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Aula 03

Justiça: Ele via a justiça em duas acepções,


justiça particular (justiça na relação entre as
partes) e justiça universal (justiça que envolve o
todo, ou seja, a legislação e toda comunidade por
ela protegida).
Virtude: livro Ética a Nicomaco. O justo seria para
ele o meio termo entre o excesso e a falta. Ex)
alimentação e o chafariz – rio Amazonas.

a- Na perspectiva universal, a justiça é tomada no


sentido lato. O respeito à lei é a característica
desse justo.A lei produzida na polis é diretamente
relacionada com o justo.Uma má lei não é
lei.Sendo lei somente a lei justa. Logo, a justiça
nesse sentido não deixa de ser o cumprimento da
lei.
b-Justiça em sentido particular: Na sua
apreensão especifica, considera-se justiça a
ação de dar a cada um o que é seu. A justiça,
assim, compreende uma ação de
distribuição. Permite distribuir de modo justo
os bens da sociedade.
Subdivide em:
b.1)Justiça distributiva: trata-se da justiça entre
sociedade e particulares. Deve ser criada de modo
proporcional. Nela se insere a importância do
mérito (avaliação subjetiva do merecimento ou não
de benefícios) para se fixar a justiça na
distribuição dos bens. Ex) distribuição de
medicamentos entre a população.

Essa justiça utiliza como parâmetro o dar a cada


um de acordo com o seu mérito. Aristóteles
reconhecia que a justiça da distribuição é uma
proporção. A proporcionalidade caracteriza o justo
e a sua falta é o injusto. Ex) um professor será
justo em sua correção quando distribuir notas de
acordo com uma proporção, tendo por vista o
mérito.De uma prova com 5 questões valendo
cada uma 2, o aluno que acerta 4 ganhara 8. O
aluno que acerta duas questões ganhará
4.Qualquer nota diferente dessa rompe com a
proporção entre mérito e suas notas.Essa
distribuição meritória da nota demonstra a justiça
do professor.

b.2) Justiça corretiva: Aqui ela é tratada como uma


reparação do quinhão que foi, voluntariamente ou
involuntariamente, subtraído de alguém por
outrem.A perda de alguém corresponde uma
correção equivalente. Ex) as questões de ordem
penal.Aqui a distribuição seria aritmética, pois
devolvo, apenas, aquilo que foi acrescido a
alguém.

Observe que as duas espécies de justiça foram


incorporadas à noção do direito publico e do
direito privado. A distribuição por mérito seria
típica do primeiro. A segunda de ressarcimento
seria típica do direito privado.

O justo para Atristóteles trata-se enquanto


proporção matemática entre aqueles relativamente
iguais. Aplicar o critério da proporção entre os
dessemelhantes resultaria em injustiças.

Como exemplo, um professor ao aplicar a mesma


prova à mesma turma e apurar as notas de acordo
com o mérito é considerado justo. Mas, se ele
aplicar a mesma prova a alunos universitários e a
alunos do pré-primario, não será justa, pois o
aluno pré-primario não poderá ser medido pelo
mérito, pois sequer é alfabetizado.
Assim, ficam de fora as mulheres, escravos, os
filhos do âmbito d eaplicaçao do justo. A justiça,
assim, mede-se entre os cidadãos do polis. Passa
a ser, portanto, uma medida da elite.

Logo, só há como pensar em justiça num espaço


sem carência e sem excesso. A esse espaço ele
chama de meio-termo, que é variável, a depender
do tempo e lugar. Ex) alguém as margens do rio
Amazonas delibera construir um chafariz em seu
quintal. Esse ato mostra-se junto, pois há na
região uma abundancia de água, capaz de não
representara carência de ninguém.
Diferentemente, se eu quiser construir esse
chafariz no deserto do Saara.

Resumidamente pode-se dizer que o justo para


Aristóteles refere-se apenas aos cidadãos, livres e
iguais entre si.

