformiza-la.
O equipamento que promove o arrancamento do disco metálico colado ao concreto reage sobre
a superfície adjacente ao disco e implanta a força trativa de forma gradual.
A resitência à compressão do concreto é estimada por meio de correlações entre a força trativa
correspondente ao ensaio de aderência com a tensão de ruptura à compressão obtida de ensaios de
corpos de prova cilíndricos moldados.
A superfície de ruptura restringe-se a área do disco metálico. Pode-se optar pela execução de
um corte parcial, de forma circular e diâmetro igual ao do disco metálico, para melhor definir a
superfície de ruptura. O desenho que se segue ilustra o ensaio de aderência para as situações de
execução sem corte parcial e com corte parcial do concreto.
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Figura 5.2
Existem ainda outros ensaios parcialmente destrutivos tais como: Ensaio ESCOT, Ensaio de
tração por flexão (Break-off Test), etc.
Todos estes ensaios procuram correlacionar a força necessária a ruptura de um pequeno trecho
da superfície do concreto com a resistência à compressão obtida da ruptura de corpos deprova
cilíndricas moldados.
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O DIGICOVER só deve ser usado para medir barras de até 300 mm de diâmetro, quando o
cobrimento de concreto é de no mínimo 20mm. Para cobrimentos inferiores, deve-se utilizar
espaçadores de madeira. Os ensaios eletromagnéticos conduzem a grandes erros quando executados
em peças de concreto cujo cimento e ou agregados possuam propriedades magnéticas. Maiores
informações sobre os procedimentos de realização destes ensaios devem ser obtidas diretamente dos
manuais que acompanham os aparelhos.
A monitoração das condições das armaduras embutidas no concreto permite uma avaliação
segura do grau de corrosão das mesmas. Descreve-se sucintamente a seguir as principais técnicas
eletroquímicas utilizadas neste monitoramento.
Esta técnica utiliza uma sonda embutida no concreto, adjacente a armadura, conforme
ilustra a figura a seguir:
Figura 5.3
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A técnica se baseia na lei de condução de corrente elétrica que demonstra que a seção
transversal de um condutor elétrico é inversamente proporcional a sua resistência elétrica.
Vantagens da técnica :
a) a evolução do processo de corrosão com o tempo pode se obtida, tendo em vista que
a taxa de corrosão é medida quase instantaneamente, permitindo a execução de uma
série de medidas dentro de um intervalo de tempo;
b) a técnica não requer mão de obra especializada e a interpretação dos resultados é
bastante simples.
Desvantagens da técnica :
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apresentar óxido em sua superfície. A técnica porém é bastante útil na delimitação de áreas da
estrutura comprometidas pelo processo de corrosão.
A lista, por ser de caráter geral, procurou abranger o maior número possível de itens, porém
dificilmente serão reunidos grande parte destes aspectos em uma só obra.
Por questões de organização estes aspectos foram reunidos nos seis seguintes grupos:
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6.2 - Aspectos relativos à infra-estrutura.
6.3 - Aspectos relativos à mesoestrutura.
6.4 - Aspectos relativos à superestrutura.
6.5 - Aspectos relativos aos acabamentos.
6.6 - Aspectos relativos à obras metálicas.
- Verificar se existem pilares muito próximos as vias, sem proteção, e com conseqüente risco
de choques de veículos.
- Verificar, no caso de ponte sobre rios navegáveis, se existem estruturas de proteção para os
pilares e fundações implantados na caixa do rio.
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6.2 - Aspectos relativos a infra-estrutura.
- Verificar a ocorrência de processo de erosão pela ação do rio ou de água pluviais nos
encontros, nas fundações ou nas saias dos aterros de acesso.
- Levantar informações sobre o regime do rio, tais como: velocidade da água, variação do
nível d’água, material sólido transportado, etc.
- Classificar o tipo de terreno sobre o qual se assentam as fundações (rocha sã, rocha alterada,
areia, argila, etc.).
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- Verificar se existe deterioração do concreto das fundações (estalactites, lixiviação, etc.)
- Nos casos de fundações em estacas metálicas (perfis, trilhos, tubos, etc.) Verificar se existe
processo de corrosão instalado e em que nível compromete a seção transversal da estaca.
- Verificar a atividade das fissuras por meio de sensores de gesso, vidro, etc.
- Verificar, em fundações constituídas por estacas de madeira, o comprimento das mesmas por
ataque de microorganismos.
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- Verificar se foram previstas nas obras em rampa ou curvas, cunhas de regularização para
garantir o paralelismo das faces superior e inferior dos aparelhos de apoio.
- Nos aparelhos de apoio em placas de chumbo Verificar se está havendo expulsão do mesmo
pela movimentação da estrutura.
- Nos aparelhos em pêndulo de concreto Verificar a inclinação dos mesmos e se existem sinais
de esmagamento do concreto.
- Verificar o posicionamento dos aparelhos de apoio de modo a certificar-se que não existem
excentricidades imprevistas impostas aos pilares.
- Verificar se existem fissuras no concreto em contato com o aparelho de apoio por deficiência
de armadura de fretagem.
