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BQD – Endócrinó – Med Interna III

Renata Medronho, M7, 2018.1

ENDÓCRINO 2016.1

23) Qual é o melhor método para o diagnóstico de insuficiência adrenal secundária?

a) RM de hipófise

b) Dosagem de aldosterona após estimulo com ACTH

c) Teste de estímulo com CRH ovino

d) Dosagem de cortisol após hipoglicemia induzida por insulina

Comentário: a IA 2ária se deve a causas externas à adrenal (ou seja, algo está inibindo sua
produção hormonal ou impedindo que ela exista). Pode-se pensar em causas iatrogênicas e
neuroendócrinas, sobretudo (para saber a origem da insuficiência, a RM de hipófise integra a
investigação, porém como não é a única causa de IA 2ária, não confere diagnóstico em todos
os casos). Considerando que o cortisol é um hormônio hiperglicemiante que atua sobretudo
em fases tardias da hipoglicemia grave, o melhor teste diagnóstico seria esse: afinal, se
estivéssemos tratando de uma IA 1ária, não haveria produção de cortisol sob qualquer
hipófise, pois o problema está na glândula. A hipoglicemia grave é um fator estimulante o
suficiente para “vencer” a causa base da IA. Professor, na discussão de prova, disse que dx é
sempre bioquímico, não de imagem.

24) Qual a principal causa de insuficiência adrenal secundária dente as opções abaixo?

a) Hipófise linfocítica

b) Traumatismo craniano

c) Uso crônico de glicocorticoide

d) Sd de Sheehan

25) Na insuficiência adrenal primária, observamos:

a) Hiperpigmentação cutânea, hipocalemia e ACTH baixo ou inapropriadamente normal

b) Hiperpigmentação cutânea, hipercalemia e ACTH elevado


c) Ausência de hiperpigmentação, hipocalemia e ACTH elevado

d) Ausência de hiperpigmentação, hipercalemia e ACTH baixo ou inapropriadamente normal

Comentário: Primária = defeito direto na glândula = não há produção de cortisol e outros


hormônios = feedback negativo sobre a hipófise diminui, levando a um aumento dos níveis de
ACTH e POMC (precurssor). O POMC causa a hiperpigmentação, exclusiva da IA 1ária.

26) Qual a principal causa de panhipopituitarismo?

a) Traumatismo craniana

b) Síndrome de Sheehan

c) Hipofisite linfocítica

d) Tumores da região hipotálamo-hipofisária

27) No panhipopituitarismo, a reposição hormonal deve ser iniciado com qual hormônio?

a) Hormônio do crescimento (GH)

b) Levotiroxina (LT4)

c) Esteroides sexuais

d) Glicocorticoide

28) Menina de 16 anos, impúbere, com baixa estatura e importante elevação de


gonadotrofinas, devemos pensar em:

a) Síndrome de Turner

b) Síndrome dos ovários policísticos

c) Síndrome de Kallamann

d) Retardo constitucional do crescimento e puberdade

Comentário: hipogonadismo hipergonadotrófico = defeito diretamente nas gônadas, que não


produzem os esterois sexuais, logo há uma redução do feedback negativo sobre a hipófise.
Causa mais comum: Sd. Turner.

29) Paciente de 29 anos de idade procurou o endocrinologista por estar amenorreica há 2


anos. Aos 21 anos, teve estabelecido o diagnóstico de diabetes tipo 1 e há 3 anos soube ser
portadora de tireoidite de Hashimoto (em tratamento com Ltiroxina, 10 mcg/dia). A avaliação
laboratorial revelou os seguintes resultados: glicemia de jejum=144 mg/dL (em uso de insulina
glargina e insulina de ação ultrarrápida); HbA1C= 8,4% (VR:46%); LH = 40 UI/L (VR: 1,7-8,7);
FSH = 70 UI/L (VR: 1,5-12,4); prolactina = 74 ng/mL (VR= 2,8-22); TSH = 38 mcUI/mL (VR= 0,3-
5); T4 livre = 0,6 ng/dL (VR = 0,8-1,5); anticorpo antiTPO = 630 UI/mL (VR = < 35). Sobre este
caso, podemos afirmar que:

a) A amenorreia desta paciente é secundária à hiperprolactinemia

b) A paciente deve ser submetida à RM de sela túrcica

c) A função adrenal deve ser obrigatoriamente investigada

d) A correção do hipotiroidismo certamente possibilitará o retorno das menstruações

Comentário: Síndrome de Schmidt: Combinação de insuficiência adrenal (doença de Addison)


com hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto) e frequentemente associada com Diabetes
mellitus autoimune. Naõ se pode deixar de investigar a função adrenal, que constantemente
está acometida nesses casos.

