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Informatização dos Processos de Coleta e Análise de Dados de Pesquisa de Demanda Turística View project
All content following this page was uploaded by Alessandro Vivas Andrade on 05 February 2018.
1ª Edição
Belo Horizonte
Poisson
2018
Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade
Conselho Editorial
Formato: PDF
ISBN: 978-85-93729-39-3
DOI: 10.5935/978-85-93729-39-3.2018B001
CDD-658.8
www.poisson.com.br
contato@poisson.com.br
Apresentação
Na dinâmica da competitividade e efetividade da “Gestão da Produção”
destacam- se cada vez mais tópicos inerentes à busca pela excelência em
resultados econômicos e financeiros das organizações privadas e públicas.
Editora Poisson
Fashion click: um estudo do comportamento dos consumidores que
Capítulo 1 :
adquirem moda por meio do e-commerce ...........................................................................
8
(Vanessa Stoll, Gabriela Cappellari, Luciano Zamberlan, Ariosto Sparemberger)
Capítulo 18 : Estudo de caso em um centro de distribuição utilizando teoria das filas ............................
218
(Juliano Resende Bucchianeri, Nilson Carvalho Da Mata, Clarimar José Coelho)
Autores ........................................................................................................................................................
273
8
FASHION CLICK:
UM ESTUDO DO
COMPORTAMENTO DOS
CONSUMIDORES QUE
ADQUIREM MODA POR
MEIO DO E-COMMERCE
Vanessa Stoll
Gabriela Cappellari
Luciano Zamberlan
Ariosto Sparemberger
RESUMO
O objetivo da presente pesquisa é conhecer o comportamento do consumidor da região
noroeste do estado do Rio Grande do Sul, que realiza compra de produtos de moda
pelo comércio eletrônico, obtendo informações referentes aos atributos considerados
importantes na decisão da compra. O estudo foi qualitativo, de natureza exploratória e
descritiva. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas. Os participantes do
survey foram escolhidos por meio de uma amostragem não-probabilística, por conve-
niência, totalizando 496 sujeitos. Os dados foram tabulados e analisados estatistica-
mente com o intuito de construir uma análise mais evidente sobre o comportamento
dos consumidores virtuais no consumo de moda. O estudo revela que os consumidores
procuram por um conjunto de benefícios na hora da compra, tais como preço, condi-
ções de pagamento, descontos, promoções, prazo de entrega, marca e diversidade de
produtos disponíveis. Logo, a empresa que melhor apresentar elementos e que satis-
façam a necessidade e o desejo procurado, obtém bons negócios.
Palavras-chave
dos desejos das pessoas, à medida que compra dos consumidores é influenciado
cresce, a criança adquire certos valores, por vários fatores internos e externos.
percepções, preferências e comporta- Churchill e Peter (2000) consideram no
mentos de sua família e de outras institui- processo de compra do consumidor influ-
ções; (ii) fatores sociais: são influenciados ências sociais e influências situacionais. Já
por grupos de referência, família, papéis para Engel, Blackwell e Miniard (2000) as
sociais e status.; (iii) fatores pessoais: variáveis que influenciam no processo de
idade e estágio no ciclo de vida, ocupação, decisão de compra encontram-se divididas
circunstâncias econômicas, personali- entre as influências ambientais, diferenças
dade e valores; e (iv) fatores psicológicos: individuais e fatores pessoais.
motivação, percepção, aprendizagem e
Solomon (2008) e Schiffman e Kanuk
memória (KOTLER; KELLER, 2006).
(2000) entendem que o indivíduo, como
Assim, é importante analisar o processo consumidor, sofre influências psicológicas,
decisório de compra, desde o reconheci- pessoais, sociais e culturais. Kotler (1998),
mento do problema até o comportamento por sua vez, corrobora com os princípios
pós-compra, etapa que pode transformá-lo conceituais dos autores anteriormente
em fiel ou não à marca ao longo do tempo. referenciados, considerando fatores psico-
dinâmicos internos e externos que influen-
Para qualquer aquisição, seja ela de valor do consumidor no ato da compra varia de
inferior ou uma aquisição de um produto acordo com o tipo de decisão de compra
com valor mais elevado, requer uma neces- (KOTLER, 1998).
sidade, uma decisão e uma ação para se
Reconhecimento das necessidades: é o
concluir a compra. A tomada de decisão
mações referentes aos atributos conside- mações mais detalhadas, embora sendo
produtos disponíveis. Logo, a empresa que produtos relacionados à moda deve estar
melhor apresentar elementos e que satis- sempre atento às mudanças e aos avanços
questão de falta de tempo. Sendo assim, as terísticas. Logo, as conclusões obtidas não
empresas que desejam oferecer um dife- são generalizáveis e podem não ser comple-
rencial, precisam ter a plena consciência tamente válidas para outros grupos.
FATORES CRÍTICOS
DE SUCESSO E
SEUS CRITÉRIOS DE
IDENTIFICAÇÃO NA
INTERMEDIAÇÃO
DE VALORES
MOBILIÁRIOS DE UM
BANCO COMERCIAL
BRASILEIRO.
Palavras-chave
_ Atuar como uma base para a identifi- um estudo aprofundado e detalhado dos
A compra e a venda podem ser reali- mesmo, o objetivo seja alcançado sem a
zadas pelo próprio cliente por meio do necessidade de retrabalho, de forma mais
Home Broker. Se o cliente não conseguir rápida, eficiente e eficaz. O novo modelo
acessá-lo, ele tem a opção de ligar para a é mostrado na Fig. 3. Para tanto, a ativi-
DTVM, que por sua vez usa um Sistema de dade “2”, de empacotar o formulário, bem
Monitoramento para operar em nome do como seu envio físico, foram eliminadas,
cliente, atendendo, assim, suas ordens de pois julgamos desnecessário o envio de
compra e venda. malotes para a distribuidora, uma vez que
o formulário cadastrado pode, sem perdas
O cliente tem ainda a opção de não operar
em sua autenticidade, ser enviado por
pelo Home Broker. Dessa forma, para
meio de uma rede on-line segura. Suge-
operar, ele optará pela Mesa de Opera-
rimos, nesse caso, que o documento seja
ções da DTVM. A Mesa é uma maneira que
escaneado e enviado pela rede segura.
o cliente tem para operar na Bolsa com o
auxílio dos profissionais da corretora. Ainda com o intuito de reduzir o tempo final
de cadastro, eliminamos o retrabalho reali-
Número de Raias 4 3
Número de Condicionais 10 4
_ Operar via Home Broker ou em nome national Journal of Operations & Produc-
do cliente, via sistema de monitoramento tion Management 26 (5), 558 – 578.
ou sistema de monitoramento mesa, que
[ 4] . Bos, J. W. B., Kool, C. J. M., 2006. Bank
são utilizados pela DTVM para operar em
efficiency: The role of bank strategy and
nome do cliente.
local market conditions. Journal of Banking
O foco nesses fatores críticos e o rearranjo & Finance 30, 1953-1974.
da estrutura organizacional irão simpli-
[ 5] . Bosilj-Vuksic, V. et al., 2002. Assess-
ficar as atividades, reduzir o número de
ment of e-business transformation using
decisões a serem consideradas, reduzir
simulation modeling. Simulation 78 (12),
o número de variáveis desnecessárias,
731-745.
otimizar o processo com redução do tempo
necessário desde o cadastro do cliente até [ 6 ] . Chaffai, M. E., Dietsch, M., Lozano-
o momento em que este começa a operar -Vivas, A., 2001. Technological and envi-
na bolsa etc. ronmental differences in the european
banking industries. Journal of financial
Assim sendo, esperamos que a proposta
services research 19 (2), 147-162.
deste artigo e os resultados aqui demons-
trados possam ser utilizados futuramente [ 7] . Chang, T., Chiu, Y., 2006. Affec-
por gestores e empresários ou abordados ting factors on risk-adjusted efficiency in
por acadêmicos que se proponham a Taiwan’s banking industry. Contemporary
utilizar tais conceitos em diferentes áreas, economic policy 24, 638-648.
ou expandi-los para diferentes instituições
financeiras de diferentes localidades, com [ 8] . Chen, K., 2012. Incorporating risk
a intenção de expandir o conhecimento e input into the analysis of bank producti-
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APLICAÇÃO DOS
CONCEITOS DA
METODOLOGIA
BUILT IN QUALITY
(BIQ) EM UMA
EMPRESA DO SETOR
METALOMECÂNICO
RESUMO
A busca por posições em um mercado cada vez mais competitivo tem proporcionado
uma busca cada vez mais competitiva entre as empresas, que para ser manterem
no mercado deve estar sempre executando melhorias, com base em ferramentas
e métodos, que auxiliem na melhoria de seu processo produtivo. Neste contexto, o
presente artigo tem a finalidade de realizar a implantação da metodologia Built in
Quality (BIQ) no processo de uma empresa fabricante de sidecars, localizada na cidade
de Patos de Minas, no estado de Minas Gerais, que para fins de confidencialidade da
mesma, designar-se-á, no presente artigo como Empresa Gama. Por isso, a fim de
tornar a concretização visível aos colaboradores da empresa, nessa análise foi utilizado
formulários de maneira descritiva e qualitativa, pois essas formas pesquisa permitem
maior interação com o cotidiano da linha de produção organizacional. Tendo em vista
a busca constante dos empreendimentos por soluções eficientes e definitivas para as
dificuldades encontradas no cotidiano do ambiente industrial, a metodologia BIQ tem
se tornado um instrumento de grande utilidade para o mercado, uma vez que permite
a solução e a extinção de gargalos ao mesmo passo que evita a expansão de problemas
que se originam da sua não prevenção.
para o crescimento das companhias. Nesta mente foram elaborados para transportar
nova etapa do mercado, se torna neces- diversos produtos, dando maior como-
sário que as empresas adotem uma visão didade ao cotidiano da sociedade. Para
mais abrangente quantos aos aprimora- Miranda (2012) os primeiros tipos sidecar
mentos que ocorrem na produção, e com foram desenvolvidos pelo exército alemão
para com o seus concorrentes. mais eficiente e com uma quantidade maior
de soldados do Eixo para combater nas
De acordo com Gonçalves (2000) “o futuro linhas de frente contra o exército Aliado.
vai pertencer às empresas que conseguirem
explorar o potencial da centralização das Neste contexto, o presente artigo tem a fina-
processos”. Logo, para garantir melhores logia Built in Quality (BIQ) no processo de uma
namento que lhe promova um processo de Minas Gerais, que para fins de confidenciali-
melhoria contínua, não somente para sobre- dade da mesma, designar-se-á, no presente
viver, mas para obterem destaque nesse artigo como Empresa Gama. Desta maneira,
Mode and Effects Analysis), pois para Stamatis ções e, auxiliem desta forma, na redução de
(2003) esta ferramenta permite a classifi- defeitos existentes na linha de produção.
cação das falhas pelo grau de incidência,
Hraqdesky (1997) salienta que a finalidade
além de demonstrar também um conjunto
da Gestão da Qualidade pode ser visua-
de ações e recomendações que serão essen-
lizada como tornar os processos produ-
ciais para eliminar os problemas existentes
tivos mais eficientes e voltados à melhoria
na linha de produção da organização.
contínua do produto. A melhoria continua
pode ser visualizada com uma filosofia que
2.GESTÃO DA QUALIDADE tem como princípio a produção com quali-
A Gestão da Qualidade está focada no prin- efetiva entre o capital intelectual (Recursos
cípio da melhoria contínua, e para se alcançar Humanos), o Fornecedor, o Trabalho em
tal realização, é necessário que se haja a inte- Equipe com o Planejamento Estratégico e
gração de ações intermediárias na conexão Liderança, pois através deste estilo de gestão
é possível obter uma melhoria na gestão Oliveira (2008) salienta ainda que a filosofia
que será compreendida pelos clientes dos do pensamento enxuto tem a finalidade de
produtos desenvolvidos pelo empreendi- identificar e eliminar todos os desperdícios
mento (MOREIRA et al., 2015). existentes na linha de produção, focando
especialmente nas atividades que agregam
O autor mesmo autor informa ainda Kaizen zacionais e maquinário. O segundo está
pode ser separado em três tipos (Figura 2): relacionado ao método de trabalho e de
orientado para os gestores, para a equipe rotina. E o terceiro atua na melhoria da
e para o colaborador. O primeiro tem seu própria área de trabalho e dos recursos do
objetivo ligado a melhoria nos sistemas processo produtivos.
organizacionais, procedimentos organi-
A Análise de Modos e Efeitos de Falhas, das falhas, sendo eles: o grau de Severi-
ou FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) dade (S) das falhas, a incidência ou a Ocor-
é uma metodologia analítica que permite rência (O) das mesmas e como elas podem
Efeito bastante insignificante, percebido pelo cliente; entretanto, não faz com que
2
o cliente procure o serviço. Baixa
gravidade
Efeito insignificante, que pertuba cliente, mas não faz com que procure o serviço 3
Efeito bastante insignificante, mas pertuba o cliente, fazendo com que procure o
4
serviço
Efeito menor, inconveniente para o cliente, entretanto, não faz com procure o Gravidade
5
serviço moderada
Efeito menor, inconveniente para o cliente, fazendo com que o cliente procure o
6
serviço
Com base nestes três variáveis (Severidade, obter essa priorização é a multiplicação
Ocorrência e Detecção), torna-se possível dos valores obtidos para os três índices
a realização de uma medida que forneça (NPR=SxDxO) e, a partir deste resultado é
prioridade para os modos de falha que calculado o RPN (Risk Priority Number) ou
causam mais risco ao processo produtivo NPR (Número de Prioridade de Risco). O
(STAMATIS, 2003). O método utilizado para quadro 4, fornece a avaliação do NPR.
Médio 50 - 100
informações sobre o funcionamento dos que agreguem valor tanto para gestores e
sidecars e como é realizado o processo de colaboradores quanto para os clientes.
fabricação do equipamentos da organi-
Para desenvolver este estudo e aplicar a
zação. Para Vasconcelos (2009) a execução
metodologia BIQ torna-se indispensável
de uma melhoria que envolva o processo
a elaboração de um banco de dados com
operacional da organização só se torna bem
informações sobre as possíveis causas e
sucedida quanto todos os colaboradores
modos de falhas existentes no processo
entendem os motivos de se realizar uma
produtivo organizacional. Neste sentido,
melhoria no processo produtivo e como ela
a primeira etapa do desenvolvimento
será benéfica para o empreendimento.
desta melhoria foi a de analisar, através do
Desta forma, com base nos esclareci- método FMEA, todos os dados de falhas
mentos adquiridos, foi possível definir os contidos na linha de produção. Esta análise
objetivos estratégicos para a elaboração FMEA foi adquirida através de um levanta-
de uma análise eficiente que beneficiasse mento realizado com a colaboração dos
tanto colaboradores quanto os consu- funcionários e gestores (quadro 1). Todos
midores que adquirem os produtos do os fatores observados foram inseridos em
empreendimento em análise. Para Moreira um quadro que os classifica de acordo
et al., (2015). a implantação de uma meto- com a sua Severidade (S), Ocorrência (O),
dologia referente a qualidade só se torna Detecção (D) e o Número Prioridade de
benéfica para o empreendimento, quando Risco (NPR) – obtido através da equação
são levados em consideração os fatores NPR = S x O x D.
Deste modo, foi possível perceber que problema garantiu uma melhora significa
após a implantação da melhoria os cola- nos sidecars fabricados pela Empresa Alfa,
boradores teriam um respaldo maior além disso pode-se perceber que este
sobre quais atitudes tomar caso ocorresse instrumento será um grande aliado para
algum problema. Esse fator fez com que garantir a melhoria continua no empreen-
se elevasse a motivação dos funcionários, dimento, já que possibilita uma significativa
já que com a experiência adquirida, seria dos riscos existentes na linha de produção,
possível que eles fizessem as escolhas que além de haver restrições quanto às áreas
auxiliassem no aumento da qualidade dos ou setores em que esta metodologia pode
sidecars oferecidos pela organização. ser aplicada.
e definitivas para suas dificuldades encon- cação de estudos desse âmbito em outros
problemas antes que ocorra. São Paulo: in the UK. International Journal of Produc-
IMAM, 1997. tion Research, v. 40, n. 17, p. 4545-4562,
2002.
[23]. ROBLES, A. Jr. Custos da Qualidade:
Aspectos Econômicos da Gestão da Quali-
dade e da Gestão Ambiental, 2003, 2 ed.
68p.
RESUMO
O objetivo do artigo é demonstrar a relação entre as ações planejadas e executadas pela
empresa estudada para aumento da produtividade portuária e a teoria Lean Service,
que vem a ser a adaptação dos princípios enxutos que surgiram da manufatura para
o setor de serviços. A empresa citada neste artigo é um dos principais Terminais de
Contêiner (TECONS) afiliados à Associação Brasileira dos Terminais de Conteiner de Uso
Público (ABRATEC). O principal propósito deste segmento está relacionado à velocidade
das operações, puxado pela exigência do cliente de manter sua embarcação no menor
tempo possível atracada no porto devido aos altos custos incorridos dos atrasos de
cumprimento de suas rotas. Os principais resultados apontam que as ações tomadas
pela empresa para melhoria dos indicadores de produtividade estão diretamente rela-
cionadas à otimização dos processos, e consequentemente ao aumento na velocidade
das operações de embarque e descarga de conteineres.