A justiça para Aristóteles é um agir. A justiça,


nesse sentido, é uma virtude que se revela pela
ação. Ex) um juiz que conhece o justo, mas não o
aplica concretamente não é justo.
Equidade => A reflexão aristotélica sobre justiça
culmina no livro V da Etica a Nicomaco, com
exaltação da equidade.

Equidade significaria avaliar o justo no caso


concreto, visto que a lei possui um caráter geral e
abstrato.

Para ele acima da justiça da lei, há justiça do caso


concreto, do bom julgamento de cada caso. A
essa adaptação do geral ao especifico dá ele o
nome de equidade.

Sendo a lei uma previsão ampla, a equidade atua


na omissão dela, estendendo o justo ate as
minúcias.Nesse sentido, dizia o filosofo não pode
ser o homem justo um mero cumpridor cego das
normas, sem se atentar para as especificidades do
caso concreto.Assim,a justiça de Aristóteles é
humana, pois visa entender a fundo cada situação
e, não, mero aplicador da lei como prega os
positivistas.

Por fim, trazendo para o presente as ideias do


filósofo, uma grande colaboração que ele deu foi
fornecer os fundamentos filosóficos para as
AÇÕES AFIRMATIVAS, visto que elas se
assentam na distributividade de bens sociais. i)
cotas, distribuição de medicamentos, etc.

Em sua obra Racionalidade Pratica - livro I


destaca três tipos de raciocínio, o prático, o teórico
e o poiético (ou das artes).

Raciocínio prático => Se atém a forma (formula).


Parte de uma abstração, cujo resultado será
sempre o mesmo (certeza). Conhecimento
científico Ex) a matemática 2+2=4

Raciocínio teórico => aqui entra o Direito. Leva em


consideração a matéria e a vontade do agente. O
agir prático em relação ao outro (alteridade). Ex)
homicídio 6-20anos.

As penas mudam de caso para caso, isso devido à


valoração da matéria. Ex) Agravante. Quem vai
ponderar isso? O juiz. Então, necessariamente, a
pena será imposta, mas o quantum dela vai variar
dentro da discricionariedade do juiz. Claro que
dentro dos limites da lei. O juiz aqui é reconhecido
pela sua capacidade de agir com relação ao outro
e não de abastrair (caso contrário a pena seria
sempre a mesma).

Racionalidade poiética=> leva em consideração a


obra criada/ coisa exterior.Ex) um arquiteto é
reconhecido pela sua obra.

Idade Média

 História

Alguns preconceitos desse período merecem


destaque:

- Id. Média como a Idade das Trevas


(violento/corrupto). Isso ocorreu pode-se dizer
com mais ênfase no sec. XX e não aqui.

Pelo contrario, foi nesse período que coisas


boas surgiram como as grandes religiões a
islâmica e a ortodoxa, as universidades, os
hospitais, musica, etc.

- Idade Média como a Idade bela (visão


romântica). Onde não havia problemas. Todos
eram felizes, viviam no campo...
Visão equivocada, pois houve
servidão/inquisição, p.ex.
Filosofia medieval
1. Santo Agostinho de Hipona (354 - 430)

Um dos precursores do movimento chamado


PATRÍSTICA (pais da igreja católica), aqueles que
desenvolveram os fundamentos da igreja católica
romana.
Afriacano.
Por um tempo foi maniqueísta (religião, onde o
bem estava na alma e o mal no corpo)
Mais tarde converteu-se ao cristianismo e aos 37
anos tornou-se sacerdote.
Influenciado por Platão (mundo das ideias), porem
o enxerga de maneira cristianizado.
- critica feita a Platão: Pela razão, somente, não
se chega a verdade. É preciso ter fé.
Observe a relação de Agostinho com a igreja
católica: bem x mal
 Justiça ? Defendia uma concepção de justiça na
qual tudo estava baseado na dicotomia
bem/mal, alma/corpo, divino/humano,
absoluto/relativo etc. Assim, se a lei humana se
encontrasse desenraizada de sua origem, seu
destino só pode ser o erro e o mau governo das
coisas humanas. Se o homem, por outro lado,
se deixar inspirar divinamente, seus atos e
instituições prosperarão. Não pecará.