30) Paciente com quadro clínico de hipotiroidismo franco, apresenta nos exames laboratoriais:
T4L de 0,4 (0,81,9) e TSH de 5,5 (0,55,0). Qual deve ser a etiologia do hipotiroidismo?

a) Tireoidite de Hashimoto

b) Tiroidite subaguda

c) Bócio multinodular atóxico

d) Hipotiroidismo central

Comentário: TSH “inapropriadamente normal” para o T4 livre tão baixo. Precisaria estar muito
alto para compensar.

31) O achado laboratorial de PTH elevado, cálcio levemente reduzido e fósforo normal, são
compatíveis com:

a) Hiperparatireoidismo primário

b) Hiperparatireoidismo secundário

c) Hiperpara terciário

d) Intoxicação por vitamina D

Comentário: no hiperpara secundário, sobretudo associado a DRC, a hipocalcemia é


compensada pelo aumento de PTH.

32) Qual destes tipos histológicos do CA de tireóide é o mais comum em adultos?


a) Folicular
b) Papilífero
c) Medular
d) Anaplásico

Leia o caso clinico abaixo e resposta as questoes 33 e 34 a seguir:


Paciente do sexo feminino, com 38 anos, refere insônia, irritabilidade tremores, perda de 7
kg em 1 mês. Ao exame apresenta FC= 110 bpm, PA= 160x80 mmHg e ausência de
exoftalmia e presença de tremores. Sua pele é quente e sedosa. Tireoide muito dolorosa à
palpação, porém de tamanho normal, sem nódulos.

33) Qual a apresentação laboratorial mais provável para a paciente do caso acima?
a) TSH ↓, T4 livre ↑, VHS ↑, TRAB negativo, Anti- TPO negativo
b) TSH ↓, T4 livre ↑, VSH normal, TRAB positivo, Anti TPO negativo
c) TSH normal, T4 livre ↑, VHS normal, TRAB negativo, Anti TPO negativo
d) TSH ↑, T4 livre ↑, VHS normal, TRAB positivo, Anti TPO negativo
Comentário: Tireoidite clássica por inflamação. TRAB só está positivo em casos de
tireoidite auto-imune, sem ser específico para hipo ou hipertireoidite.

34) Em relação à captação tireoidiana com iodo radioativo no caso acima descrito:
a) Esperamos uma captação normal
b) Esperamos uma baixa captação
c) Esperamos uma captação elevada
d) Não acrescenta em nada na investigação diagnóstica

Comentário: tireoide inflamada, portanto não capta iodo (? Foi o que o professor falou no
áudio).

35) Paciente feminina, 47 anos, assintomática, chega ao seu consultório com USH de
tireóide apresentando nódulo hipoecogênico solitário de 1,2x0,8 em LD, sem halo ou
microcalcificações e vascularização periférica. Qual a sua conduta?
a) Cintilografia de tireoide
b) Cirurgia com lobectomia D + istmectomia
c) Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
d) Tratamento supressivo com altas doses de levotiroxina
Comentário: Nódulo hipoecogênico  malignidade. >1cm, você já está autorizado para
fazer PAAF.

36) Qual dos autoanticorpos abaixo é o mais característico do hipotireoidismo por


tireoidite de Hashimoto?
a) Antitireoglobulina
b) Antitireóide
c) Antitireoperoxidase
d) Trab

37) Paciente em pós operatório tardio de neurocirurgia para ressecção de


craniofaringeoma, sem intercorrências. Mantenha-se no pós op com diurese de 3,5 litros
por dia (balanço hídrico negativo em quase 1 litro), coloração urinária muito clara. Qual
hipótese deve ser considerada?
a) Secreção inapropriada de ADH
b) Diabetes insipidus central
c) Diabetes insipidus nefrogênico
d) Evolução normal
Comentário: lesão na neurohipófise, provável intercorrência da cirurgia.