Palavras-chave
O terminal de contêiner filiado à ABRATEC trado em seu nome mediante aos órgãos
utilizado como referência para esta pesquisa competentes. Eles usufruem dos serviços
evidenciou um aumento de seus índices de de embarque e descarga de contêineres
produtividade a partir do ano de 2007. A prestados pelos portos, e a necessidade
melhoria destes indicadores foi resultado de mais importante deste cliente vem a ser a
um trabalho de planejamento baseado na velocidade destas operações garantindo
utilização da filosofia de melhoria contínua uma a baixa permanência das suas embar-
de Deming, com a utilização de ferramentas cações atracadas no porto, diminuindo
de qualidade para analise e solução de assim os custos de frete e o cumprimento
problemas. Este planejamento resultou em da rota. Desta forma qualidade do serviço
diversas ações que propiciaram o alcance denominado “Embarque ou descarga de
da meta pretendida para os indicadores de contêineres“ está diretamente relacionado
produtividade. Com isto, o objetivo desta a produtividade destas operações.
pesquisa é relacionar as ações implantadas
Os princípios do pensamento enxuto são
pelo terminal estudado com as teorias de
abordados por diversos autores que enfa-
serviço enxuto, que será mais bem explici-
tizam alguns pontos mas possuem visões
tado no capítulo a seguir.
semelhantes, tendo em vista que resul-
tado a ser alcançado é a satisfação do
3. PRINCÍPIOS DO consumidor final com a aplicação e tais
SERVIÇO ENXUTO técnicas. Pesquisas anteriores abordaram
(LEAN SERVICE) o assunto produção enxuta aplicado ao
Existe sempre uma razão por trás da busca setor de serviços, conforme Selau (2009),
por um serviço ou compra de um produto onde pode ser notado em seu trabalho
com a medição dos resultados estatísticos uma discussão para analisar mais detalha-
e históricos do nível de serviço e desem- damente esta conexão, caracterizando o
penho medidos pela ABRATEC, utilizado objetivo exploratório do artigo.
como base para demonstração do desem-
penho do Terminal 1. Os indicadores de 5. RESULTADOS
desempenho portuário identificados na
pesquisa foram a espera para atracação O resultados destes indicadores a partir
(bruta e líquida) e a produtividade (bruta do ano de 2007, manteve o Terminal 1
e líquida). Vale ressaltar que a ABRATEC entre os principais terminais afiliados a
não divulga ao público os resultados dos ABRATEC com os melhores resultados em
indicadores dos portos filiados. Frente a produtividade, ou seja, um dos melhores
esta restrição optou-se por não explicitar o TECONS em produtividade do Brasil. O que
nome dos demais terminais utilizados para alavancou a produtividade do Terminal
realizar o comparativo entre os índices 1 foi a elaboração de um planejamento
de produtividade com os resultados do para tratamento da problemática de baixa
terminal estudado, dificultando também o produtividade através da metodologia de
aprofundamento da análise e um melhor melhoria continua de Deming em conjunto
detalhamento das informações. com a utilização das ferramentas de quali-
dade, possibilitando a identificação das
Em seguida, foi realizado o modelagem dos causas que impediam o bom nível de
processos operacionais que influenciam serviço do terminal.
diretamente nos indicadores de produtivi-
dade de contêineres do terminal estudado Seguindo os critérios estabelecidos na
no modelo de macro fluxogramas elabo- seção anterior, foi realizado um estudo
rados a partir de levantamento dos proce- de caso com o intitulado nesta pesquisa
dimentos operacionais, possibilitando a de “Terminal 1“, um dos principais termi-
identificação de desvios ocorridos nas nais de contêiner brasileiros afiliados à
atividades e levantar as ações planejadas ABRATEC. Primeiramente vem demonstrar
pelo Terminal 1 para melhoria dos indica- no Quadro 1 as principais causas do baixo
dores de produtividade. A partir da iden- atendimento dos indicadores da ABRATEC
tificação das perdas, foram sumarizadas pelo Terminal 1, priorizadas através da
as ações implementadas pela empresa ferramenta GUT (Gravidade, Urgência e
estudada, considerando as informações Tendência) e RAB (Rapidez, Autonomia e
referente ao projeto implantado no ano Benefício).
de 2006 para melhoria dos indicadores de
produtividade para desta forma analisar
as relações entre tais ações executadas
e as técnicas de produção enxuta adap-
tadas ao setor de serviços, bem como seus
respectivos autores. Por fim, foi realizada
4 Dispersão do pátio 21 27 48
Definir quantidade
Inexistência de máxima de carretas Padronizar procedimentos SWANK (2003)
controle de entrada e por setor e criar
2 Portaria (Gate)
saída de caminhões procedimento para
Alinhar todos os passos de uma
pelos gates controle de entrada e WOMACK;JONES (1994)
atividade em um fluxo contí nuo
saída de carretas.
Falta de
Realizar treinamentos Padronizar procedimentos SWANK (2003)
concientização da
Embarque e e campanha focando a
6.3 atualização das
utilizando correta da Eliminar loopings entre atividades
SWANK (2003) / JONES (2006)
Descarga
movimentações de
ferramenta de trabalho SÁ NCHEZ;PÉ REZ (2004) /
contêiner no sistema Eliminaç ã o de perdas BOWEN;YOUNGDAHL (1998)
Definir limite de
programação de Puxar ao invé s de empurrar Å HLSTRÖ M (2004)
Planejamento
recepção e formalizar
Outbound
Demanda de serviços pedido de serviço do Padronizar procedimentos SWANK (2003)
6.4 de recepção mal cliente via e-mail
dimensionada
Puxar ao invé s de empurrar Å HLSTRÖ M (2004)
Planejamento Formar parcerias com
Outbound Armadores
Padronizar procedimentos SWANK (2003)
Falta de cumprimento
Falta de cumprimento
do prazo limite para Planejamento
7 do Dead Line do Padronizar procedimentos SWANK (2003)
recebimento da carga Outbound
Terminal 1
(Dead Line).
não condizia com o registro realizado limite para recebimento da carga (Dead
pelo técnico responsável pelo acompa- Line) no terminal para embarque no navio
nhamento das movimentações no pátio, para o qual estava programado. Para
justificando a utilização incorreta dos tratamento deste desvio, foi padroni-
coletores de dados (equipamento portátil zado prazo limite de programação antes
utilizado para registro eletrônico das movi- do Dead Line. O limite para programação
mentações ocorridas durante a operação), passou a ser de 6h. Além disso, passou-se
onde os operadores e técnicos não atua- a observar e praticar o início da operação
lizavam os movimentos no sistema. Para do navio com 12 horas após o Dead Line,
tratamento destes desvios, foi criado um havendo flexibilidade mediante análise de
controle de registros de remoções por todos os riscos e conseqüências do não
operador facilitando a identificação dos embarque dos contêineres com atraso na
contêineres passando a mapear sua nume- entrada, conforme conveniência da gestão
ração, área de origem, destino, data, hora do Terminal 1. Para cumprimento destes
e indicação de quem registrou a movi- prazos, foi necessário formar parceria com
mentação da unidade no pátio, além de os clientes armadores conscientizando os
ser realizada uma campanha com folders, mesmos sobre as conseqüências da falta
banners e propagandas educativas para de padrão gerada pelas constantes modi-
conscientização e treinamento aos execu- ficações dos horários de Dead Line. Como
tores da atividade. Desta forma, como resultado, foram identificados os prin-
resultado foram evidenciados os princípios cípios enxutos na padronização a partir
enxutos referente à eliminação de perdas do cumprimento dos horários de recebi-
de tempo, uma vez que com o registro mento do contêiner com a antecedência
correto da movimentação de contêineres, necessária para serem programados e
não seria mais necessário disponibilizar embarcados, facilitando o planejamento
um técnico de operações a procura do de todo o fluxo outbound, principal-
conteiner no pátio, bem como a eliminação mente o embarque no navio. Além disso,
de loop backs entre as atividades, pois o serviço é executado somente quando
não seria necessário realizar correções no for puxado pelo cliente, a partir do pedido
sistema quanto ao mapeamento de contê- de serviço enviado dentro do prazo fixado
ineres pelos planejadores de pátio. pelo Terminal 1.
tidade máxima de carretas por setor a fim contêineres fora de padrão (OOG): Os
de evitar congestionamento dentro do contêineres fora de padrão ou Out Of Gauge
terminal. Como resultado, foi evidenciado (OOG) são contêineres fora das dimen-
o princípio enxuto baseado no alinha- sões quando comparados uma unidade
mento de todos os passos da atividade em padrão, o que dificulta seu manuseio não
um fluxo contínuo, fazendo aquelas ativi- sendo possível embarcar ou descarregar
dades que criam valor fluírem sem inter- com a utilização do Spreader (disposi-
rupções, retornos, esperas ou fragmentos. tivo de elevação) dos equipamentos para
movimentação de contêineres. Devido a
Mal planejamento da recepção da carga;
suas restrições, a ABRATEC considera sua
Falta de visão logística durante o seqüen-
movimentação para cálculo da produtivi-
ciamento do navio para embarque (Plane-
dade o equivalente à movimentação de 4
jamento de Navio): O planejamento das
(quatro) contêineres padrão. A descarga
operações outbound do Terminal 1 não
ou embarque de um contêiner OOG exige
apresentavam resultados tomando como
um planejamento prévio, pois impacta
base a baixa velocidade das operações
no seqüenciamento e exige materiais
de embarque e descarga de contêineres
como correntes para realizar o engate. O
dos navios. O planejamento para seqüen-
Terminal 1 era penalizado nas operações
ciamento de embarque realizado gerava
que envolviam a movimentação deste tipo
remoções e retrabalhos, paralisações e
de contêineres pois incorriam em horas
perda de tempo. O mal planejamento era
paradas pelo aguardo da disponibilidade
fruto de falta de visão logística por parte
e montagem das correntes no guindaste
dos planejadores navio, considerando
por falta de planejamento prévio. Foi
que a atividade era seguida por procedi-
tomado como medida para solução deste
mento que dificultava a elaboração de um
problema, a criação de procedimento para
seqüenciamento adequado. Como solução
descarga e embarque de contêineres OOG
para melhoria do seqüenciamento de
identificando este tipo de movimentação
embarque de contêineres, o procedimento
com antecedência possibilitando o plane-
da atividade foi revisado e os executores
jamento e a alocação de recursos neces-
treinados, proporcionando maior nível de
sários. Como resultado, pode ser obser-
detalhamento e visão logística com foco na
vado a diminuição da perda de tempo
produtividade. Como resultado, foi identifi-
durante a descarga de contêineres fora de
cada a redução de retrabalhos, maior apro-
padrão, evidenciando o princípio enxuto
veitamento do tempo operacional, eviden-
de eliminação de perdas e o não desper-
ciando os princípios enxutos de eliminação
dício do tempo do consumidor, uma vez
de perdas, loopings entre as atividades
que o cliente Armador busca manter sua
e melhoria contínua através do foco na
embarcação atracada no menor intervalo
melhoria dos indicadores de produtividade.
de tempo possível.
busca o melhor resultado possível neste Basis of an Adopted Yard Handling System.
sentido, evitando perdas. Além disto, para Transport Reviews, v. 25, n. 2, p. 181-199,
[1 0]. KIM, K.H. ; PARK, Y.M. ; JIN, M.J. An [ 1 8] . WOMACK, J. P.; JONES, D. T. From
optimal layout of container yards. OR Spec- Lean Production to the Lean Enterprise.
trum, v. 30, p. 675-695, 2007. Harvard Business Review, v. 72, n. 2, p.
93-103, 1994.
[1 1 ]. LI, C.L. ; VAIRAKTARAKIS, G.L. Loading
and unloading operations in container [ 1 9 ] . WOMACK, J. P.; JONES, D. T. Lean
terminals. IIE Transactions, v. 36, p. Consumption. Harvard Business Review,
287-297, 2004. v.83, n. 3, p. 58-69, 2005.
RESUMO
O concreto é o material mais utilizado na construção civil no Brasil, correspondendo a 90% dos
materiais usados no setor. Possuindo a capacidade de incorporar materiais em sua compo-
sição. A proposta de se integrar embalagens metalizadas, tipo BOPP, no concreto surgiu
devido a estas embalagens serem muito utilizada pela população, e não apresentar uma
destinação final ambientalmente adequada. Sendo o BOPP (Bi-axially Oriented Polypropylene)
um termoplástico, caracterizado por sua alta viscosidade, alta reciclabilidade e fácil limpeza e
tratamento. Assim sendo, analisou-se como o BOPP poderia ser acrescentado ao concreto,
verificando seu comportamento conjunto, através dos testes de Resistência á compressão e
do Ensaio de absorção. Nos Traços 1, 2 e 3; observou-se que a adição de embalagens provocou
uma redução de cerca de 40 % em sua resistência a compressão em relação ao Traço 0 (sem
embalagem). Quanto a absorção, os Traços 1, 2 e 3, pôde-se observar que quanto maior era
a porcentagem de embalagens BOPP, menor era a sua absorção por capilaridade e maior
a saturação,em relação ao Traço 0. Conclui-se que a adição de embalagens tipo BOPP sem
nenhum tratamento não proporcionaram melhorias ao concreto, sendo a adição de 2,5% a
quantidade que apresentou-se mais viável.
Palavras-chave
O meio ambiente consiste no entorno onde Neste ramo da civil, os sistemas cons-
de maneira integrada com todo o sistema o concreto é o material que faz o papel
opera, incluindo ar, água, solo, recursos Brasil. É um sistema com um custo relati-
naturais, flora, fauna, seres humanos e vamente baixo, com características impor-
suas inter-relações” (ASSOCIAÇÃO BRASI- tantes para uma construção como: a versa-
matéria prima reciclada para o local onde fícios que a utilização destes materiais
Brita 2 18,9
Água 3,24
Confeccionou-se com este traço um total gens de café; Traço 2, com a adição de 5,0%
de 36 corpos-de-prova, divididos em 9 de embalagens de café e o Traço 3, com
para cada ensaio. Foram utilizados três a adição de 7,5% de embalagens de café.
diferentes traços com resíduos, com o Com as porcentagens de resíduo determi-
Traço 0 (sem adição de resíduos) servindo nadas, a confecção dos corpos-de-prova
como referencia aos demais, sendo estes: foi realizada conforme documentado na
Traço 1, com a adição de 2,5% de embala- Tabela 2.
Realizou-se então a moldagem e cura dos ceram até 24 horas antes da data de seus
corpos-de-prova de concreto baseando-se ensaios obtendo as idades de 7, 14, e 28
na NBR 5738/03. Antes do concreto ser colo- dias. Observando as respectivas idades
cado nos moldes, o interior deles foi reves- para a realização de cada teste, foi feita a
tido com uma fina camada de desmoldante, retirada e rompimento destes corpos-de-
procedendo então o adensamento e arra- -prova para os ensaios de compressão axial
samento deste corpo-de-prova, iniciando (NBR 5739/96) e absorção por capilaridade
após estas etapas o processo da cura inicial. (NBR 9779/95) semanalmente, realizando 3
Depois de 24 horas foram retirados dos testes por semana conforme documentado
moldes e colocados em um tanque imerso na Tabela 3, indicando quais corpos e qual
de água para a cura final, onde permane- a idade destes.
Conforme pode ser observado acima, na Quanto aos demais corpos-de-prova, refe-
Tabela 4, o Traço 0 (Traço de referencia) rentes aos Traços 1, 2 e 3; observou-se que
foi o que obteve os maiores valores de a adição de embalagens provocou uma
resistência, chegando aos 15 MPa aos 14 redução de cerca de 40 % em sua resis-
dias de idade, ocorrendo uma queda nesse tência, com o valor total em torno de 7 a 8
valor para 13,47 MPa aos 28 dias, devido a MPa aos 28 dias; notou-se também que as
alguma falha ocorrida na execução destes diferentes quantidades (2,5%, 5% e 7,5%)
corpos-de-prova, o Traço 0 apresentou de embalagens em cada um dos Traços
resultados já esperados dentro das suas não provocaram variações significativas
características, com seus valores variando nas respectivas resistências finais destes
entre 13 e 15 MPa. corpos, conforme amostrado na Figura 3.
da resistência a compressão dos corpos- lista et. al. (2004), utilizando polímeros reci-
gens BOPP, deve-se a dificuldade do mate- esperado para a utilização destes materiais,
veram a saturação constante após um Por meio dos resultados dos ensaios
período de 48 h. Observou-se também que de resistência à compressão axial e de
nos corpos que as embalagens estavam absorção por capilaridade, verificou-se que
presentes (Traços 1, 2 e 3), apesar do índice as embalagens dificultaram a moldagem
de saturação mais elevado, sua ascensão dos corpos-de-prova, pois os resultados
capilar mostrou-se menor que nos corpos foram muito dispersos, dificultando
em que as embalagens eram presentes análises mais aprofundadas.