 Problema central da filosofia medieval:


FÉ x Razão
Verdade está na fé.
A fé nos ilumina, nos leva a verdade Ampara a fé

- Seus pensamentos podem ser divididos em 6


ideias:

1°- Anterioridade do amor


Quando o homem estava no pecado ele estava
buscando o amor. Ou seja, antes de encontrar
Deus, buscava-se o amor nos vícios terrestres.
Porem, o amor verdadeiro só existe ao encontrar
Deus.
2°) Por que o cristão é mais livre que o
pagão?Qual é a idéia de liberdade no
cristianismo?
Liberdade => fazer o que se quer fazer.Nossa
vontade e desejos nos inclina a fazer o que nos dá
vontade.
Difere
Liberdade para os cristãos => a religião nos
libertaria desses desejos, o que nos impediria de
cairmos no pecado.
3°) A fé precede a razão
A fé ilumina a razão e nos leva a verdade absoluta
(‘’iluminação de Sto Agostinho”)
A razão não é por ele desvalorizada. Mas, sozinha
é incompleta, não é nada.A fé que está na alma
humana iluminara a razão.
4°) Se Deus é perfeito, por que existe a maldade
no mundo?
Mal? Não é / não é substancia/ não foi criado por
Deus
Física = frio? Ausência de calor
= escuro? // de luz.
Logo, a maldade não é criada por Deus.
5°) O que Deus fazia antes de criar o mundo? Por
que ele criou o mundo?
“ANTES de Deus criar o mundo.. => não existiu o
antes, pois não existia o tpo, pois este foi criado
por Deus.
E como não existiu o antes, não houve motivo.
O mundo foi criado por ato livre do amor de Deus.
6°) Historia não é cíclica, como dizia Aristóteles.
Para Agostinho ela tem inicio- meio- fim.
Como principio dos homens tem-se o pecado
original – Cidade dos homens - , com o encontro
com Deus caminhamos para a Cidade de Deus
(juízo final).
 Justo?
O justo para ele é uma graça divina e, portanto é
imutável. Nesse sentido, seus conteúdos de
justiça e injustiça são os mesmos para todos os
povos e tempos. A lei seria reta e eterna, já que
viria de Deus.
Em suma para Agostinho a fé é o meio
fundamental de acesso a virtude e ao justo.
2. Tomás de Aquino

Separa fé da razão. Por meio da razão ele buscou


mostrar a fé.
Ideia de Deus é confusa, daí a importância de se
pensar com a razão, para compreender a
existência de Deus.
Tomas de Aquino é um neoaristotélico. Ele foi o
grande expoente da ESCOLÁSTICA, um
movimento de racionalização do cristianismo com
forte ênfase na dialética como método de
conhecimento.

Em sua obra magna, a Suma Teológica, São


Tomás partiu do pensamento Aristotélico,
admitindo uma ordem natural do mundo,
abaixo da ordem divina. Foi um teórico da
igreja católica responsável por reabilitar a
razão e a ciência como preocupações
fundamentais. Dessa forma, para Tomas os
atos e a razão passam a ter papel relevante.De
modo, que a fé e razão se dialogam numa
relação de complementaridade.
Justiça? Realização do bem comum. Para ele, o
papel do Estado é realizar o bem comum. Se não
promover esse objetivo, não pode ser considerado
como uma forma justa de organização do poder
político.
 Para Tomas de Aquino existem leis:

a- Divinas – criadas por Deus. Só ele conhece.


b- Universeais – leis eternas que se perpetuam no
tempo. Ex) as arvores crescem. Chove. Os
animais se reproduzem, etc.
c- Natural – Inscrição divina dentro de nós, que
nos faz desejar o bem e evitar o mal. Buscamos
sempre nos comportar fazendo o bem. É natural,
pois é da essência do ser humano criado POR
DEUS. Ser humano tende a criar boas leis.
d- Humana- leis criadas pela convenção humana
de como devemos nos organizar em comunidade.
Ex) Brasil todos motoristas dirigem na esquerda.