38) Mulher, 23 anos, refere alteração nos hormônios da tireoide. Desde a infância faz dieta
para perder peso sem sucesso. Relata palpitação ocasional e irritabilidade. Está
taquicárdica, com leve temo de extremidades, sem bócio ou sinais de oftalmopatia. TSH:
0,01 MlU/l (n: 0,44,0 mlU/l); T4 livre: 0,2 ng/dL (n: 0,81,8 ng/dL). O provável diagnóstico é:
a) doença de Graves
b) tireotoxicose factícia

c) tireoidite subaguda

d) nódulo tóxico

Comentário: não apresenta elevação no TSH nem no T4. Hormônios normais!! Ela usou algo
que suprimiu o T4 livre, provavelmente hormônios tireoideanos, com objetivo de emagrecer
(não se trata de hipertireoidismo por T3, pois o T4 estaria normal nesse contexto).

39) Quais manifestações não fazem parte da Síndrome dos Ovários Policísticos na mulher
jovem?

a) Acne e hirsutismo

b) Anovulação, oligo-amenorréia e infertilidade

c) Resistência insulínica e hiperinsulisnismo

d) Osteoporose

40) Não é complicação da acromegalia:

a) Hipertensão arterial

b) Diabetes Mellitus

c) Síndrome Túnel do Carpo

d) Hipoglicemia

Comentário: GH é um hormônio hiperglicemiante (menos importante que glucagon, mas ainda


tem relevância, aliado ao cortisol), assim seu excesso não pode provocar hipoglicemia
ENDÓCRINO 2016.2
1) Mulher, 38 a, refere insônia, irritabilidade, tremores, perda de 7kg em 1 mês. Ao exame
apresenta FC 110bpm, PA 160x80mmHG, ausência de exoftalmia e presença de tremores. Sua
pele é quente e sedosa. Tireóide muito dolorosa à palpação, porém de tamanho normal, sem
nódulos. Qual a apresentação lab mais provável para a paciente do caso acima?

a) TSH ↓, T4 livre ↑, VHS ↑, TRAB negativo, anti-TPO negativo

b) TSH ↓, T4 livre ↑, VHS normal, TRAB positivo, anti-TPO negativo

c) TSH normal, T4 livre ↑, VHS normal, TRAB negativo, anti-TPO negativo

d) TSH ↑, T4 livre ↑, VHS normal, TRAB positivo, anti-TPO negativo

2) Em relação à captação tireoidiana com iodo radioativo, no caso acima descrito:

a) esperamos uma captação normal

b) esperamos uma baixa captação

c) esperamos uma captação elevada

d) não acrescenta em nada na investigação dx

3) Os exames lab que confirmam hiperparatireoidismo primário são:

a) hipercalcemia > 13mg/dL (N < 10,2) independente do valor do PTH

b) hipercalcemia e PTH elevado

c) PTH elevado, independete nos níveis de cálcio sérico

d) hipercalcemia + hiperfosfatemia + PTH elevado

Comentário: hiperpara primário da HIPOfosfatemia (quelante do cálcio).

4) Contribuem para depleção de cálcio e hiperparatireoidismo secundário nas pessoas idosas:

a) diuréticos de alça, por excretar cálcio

b) menor síntese cutânea de vit D

c) redução da síntese de vit D ativa

d) todos acima
5) Que fatores colaboram para o surgimento de osteoporose em adultos jovens?

a) corticoterapia prolongada e alcolismo

b) heparina e alticonvulsivantes

c) análogos do GnRH

d) todos acima

6) Paciente sexo masculino (...), macroadenoma hipofisário, prolactina 200 ng/mL. Qual a
conduta?

a) Agonista dopaminérgico

b) Encaminhar à cirurgia transesfenoidal

c) Repetir RNM

d) Iniciar reposição de testosterona

Comentário: tto inicial do prolactinoma é SEMPRE clínico. (Dito no caso clínico)

7) Mulher, 27 anos, HAS de início recente, procura endócrino para emagrecer. Irregularidade
menstrual, depressão, fraqueza muscular ao subir escadas. Está em sobrepeso, fáscies em lua
cheia, obesidade centrípeta, giba. Qual o diagnóstico?
a) SOP

b) Sd Cushing

c) HAC

d) Hipotireoidismo

Comentário: estigmas de síndrome de Cushing + hipertensão de início recente.