(Traço 0); esse comportamento deve-se ao
Além disso, ao analisar a resistência à
fato de as embalagens BOPP aumentarem
compressão, verificou-se que a aderência
a presenças dos chamados “vazios” no
entre os componentes do concreto foi
concreto, fazendo com o comportamento
claramente afetada. A inserção das emba-
dos capilares seja menos efetivo e levan-
lagens reduziu a resistência em relação ao
do-o a absolver muita água, prejudicando
Traço 0, em média 40 %.
este concreto, devido a este ficar mais
sujeito a ação da penetração de umidade Já em relação à absorção de água por
no seu interior. capilaridade, verificou-se que a adição de
7,5% de embalagem picotada no concreto,
Este comportamento referente à absorção de
reduziu a sua absorção comparando com
água pelos corpos-de-prova confeccionados
os traços com 2,5% e 5% de embalagens.
com termoplásticos (BOPP, PET e demais
Entretanto, ao comparar com o Traço 0, a
polímeros) também foi observado nos traba-
absorção foi em torno de 15% maior.
lhos de Azevedo et. al. (2016) e Evangelista
et. al. (2004), que apresentaram um compor- Nota-se, por meio dos ensaios realizados
tamento de referente à sua absorção muito que, a inserção de embalagens de café
elevado, em relação ao traço de referencia picotadas sem nenhum tratamento no
destes ensaios, apresentando saturação concreto não resultou em melhorias nas
superior em ambos os casos, com a taxa de propriedades do mesmo. Elas dificultaram
saturação de 5% e 8%, respectivamente. a aderência entre os materiais consti-
tuintes do concreto, além do aumento no
6. CONCLUSÃO número de vazios.
Com este trabalho foi possível conhecer Sugere-se então, para trabalhos futuros, o
melhor as propriedades das embalagens tratamento das embalagens com produtos
metalizadas de café e verificar a dificul- que facilitem sua aderência no concreto ou
dade de reciclagem deste material tão utili- mesmo à transformação das mesmas em
zado no Brasil e no mundo. O intuito inicial pó para se misturar com agregado miúdo.
era verificar a possibilidade da incorpo- Outra sugestão seria a mudança na posição
ração de embalagens de café descartadas da colocação do cimento no preparo do
no concreto. concreto, sendo ele o último elemento a ser
adicionado após a adição das embalagens.
RESUMO
Este trabalho apresenta uma nova meta-heurística para problemas de otimização discreta
(binária) denominada metaheurística vitis vinifera (mhv) que se baseia na organogênese da
videira. Para validação inicial da proposta, foram realizados testes em quatro funções de otimi-
zação bem conhecidas na literatura, onemax e sphere. Os resultados obtidos foram compa-
rados a outras quatro técnicas clássicas bio-inspiradas, a saber, algoritmos genéticos, enxame
de partículas, population-based incremental learning e acasalamento de abelhas. A análise dos
resultados evidencia que a meta-heurística proposta foi bem sucedida e aponta o seu grande
potencial para resolver problemas de otimização, visto que, em todas as funções avaliadas, os
resultados obtidos pela mhv foram competitivos (ou superaram) as outras técnicas tanto em
termos de desempenho (tempo utilizado) quanto em termos de valores alcançados.
Palavras-chave
pode-se citar: Algoritmo Genético (AG) zação binária bem conhecidas na litera-
nibilidade de Água (PALLAS et al., 2010) De forma geral, pode-se dizer que o
alteram o comportamento da Videira e Déficit Hídrico tende a ter praticamente
modelam o seu desenvolvimento. Como o mesmo efeito no desenvolvimento da
consequência, têm-se características bem planta que um aumento na Competição
diferentes em Videiras desenvolvidas em Trófica (PALLAS et al., 2010). Dessa forma,
ambientes diversos (PALLAS et al., 2010). a competição Trófica e a Disponibilidade
Para além dos fatores ambientais, existem, de Água possuem, basicamente, o mesmo
ainda, os fatores artificiais ou humanos, efeito no desenvolvimento da Videira, que
tais como como Enxerto, Poda, Adubação, é a modulação do desenvolvimento de
e Irrigação, que também influenciam e cada Fitômero.
alteram o desenvolvimento da planta.
Considerando os fatores artificiais (ou
Dentre todos os fatores que influenciam humanos), verificou-se que o Enxerto
e alteram o comportamento da Videira, possui grande influência no desenvolvi-
alguns são implementados na MHV. Para a mento da planta (PALLAS et al., 2010), já
seleção destes fatores, foram pesquisadas que tal mecanismo é capaz de criar maior
suas influências no desenvolvimento da variabilidade nas espécies e, por consequ-
planta. Considerando os fatores naturais, ência, garante um maior potencial de adap-
a Temperatura determina o potencial de tação da planta a diferentes ambientes. De
organogênese dos eixos, a Competição forma geral, pode-se dizer que, conside-
Trófica modula o desenvolvimento da rando os fatores ambientais, a Tempera-
Videira, e o Déficit Hídrico do solo reduz a tura e a Competição Trófica ``resumem”
atividade de fotossíntese da planta. o comportamento da planta (PALLAS et al.,
2010). Por sua vez, considerando os fatores
A influência da Temperatura e da Compe-
artificiais, nota-se que o Enxerto é de
tição Trófica ocorrem em todos os estágios
fundamental importância ao desenvolvi-
fenológicos da Videira, ou seja, desde o
mento e adaptabilidade da Videira. Assim,
Repouso Vegetativo, Brotação, Floração,
os fatores considerados para a idealização
Frutificação, Crescimento das Bagas, Matu-
e desenvolvimento da meta-heurística
ração, até a Queda das Folhas (PALLAS et
proposta foram: Temperatura, Competição
al., 2010). Cada estágio fenológico neces-
Trófica, e Enxerto. Estes fatores são, em
sita de uma determinada média de Tempe-
última análise, os principais determinantes
ratura para que a videira possa se desen-
ao desenvolvimento da Videira.
volver e produzir uvas de qualidade, pois
a diferença entre a Temperatura Ambiente
e Temperatura Ideal (de cada estágio)
2.4 A META-HEURÍSTICA
proporciona diversas variações na planta,
VITIS VINIFERA
e a intensidade dessas variações ocorre Para a construção da MHV adota-se que
proporcionalmente a essa diferença um Fitômero é uma solução no espaço
(PALLAS et al., 2010). de busca. Assim como a Videira, a MHV
turas dos ciclos fenológicos, percebe-se que às soluções que receberão o enxerto. Para
a técnica é mais exploratória no começo da se medir esta qualidade, utiliza-se a função
execução enquanto se torna mais conserva- aptidão(x) que mensura o quão bem a
dora à medida em que evolui pelos quatro solução x soluciona o problema de Otimi-
ciclos fenológicos. zação tratado.
meros obtenham características de outras Enxerto (PE) a cada uma destas soluções e
características mais interessantes de cada 21, Red.Vel = 0.9, Red.Ene. = 0.5, Tx.Mut =
abordagem. Os quesitos utilizados são: o 0.01, Met.Sel = torneio (2), Num.Melhoras.
melhor resultado (valor) obtido nas execu- Heurísticas = 100; MHV: NI = 5.000, NF = 20,
ções, o pior resultado (valor) obtido nas TA = 24, VT = 3, PE = 0.6, PIE = 0.01.
execuções, a média de todos os resultados
Para a função One-Max considera-se que N
(valores) obtidos nas iterações, e, por fim,
= 100 e cada pode assumir o valor 0 ou 1.
o tempo médio gasto. Ainda, para padro-
Neste caso, o valor máximo para a função
nizar o uso das técnicas, todas as meta-heu-
é 100 e o valor mínimo é 0. Os resultados
rísticas avaliaram 100.000 soluções a cada
obtidos para a OneMax são apresentados
execução. Os resultados (médias) foram
na Tabela 1.O valor máximo desta função
coletados a partir de 10 execuções conse-
foi encontrado em algumas execuções do
cutivas de cada algoritmo. Os parâmetros
MHV e MBO, contudo, o AG e o PBIL encon-
escolhidos para as técnicas foram: AG:
traram tal valor em todas as suas execu-
Mét.Sel. = torneio (8), Mét.Rec.= 1 ponto,
ções. Apesar deste fato, a MHV obtém
Tx.Rec. = 0.75, Mét.Mut. = bitflip, Prob.
um resultado satisfatório de 98.7 (muito
Mut. = 0.01 PBIL: Tx.Apren. = 0.1, Tx.Mut =
próximo ao ótimo) levando pouco mais de
0.3, Prob.Mut. = 0.01; PSO: Peso do melhor
1s em sua execução; um resultado notável,
estado Atual = 6, Peso do melhor estado
visto que é menos da metade do segundo
Global = 5, Peso de Inércia = 0.05; MBO:
melhor concorrente, a saber o PBIL.
Num.Rain = 3, Num.Trab = 3, Tam.Espe =
Os resultados obtidos a partir dos testes Neste trabalho, a função Sphere foi avaliada
realizados com a função OneMax, como em três dimensões, a saber N=3, N=5, e
pode ser observado na Tabela 1, foram N=10. A medida que a dimensão da função
satisfatórios. O máximo foi encontrado cresce, o espaço de busca também cresce
nas execuções, mesmo não ocorrendo e faz com que a otimização da função se
em todas as iterações, como no AG e no torne mais difícil. Para esta função, inde-
PBIL, porém a média obtida foi boa e com pendentemente do número de dimensões,
o melhor tempo médio de todos os algo- o valor ótimo é 0.Os resultados para N = 3
ritmos analisados, levando pouco mais são apresentados na Tabela 2. Neste caso,
de 1 segundo na execução, um resultado a MHV ocupa a terceira posição, ficando
bastante notável, visto que é menos da atrás do AG e do PBIL, que encontraram o
metade do segundo melhor, a saber o PBIL. ótimo global. O melhor resultado da MHV
[1 8 ]. WESTERKAMP, C. GLOSSÁRIO de
Plantas-com- Flores: forma e função. [s.l:
s.n.].
RESUMO
A evolução da qualidade fez com que as empresas melhorassem cada vez mais produtos e
serviços para atender as exigências dos clientes. Com o intuito de satisfazer as exigências
dos clientes utilizando as ferramentas da Qualidade é proposto a melhoria do processo de
fabricação fazendo o seu mapeamento e identificando falhas e suas causas. A melhoria do
processo será fundamental para aumentar o market share da empresa. Utilizando um estudo
de caso aplicado, exploratório e qualitativo com aplicações das ferramentas da Qualidade:
fluxograma, brainstorming, Ishikawa, 5W2H e o método PDCA em uma Fábrica de Vassouras
Ecológicas. Todas as ferramentas e método utilizados resultaram em um plano de ações a ser
executado para sanar as causas encontradas. Todos os objetivos propostos foram concluídos
e sugestões sobre novos projetos na fábrica como jardim suspenso e automatização dos equi-
pamentos, foram feitas.
89
global do procedimento (DIAS et al, 2015). usado para indicar a relação entre o resul-
tado de um processo e os fatores que o
Santos e Brandão (2014) afirmam que o
causou. Assim é possível indicar as possí-
fluxograma é necessário para a padro-
veis causas de um problema específico
nização e melhor entendimento dos
(BASTIANI, 2013).
processos da empresa. O fluxograma é
uma ferramenta que pode ser utilizada A técnica mais usada segundo Freitas et
em qualquer empresa e em qualquer al (2014) para fazer o diagrama espinha
processo não importando se será usada de peixe é o brainstorming, assim várias
com insumos de materiais ou informa- pessoas com conhecimento no processo
ções já que descreverásequencialmente as irão identificar as causas para determi-
fases operacionais. nado efeito e chegar a um diagnóstico e
uma possível solução.
Com a elaboração do fluxograma e o mape-
amento do processo em fluxo é possível
visualizar claramente todo o processo e
3.5. 5W2H
identificar aperfeiçoamentos como redução Segundo Shingo (1996) a Toyota investiga
de tempo ocioso, ineficiência, gargalos as causas reais dos problemas e não trata
entre outros (DUPPRE et al, 2015). dos sintomas. Sendo assim uma técnica foi
a pergunta “Por quê” repetida cinco vezes.
3.3. BRAINSTORMING Cada fator respondido irá levar cada vez
mais perto da causa do problema. A este
A tempestade cerebral, mais conhecida
método foi inicialmente chamado de 5W1H.
como brainstorming, foi criada com a
intenção de coordenar a participação de um Duppre et al (2015) afirmam que para
seleto grupo de pessoas em uma reunião. detectar as falhas para finalização apro-
(PESSOTTI, CHAGAS e BOA MORTE, 2015). priada dos processos é necessário usar
a ferramenta 5W2H. Essa ferramenta
Duppre et al (2015) comenta que sua
consiste nas respostas das perguntas em
aplicação consiste em diversas pessoas
inglês: What (o quê), Who(quem), When
opinando sucessivamente sobre o tema
(quando),Where (onde),Why (por quê),
a ser abordado, não necessariamente as
How (como), How much (quanto). Essa
ideias ditas precisam ser coerentes uma com
ferramenta permite a melhor averiguação
as outras. O brainstorming é a organização
do problema.
dessas ideias numa tomada de decisão
coerente com a necessidade da empresa. Dias et al (2015) explicam que a ferra-
menta 5W2H é um plano de ação feito em
são parte essencial disso. Elas precisam preparadas para falar sobre a empresa,
negócio dentro da comunidade. O projeto também ser dado a elas, pois elas deverão
da fábrica tem cunho social e divulgar bons utilizar isso para divulgar o próprio trabalho.
Este trabalho concluiu todos os objetivos ser implantado. O fundo da garrafa serve
propostos. Conseguindo mapear todos os para fazer porta-trecos que pode ser vendido
processos da fábrica com ajuda dos inte- e gerar mais renda para as colaboradoras.
grantes da Midas e participantes da fábrica. Além disso, se houver alguma garrafa que
Identificando as duas principais falhas exis- não possa ser utilizada ela poderá ser feita
REFERÊNCIAS org.br/biblioteca/TN_STO_207_232_27138.
pdf>. Acesso em: 15 mar. 2016.
[1 ]. BASTIANI, J. A. Mapeamento da gestão
do conhecimento por meio das ferra- [ 5] . FONSECA, A. V. M.; MIYAKE, D. I.
mentas da gestão da qualidade em micro Uma análise sobre o Ciclo PDCA como um
PG_PPGEP_M_Bastiani,%20Jeison%20 biblioteca/enegep2006_tr470319_8411.
mar. 2016.
[ 6 ] . FREITASet al. Aplicação das ferra-
quality handbook. 5. Ed. New York: NHARIA DE PRODUÇÃO, 34. 2014, Curitiba.
McGraw-Hill, 1998. 1730 p. Disponível em: Anais. Paraná: ENEGEP, 2014. Disponível
RESUMO
A proposta deste artigo é identificar aspectos relevantes relacionados à Gestão Estratégica
tendo como base a revisão da literatura, desta forma, possibilitar a elaboração de uma proposta
de modelo para auxiliar na elaboração e gestão estratégica de portos e terminais portuários,
visto tratar-se de um tema não muito difundido e estudado no meio acadêmico. Inicialmente é
apresentada a origem histórica e evolução da estratégia e apresentadas metodologias usadas
como proposta. A metodologia apresentada está baseada em duas vertentes, no processo de
planejamento estratégico do negócio apresentado por Kotler (1999) e no PDCA.
Palavras-chave
exemplo os citados por MINTZBERG, AHLS- Ainda Mintzberg (1998) afirma que existem
TRAND e LAMPEL (2000): duas visões opostas da estratégia: uma
mecânica (construída em laboratório, ou
a) A estratégia é um plano que indica uma
melhor, dentro da firma construída por
direção, um guia de ação para o futuro;
pessoas especializadas e formada para
Por fim o modulo “A” ou “ACT” em inglês o Para melhor visualizar o ciclo PDCA no
qual significa “Atuar”. É caracterizado pelo auxilio da gestão da qualidade, incluindo
processo de padronização das ações execu- também métodos de gestão sendo algumas
tadas, cuja eficiência foi verificada na etapa normas de qualidade, em particular a ISO
anterior objetivando a melhoria contínua ou 9001:2000, apresentado por Nascimento
no caso desta pesquisa a eficiência da estra- (2011) como mostra a figura 04.
economia nacional e contribuem para o geiros assim como cargas e seu armazena-
trafego marítimo”. mento, cujo trafego e operações estejam
sob jurisdição da autoridade portuária,
Então os terminais portuários instalados
destinadas ou provenientes de transporte
dentro de um porto ou que fazem parte
aquaviário”. E os terminais portuários são:
dele, seja ele porto organizado ou não, ou
“instalação portuárias localizadas dentro
uma associação dos dois sistemas, tem
de um porto, onde é explorado mediante
como função principal: “ser um entreposto
autorização, poderá estar localizado fora
de mercadorias, em que se realizam ativi-
ou dentro da área do porto organizado e
dades como: aduaneiras, alfandegárias,
são utilizados para operações de carga e
comerciais, sanitárias, tributárias, etc.”
descarga de mercadorias em embarcações
(COLLYER, apud Souza Jr. 2010).
de navegação marítima”.
Fonte: Adaptação de Souza Jr, Ferreira Jr. & Prada (2008); Silveira et al (2012).
[7]. KOTLER, Philip. Marketing para [ 1 4] . SOUZA Jr., FERREIRA Jr. & PRADA;
o século XXI: como criar, conquistar e Análise da eficiência dos portos da região
dominar mercados. São Paulo: Futura, Nordeste do Brasil baseada em Análise
1999. Envoltória de Dados. SISTEMAS & GESTÃO,
v.3, n. 2, p.74-91, maio a agosto de 2008.
[8]. MINTZBERG, Henry. A criação arte-
sanal da estratégia. In: MONTGOMERY, [ 1 5] . SOUZA Junior, J. N. C. (2010).