- Verificar se a transmissão da carga vertical pelo aparelho de apoio está sendo feita de
maneira uniforme em toda a sua superfície.
- Verificar a integridade do concreto dos pilares, assinale quando for o caso a presença de
brocas, ninhos, esfolhamentos e esmagamentos.
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- Verificar se o cobrimento das armações é suficiente para a proteção das mesmas.
- Verificar o risco de flambagem dos ferros longitudinais por ação da corrosão nos estribos.
- Verificar se houve rompimento das quinas da face superior dos pilares por proximidade
excessiva dos aparelhos de apoio das bordas da seção.
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- Identificar as principais fissuras por meio de tinta e coloque sensores de gesso para
acompanhamento da atividade das mesmas.
- Nas obras com superestrutura protendida que possuam cabos ancorados em pontos
intermediários, Verificar se existem fissuras na parte anterior a estas ancoragens.
- Nas obras com superestrutura protendida Verificar se existe uma única fissura de flexão com
grande abertura no meio do vão. Este fato denota grande deficiência ou falta total de injeção
dos cabos.
- Verificar se existe fluxo de água nas fissuras da laje provocando estalactites e manchas nas
mesmas.
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- Verificar se já houve reforço nas peças da superestrutura,e em caso afirmativo caracteriza-lo.
- Verificar se existem drenos na laje inferior das vigas caixão e se os mesmos encontram-se
localizados nos pontos mais baixos.
- Verificar, no caso de pontes situadas em greide inclinado, se existe sistema de capitação das
águas na cabeceira mais elevada, de modo a impedir que os drenos da obra sejam
sobrecarregados pela água retida na pista fora da ponte.
- Identificar o tipo de junta de dilatação utilizada (cantoneiras metálicas, tipo JEENE, tipo
TRANSFLEX, etc.).
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- Verificar se existem fissuras ou ruptura do concreto nas quinas da junta.
- No caso de obras antigas providas de juntas com lâmina de vedação, Verificar se existe
acúmulo de terra ou qualquer outro material sólido sobre a mesma.
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- Verificar e registre o posicionamento e dimensões de buracos na pavimentação que produz
infiltrações e impactos indesejáveis na estrutura.
Apresenta-se a seguir os principais aspectos que devem ser observados nas inspeções de pontes
ou viadutos com superestrutura metálica (viga, transversinas e laje) ou mista (laje de concreto/vigas e
transversinas metálicas).
- Verificar se existem fissuras nas diversas peças do tabuleiro (vigas, transversinas, etc.) e em
caso afirmativo mapea-las.
- Verificar se existem imperfeições geométricas nas peças estruturais tais como: dobramentos,
empenamentos, flambagem, amassamentos, etc.
- Caso haja suspeição sobre a qualidade das ligações soldadas, executar teste do líquido
penetrante nas mesmas. Em situações especiais outros testes mais sofisticados deverão ser
requeridos.
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- Verificar, no caso de ligações aparafusadas, se existe processo de corrosão instalado nos
parafusos, porcas, contra-porcas, arruelas, etc.
- Verificar, no caso de ligações aparafusadas, se o aperto dos parafusos esta conferindo rigidez
suficiente para evitar vibrações excessivas quando da passagem de veículos.
7 - REGISTRO FOTOGRÁFICO.
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8 - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES.
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BIBLIOGRAFIA
6) ACI Committee 311 - "Manual of Concrete Inspection". American Concrete Institute, Detroit,
USA, 1981, 91 pp.
7) Cánovas, M.F. - "Patologia y Terapéutica del Hormigon Armado", Editorial Dossat S.A., 2ª
Edición, Madrid, España, 1984, 620 pp.
8) DNER/IPR - Manual de Inspeção de Pontes Rodoviárias, Rio de Janeiro, 1980, 129 pp.
10) FIP - Guide to good Practice - "Inspection and Maintenance of Reinforced and Prestressed
Concrete Structures", Ed. Thomas Telford Ltd., London, England, 1987, 7 pp.
11) Fusco, P.B. - Fundamentos de Técnica de Armar. Grêmio Politécnico, São Paulo, 1975, 283 pp.
12) LNEC - Divisão de observação de obras. "Aparelhagem para observação de obras - Técnicas de
Montagem e Utilização", Lisboa, 1973.
13) Helene, P.R.L. - Corrosão em Armaduras para Concreto Armado. Ed. Pini, 47 pp.
14) Pfeil, W. - Pontes - Curso Básico. Ed. Campus, 1983, 280 pp.
47
15) Pfeil, W. - Pontes em Concreto Armado, Vol. 1 e 2. Livros Técnicos e Científicos Ed. S.A. 3ª
edição, 1983.
16) Prudêncio, W.J. - Procedimentos para Inspeções e Patologia de Obras de Arte, Simpósio de
Corrosão em Estruturas de Obras de Arte, DER-RJ, 1987.
18) Thomaz, E.C.S. - Fissuração: Casos Reais - Anais da 30ª Reunião Anual do IBRACON./IBC.
48