7) Qual exame pedido nesse caso?

a) FSH e LH

b) Cortisol após 1 mg de dexametasona

c) 17 OH progesterona

d) TSH

Comentário: gonadotrofinas na suspeição de hipogonadismo, tal como 17-OH-progesterona.


TSH na suspeição de dça da tireoide. Cortisol pós 1 mg de dexa: supressão do eixo levando a
uma redução da produção de cortisol (só não há essa redução no caso de secreção ectópica de
ACTH, i.e. nos casos de CPC's).

8) Homem de 65 anos apresentou aumento rápido do volume de pescoço. Tireoide fixa. Pela
PAAF: neoplasia maligna de fundo necrótico, com células fusiformes e gigantes
multinucleadas, infiltrando a cápsula da tireoide, o tecido adiposo e muscular regionais, com
células pleomórficas. Negativo para tireoglobulina e tireocalcitonina. LCA negativo. Qual o
provável diagnótisco?

a) CA indiferenciado

b) CA medular

c) Linfoma anaplásico

d) CA insular

Comentário: não tenho certeza #forapatol

ENDÓCRINO – 2010.1
19) Paciente apresentando febre alta e dor de garganta, com evolução de 5 dias. Ao exame
orofaringe sem alterações. Qual o diagnóstico provável?

a) Faringite viral
b) Tireoidite aguda

c) Tireoidite sub-aguda

d) Tireoidite de Hashimoto

Comentário: aspecto de tireoidite aguda, de inflamação.

20) Diante de menina de 15 anos, impúbere com importante baixa estatura, apresentando
gonadotrofinas elevadas, deve-se pensar em:

a) Síndrome dos ovários policísticos

b) Síndrome de Turner

c) Amenorreia secundária

d) Puberdade atrasada

21) Os exames laboratoriais que confirmariam hiperparatireoidismo primário são:

a) hipercalcemia e PTH elevado, mesmo sem detectar-se imagem de adenoma de


paratireoide ao US

b) hipercalcemia isolada, desde que houvesse imagem sugestiva de adenoma de paratireoide


ao teste com Sestamibi

c) PTH muito elevado, independente dos níveis do cálcio sérico

d) Hipercalcemia + hiperfosfatemia + PTH elevado

22) Mulher de 32 anos manifesta tetania (hipocalcemia) no segundo dia de pós-operatório de


bócio volumoso. Deve-se iniciar tratamento com:

a) Carbonato de cálcio 3g + 1,25 vitamina D via oral

b) Gluconato de cálcio 2 ampolas em bolus IV seguida de reposição oral

c) Gluconato de cálcio 2 ampolas em 100 mL de soro glicosado em bolus IV, programando


outras 20 ampolas nas próximas 24h

d) Gluconato de cálcio via oral, até 10 ampolas nas 24h, associado à vitamina D

23) O principal fator envolvido na etiopatogenia da osteoporose pós-menopausa é:


a) anovulação crônica, daí a necessidade de repor progesterona por longos anos (estrogênio)

b) menor produção de 1,25 vitamina D, que deve ser administrada com carbonato de cálcio
oral

c) deficiência estrogênica, daí a importância da reposição deste hormônio

d) deficiência aguda de estrogênio, progesterona e testosterona, devendo-se repor sempre os


três hormônios

24) Quais manifestações não fazem parte da Síndrome dos Ovários Policísticos na mulher
jovem?

a) Acne e hirsutismo

b) Anovulação, oligomenorreia e infertilidade

c) Obesidade centrípeta e estrias violáceas em abdomen e mamas

d) Resistência insulínica e hiperinsulinismo

Comentários: características de Cushing.