Cynthia A.; PORTER, Michael E. (Orgs.). Avaliação da eficiência dos portos utili-
Estratégia: a busca da vantagem compe- zando análise envoltória de dados: estudo
titiva. Rio de Janeiro: Campus, 1998. p. de caso dos portos da região nordeste
419-437. do Brasil. Fortaleza, 2010. Dissertação
de Mestrado. Programa de Mestrado em
[9 ]. MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND,
Engenharia de Transportes, Universidade
Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de Estra-
Federal do Ceará, Fortaleza, CE, 89 fls.
tégia: um roteiro pela selva do planeja-
mento estratégico. Porto Alegre: Bookman, [ 1 6 ] . PETERS, T. O círculo da inovação.
2000. São Paulo: Harbra, 1998.
RESUMO
Sabendo-se que dentro de uma organização, a saúde e segurança do funcionário são de
extrema importância para o bem estar de todos e a competitividade da empresa no mercado
de trabalho, esse artigo visa demonstrar como a organização saint gobain conseguiu reduzir
em 90% o número de ocorrências de acidentes ocasionados durante a rotina de trabalho.
Através da aplicação de um diálogo diário de segurança (dds), foi possível obter essa mudança
significativa em poucos meses. O dds trata-se de uma conversa realizada diariamente entre o
líder e a sua equipe, com o intuito de conscientizar os funcionários e prevenir acidentes. Além
de ser uma ferramenta simples e eficaz, o dds também possui baixo custo de aplicação, e
devido a isso, pode ser utilizado em todos os tipos de organizações.
Palavras-chave
estratégia de pesquisa (HARTLEY, 1994), 1999:01) diz que o Diálogo Diário de Segu-
que “pode ser utilizada de modo explora- rança é um programa aderido por diversas
tório (visando levantar questões e hipó- empresas de vários segmentos, para a
teses para futuros estudos, por meio de prevenção de acidentes e conscientização
dados qualitativos), descritivo (buscando dos colaboradores.
associações entre várias, normalmente
Além disso, o DDS é um instrumento de
com evidências de caráter quantitativo)
eficácia indiscutível das praticas preven-
e, mesmo, explanatório” (ROESCH, 1995).
cionistas para a segurança e saúde do
Voss, Tsikriktsis e Frohlich (2002) destacam
funcionário. Possui fácil aplicação em
que os estudos de casos podem ser usados
qualquer tipo de trabalho, por se tratar de
para diferentes fins nas pesquisas na área
conversas diárias entre os empregados,
de gestão de operações.
além de apresentar baixo custo de apli-
A realização de um estudo de caso não é cação. (ZOCCHIO, 2002).
uma tarefa fácil, exige bastante tempo e
Diálogo Diário de Segurança é uma ferra-
dedicação do pesquisador, e frequente-
mentadestinada a criar, desenvolver e
mente “os trabalhos são sujeitos a críticas
manter atitudes prevencionistas nas
em funções de limitações metodológicas
empresas, por meio da conscientização de
na escolha do(s) caso(s), análise dos dados
todos os empregados (SHERIQUE, 2012)
e geração de conclusões suportadas pelas
evidências” (MIGUEL, 2007) Esta ferramentabaseia-se em uma reunião
antes das atividades se iniciarem na
O estudo de caso pode ser feito de diversas
empresa, para orientação básica sobre
maneiras, como por exemplo, pesquisas
assuntos referentes à segurança do trabalho
com clientes, reuniões entre colaboradores,
que precisam ser executadas por todos os
pesquisas com fornecedores, check-list, etc.
participantes. Geralmente com duração
Tudo depende do objetivo que se deseja
aproximada de 5 a 10 minutos, execu-
alcançar baseando-se no estudo de caso.
tadas diariamente no ambiente de trabalho
Nesse caso, resolveu-se utilizar o check- pelos líderes de cada área, para apresentar
-list, pois, este tem como objetivo “fornecer temasassociados aos riscos de incidentes e
uma listagem de ações a serem verificadas prevenção dos mesmos, assim comoanali-
pela ordem de suas ocorrências, organizar saracidentes caso tenham acontecido.
e ordenar a forma de verificação e de reali-
“O chefe que tem por hábito dialogar
zação de ações” (Silvio Aguiar, 2006).
com os subordinados sobre segurança do
trabalho, corrigindo falhas e ensinando
2.1. LEVANTAMENTO a maneira segura de executar as tarefas,
BIBLIOGRÁFICO além de prevenir acidentes, promove, ao
TF4 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0
TF3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TF2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TF1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 1 1 4 2 1 1 0 1 5 3
F4 (Quase Acidente) 27
F3 (Simples atendimento) 8
Fonte: Autores.
Como pode-se observar no gráfico acima, A origem dos acidentes e suas causas
71 % de ocorrências foi do tipo Condição começaram a ser estudadas sistematica-
Insegura (F5), seguindo de 22 % de Quase mente em 1931, com Heinrich, e segundo
Acidente (F4), 7 % de Simples Atendimento ele, a ocorrência do acidente seria o soma-
(F3) e não ocorreu nenhum Acidente com tório, em cadeia, de 5 pontos: persona-
ou sem afastamento. Como demonstra a lidade do acidentado, falhas humanas,
teoria das pirâmides, a empresa deve focar causas básicas/imediatas, acidente e lesão.
na diminuição das maiores ocorrências para
A partir de seus estudos, surgiu a primeira
evitar que um acidente grave aconteça.
pirâmide de acidentes publicado em seu
Foi necessário identificar a frequência das livro Industrial Accident Prevention, com
ocorrências para posteriormente, se tomar sua teoria de que para 1 acidente sério há
uma providência baseando-se na Teoria 29 acidentes com menor intensidade e 300
das Pirâmides de Acidentes. quase acidentes.
após alguns meses, começou-se a aplicar cipando do DDS, todos os dias o líder
Fonte: Autores.
F4 (Quase Acidente) 3
F3 (Simples atendimento) 8
Fonte: Autores.
entre todos os funcionários da empresa, zational research. In: CASSELL, Catherine &
tendo em vista que todos devem participar. SYMON, Gillian (Ed.). Qualitative methods
in organizational research: a practical
guide. London: Sage, 1994, p. 208-229.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo demonstrar de maneira prática a utilização de ferramentas
de melhoria contínua. No caso, para esta apresentação utilizaremos a ferramenta 5 porquês
desenvolvida por taiichi ohno no japão em 1970. Esta ferramenta será utilizada para resolver
um problema de estoque em uma empresa de pequeno porte onde um dos integrantes do
grupo trabalha. A análise do problema assim como sua resolução se dá por meio de pesquisa
exploratória e estudo de caso com base na filosofia kaizen, e aplicação de ferramentas de
melhoria contínua. Esta aplicação de conceito kaizen retornou um resultado satisfatório de
eliminação de problema e retorno financeiro para a empresa.
127
fenômeno dentro de um contexto real de de 5 perguntas (Porquês) que vão levar até
o contexto ao qual este está inserido não o problema, é necessário descobrir a sua
estão definidos claramente. causa raiz, o por quê deste problema, e para
isso existe os 5 Porquês, que é uma técnica
Com isso, este estudo vem para demons- de análise que parte da premissa que após
trar de maneira prática a solução de um perguntar 5 vezes o porquê um problema
problema real em um senário operacional está acontecendo, sempre se referindo
empresarial. O estudo de caso nada mais é a resposta anterior, será determinada a
do que uma das várias maneiras de fazer causa raiz do problema (Enegep, 2012).
pesquisa em ciências sociais (Yin, 2009).
Nas rotinas diárias, por diversas vezes ocor- compra eram emitidos, mas no momento da
riam perdas de faturamento. Quando era expedição dos produtos era verificado que
solicitado um código específico, por muitas não havia quantidade suficiente do produto
9 - Célula com o valor total em estoque; dade na coluna “Entrada” ou “Saída”. Assim,
de acordo com o tipo de movimento (Entrada
10 - Célula com o valor total de produtos
ou Saída), os cálculos serão feitos somando
obsoletos;
(se entrada) ou subtraindo (se saída) da
11 - Coluna com a somatória das quanti- quantidade já existente daquele produto.
dades de cada código;
6 - Célula com a somatória de quantidades onde ao ser selecionada, mostra esta lista
Figura 4 - Exemplo de seleção de cor da A aba Metas, foi desenvolvida para ter uma
planilha de gerenciamento de estoque.
melhor visualização dos lucros da empresa.
Nesta constam os faturamentos mensais
do ano anterior e os faturamentos mensais
atuais. A partir dos valores obtidos no ano
anterior são estipuladas as metas para o
ano vigente.
Nesta planilha são utilizadas fórmulas Este cálculo automático está relacionado
simples e fórmulas compostas, ou seja, as para cada código separando as quanti-
fórmulas podem ser inseridas juntamente dades em cores e tamanhos permitindo
para atender uma determinada função. que o usuário da planilha possa saber, de
maneira fiel, as quantidades de produtos em
A planilha também contém formatação
estoque para cada código, cor e tamanho.
condicional que deixa as células coloridas
para facilitar o gerenciamento visual, e
listas de dados validados para facilitar o
3. RESULTADOS E
preenchimento da planilha evitando erros.
DISCUSSÕES
Após ser apresentada e implantada na
Esta planilha gerencia automaticamente a
empresa base do nosso estudo, a planilha
entrada e saída de produtos do estoque.
apresentou resultados satisfatórios. A
A partir da planilha preenchida com os
mesma promoveu maior segurança nas
dados necessários e quantidades reais de
informações de estoque e garantia a vera-
estoque, ao ser lançado uma entrada de
cidade destas informações.
produto, a planilha faz o cálculo de soma
necessário da entrada deste produto no O trabalho de lançamento de pedidos
estoque, ou seja, se houver 10 produtos também foi otimizado devido as listas
de um determinado código, cor e tamanho de dados validados que facilita e agiliza
em estoque e for lançado uma entrada de 1 o lançamento dos códigos cores e tama-
produto do mesmo código, cor e tamanho nhos, extinguindo também a possibilidade
a planilha somará os valores e apresentará de erros.
a quantidade 11 para este produto desta
cor e tamanho. Da mesma forma se o Foi verificado que a planilha não tem sua
movimento lançado for de saída, a planilha total funcionalidade em versões muito
subtrairá a quantidade do total. antigas do MS Excel. A planilha foi desen-
volvida no MS Excel na versão 2016,
A IMPRESSÃO DOS
USUÁRIOS DAS
CICLOVIAS SOBRE AS
CONDIÇÕES ATUAIS
DA MOBILIDADE POR
BICICLETA NA CIDADE
DE SÃO PAULO
RESUMO
O estudo apresentado tem por objetivo analisar a impressão dos usuários das ciclovias na
cidade de são paulo fornecendo informações sobre as condições atuais da mobilidade por
bicicleta na cidade. Para tanto, foram analisadas as informações obtidas a partir de pesquisa
com survey. No questionário aplicado aos ciclistas foram abordadas as percepções dos
mesmos em relação à região de utilização, condições gerais de iluminação, segurança, acesso,
sinalização e disponibilização de bicicletários. O questionário de múltipla escolha apresentou
as seguintes opções para cada um dos aspectos abordados: péssimo, ruím, regular, bom ou
ótimo. De acordo com o levantamento do estudo, as condições gerais das ciclovias satisfazem
parcialmente a população usuária e aspectos como disponibilização de biciletários, segurança
e sinalização devem ser melhorados.
Palavras-chave
e ao ser comparado com um automóvel cípio de São Paulo, afirma que a infraestru-
não há custos com: combustível, estacio- tura viária paulistana é caracterizada por
namento, flanelinha, seguro, IPVA, troca ser priorizada para o automóvel assim não
de óleo, balanceamento, mecânico, funi- favorece a mobilidade de quem se desloca
laria, retoque na pintura; menos stress no sem veículos automores pela cidade.
trajeto; menor preocupação com assaltos;
Este mesmo estudo aponta que a bicicleta
não polui o ar; e melhora a qualidade de
é o recurso utilizado por quem busca uma
vida pois além de proporcionar ganhos
forma mais eficiente de transporte para os
de massa muscular ao indivíduo, previne
pequenos deslocamentos, além de visar
doenças cardíacas, reduz a obesidade,
menor custo de transporte. 56,3% atri-
controla a diabetes e melhora o humor.
buem como justificativa o uso da biclicleta
Segundo a Companhia de engenharia de devido ao fato de percorrerem pequenas
tráfego – CET (2017), a cidade de São Paulo distâncias, 19,6% afirmam usarem a bici-
possui 498,3 km de vias com tratamento cleta devido o fato do transporte público
cicloviário permanente, sendo 468,0 km de ou privado ser caro, 9% pela atividade
ciclovias/ciclofaixas e 30,3 km de ciclor- física, 2,3% devido a condução demorar a
rotas. Além disso, o ciclista pode usufruir passar, 1,4% devido a condução ser lotada,
da integração modal utilizando uma 0,7% devido o ponto de ônibus ou estação
das 6149 vagas em bicicletários públicos, ser distante de seu ponto de partida, 0,4 %
e um dos 121 paraciclos públicos insta- devido a viagem ser demorada e 10,2% rela-
lados nos Terminais de Ônibus e nas Esta- taram outros motivos não especificados.
ções de Trem e Metrô.
O Instituto de Políticas de Transporte&
De acordo com Sousa (2012), o uso de Desenvolvimento (2015), afirma que o
bicicletas depende de características indi- histórico de São Paulo no tratamento da
viduais, tais como: renda que determina a questão cicloviária além de ser bastante
posse de veículos que, por sua vez, acarreta rico e diverso, abrange quase todas as
impacto na escolha individual do modo de áreas necessárias para a estruturação de
transporte, idade que restringe o uso da uma política de mobilidade que contemple
bicicleta, pois está relacionada com a capa- as bicicletas de forma efetiva. Afirma
cidade física para pedalar, gênero pois as ainda que a ampliação da rede cicloviária
mulheres estão mais sujeitas do que os em curso na cidade é significativa e que
homens, a riscos sociais como assaltos , e é resultado deste processo além de ter o
padrões de atividades individuais como ir potencial de atrair novos usuários, conso-
ao trabalho, à escola ou faculdade, visitar lidando a bicicleta como uma alternativa
amigos, ou viagens. real de transporte para a população. O
estudo realizado propõe algumas reco-
Malatesta (2014), em seu estudo sobre a
mendações e conclui que deve se buscar
bicicleta nas viagens cotidianas do muni-
o aperfeiçoamento das ações e da própria
O questionário feito apenas com ciclistas Uma das maiores dificuldades dos ciclistas
da cidade teve ao todo seis questões de é encontrar um lugar seguro, onde se possa
múltipla escolha, sendo subdividas em: deixar sua bicicleta segura por um deter-
Região que o usuário utiliza a ciclovia, condi- minado tempo. A distribuição de bicile-
ções de iluminação, segurança, acesso, tários, conforme a opinião dos usuários,
bicicletários e sinalização, as estruturas mostrada no gráfico 2 é muito critica. Os
têm avaliações de múltipla escolha, tendo ciclistas tem que percorrer longas distân-
como opções, Péssimo, Ruim, Regular, cias para poder encontrar tais lugares,
Bom ou Ótimo. Ao todo, 60 ciclistas partici- pois o numero de bicicletários ainda é
param da pesquisa. insuficiente para demanda de usuários
na cidade. O número de bicicletários
Zonas:
Fonte: Própria (2017).
De acordo com os dados obtidos, de
acordo com o gráfico 1, podem-se deter- Gráfico 2 - Avaliação da distribuição de
bicicletários.
minar as zonas mais frequentadas pelos
ciclistas, sendo os destaques a região leste
e o centro, onde por coincidência e se
tem a maior concentração de ciclovias da
cidade, sendo a zona leste a região onde
se concentra uma maior numero de habi-
tantes e o centro por ser uma região bem
movimentada, por todos de dentro e fora
da cidade. Fonte: Própria (2017).
Iluminação:
Fonte: Própria (2017).
Muitos usuários relataram ter dificuldades Sinalização:
em trafegar pelas ciclovias no período
noturno, muito por conta da iluminação, e Entre todos os quesitos avaliados, o que
que em alguns casos se tem que pedalar no mais se destacou positivamente foi sinali-
escuro. O gráfico 4 aborda a avaliação da zação, sendo o único a ter a opção “ótima”
iluminação nas ciclovias.A falta de postes escolhida pelos usuários entrevistados,
de iluminação deixam ciclistas expostos a conforme apresentado no gráfico 5. Apesar
sofrer acidentes pela falta de visibilidade do descaso com a alguns trechos e a falta
e imprevistos como, buracos, pedestres, de manutenção, boa parte das ciclovias
animais e entre outros, e o deixando vulne- estão devidamente sinalizadas de acordo
rável a crimes praticados onde os usuários com as normas da CET.
não enxergam o que está em volta e pode
Acesso:
ser surpreendido por algum criminoso ou
Observa-se no gráfico 6 que as ciclovias
RESUMO
Sabendo que as ferramentas da qualidade em conjunto com um estudo de caso, ajuda a solu-
cionar um problema, este artigo visa demonstrar que com a implantação dos mesmos, uma
empresa denominada “a” conseguiu resolver o problema que causava uma defasagem em seu
faturamento e consequentemente diminuiu seus gastos drasticamente. Cada ferramenta tem
sua importância dentro de um plano de melhorias, utilizando-as corretamente, se obtém um
resultado além do esperado, porém é necessário garantir uma melhoria contínua e para isso a
empresa “a” utilizou o plano de ação 5w2h, garantindo que a defasagem no faturamento não
volte a acontecer.
144
que atuam contribuindo para o descum- ratório, este tipo de investigação parece
primento dos requisitos acordados pela ser o mais adequado. (Godoy 1995B, p. 63).