A fonte do bom e justo passa a ser fruto da razão.


Ex) Os dtos humanos, a dignidade da pessoa
humana, igualdade, por exemplo, são frutos da
nossa razão e não de Deus.
Ex) o mais importante para o dto é proteger a
vida? Vcs concordam? Sim, pelo fundamento da
razão. Foi Deus quem deu essa razão? Não.
A razão humana nos dá o padrão do
comportamento, do justo e bom.
Ética: ser ético é agir de acordo com os padrões
divinos (ética teocêntrica).
A Teoria do duplo efeito é uma tese da filosofia
moral, normalmente atribuída a São Tomás de
Aquino. Ela visa explicar em que circunstâncias é
permitido tomar uma ação tendo ao mesmo tempo
consequências positivas e negativas (ou seja, um
duplo efeito). Ela enuncia diversas condições
necessárias para que uma ação possa ser
moralmente justificada mesmo quando comporte
um efeito ruim:
 A ação deve ser ela mesmo boa ou
moralmente neutra;
 O efeito positivo deve resultar do ato e não
do efeito negativo;
 O efeito negativo não deve ter sido
diretamente desejado, mas deve ter sido previsto
e tolerado;
 O efeito positivo deve ser mais forte que o
negativo, ou ainda, ambos devem ser iguais.
Em suma, esta tese sustenta que existem
situações onde é justificado produzir uma
consequência ruim se ela é apenas um efeito
colateral da ação e não intecionalmente buscado.
Um submarino é torpedeado em uma guerra. Um
dos compartimentos começa a encher-se de água.
O comandante imediatamente manda que fechem
a escotilha, a fim de que a água não invada o
restante da embarcação. Ao fazer isso, porém,
dez tripulantes que estavam no compartimento
torpedeado morrem afogados.
A ação de fechar a escotilha não é má em si, e
nem sequer é praticada com má intenção. No
entanto, ela terá como efeito inevitável a morte de
dez tripulantes daquele compartimento, que serão
afogados. A morte desses inocentes, causada
indiretamente, não é um “meio” de salvar a
embarcação. O meio é o fechamento da escotilha.
Se, absurdamente, o comandante mantivesse a
escotilha aberta, mas mandasse matar os dez
tripulantes, não salvaria o submarino. Nesse
exemplo, jamais se pode dizer que a salvação do
submarino se deu por meio da morte de dez
inocentes. A distinção entre meio e efeito é
fundamental para que se resolvam certas
questões cruciais da Bioética e do Biodireito.
Muitos de nossos atos bons produzem efeitos
maus indesejados, mas inevitáveis. Ao tomarmos
uma aspirina para curar uma dor de cabeça,
podemos causar dano ao estômago. Ao
corrigirmos o próximo, às vezes ele se sente
humilhado ou envergonhado.
A questão do duplo efeito foi, inclusive,
expressamente invocada no julgamento sobre o
direito de greve dos servidores públicos:
EMENTA: RECLAMAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
POLICIAIS CIVIS. DISSÍDIO COLETIVO DE
GREVE. SERVIÇOS OU ATIVIDADES PÚBLICAS
ESSENCIAIS. COMPETÊNCIA PARA
CONHECER E JULGAR O DISSÍDIO. ARTIGO
114, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
DIREITO DE GREVE. ARTIGO 37, INCISO VII,
DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. LEI N. 7.783/89.
INAPLICABILIDADE AOS SERVIDORES
PÚBLICOS. DIREITO NÃO ABSOLUTO.
RELATIVIZAÇÃO DO DIREITO DE GREVE EM
RAZÃO DA ÍNDOLE DE DETERMINADAS
ATIVIDADES PÚBLICAS. AMPLITUDE DA
DECISÃO PROFERIDA NO JULGAMENTO DO
MANDADO DE INJUNÇÃO N. 712. ART. 142, §
3º, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO.
AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395.
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
PARA DIRIMIR CONFLITOS ENTRE
SERVIDORES PÚBLICOS E ENTES DA
ADMINISTRAÇÃO ÀS QUAIS ESTÃO
VINCULADOS. RECLAMAÇÃO JULGADA
PROCEDENTE. 1. O Supremo Tribunal Federal,
ao julgar o MI n. 712, afirmou entendimento no
sentido de que a Lei n. 7.783/89, que dispõe sobre
o exercício do direito de greve dos trabalhadores
em geral, é ato normativo de início inaplicável aos
servidores públicos civis, mas ao Poder Judiciário
dar concreção ao artigo 37, inciso VII, da
Constituição do Brasil, suprindo omissões do
Poder Legislativo. 2. Servidores públicos que
exercem atividades relacionadas à manutenção
da ordem pública e à segurança pública, à
administração da Justiça --- aí os integrados
nas chamadas carreiras de Estado, que
exercem atividades indelegáveis, inclusive as
de exação tributária --- e à saúde pública. A
conservação do bem comum exige que certas
categorias de servidores públicos sejam
privadas do exercício do direito de greve.
Defesa dessa conservação e efetiva proteção
de outros direitos igualmente salvaguardados
pela Constituição do Brasil. 3. Doutrina do
duplo efeito, segundo Tomás de Aquino, na
Suma Teológica (II Seção da II Parte, Questão
64, Artigo 7). Não há dúvida quanto a serem, os
servidores públicos, titulares do direito de
greve. Porém, tal e qual é lícito matar a outrem
em vista do bem comum, não será ilícita a
recusa do direito de greve a tais e quais
servidores públicos em benefício do bem
comum. Não há mesmo dúvida quanto a serem
eles titulares do direito de greve. A
Constituição é, contudo, uma totalidade. Não
um conjunto de enunciados que se possa ler
palavra por palavra, em experiência de leitura
bem comportada ou esteticamente ordenada.
Dela são extraídos, pelo intérprete, sentidos
normativos, outras coisas que não somente
textos. A força normativa da Constituição é
desprendida da totalidade, totalidade
normativa, que a Constituição é. Os servidores
públicos são, seguramente, titulares do direito
de greve. Essa é a regra. Ocorre, contudo, que
entre os serviços públicos há alguns que a
coesão social impõe sejam prestados
plenamente, em sua totalidade. Atividades das
quais dependam a manutenção da ordem
pública e a segurança pública, a administração
da Justiça --- onde as carreiras de Estado,
cujos membros exercem atividades
indelegáveis, inclusive as de exação tributária -
-- e a saúde pública não estão inseridos no
elenco dos servidores alcançados por esse
direito. Serviços públicos desenvolvidos por
grupos armados: as atividades desenvolvidas
pela polícia civil são análogas, para esse efeito,
às dos militares, em relação aos quais a
Constituição expressamente proíbe a greve
[art. 142, § 3º, IV]. 4. No julgamento da ADI 3.395,
o Supremo Tribunal Federal, dando interpretação
conforme ao artigo 114, inciso I, da Constituição
do Brasil, na redação a ele conferida pela EC
45/04, afastou a competência da Justiça do
Trabalho para dirimir os conflitos decorrentes das
relações travadas entre servidores públicos e
entes da Administração à qual estão vinculados.
Pedido julgado procedente.

(Rcl 6568, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal


Pleno, julgado em 21/05/2009, DJe-181 DIVULG
24-09-2009 PUBLIC 25-09-2009 EMENT VOL-
02375-02 PP-00736)

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