25) Contribuem para a depleção de cálcio e hiperparatireoidismo secundário nas pessoas


idosas:

a) diuréticos de alça, por excretar cálcio

b) baixa ingestão de cálcio e vitamina D

c) redução da síntese renal de vitamina D ativa

d) todos acima

26) Na síndrome de Klinefelter, em jovem de 18 anos, o tratamento visa

a) restaurar a fertilidade do paciente

b) evitar a baixa estatura

c) corrigir a deficiência de testosterona

d) melhorar a síndrome metabólica

Comentário: hipogonadismo hipergonadotrófico por defeitos diretamente nas gônadas


masculinas, levando à não produção dos hormônios sexuais (no caso, o mais impte é a
testosterona).
Paciente sexo masculino, 50 anos, refere quadro de aumento de extremidades, astralgia em
ambos os joelhos, sem sinais flogísticos, astenias, sudorese intensa, cefaleia frontal moderada
frequente, parestesias em mãos, roncos noturnos e sonolência diurna há aproximadamente 06
anos. Redução de libido e impotência há 1 ano. Ao exame, Phallen positivo, aumento de
extremidades e acantose cervical. Presença de seis acrocórdons em dorso. Tireoide aumentada
2,5x de tamanho, consistência elástica, móvel, indolor e sem nódulos. PA: 160x100 mmHg, FC:
72 bpm. ACV: RCR 3T (B4) BNF, sem sopros. Aparelho respiratório e abdome sem alterações.

27) Qual o diagnóstico mais provável?

a) Uso de anabolizantes

b) Hipotireoidismo

c) Insuficiência adrenal primária

d) Acromegalia

Comentários: caso clássico de acromegalia. Acometimento osteomioarticular e neuronal


(parestesias) é também habitual nesses casos.
Quadro pode ter ou não DM (devido ao estímulo à produção de IGF-1!). Pode haver
associação com nódulos na tireoide/bócio. Outro fator que se associa é a hiperceratose
(pequenas protuberâncias da pele), falando a favor até mesmo de pctes com tumor de
cólon, que apresenta associação com o quadro de acromegalia.
Hiperprolactinemia (efeito de haste hipofisária, por crescimento tumoral, diminuindo a
chegada de dopamina nos lactotrofos – localização lateral -, de maneira a acabar com o
feedback negativo exercido pela dopamina) —> estímulo à produção deTSH—> bócio.
Também justifica os estigmas de hipogonadismo por redução de gonadotrofinas (efeito de
massa compressivo).
IGF-1(cuja secreção é aumentada pela síntese de GH)diretamente estimulando tireoide.
A prolactina alta nesse caso pode ser por compressão na haste (menor chegada de
dopamina à hipófise, substância q inibe a síntese de prl). Pode haver, também, tumor
cossecretor de prl (capaz de se tornarum resíduo tumoral pós cirúrgico).
Nesse caso, faz-se intervenção cirúrgica.

28) Que exames devem ser solicitados para confirmação diagnóstica?

a) Metabólitos de testosterona na urina

b) TSH, T4 livre e anti-TPO

c) Teste de cortrosina (ACTH sintético) com dosagem do cortisol

d) IGF-1 e teste oral de tolerância à glicose com dosagem de GH

29) Que anormalidade(s) pode(m) estar associada(s) ao caso em questão?

a) Síndrome da apneia do sono

b) Resistência insulínica
c) Síndrome do Túnel do Carpo

d) Todas estão corretas

Comentário: sd tunel do carpo (acometimento osteomuscular) e resistência insulínica (efeito


hiperglicemiante) com certeza. As demais não tenho certeza.