2 Reclamações de Clientes 24
4 Quebra de Máquinas 11
6 Controle de Estoque 05
7 Outros 04
Total 91
Com essa tabela podemos utilizar outra Esta ferramenta foi aplicada em cima da
ferramenta da qualidade, que identifique tabela encontrada através do checklist,
as principais reclamações, tendo um foco para identificar as principais causas a
para começar com um plano de ação. serem priorizadas, o qual foi destacado
80% dos problemas que eram causados
DE PARETO
Conclusão:
Há 4 motivos principais que devem ser estudadas as suas causas.
Em ordem de prioridade:
3 -Atraso no Pedido para Produção 13,06% Dos casos
Após checar o gráfico de Pareto acima, Resolveram utilizar uma nova ferramenta
podemos concluir então que a causa prin- de qualidade, o Diagrama de Ishikawa para
cipal de perca de lucros e insatisfação de facilitar a visibilidade das causas.
clientes era o atraso no transporte, ou seja,
o atraso na entrega do pedido efetuado 4.3 DIAGRAMA DE
pelos clientes. ISHIKAWA
Sendo assim, era necessário descobrir qual Nessa fase aplicou-se o Diagrama de Ishi-
era o principal motivo para que houvesse kawa para identificar as causas no atraso
esse atraso. Foram feitas outras reuniões de entrega, para que assim, chegasse na
onde os gestores listaram as prováveis causa raiz.
causas contribuintes desse problema.
Má programaçãodos equipamentos 5
Organização de estoque 3
Outros 3
TOTAL 27
Observando o gráfico de Pareto acima, Para Kardec, Nascif e Baroni (2002), atual-
conclui-se que a principal causa do atraso mente são definidos seis tipos de manu-
de entregas, é a quebra de máquinas que tenção, que são: manutenção corretiva
ocorre constantemente. não planejada; manutenção corretiva
planejada; manutenção preventiva; manu-
Após encontrar a causa raiz, resolveram
tenção preditiva; manutenção detectiva e
enfim, solucionar o problema, foi feito
engenharia da manutenção.
mais uma reunião, onde foi apresentado
o gráfico acima. Todos concluíram que a Após analisar todos os tipos de manu-
melhor maneira de prevenir a quebra de tenção, e verificar que o método de manu-
máquinas, é trabalhando em cima de um tenção usado pela empresa era a corretiva,
plano de melhoria na manutenção. Onde perceberam que estavam tendo grandes
segundo Tavares (1939, p.37), “manu- gastos e o mesmo não estava sendo eficaz.
tenção são todas as ações necessárias Desenvolveram então, o plano de manu-
para que um item seja conservado ou tenção preventiva, onde a “manutenção
restaurado de modo a permanecer de preventiva é a atuação realizada de forma
acordo com uma condição especificada” e a reduzir ou evitar a falha ou queda no
para Kardec, Nascif e Baroni (202, p.22) a desempenho, obedecendo a um plano
missão da manutenção é: “garantir a dispo- previamente elaborado, baseado em inter-
nibilidade da função dos equipamentos valos definidos de tempo” (XAVIER, 1998).
e instalações de modo a entender a um Ou seja, onde haveria a prevenção de falhas,
processo de produção ou de serviço, com que seria a melhor a ser aplicada, resol-
confiabilidade, segurança, preservação do vendo o problema, e tendo uma redução
meio ambiente e custos adequados”. de custo anual de aproximadamente R$
539.070,72 conforme tabela abaixo:
5. RESULTADO E
DISCUSSÃO
Tabela 5 - Comparativo entre as manutenções Corretiva e Preventiva.
Custos Corretiva Preventiva
Mensal R$ 31.230,64 R$5.000,00
Tabela 6 - 5W2H.
Perguntas Instigadora Respostas Obtidas
What? (O que ?) Programação de Manutenção
Why? (Por Quê) Para que a máquina fique com seu funcional adequado
RESUMO
Devido ao crescimento constante do empreendedorismo, as incubadoras baseadas em tecno-
logia exercem um importante papel no processo de desenvolvimento econômico-social e
inovações. Ante esta perspectiva, este trabalho tem como objetivo analisar empresas incu-
badas diante de critérios de sustentabilidade. Por meio de um estudo de caso holístico, anali-
sou-se as prioridades em práticas sustentáveis. Para tal, foi aplicado um modelo multicritério
auxiliado por meio de um método matemático não probabilístico, denominado Fuzzy-AHP. O
estudo de campo foi conduzido em uma incubadora tecnológica (IT), localizada no centro do
estado do Rio Grande do Sul. Utilizou-se dados qualitativos em uma primeira etapa e poste-
riormente a medição das variáveis estabelecidas. Os resultados apontam que os quesitos de
sustentabilidade ainda são incipientes. Como continuidade da pesquisa, sugere-se a replicação
e refinamento do modelo proposto em outras IT’s.
Palavras- Chave
Seguindo o processo, calcula-se o índice de O índice randômico (IR) é obtido por simu-
consistência (IC) com o emprego do λmax, lação e sintetizado na Tabela 3, e em geral,
obtido anteriormente na Equação 3 e apli- uma consistência aceitável para n > 4 é RC
cado na Equação 4. Para finalizar, o cálculo ≤ 0,10 (SAATY; VARGAS, 2001).
da razão de consistência (RC) é expressado
Após a comparação pareada dos critérios e
pela Equação 5.
subcritérios por meio dos valores (crisp) do
método AHP original é determinada uma
escala com números triangulares fuzzy
para conversão, conforme Tabela 4.
4. RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Neste trabalho as variáveis foram conside-
Passo 3: O grau de possibilidade de é radas satisfatórias de acordo com o limite esti-
definido pela Equação 10, onde utilizou-se pulado por Saaty e Vargas (2001), no geral um
a primeira e a terceira condição: Passo 4: erro < 0,10% para matrizes maiores que n=4.
Respectivamente 0,056% de razão de consis-
tência (CR) para os constructos de primeira
ordem. Para as subcategorias (Econômico/
social) CR de 0,058% (Ambiental) CR 0,016%
O grau de possibilidade para um número (Acadêmico) CR 0,074% e (Empresarial) CR
fuzzy convexo ser maior do que números 0,012%. Em totalidade, as matrizes de priori-
fuzzy convexos Mi(i=1,2,3,...,k) é definido, e dades não excederam 0,080% de erro.
o valor da resposta é obtido pelo mínimo
valor das possibilidades, conforme a A Tabela 5 mostra os percentuais das
expressão 11: categorias de primeira e segunda ordem,
com vetor wi retirado do software Assistat,
prioridade interna para cada matriz pi,
média calculada sobre os respondentes ci.
Passo 5: Por meio da normalização, os A importância relativa (resultado) obtida
vetores de peso são obtidos pela equação pela modelagem matemática do (FAHP)
12 onde é um número não fuzzy. Passo 6: é representado pelo ai seguido de uma
ordem de hierarquização final. A seguir,
é apresentada a discussão dos resultados
em nível de primeira e segunda ordem.
RESUMO
O principal objetivo deste artigo foi examinar a dependência de longo prazo da volatilidade
dos retornos diários dos preços à vista da commodity soja. A análise compreende o período
de 04 de janeiro de 2013 a 19 de maio de 2017. A metodologia baseia-se no modelo ARFIMA
- FIGARCH, capaz de detectar a presença de memória longa. O modelo que mais se adequou
aos dados foi o ARFIMA (1,d,0) - FIGARCH (1,d,1) com distribuição t student, indicando um
processo fracionário de longa memória, alta persistência e um decaimento hiperbólico, com
caráter estacionário (reversível) tanto na média quanto na variância.
Palavras- Chave
uma das principais commodoties na pauta foi notável na segunda metade do século
Até a década de 1980, mais de 80% da A soja vem se expandindo de modo consi-
produção nacional da soja era concentrada derável na América do Sul que atualmente
nos três estados do Sul. No entanto, outras produz cerca de 50% do total mundial,
regiões, com condições climáticas simi- principalmente no Brasil, na Argentina e
lares a do Sul começaram a destacar-se no Paraguai. O Brasil ocupa a segunda
pelo cultivo da soja. De acordo com dados posição na produção mundial e tende a
da Companhia Nacional de Abastecimento passar para a primeira nos próximos anos
– CONAB (2015), esse aumento pode caso mantenha a atual tendência de cres-
ser atribuído às boas condições climá- cimento. Nos últimos dez anos, tanto as
ticas aliado ao alto nível tecnológico. Nas exportações brasileiras como as argen-
últimas safras (2011/12; 2012/13; 2013/14 tinas foram triplicadas e o Brasil tende a
e 2014/15), os estados com maior concen- se firmar como maior exportador (SEAB/
tração de produção desta commodity são: DERAL, 2008).
Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e
Goiás, respectivamente. Segundo Conab (2015), o início da produção
de soja ocorreu nos anos setenta, com
A cultura da soja tem sua importância crescimento nas décadas seguintes,
devido a versatilidade de seu uso, com especialmente a partir de 1990. Além da
capacidade e qualidade de produzir expansão de área, ocorreu aumento no
memória curta ou memória longa carac- cialmente contidas nos dados de alta frequ-
terizada pelos modelos auto-regressivos ência utilizados para uma série de preços
veis (ARFIMA) tem sido estudada a pelo (Chicago Board of Trade). Para isso foram
com estes modelos (Sowell, 1992; Pai & média móvel integrados fracionariamente
& Steel, 1997; Chan & Palma, 1998). realizada extraída dos dados intradiários
disponíveis.
Os modelos ARFIMA foram motivados para
captar esta forte dependência existente O objetivo principal deste artigo é avaliar
DADOS e um intercepto.
Distribuição t- Student
60
50
40
30
10 11 12 13 14 15 16 17
O Q-Q Plot representa um dos métodos relação não linear entre os quantis teóricos
gráficos mais utilizados na verificação da e empíricos, bastante acentuada nas caudas
normalidade de séries temporais. O procedi- das distribuições, indicando caudas mais
mento empregado consiste na comparação pesadas na distribuição empírica. Assim
gráfica dos quantis teóricos da distribuição sendo, todos os testes rejeitaram a hipótese
normal com os quantis dos dados amos- de normalidade da série analisada.
trais. A Figura 3 mostra a existência de uma
Os testes Dickey-Fuller Aumentado (ADF) que as séries de retornos da soja são esta-
(1979) e Phillips-Perron (PP) e (1988) e Kwia- cionárias e não contém raízes unitárias,
tkowski, Phillips, Schmidt e Shin (KPSS) com conforme se observa na Tabela 2.
constante e com tendência, identificaram
Tabela 2 - Teste de estacionaridade para a série dos retornos dos preços da soja.
Valor Crítico Valor Valor
Variável ADF PP KPSS
(5%) Crítico (5%) Crítico (5%)
A estimativa dos modelos ARFIMA (1,d,0) dos modelos, observa-se que todos
– FIGARCH (1,d,1) para distribuições os modelos ajustados para a série de
normais, t-Student e t-Student Assimé- retornos da soja tiveram um desempenho
trica encontra-se sumarizada na tabela bastante satisfatório; porém, o modelo
4. No que se refere a qualidade de ajuste que mais se destacou pelos critérios de
Akaike, Schwarz e log verossimilhança foi (1,d,0) – FIGARCH (1,d,1) t Student , pode-se
o modelo ARFIMA(1,d,0)-FIGARCH(1,d,1) dizer, que a volatilidade dos preços da
com distribuição t Student. Ressalta-se, soja pode ser descrita como um processo
também que o efeito de heteroscedastici- fracionário de longa memória, indicando
dade condicional pôde ser eliminado, visto persistência e um lento decaimento hiper-
pelos p-valores acima de 0,05, aceitando a bólico, com caráter estacionário (rever-
hipótese nula de homocedasticidade, ou sível) tanto na média quanto na variância.
seja, os resíduos como também os seus Os coeficientes fracionários (d) da média
quadrados são não-autocorrelacionados. e da variância condicional foram significa-
tivos, rejeitando a hipótese nula de parâ-
Observando-se os resultados apresen-
metros iguais a zero.
tados do modelo selecionado ARFIMA
MODELAGEM
LINEAR APLICADA
À MINIMIZAÇÃO DE
CUSTOS DE PRODUÇÃO
DE UM RESTAURANTE DE
COMIDA JAPONESA
RESUMO
O presente artigo teve como objetivo o desenvolvimento de um modelo de programação linear
a fim de minimizar custos no setor produtivo de um restaurante de comida japonesa localizado
na região metropolitana de belém. Para isto, foram utilizzadas técnicas de pesquisa opera-
cional, coletados dados acerca da demanda e das quantidades dos principais ingredientes
necessários em cada tipo de sushi e usada a ferramenta solver do microsoft excel® para solu-
cionar o modelo matemático em busca do custo mínimo, por meio do método simplex. A
solução ótima gerada mostrou folga de capital de giro na proporção de 54,22% do seu valor
total, possibilitando a redução de reserva de capital e maior giro deste. Com estes excedentes,
é possível investir em outros setores da empresa a fim de gerar melhorias e ainda aumentar
o seu potencial de lucro.
Palavras- Chave
capital do Estado do Pará. Por mais que A partir de suas técnicas quantitativas, a PO
as preocupações deste estabelecimento começou a servir de ajuda no processo de
sejam principalmente a diferenciação e tomada de decisão com o intuito de otimizar
a qualidade de seus produtos e que sua uma gama diversificada de problemas,
produção seja minuciosamente avaliada e como de previsão, comparação de valores
planejada, há, atualmente, grande dificul- e de eficiência associados à coordenação
dade na resolução de problemas no plane- de operações ou atividades dentro de uma
jamento em curto prazo, no operacional, organização (MARINS, 2011).
da produção, o que acarreta falta de alguns
Atualmente, a PO é utilizada de diversas
insumos e, por vezes, o excesso de outros.
maneiras, para a otimização de processos,
Semanalmente, a empresa reserva R$
minimizando custos ou maximizando
29.137,00 para compra de insumos, totali-
lucros. Segundo Arenales et al. (2015), a
zando R$ 116.548,00 ao mês,
PO é a aplicação de métodos científicos
O objetivo desta pesquisa foi encontrar a a problemas complexos para auxiliar no
forma ótima de comprar insumos por meio processo de tomada de decisões, tais
de um modelo de programação linear, como projetar, planejar e operar sistemas
de modo que o custo e o desperdício da em situações que requerem alocações de
produção sejam mínimos e a demanda recursos escassos.
semanal seja atendida.
Ainda Maiellaro et al. (2016) expõem que
O artigo está estruturado em introdução, a literatura tem enfatizado a importância
referencial teórico, metodologia, resul- da aplicação de métodos quantitativos
tados e conclusões. baseados em PO no apoio ao processo
decisório. E, assim, os mesmos autores
idealizadas para situações do mundo real. dade e ao grau em que captura aspectos
Propiciam a aquisição de novos conheci- essenciais da mesma (SANTOS et al. 2016).
mentos e facilitam o planejamento e previ-
sões de atividades, sempre tendo como 2.3. MODELAGEM E
objetivo final a verdade. ESTRUTURAÇÃO DE
Recentemente, Cicolin (2015) definiu a
MODELOS MATEMÁTICOS
programação linear como uma ferramenta De acordo com Lourenço (2009), a mode-
da PO que tem por objetivo a otimização lagem é uma representação simplificada
de problemas em que se têm variáveis de dos problemas reais com os componentes
decisão, e estão sujeitas a algum tipo de funcionais e hierárquicos relevantes ao
restrição e/ou regulamentação. negócio. É a busca de um modelo que
reflete a realidade física ou mental e é
Nesse contexto, a programação linear
expresso através de uma linguagem de
consiste no planejamento de atividades
modelação (meio através do qual um
com o intuito de analisar todas as solu-
modelo é expresso).
ções possíveis de um problema, dentre
elas, encontrar a solução ótima a partir do Para Goldbarg (2000), a criação de um
modelo matemático de funções lineares modelo é o meio mais viável para se obter
(HILLIER e LIEBERMAN, 2013). uma visão bem estruturada da realidade,
uma representação substitutiva da reali-
De acordo com, Santos et al. (2016, p. 5):
dade. Assim, ele deve ser suficientemente
“A palavra linear no nome está relacio- detalhado para englobar os elementos
nada à forma de expressões matemáticas essenciais do problema, mas suficiente-
presentes no modelo, enquanto que a mente simples para que possa ser resol-
palavra programação é vista essencial- vido por métodos de resolução disponíveis.
mente como um sinônimo de planeja- Em suma, o modelo não é igual à realidade,
mento. Dessa forma, a programação linear mas suficientemente similar para que
está relacionada com o planejamento de os gerentes consigam obter conclusões
atividades desempenhado por um modelo através da sua análise e/ou operação para
matemático linear”. serem estendidas à realidade.
que objetiva maximizar (lucro) ou mini- Pimenta et al. (2015, p. 601) afirmam que:
mizar (custo), dependendo do objetivo do
“O método Simplex é um método de
problema. Ela é essencial na definição da
programação linear que fornece a solução
qualidade da solução em função das incóg-
de qualquer modelo linear, podendo ser
nitas encontradas.
utilizado para a sua aplicação o “solver” do
Å| As restrições: são aspectos que Excel®, que atua com planilhas eletrônicas
limitam a combinação de valores e variá- e indica se o modelo tem solução ilimitada,
veis de soluções possíveis. se não tem solução ou se possui infinitas
soluções”.
A capacidade do modelo de gerar lucro ou
reduzir custos é determinada pela função Segundo Cordeiro et al. (2015), o modelo
objetivo. Já as restrições garantem que a genérico abaixo representa os problemas
solução esteja de acordo com as limitações de programação linear que podem ser
técnicas ligadas ao sistema de produção resolvidos pelo método SIMPLEX:
estudado (SOUZA JUNIOR et al., 2016).
Função Objetivo:
A aplicação de funções de programação
{Máx; Mín} Z = C1X1 + C2X2 + ... + CnX
linear auxilia na redução de desperdício
de insumos que, em geral, são limitados Sujeito a:
dentro de um processo produtivo. Sendo
um modelo determinístico, todas suas A11X1 + A12X2 + ... + A1nXn {≥; =; ≤} B1
variáveis são lineares, constantes e conhe-
A21X1 + A22X2 + ... + A2nXn {≥; =; ≤} B
cidas, além de controláveis e quantificá-
veis. Os modelos podem ser resolvidos ... ... .. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
por métodos analíticos ou computacionais
por meio de algoritmos como o simplex Am1X1 + Am2X2 + ... + AmnXn {≥; =; ≤} Bm
(BELFIORE; FÁVERO, 2013 apud SOUZA
Onde:
JUNIOR, 2016).
Å| X1, X2, … , Xn são as variáveis estru-
Conforme Marins (2011) e Pimenta et al.
turais do problema;
(2015), o objetivo do método Simplex é
encontrar a solução ótima para qualquer Å| C1, C2, … , Cn são coeficientes da
problema linear. O método faz uso de função objetivo;
uma função objetivo que será maximizada
Å| Aij e Bi são coeficientes e termos
ou minimizada, respeitando uma série de
independentes das restrições, respectiva-
restrições que são extraídas a partir da
mente;
modelagem matemática da realidade e
que determinam uma região ou conjunto Å| {=, ≤, ≥} definem qual a relação de
viável onde se encontra a solução ótima. (des) igualdade na restrição;
uma pesquisa ação, pois focou na reso- de cada insumo pesquisado, bem como da
Código
Ingrediente (unidade demanda das 4 semanas anteriores ao
trabalhada)
estudo, se estimou a demanda de cada
A Anchova (kg)
produto que em sua composição continha
B Arroz (kg)
ao menos um insumo estudado, sendo
C Camarão (kg)
D Carne (kg)
o total de 146 produtos. Em seguida, foi
E Cream Cheese (kg) calculada a demanda de cada insumo por
F Kani (kg) meio da equação abaixo:
G Lula (kg)
Qx = ∑ Qxi * DSi ; i Є Ζ / 1 ≤ i ≤ 146
H Macarrão (kg)
A 0,710 84,57
M 0,000 8,95
Å| Cx = custo unitário do insumo “x”;
N 0,518 35,52
Semana 1 2 3 4
O custo total para o mês planejado ficou A Figura 3 apresenta a comparação entre o
em R$ 53.306,88, o que representa 45,78% custo planejado pela empresa por semana
do que antes era reservado para compra e o custo ótimo encontrado na solução do
de tais insumos. Dessa forma, foi obser- modelo exposto no presente artigo.
vada uma redução de 54,22% no capital de
giro necessário à produção.
RESUMO
Considerando o aumento significativo da competitividade entre as organizações, pensar na
Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho tornou-se um diferencial pela possibilidade de gerar
valor no capital intangível da empresa. Ações que visam o bem-estar e a satisfação dos cola-
boradores promovem um aumento significativo na qualidade de vida articulada ao trabalho.
Nesse sentido, esse artigo tem como objetivo desenvolver um projeto de Gestão de Qualidade
de Vida no trabalho numa empresa automotiva da cidade de Londrina/PR, a partir de uma
Pesquisa de Satisfação com os funcionários e entrevista aberta com a gestora de Recursos
Humanos. Metodologicamente utilizou-se o survey, tendo como instrumento de coleta de
dados a Pesquisa de Satisfação, com base analítica quantitativa. Como resultado, percebeu-se
menor grau de satisfação no critério “Oportunidades”, na qual o projeto de GQVT pautou-se
em três ações primária e “Trabalho e Vida”, desenvolvendo duas ações secundárias.
194
Watt em 1765 deu partida à chamada Revo- que gerassem conforto ao operário, o
lução Industrial, outro marco na relação que implicaria em ambiente físico e ferra-
homem/trabalho. Iniciou-se na Inglaterra mentas de trabalho adequadas (CHIAVE-
e se desdobrou em diversas fases que NATO, 1983).
apontavam essencialmente para a mesma
O século XX foi marcado por diversas contri-
direção: lucratividade. A mecanização da
buições de pesquisadores como a de Elton
indústria e da agricultura e sua oportuna
Mayo na Western Eletric em 1933 – agora
aplicação à produção deram origem a um
reconhecido como clássico – que envolvia
novo conceito de organização do trabalho,
verificar a influência dos fatores ambientais
amadurecendo e consolidando o capita-
no desempenho dos trabalhares, corro-
lismo como sistema econômico.
borando os estudos de Taylor aplicados
Mas nem tudo eram flores. Se por um lado até então estimulando movimentos nesse
a produtividade parecia tomar propor- sentido (GALE, 2004). Na década seguinte,
ções exponenciais por hora ilimitados, por o psicólogo Abraham Maslow apresentou
outro havia jornadas de trabalho abusivo, a “teoria da motivação” segundo a qual as
ambiente fabril terrível em troca de salários necessidades humanas são organizadas
miseráveis. As condições de trabalho eram em níveis, numa hierarquia de importância.
sub-humanas e motivaram o surgimento de A disposição das necessidades hierarqui-
movimentos sindicais que questionavam zadas pode ser visualizada por meio de uma
as garantias legais mínimas dos trabalha- pirâmide, cuja base representa as necessi-
dores (CHIAVENATO, 2000). Referindo-se a dades fisiológicas mais básicas, passando
estas circunstâncias, Handy (1995) foi feliz pelas necessidades de segurança, sociais,
ao constatar que: “O problema começou estima pessoal e, no topo da pirâmide, a
quando transformamos o tempo em uma autorrealização. Maslow concluiu ainda
mercadoria, quando compramos o tempo que a necessidade de uma camada só pode
das pessoas em nossas empresas em vez ser alcançada quando a camada imediata-
de comprar a produção”. mente anterior a esta for atendida satisfa-
toriamente. Disse ainda que nem todas as
No final do século XIX surge a Adminis-
pessoas alcançam o topo da pirâmide. Os
tração Científica com Frederick Taylor
estudos de Maslow são de tão notável rele-
cuja proposta visava estudar as melhores
vância que continuam a servir de parâmetro
formas de se executar um trabalho e
para os atuais programas de qualidade de
aumentar a produtividade. Taylor e outros
vida no trabalho (CHIAVENATO, 1983).
fundadores perceberam que não seria sufi-
ciente aprimorar os processos sem olhar Muito embora a expressão Qualidade de
para os fatores humanos, mas que as ações Vida no Trabalho - QVT não tenha sido
deveriam ser coordenadas. Concluíram usada até 1950, muitos esforços eram
que o aumento da produtividade estava empregados na tentativa de melhorar as
diretamente associado a outros fatores condições de trabalho. O fato de algumas
Autonomia
Significado da tarefa
3. Uso e desenvolvimento de capacidades Identidade da tarefa
Variedade da habilidade
Retroinformação
Possibilidade de carreira
4. Oportunidade de crescimento e segurança Crescimento pessoal
Segurança no emprego
Igualdade de oportunidades
5. Integração social na empresa Relacionamento
Senso comunitário
Respeito às leis e direitos trabalhistas
Privacidade pessoal
6. Constitucionalismo
Liberdade de expressão
Normas e rotinas
7. O trabalho e o espaço total da vida Papel balanceado do trabalho
Imagem da empresa
8. Relevância social da vida no trabalho Responsabilidade social pelos empregados
Responsabilidade pelos produtos e serviços
Para Mônaco e Guimarães (2000), o dita que o modelo de Walton busca trazer
modelo de Walton é “considerado na o nascimento de organizações mais prepa-
literatura corrente como o mais amplo, radas para valorizar o trabalho humano,
contemplando processos de diagnóstico realizando-o com autonomia e responsa-
de QVT, levando em conta fatores intra e bilidade e permitindo a cada trabalhador o
extra-organização”. Oliveira (2006) acre- seu desenvolvimento pessoal
3. METODOLOGIA 4. PROPOSTA DE
IMPLEMENTAÇÃO DE
O levantamento proposto nesse trabalho
GQVT
é tipo survey, que também são denomi-
nados pesquisa de avaliação. Nesse tipo O Projeto de Gestão de Qualidade de
de abordagem metodológica avalia-se uma Vida no Trabalho foi elaborado para apli-
amostra significativa de um problema a ser cação em uma empresa de peças auto-
investigado a fim de extrair conclusões. De motivas localizada na cidade de Londrina,
acordo com Miguel & Lee Ho esse tipo de no Estado do Paraná. A companhia foi
pesquisa “...tem como objetivo geral contri- criada em 1978 e atua até os dias de hoje
buir para o conhecimento em uma área com importação e exportação de juntas
particular de interesse, por meio da coleta para veículos de diversos portes. Atual-
de dados/informações sobre indivíduos ou mente está certificada pela ISO 9001, utili-
sobre os ambientes dos quais esses indiví- zando matérias-primas de alta qualidade e
duos fazem parte”. (2012, p.93). prezando pela melhoria contínua de seus
processos. Estão registrados 103 funcioná-
Nesse sentido, essa pesquisa observa-
rios que trabalham no setor de produção,
cional levantou a satisfação dos funcioná-
comercial ou administrativo.
rios de uma indústria do ramo de peças
automotivas da cidade de Londrina, norte O Projeto é composto por três etapas:
do Paraná, a fim de extrair informações análise de entrevista com uma gestora do
quanto à qualidade de vida e satisfação setor de Recursos Humanos para apontar
desses colaboradores. Para tanto, utili- pontos positivos e críticos da empresa;
zou-se dados quantitativos, sendo instru- análise dos resultados obtidos na Pesquisa
mento da coleta de dados entrevista de de Satisfação por meio de gráficos e
Pesquisa de Satisfação com questionário proposta de ações que servirão como uma
fechado para os funcionários, que gerou tentativa de correção das insatisfações
subsídios para a construção de gráficos existentes e melhoria da Qualidade de
para a análise. E entrevista com questio- Vida no Trabalho.
nário aberto para a gestora de Recursos
Humanos, que apresentou a atuação da 4.1 ENTREVISTA COM A
empresa no que concerne à gestão da QVT. GESTORA DE RECURSOS
No total foram entrevistados 71 colabora- HUMANOS
dores, que corresponde a 69% do total de
funcionários da empresa Segundo Chiavenato (1999), o departa-
mento de Recursos Humanos possui um
ambiente diferenciado de atividades, pois
envolve o fator humano como peça central
das operações, podendo ser um desafio
principalmente quando a administração
Aumento na
Melhora na segu-
produtividade,
rança, aumento
redução dos
A organização Divulgação física da habilidade
custos, dimi-
não dispõe de e virtual, palestra profissional,
nuição da rotati-
um sistema de de esclareci- possibilidade
2°- Capacitação de treinamento vidade, melhora
treinamento mento, seleção de bonificações,
na imagem da
no setor opera- e inclusão dos melhora do inte-
organização,
cional. candidatos. lecto, inclusão ao
aumento da
plano de carreira,
competitividade
etc.
no mercado, etc.
A organização Implantação de
não dispõe da um livro/caderno Investimento de
Valorização das
observação de ideias em baixo custo, com
ideias, possibili-
5°- Implantação do livro de ideias de ideias dos cada área do valorização de
dade de bonifi-
colaboradores setor opera- ideias dos cola-
cação, etc.
no setor opera- cional. boradores, etc.
cional.
ser escalados para realizar os processos porém de simples solução para aqueles
de treinamentos de pessoal nas diversas menos capacitados, mas que têm conheci-
áreas da organização, servindo como mento e convivência da rotina, maquinário
multiplicadores, evitando a necessidade de e processo produtivo da organização, além
terceirização do treinamento, reduzindo de que suas ideias tendem (quando possí-
os custos. veis) a serem de baixo custo, justamente
por serem simples.
A terceira ação proposta à empresa foi a
de construção de um plano de carreira,
que remete ao grau de insatisfação no que
5. CONCLUSÃO
diz respeito ao crescimento profissional A partir desse estudo preliminar, foi
e que contemplasse o adicional de insa- possível analisar, ainda que de forma inci-
lubridade, que também foi uma condição piente, a atuação da empresa em ações
de insatisfação observada na pesquisa. A que impactam na gestão da qualidade de
tabela sugerida como esboço de um plano vida no trabalho de seus colaboradores.
de carreira, contemplando grau de esco- Levando em consideração os aspectos e
laridade, tempo de serviço e as categorias resultados obtidos foram possíveis iden-
dos colaboradores. tificar pontos críticos e positivos, que
trouxeram um norte para que os planos
As ações propostas em segundo plano
de ações fossem trabalhados de acordo
tiveram como foco a redução de insatis-
com a necessidade da empresa, focando
fação nos três setores quanto aos tópicos
sempre em ações de menor custo e que
de fadiga e possibilidade de lazer e no
trouxessem um benefício mútuo entre
setor produtivo quanto à valorização das
empresa e funcionários.
ideias. Logo, foi sugerida a implantação de
uma área de lazer Espaço Life e ginástica Vale ressaltar que a proposta de inter-
laboral nos setores, não sendo necessários venção foi estruturada e planejada, mas
grandes espaços físicos e as atividades de não aplicada. Contudo, o projeto de GQVT
ginástica laboral podendo ser realizadas foi apresentado para a empresa como
no local de trabalho, três vezes na semana sugestão para avaliação da viabilidade e
ou diariamente por períodos de até 15 posterior implementação.
minutos durante a jornada de trabalho.
o novo papel dos recursos humanos nas ções. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, ABEPRO,
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
1999.
[ 1 2 ] . MONACO, F. de F; GUIMARÃES, V.
[3]. CHIAVENATO, I. Administração de N. Gestão da qualidade total e qualidade
Recursos Humanos: fundamentos básicos. de vida no trabalho: o caso da gerência da
4 ed. São Paulo, Atlas, 1999. administração dos correios. RAC, v.4, n.3,
set/dez, p.67-88, 2000.
[4]. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à
teoria geral da administração. 6 ed. Rio de [ 1 3] . NUNES, Maria Heloísa de Mendonça.
Janeiro: Campus, 2000. Qualidade de Vida no Trabalho: um estudo
com contadores por meio da aplicação do
[5]. CHIAVENATO, IDALBERTO. Intro-
modelo de Hackman e Oldham. Disponível
dução à teoria geral da administração. 3
em: <http://www.fumec.br/anexos/cursos/
ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
mestrado/dissertacoes/completa/maria-
Academic, 2004.
[ 1 4] . OLIVEIRA, Alizandra Cristina de.
RESUMO
O conceito de Produção Lean ou Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta ou ME) nasceu a
partir do Toyota Production System (TPS ou Sistema Toyota de Produção), na qual a base do
conceito consiste na absoluta eliminação do desperdício a fim de agregar valor ao processo
e ao produto, suportada pelo just-in-time (JIT), Total Productive Maintenance (TPM) e Total
Quality Management (TQM). Por outro lado às exigências do mercado por produtos de quali-
dades, menor preço e prazo de entrega cada vez menor têm obrigado as organizações a
buscarem alternativas que as coloquem em uma posição de destaque frente ao mercado.
Portanto a ideia de produzir mais com menos tem sido o foco principal, já que aperfeiçoar
processos, diminuir retrabalhos e evitar desperdícios significam mais capital disponível para
investimentos ou lucro nas empresas. Dentro deste contexto o presente trabalho, busca
elucidar a implementação da filosofia lean utilizando-se do Mapa de Fluxo de Valor (MFV)
em uma indústria de embalagens plásticas que atua na região Metropolitana de Sorocaba,
utilizando de pesquisa de natureza exploratória com abordagem quantitativa. O processo de
implementação não foi simples e teve resistência pela mudança cultural, porém após alguns
meses de trabalho ganhos reais diminuindo desperdícios e a produção passou a ser de forma
mias cadenciada e previsível sendo que o destaque foi a redução de 62,5% no lead time após
18 meses de trabalho.
Palavras-Chave
Desde o ano de 2014, o Brasil vem enfren- O presente trabalho visou elucidar o
da economia está dando seus primeiros tivas que melhorem seus resultados finan-
criador TPS, define a base do sistema como 5S, o Mapeamento de Fluxo de Valor (MFV),
a absoluta eliminação do desperdício, Kanban, dentre outras. Este conceito tem
suportada por dois pilares: just-in-time (JIT) sido bastante aplicado nas empresas e traz
e automação. resultados significativos desde que tenham
uma continuidade na sua aplicação.
Ainda para Womack, Jones e Roos (1992),
assim como Dennis (2008), esse conceito Além dos fatores listados anteriormente
baseia-se na redução de atividades desne- a automação com a interferência humana
cessárias, produção e processo que não também se torna um fator determinante
acrescentem valor aos olhos do cliente. e abrange o aumento de produtividade
Antigamente as empresas podiam deter- devido à otimização dos tempos das ativi-
minar os valores de vendas de seus dades das máquinas e de seus operadores.
produtos e a margem de lucro utilizando a O uso deste conceito somado a dispo-
seguinte fórmula: sitivos contra erros (conhecidos como
Poka-Yoke) permite a parada automática
Custo + Margem de lucro = Preço, o que
de máquinas, impedindo que erros sejam
fazia com que muitas vezes os preços se
produzidos em série e aumentado à efici-
elevassem. Porém, como a concorrência
ência e consequentemente diminuindo o
não era tão acirrada como nos dias de
desperdício (OHNO, 1988).
hoje, uma empresa podia sobreviver tran-
quilamente utilizando-se desta fórmula. O MFV nasceu para redesenhar sistemas
No entanto os dias mudaram, as concor- produtivos já existentes e desde então tem
rências se acirraram, novas tecnologias alcançado resultados eficazes dentro das
foram inventadas e a globalização abriu indústrias de diversos segmentos gerando
as fronteiras dos países. Se antes uma redução dos desperdícios que por conse-
empresa tinha que se preocupar apenas quência economia nos processos. Os dois
com seu vizinho concorrente, hoje a preo- pontos principais que se ataca quando é
cupação é com concorrentes do mundo feito o MFV são: Redução dos desperdícios
todo. Agora para determinar seus lucros as e redução do lead time da produção.
empresas se utilizam da seguinte equação:
A exigência do mercado por produtos
Preço (fixo) – Custo = Lucro. Sendo assim, o
de qualidades, menor preço e prazo de
segredo para a lucratividade passou a ser a
entrega cada vez menor, tem obrigado as
redução de custo.
organizações a buscarem alternativas que
O primeiro pilar o JIT é um sistema no qual as coloquem em uma posição de destaque
a produção somente ocorre no momento frente ao mercado. A ideia de produzir
necessário ou quando o pedido é consu- mais com menos tem sido o foco principal,
mado. A Gestão Enxuta de Produção que já que aperfeiçoar processos, diminuir
está diretamente ligado aos conceitos do retrabalhos e evitar desperdícios signi-
JIT somados ao Kaizen (Melhoria Continua), ficam maiores lucros e mais capital dispo-
o que agrega valor e o que é desperdício seguintes etapas: Selecionar o tipo de mapa
de produção, por consequência criar ações e a família ou produtos que será o alvo do
Pode-se afirmar que fluxo de valor são O que torna o fluxo de valor enxuto é
momento que se obtém a matéria prima siva das tarefas ao longo de toda a cadeia
até a entrega do produto final ao cliente. que na melhor das hipóteses deve ser
peças envolvidas nos processos, de modo fluxo de projeto de produtos, que abrange
mente que possam ser duvidosos ou sem mações, que abrange desde a matéria-
veracidade. O ideal é que seja feito um -prima até o produto final, ou seja, ao
trabalho diretamente nos processos a cliente que pode ser interno ou externo
ser mapeado, vivenciando o dia a dia das (ARAUJO, QUEIROZ E RENTES, 2004).
o estudo de campo (in loco) e como método pesquisa foi realizada entre fevereiro de
de análise de informações a abordagem 2015 a agosto de 2016.
quantitativa, que tem como principal obje-
É importante ressaltar que não foi autori-
tivo auxiliar na compreensão do problema
zado pela diretoria à utilização de máquinas
(MALHOTRA, 2001). Dentro desse contexto,
fotográficas ou qualquer outro tipo de equi-
Gil (2008) mostra que a pesquisa explora-
pamento que pudesse registrar imagens
tória é a que proporciona grande familia-
do local, assim como a preservação do
ridade com o problema possibilitando a
nome da empresa. Também é importante
criação de hipóteses somada a uma abor-
elucidar que um dos pontos fracos do
dagem qualitativa permite a interpretação
estudo consiste na ocultação de informa-
dos fenômenos correlacionando os com o
ções como, por exemplo, dados financeiros
ambiente de pesquisa.
brutos e também o fato de ser limitado em
O estudo de caso é um dos principais apenas uma família de produtos e o estudo
métodos utilizados para pesquisas em tendo como ponto de partida o estoque
organizações (PINHEIRO e TOLEDO, 2011), central de matéria-prima da empresa,
com isso, esse projeto utilizou de ferra- dispensando fatores relacionados a forne-
mentas metodológicas para que assim cedores e a cadeia de suprimentos.
garantisse uma melhor compreensão
Após a análise de todas as informações
dos fatos em questão. O estudo de caso
obtidas na empresa somadas a uma entre-
consiste em um estudo profundo de um
vista semi-estruturada com o gerente de
determinado objeto ou conjunto destes
produção, foi elaborado um novo MFV atual
de modo a buscar maior detalhamento
da empresa. Com estes dados um MFV
e conhecimento e a abordagem descri-
futuro foi elaborado e colocado em prática.
tiva permite caracterizar uma população
específica ou um fenômeno utilizando-se
da coleta de dados e a utilização de uma 4. RESULTADOS E
entrevista não estruturada somada a DISCUSSÕES
análise documental permite o acesso a
A empresa foco do estudo, é de capital
relatórios e dados da empresa (GIL, 2008)
nacional e foi fundada em 1970. Atual-
O desenvolvimento do estudo foi baseado mente conta com duas plantas na região
em uma pesquisa de campo onde o foco do metropolitana de Sorocaba e também
foi uma indústria de embalagens plásticas possui plantas no estado do Rio de Janeiro
situada na região metropolitana de Soro- e no estado da Bahia, totalizando quatro
caba. Para tanto além da coleta de dados unidades produtivas.
in loco, também e houve a participação
O presente estudo foi realizado na planta
direta do gerente de produção que super-
mais antiga da região metropolitana de
visionou o trabalho e também respondeu
Sorocaba, sendo que nesta existem quatro
a um questionário semiestruturado. A
extrusoras tipo balão, três impressoras e sua lucratividade, uma vez que, o mercado
três conjuntos de equipamentos respon- se mostra bastante fragilizado pela crise
sáveis pelo corte e acabamento onde se político econômico na Brasil. Dentro deste
produz, basicamente, sacolas plásticas. A contexto, após realização de estudos
empresa atualmente trabalha seis dias internos foi observado que a implemen-
por semana em três turnos diários, sendo tação da ME, poderá trazer ganhos signi-
que as máquinas não param no horário ficativos para a empresa, uma vez que,
de descanso dos funcionários, havendo trabalha com produtos com pouca variação
um revezamento para que as extrusoras em grande quantidade e em linhas de
e impressoras continuem a produção de produção de massa.
forma ininterrupta.
Após a criação de uma equipe responsável
A planta consegue atender uma variabili- pela implementação da ME, o primeiro
dade muito grande de clientes e por conse- passo foi estabelecer normas e diretrizes
quência tem um mix de produtos bastante para estudo, treinamento e utilização do
diferenciados. Os índices de refugos Just in Time (JIT), Total Productive Mainte-
(aparas) então em torno de 7% em função nance (TPM) e Total Quality Management
do peso total de produção, o percentual de (TQM), assim como desenhar e buscar
reclamação de clientes entre os anos de informações sobre o processo produtivo
2015 e 2016 (até janeiro) foi de 0,8% sendo atual, ou seja, o desenho do mapa de fluxo
que o percentual de produtos devolvidos atual que resultou no desenho represen-
pelos clientes por motivo de não conformi- tado pela Figura 1. Este mapa foi dese-
dade foi de 0,1% em média. nhado e o projeto foi desenvolvido sobre a
linha de produção mais crítica. Já o Quadro
Apesar destes resultados a empresa ainda
1 apresenta os detalhes de cada processo.
busca melhorar seu processo e aumentar
O cálculo do takt time para o MFV atual mês) / 200 bobinas/mês = 11.232 s.
se deu da seguinte forma: O cliente que
De acordo com o gerente da fábrica, as
compra a família do produto em estudo soli-
informações chegam do cliente através
cita semanalmente 50 bobinas que corres-
de meios eletrônicos até o setor de
pondem a 15.000 kg. A fábrica trabalha 6
vendas que posteriormente são passadas
dias semanais em 3 turnos, sem pausa por
para o setor de planejamento e controle
turno dos funcionários, ou seja, durante o
de produção. O setor de Planejamento
intervalo de descanso dos colaboradores
Controle e Produção (PCP) utilizando se de
há um revezamento dos operadores que
ordens de produção informa o supervisor
estão no processo para manter a extrusora
de produção que verifica seus estoques
em funcionamento em todo o período.
e por meio eletrônico solicita a matéria
Então, o total de tempo disponível na prima para o setor de abastecimento que
operação é de 6 dias x 24 horas, ou seja, fica em outra planta da empresa. Então o
para a produção da família de produtos estoque da fábrica é suprido para atender
em estudo há um total de 144 horas sema- a demanda de aproximadamente três dias,
nais, desconsiderando paradas que podem sendo reposto diariamente com exceção
ocorrer por diversos fatores. A produção é aos finais de semana.
dividida em 3 turnos de 8 horas. O tempo
O processo de extrusão fabrica em média
de trabalho disponível foi definido da
uma bobina (300 kg) a cada duas horas
seguinte forma:
e trabalha em três turnos diários. Entre
Tempo total disponível = 8 horas/turno x o setor de Extrusão e Impressão há um
60 minutos x 60 segundos, logo: estoque de material em processo para
aproximadamente três dias. O processo
Tempo total disponível = 28.800 segundos/
de impressão produz uma bobina (300 kg)
turno
em tempo próximo de duas horas e meia,
A partir do tempo disponível foi calculado trabalhando três turnos por dia. Entre o
turnos diários e processa uma bobina (300 matéria-prima que ocorre entre o tempo de
kg) em menos de duas horas, aproximada- requisição até a sua utilização resultando
mente uma hora e meia, incluindo o tempo em mudanças de caráter emergencial de
que é perdido com espera e movimentação última hora na programação das máquinas
do material por parte da empilhadeira. e por consequência acaba por afetar toda
a cadeia produtiva. Outro fator que pode
Porém a empresa acha por bem manter um
ocorrer devido ao processo descrito ante-
estoque de produtos acabados de quinze
riormente é uma máquina ficar produzindo
dias para não correr o risco de não atender
produtos que não serão utilizados naquele
o cliente caso ocorra algum problema na
momento, ou seja, promove-se a produção
produção. Além do estoque existente na
empurrada que resulta na criação de esto-
empresa, há na planta matriz a expedição,
ques intermediários ou superprodução de
então todo material acabado antes de ser
um ou mais itens.
enviado ao cliente é enviado para a matriz
para consolidação. Outro ponto observado foi que existe uma
intensa movimentação de matéria-prima e
Com o MFV atual, o tempo total de processo
materiais em processo por meio da empi-
do produto desde o momento que chega a
lhadeira. Isso acarreta em um custo a mais
matéria-prima na fábrica, até a expedição
para o fluxo de valor do sistema produtivo.
do produto final para o cliente é de vinte
Inclusive esta movimentação excessiva
e quatro dias e sete horas. Tal condição
ocorre também com produtos acabados,
também permitiu a visualização de pontos
uma vez que o setor de expedição fica
onde necessitam ajustes.
localizado em um outro ponto da cidade.
O tempo total gasto nas máquinas nas etapas Logo o material produzido é primeira-
de produção é de sete horas, ou seja, 25.200 mente despachado para esta outra planta,
MFV foi que o setor de PCP não informa situação mostra a fragilidade no processo
os materiais somente após as ordens de atender os clientes. Sendo que, caso isso
produção estar na fila para serem produ- ocorra o contrato prevê multas que podem
zidas. Isso tem sido a causa raiz de muitos superar o valor do custo de manutenção
dos problemas relacionados com a falta de do estoque. Sendo assim, a empresa acha
por bem manter um estoque de produto A primeira modificação ficou por conta do
acabado para quinze dias, eliminando por setor de PCP, neste novo mapa os setores
meio desse estoque o risco de não cumprir de vendas e PCP estão mais próximos,
o contrato. mantendo informações mais precisas e
de forma mais ágil. O PCP além de trans-
Após analise do MFV atual da empresa, foi
mitir as informações de forma eletrônica
elaborado um MFV futuro, que de acordo
para o supervisor de produção informa no
com as informações do gerente, foi o que
mesmo instante o setor de abastecimento
mais se aproximou da realidade da empresa
de matéria-prima, assim o suprimento das
e que poderia ser aplicado na prática. O
necessidades diárias acontece mais rapi-
desenho do mapa futuro e as suas previ-
damente, evitando posteriores mudanças
sões com as mudanças propostas podem
na programação das máquinas devida
ser observadas na Figura 2 e no Quadro 2.
falta de matéria-prima, ou até a produção
indevida de outros produtos.
Apesar das dificuldades econômicas que fícios que a implantação do MFV traria
para manter seus negócios saudáveis logo, atual da empresa foi possível visualizar os
existe uma obrigatoriedade natural para problemas na cadeia produtiva. Para tanto
otimizar seus custos de produção e assim máximo os pilares da JIT, TQM e somados
utiliza de muitas ferramentas eficazes para net manufacturing using lean principles
melhora do fluxo de valores. A partir dos and simulation optimization. Journal of
resultados obtidos foi possível concluir Manufacturing Systems, v.34, p.66-73,
que os processos da empresa em estudo 2015.
contam com falhas de comunicação e falta
[ 8] . ROTHER, M. e SHOOK, J., Aprendendo
de integração.
a Enxergar – Mapeando o Fluxo de Valor
para Agregar Valor e Eliminar o Desper-
REFERÊNCIAS dício. São Paulo, Lean Institute, 2003.
cada – Um guia para entender o sistema de (ICOQM-10), Nashik, Índia, jun, 2011
[3]. GIL, A.C. Como elaborar projetos de Reimpressão. Rio de Janeiro, 1992.
[4]. HASEGAWA, H.L., VENANZI, D. SILVA, Thinking: Banir Resíduos e Criar Riqueza
O.R. Estudo de Múltiplos casos envolvendo em sua Corporação. Free Press, 2003.
RESUMO
Atualmente, a distribuição de produtos e materiais no brasil é em grande parte realizada
através de rodovias com o auxílio de caminhões. Nesse artigo, o foco de estudo é um centro
de distribuição onde ocorre o carregamento por um único postto de atendimento. Foram cole-
tados dados relativos aos tempos de chegadas e aos tempos de atendimento durante o mês
de agosto de 2016 desse centro de distribuição localizado na cidade de anápolis - goiás. Sendo
observado que essa empresa trabalha com uma alta de taxa de ocupação do seu sistema e
tempos grandes de espera em fila.
Palavras-Chave
que vem a ser uma fila? Podemos definir comportamento analítico e simulado de
- PRI (Priority Service): Fila que possui aten- Os dados coletados assim como os inter-
dimento prioritário: atendimentos com valos de chegadas e os tempos de serviços
prioridades estabelecidas. (por exemplo: estão apresentados abaixo nas figuras 02
agendamento de cirurgias hospitalares). e 03, respectivamente, totalizando 200
Adaptado de Perin(1995)
das chegadas uma diminuição dos tempos repetições para alcançar os valores médios
de chegadas da população na fila resulta de Wq e ρ e assim realizar as comparações
em aumentos do valor da taxa de chegada com os respectivos Wq e ρ analíticos e
λ. Essas reduções nos tempos médios de simulados para a fila em estudo.
chegada resultaram respectivamente em
Na figura 10 estão representados os
acréscimos de 5%; 10%; 20%; 30% e 40% do
valores médios de Wq com a aproximação
valor de λ. Assim para cada valor de λ foi
de λ e μ.
realizada a simulação 10.000 vezes com 10
Figura 10 - Valores de Wq
Figura 11 - Valores de ρ
dados dos tempos de serviços, obser- uma distorção entre valores simulados e
vados pelo seus histogramas, que tanto a valores analíticos. Próximo da simulação
[1 4 ]. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento
estratégico: conceitos, metodologias e
práticas. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
USO DE SIMULAÇÃO
COMPUTACIONAL
PARA APOIAR O
DESENVOLVIMENTO DE
AULAS DE CROSSFIT®
RESUMO
O Crossfit® é uma modalidade de atividade física com movimentos constantemente variados
sob alta intensidade que se difundiu rapidamente e se popularizou após a compreensão dos
seus benefícios. As boxes de Crossfit®, nome dado ao espaço físico onde ocorrem os treinos
desta modalidade, possuem o desafio de formular semanalmente pelo menos seis treinos
diferentes. Todavia, quando formula o treino o profissional responsável utiliza apenas o seu
conhecimento e experiências prévias, sem o apoio de ferramentas tecnológicas que poderiam
melhorar a qualidade das suas decisões. Assim, o presente estudo busca analisar os impactos
e possíveis ganhos na implementação de um modelo formal baseado em simulação compu-
tacional em uma box de Crossfit®. O objetivo é estudar o comportamento do sistema, avaliar
seu desempenho e otimizar os resultados por meio de manipulações do modelo computa-
cional programado e implementação de melhorias. Utilizou-se o simulador arena que utiliza
a linguagem siman, sendo possível modelar o sistema real no formato de um fluxograma e
apresentar a sua dinâmica. Com as soluções obtidas as formulações dos treinos tornam-se
mais adequadas às características e necessidades de todos os clientes da empresa estudada,
bem como permitem um melhor gerenciamento dos recursos disponíveis para a realização
dos treinos.
objetiva a busca da melhora da resistência além do que prescrito (RX+) e os que fazem
cardiorrespiratória, resistência muscular, de acordo com o que foi prescrito (RX), são
1955, definindo a aptidão de uma forma seis WODS diferentes. Para atingir esse
grandes galpões chamados Boxes e onde de Time CAP – valores de tempo máximo e
Level 1” (CROSSFIT®. 2016, p.1), servem atletas. Todavia, o Head Coach (professor
Brasil iniciou em 2009 e logo apresentou formula o treino, utiliza apenas o conheci-
latura e as articulações que serão requi- análise dos procedimentos antes de serem
pesos; 3) WOD (Workout of the Day – Exer- não se adequam a todos os perfis de
cício do Dia): atividade principal da aula, público e o espaço e materiais acabam não
quando cada atleta deve dar o seu máximo sendo bem aproveitados e distribuídos,
de uma Box tem um conjunto de barras o WOD do tipo For Time descrito na Tabela
fixas, cordas, barras olímpicas, argolas, 1. Com a utilização do ARENA pretende-se
remos, entre outros e é capaz de comportar descobrir o Time CAP ideal para a sua
até quarenta atletas simultaneamente. realização bem como visualizar sistema-
ticamente o processo, analisar gargalos e
WOD no menor tempo possível; AMRAP – Tabela 1 - Workout of the Day (WOD)
As Many Rounds As Possible que consiste proposto
Fonte: Do Autor.
O WOD em questão foi desenvolvido por uma corrida de 600 metros para ambos os
utilizar todos os movimentos básicos e grupos.
frequentes nas diversas aulas de Cros-
Após a corrida o segundo exercício deve
sFit®. Inicialmente, os atletas que reali-
ser realizado em dupla. Assim, o atleta deve
zarão o WOD são separados nos grupos
aguardar a chegada de algum outro do
de RX+/RX, que abriga os mais experientes,
mesmo grupo para a realização do burpee.
sendo denominado grupo (G1). O grupo
Devem ser realizados, no total, 150 (cento
(G2), por sua vez, é formado pelos atletas
e cinquenta) burpees, numa contagem
INT/SCL, os iniciantes na modalidade. O
de 75(setenta e cinco) burpees para cada
tempo se inicia no começo do WOD, com
um simultaneamente. O terceiro exercício
deve ser feito individualmente totalizando buto definido previamente, conforme será
100 (cem) agachamentos livres, sem se descrito na seção 4.1.
utilizar pesos externos. O quarto exercício
é a realização individual de 50 (cinquenta) 4. RESULTADOS
pull ups em uma das seis barras fixas
disponíveis na Box. O quinto e último exer-
4.1. MODELAGEM
cício, também realizado individualmente,
COMPUTACIONAL
são 25 (vinte e cinco) abdominais livres.
Ao término, o atleta verifica seu tempo de Esta seção é sobre a construção do modelo
realização do WOD no relógio da Box, que matemático em que será feita a progra-
deve ser inferior ao Time CAP previamente mação lógica para simular o Workout of
estabelecido. the Day do presente estudo de caso no
Software de Simulação Computacional
3.3 TRATAMENTO E COLETA ARENA.
DE DADOS
Após terem sido obtidas as distribuições
Para a simulação computacional do WOD, estatísticas para cada atividade, iniciou-se
foi utilizado o programa ARENA, sendo a programação dos templates necessários
necessário definir as expressões com para a modelagem do sistema estudado.
auxílio do Input Analyser. A expressão que Para dar início foi necessário utilizar dois
foi utilizada como base de tempo por atleta Create, um para cada grupo (G1 e G2). Em
para chegada e cada um dos exercícios a seguida foi usado o Assign que permite a
serem executados no WOD escolhido, foi diferenciação dos tempos para cada ativi-
feito através de um estudo dos tempos dade e a definição das prioridades para o
com base em 66 observações de diferentes WOD. Depois foram inseridos dois Station,
alunos que foram recolhidas na visita à diferenciando o Grupo 1 do Grupo 2, para
CrossFit Posto 9 para cada etapa. Uma vez melhor organização antes de se dar início
com os dados obtidos, utilizando o Input para a próxima etapa: a corrida. Depois
Analyser, foi possível chegar a expressão dessa etapa foi colocado um Leave para a
que mais se aproxima da distribuição de transição da Chegada para a próxima ativi-
probabilidade de tempos utilizados. dade, a Corrida (Figura 2 e Tabela 2).
Fonte: Do Autor
TRIA(2.18, 3.35,
11 Corrida G1 Process Infinite - -
3.62)1,2
3.14 + 1.86
12 Corrida G2 Process * BETA(1.65, Infinite - -
1.06)1,2
Route: Estação
13 Saída Corrida Leave 0.17 - -
Burpee
A atividade burpee se inicia com Station Decide que auxilia na decisão de qual será
que é a porta de entrada para a mode- a distribuição estatística baseada no tipo
lagem desta etapa. Antes desse processo, e tempo de cada atleta a ser utilizada na
assim como nos outros, é utilizado um programação do processo e em seguida o
Batch que os agrupa corretamente pelos término do burpee. Então, o Leave traça a
grupos previamente definidos. Após isso, rota para o próximo movimento (Figura 4
o Process onde a atividade é realizada e e Tabela 4).
um Separate que desagrupa os atletas ao
Fonte: Do Autor.
5 + 2.71 * BETA(1.17,
17 Etapa Burpee G1 Process Infinite -
1.66)1,2
7.04 + 2.96 *
18 Etapa Burpee G2 Process Infinite -
BETA(1.92, 1.41)1,2
O agachamento é iniciado pelo Station que dos Pull Ups caso muito alunos optassem,
é a entrada dessa parte da simulação. Nova- por exemplo, em realizar na barra número
mente é utilizado o Decide e em seguida 1 (Figura 5 e Tabela 5).
o Process que representa a execução do
agachamento. Posteriormente colocou-se
um PickStation na simulação para que o
atleta fosse direcionado para o equipa-
mento de menor fila da próxima atividade,
para que não houvesse a opção de sobre-
carga de alguma das barras na execução
Fonte: Do Autor.
Tabela 5 - Especificações usadas na programação do AGACHAMENTO
Módulos rela- Expressão (Mi-
i Dados da entrada Capacidade Observações
cionados nutos)
21 Estação Agachamento Station - - -
Type: 2-way- by
22 Tipo de Grupo AG Decide == -
Condition
0.999 + 1.61 *
23 Etapa Agachamento G1 Process Infinite -
BETA(1.21, 1.23)2
2.14 + 1.86 *
24 Etapa Agachamento G2 Process Infinite -
BETA(1.79, 1.27)1,2
Route: Estação Pull
25 Saída Agachamento PickStation 15 * -
Up
Na atividade Pull Up, por utilizar um equi- foi alterado no Resource em Basic Process.
pamento físico (a barra fixa) para sua reali- Neste movimento foi usado um Seize, que
zação, deve-se levar em consideração a é responsável por formar uma fila única
sua capacidade. A CrossFit Posto 9 dispõe para cada barra escolhida pelo atleta e em
de 6 conjuntos de barras tendo capacidade seguida também um Decide. Utilizou-se
para 13 atletas realizarem o movimento o Process representando a realização da
simultaneamente. As outras atividades, atividade e um Release, desfazendo a fila
por serem funcionais, independem da formada. E por fim, o Leave que leva até a
capacidade não necessitando de equipa- última atividade (Figura 6 e Tabela 6).
mentos. Para a definição da capacidade
Fonte: Do Autor.
*Atividades realizadas que foram replicadas seis vezes, devido a existência de seis con-
juntos de barras fixas para a atividade do Pull Up. 1 Esta expressão é significante com
95% de confiança no teste Qui- Quadrado. 2 Esta expressão é significante com 95% de
confiança no teste Kolmogorov-Smirnov.
Fonte: Do Autor
Fonte: Do Autor.
1 Esta expressão é significante com 95% de confiança no teste Qui- Quadrado;2 Esta ex-
pressão é significante com 95% de confiança no teste Kolmogorov-Smirnov
Fonte: Do Autor
Fonte: Do Autor
Pela análise da Tabela 9, verifica-se que
Com a simulação foi estabelecido o Time
houve formação de filas em todos os
CAP de 23,343 minutos de acordo com a
conjuntos de equipamentos do recurso
tabela 10. Não foi utilizado o “tempo total”
Pull Ups. Os conjuntos de Pull Up, 1, 2, 3 e
como base para a realização do WOD,
4 tiveram como número máximo em fila a
pois, como o intuito é incentivar que o
maior quantidade de 3 atletas, já o Pull Up
atleta alcance seu esforço máximo usou-se
6 teve o menor número com 1 pessoa na
como Time CAP o valor da média do Grupo
fila. Em relação à taxa de ocupação perce-
2 que permite que o Grupo 1 finalize o
be-se que o equipamento 1 obteve maior
WOD, parte do Grupo 2 também e que a
utilização com 41,37% e o equipamento 6
parcela desse mesmo Grupo 2 que teria
menor utilização com 16,90%. Em relação
um tempo maior de execução, se esforce
ao tempo médio em fila o recurso Pull
para terminar no tempo sugerido.
Up 2 ficou com o maior tempo de 1,3107
minutos e Pull Up 6 com o menor de 0,1995 Para a análise comparativa foi simulado
minutos. Desse modo, uma das alterna- o problema em uma Box de CrossFit®
tivas possíveis é propor uma nova orga- padrão, onde normalmente o espaço é
nização dessa atividade com uma distri- menor e possui uma quantidade de equi-
buição mais eficiente entre os conjuntos pamentos reduzidos. Para realizar essa
de Pull Ups, aumentando a utilização do simulação, foi definido que tal Box dispõe
conjunto Pull Up 6 e ocasionalmente suavi- de 6 barras fixas para a realização da ativi-
zando os resultados encontrados. dade Pull Up no WOD. Assim, após a nova
Tabela 10 - Estudo dos tempos de exe- programação da capacidade na mode-
cução do WOD do caso da CFP9® lagem no ARENA foi encontrando o resul-
Grupo 1 (RX+/RX)
tado abaixo.
Melhor Pior
Média
atleta atleta
Tempo (min) 41,37% 15,969 14,461
Grupo 2 (INT/SCL)
Melhor Pior
Média
atleta atleta
Tempo (min) 19,818 28,196 23,343
Tempo total
28,196
máximo (min)
Fonte: Do Autor
Fonte: Do Autor
Pela análise da Tabela 11, verifica-se que levado pelo grupo 2 (INT/SCL), podendo-se
o número máximo de atletas na fila e as observar um aumento quando comparado
taxas de ocupação da atividade Pull Up com a modelagem do caso da CrossFit Posto
aumentaram quando comparado com a 9. Esse aumento é explicado pela maior
modelagem do caso da CFP9® que possui formação de filas quando a quantidade
capacidade de 13 atletas simultaneamente de barras fixas é reduzida. Vale ressaltar
na atividade. O conjunto Pull Up 1,2,3 e 4, que o “tempo total” para a realização do
obtiveram todos como número máximo na WOD por todos os atletas aumentou em
fila, 4 atletas. Quando analisada a taxa de 7 minutos aproximadamente. Conclui-se
ocupação e tempo médio em fila, o recurso que os números de equipamentos para
Pull Up 1 teve a maior taxa de 62,95%. O essa atividade afetam significantemente
maior tempo médio na fila foi de 4,1561 os resultados encontrados, confirmando
minutos do Pull Up 4, enquanto o recurso a necessidade de uma maior atenção na
Pull Up 5 teve a menor taxa, de 39,36% e o quantidade de equipamentos e sua respec-
menor tempo, de 2,0531 minutos. tiva distribuição.
Tabela 12 - Estudo dos tempos de execu-
ção do WOD para a Box padrão
Grupo 1 (RX+/RX) 5. ANÁLISE
Melhor Pior
Média
COMPARATIVA
atleta atleta
Tempo (min) 12,858 16,318 14,462
Para a análise comparativa foi simulado
Grupo 2 (INT/SCL)
o problema em uma Box de CrossFit®
Melhor Pior
Média
atleta atleta padrão, onde normalmente o espaço é
Tempo (min) 19,955 35,389 26,697
menor e possui uma quantidade de equi-
Tempo total
35,389
máximo (min) pamentos reduzidos. Para realizar essa
Fonte: Do Autor
Pela análise da Tabela 13, verifica-se que levado pelo grupo 2 (INT/SCL), podendo-se
o número máximo de atletas na fila e as observar um aumento quando comparado
taxas de ocupação da atividade Pull Up com a modelagem do caso da CrossFit Posto
aumentaram quando comparado com a 9. Esse aumento é explicado pela maior
modelagem do caso da CFP9® que possui formação de filas quando a quantidade
capacidade de 13 atletas simultaneamente de barras fixas é reduzida. Vale ressaltar
na atividade. O conjunto Pull Up 1,2,3 e 4, que o “tempo total” para a realização do
obtiveram todos como número máximo na WOD por todos os atletas aumentou em
fila, 4 atletas. Quando analisada a taxa de 7 minutos aproximadamente. Conclui-se
ocupação e tempo médio em fila, o recurso que os números de equipamentos para
Pull Up 1 teve a maior taxa de 62,95%. O essa atividade afetam significantemente
maior tempo médio na fila foi de 4,1561 os resultados encontrados, confirmando
minutos do Pull Up 4, enquanto o recurso a necessidade de uma maior atenção na
Pull Up 5 teve a menor taxa, de 39,36% e o quantidade de equipamentos e sua respec-
menor tempo, de 2,0531 minutos. tiva distribuição.
Tabela 14 - Estudo dos tempos de execu-
ção do WOD para a Box padrão
Grupo 1 (RX+/RX) 6. CONSIDERAÇÕES
Melhor Pior
Média
FINAIS
atleta atleta
Tempo (min) 12,858 16,318 14,462
O tempo do melhor atleta do Grupo RX+/
Grupo 2 (INT/SCL)
RX no caso da CFP9®, analisado em 12,858
Melhor Pior
Média
atleta atleta minutos, deve servir como parâmetro para
Tempo (min) 19,955 35,389 26,697
que os outros atletas de ambos os grupos
Tempo total
35,389
máximo (min) possam se espelhar e buscar melhorar
7. REFERÊNCIAS
[1 ]. CONTI, F. Biometria: Qui Quadrado.
2011. Disponível em: <http://www.cultura.
ufpa.br/dicas/biome/bioqui. htm>. Acesso
em: 29 out. 2011.
Possui curso de Programação e Operação de Torno CNC pela instituição de ensino SENAI
(2010), em 2012 formou-se Técnico em Mecânica pela Escola Técnica Estadual (ETEC),
também em 2012 fez curso on line de Fundamentos da Gestão de Custos pela Fundação
Getúlio Vargas, em 2014 fez curso de formação continuada em MS Excel em nível avançado
pela instituição de ensino SENAI, em 2015 fez curso de formação continuada em
Programação de Produção pela instituição de ensino SENAI, também em 2015 fez curso on
line de Sustentabilidade Aplicada aos negócios pela Fundação Getúlio Vargas, está cursando
Bacharelado em Engenharia de Produção pela Faculdade Carlos Drummond de Andrade com
previsão de término para 2018. Já atuou na indústria como operador de máquinas
convencionais e CNC, como inspetor de linha de produção e recebimento de materiais e
atualmente é Analista Técnico em um organismo de certificação de produto no setor de
dispositivos de proteção e comando (DPC) e fios, cabos cordões elétricos (FCC).
Ariosto Sparemberger
Clarimar J Coelho
David Viana, solteiro, 24 anos, brasileiro, Engenheiro de Produção, CREA-RJ: 2017119131. Rio
de Janeior - RJ. Auxiliar de criação e desenvolvimento do novo plano telefônico Oi Galera na
AUTORES
Délvio Venanzi
Em 2008 se formou Técnico em Segurança do Trabalho pelo SENAC, também em 2008 fez
curso de Informática, em 2008 fez curso de Operador de Ponte Rolante pela instituição de
ensino SENAI, em 2012 fez curso de NR-10, em 2014 fez curso de Operador de Empilhadeira
pelo SENAI, em 2017 fez o curso de Brigada de Incêndio, está cursando Bacharelado em
Engenharia de Produção pela Faculdade Carlos Drummond de Andrade com previsão de
término para 2018. Atuou em metalúrgica operando máquinas de corte e dobras de
vergalhões de aço, como operador de máquinas e atualmente é Técnico em Segurança do
Trabalho na área Hospitalar com conhecimentos em Normas e Procedimentos ligados a área.
Fabiana Costa Munhoz Ferraz
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita
Filho’ (2002), especialização em Segurança no Trabalho e Mestrado em Engenharia de
Produção pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (2008). Tem experiência
na área de Construção Civil, Orçamentos, Sistema de Qualidade, Segurança no Trabalho e
Gestão Ambiental. Experiência também como docente em curso Técnico de Segurança no
Trabalho e graduação em Engenharia Civil, Elétrica, Agronômica e Arquitetura e Urbanismo.
Gabriela Cappellari
Lourenço Costa
Luciano Zamberlan
AUTORES
Marcela Soares
Maria Eugenia Santana Soares Vasconcelos possui graduação em Abi - Ciências da Natureza
pelo Instituto Federal Fluminense (2005), graduação em Engenharia de Produção pelo Instituto
Tecnológico e das Ciências Sociais Aplicadas e da Saúde (2009) e Mestre em Pesquisa
Operacional e Inteligência Computacional (2017). Atualmente é professor da Prefeitura
Municipal de Campos dos Goytacazes, professor - Secretaria de Educação do Estado do Rio
de Janeiro - Santo Cristo e professor do Instituto Tecnológico e das Ciências Sociais
Aplicadas e da Saúde. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em
Garantia de Controle de Qualidade.
Vanessa Stoll