30) O tratamento primário de escolha é?

a) Glicocorticoide via oral (prednisona)

b) Levotiroxina

c) Cirurgia transesfenoidal

d) Agonista dopaminérgico

31) Qual a principal causa de mortalidade nos pacientes com este diagnóstico?

a) Cardiovascular

b) Metabólica

c) Neoplásica

d) Respiratória

Sexo feminino, 35 anos, hígida, encaminhada ao endocrinologista para avaliação de


amenorreia secundária há seis meses, após suspensão do anticoncepcional oral (ACO), o qual
vinha fazendo uso desde os 20 anos de idade. Refere galactorreia bilateral espontânea. Nega
acne ou hirsutismo. Menarca aos 11 anos e catamênios regulares até o início do ACO. Nega
etilismo ou tabagismo. Exame físico: corada, hidratada, ausência de giba ou estrias violácea.
PA: 110x70 mmHg, FC: 80 bpm. Índice de massa corporal: 22 kg/m². Aparelhos cardiovascular
e respiratório, abdome e MMII sem alterações. Tireoide normopalpável. Galactorreia bilateral
à expressão. Os exames laboratoriais desta paciente mostraram: hemograma, ureia,
creatinina, TGO, TGP, Albumina e TAP normais. Prolactina 320 ng/dL.

32) O diagnóstico mais provável é:

a) Prolactinoma

b) Pseudoprolactinoma

c) Síndrome dos ovários policísticos

d) Secreção ectópica de prolactina


Comentário: nível de prolactina 10x maior do que o normal sugere prolactinoma!

33) O melhor exame de imagem para confirmação do diagnóstico é:

a) Tomografia computadorizada de tórax

b) Ressonância magnética de sela turca

c) Tomografia computadorizada de sela turca

d) Ressonância magnética da pelve

Comentário: exame de predileção para avaliação de prolactinomas.

34) Com relação ao caso clínico acima marque a resposta correta:

a) No pseudoprolactinoma o valor sérico da prolactina geralmente se correlaciona com o


volume tumoral

b) A amenorreia pode ser explicada pela inibição dos pulsos hipotalâmicos de GnRH

c) O tratamento medicamentoso é feito com metformina

d) Todas estão corretas

Comentário: lol metformina que

35) As duas principais causas de hiperprolactinemia em geral são:

a) Cirrose e insuficiência renal

b) Prolactinoma e medicamentoso

c) Secreção ectópica de prolactina e prolactinoma

d) Hipotireoidismo e síndrome dos ovários policísticos

Comentário: medicamentoso é SEMPRE o principal (antipsicóticos, depressivos e outros que


atuem na via dopaminérgica/serotoninérgica, como foi explicado em questão anterior).

36) Sobre os tumores secretores da hipófise anterior é INCORRETO afirmar:

a) cerca de 50% dos microprolactomas evoluem a longo prazo para macroprolactinomas

b) agonistas dopaminérgicos são os medicamentos de escolha para micro e


macroprolactinomas
c) em pacientes com acromegalia, encontramos com alguma frequência, elevação
concomitante de prolactina

d) cirurgia é o tratamento primário tanto para micro quanto para macro adenomas secretores
de hormônio do crescimento

37) Dentre as neoplasias citadas abaixo são mais frequentes na região selar:

a) Adenoma, meningioma, craniofaringioma

b) Adenoma, carcinoma, linfoma

c) Craniofaringioma, carcinoma, adenoma

d) Meningioma, adenoma, cordoma

38) Qual das afecções abaixo caracteriza-se como lesão com componentes sólido e cístico, com
focos de calcificação, na região suprasselar, em menino de 12 anos.

a) Craniofaringioma

b) Adenocarcinoma

c) Tuberculoma

d) Cisto de bolsa de Rathke

39) Que percentual de perda celular na adeno-hipófise é necessário para haver pan-
hipopituarismo?

a) Mais de 20%

b) Entre 50 e 60%

c) Mais de 90%

d) Mais de 70%

40) Adenomas não-funcionantes em geral mostram imunopositividade com anticorpos anti:

a) GH

b) FSH e LH

c) ACTH
d) Prolactina

41) Uma mulher de 30 anos, com bócio, exoftalmia, agitação e outros sinais de
hipertireoidismo, apresentou, no sangue, aumentos de T3 e T4 e diminuição acentuada de
TSH, não associados com anticorpos antitireoglobulina ou antitireoperoxidase (anticorpo
microssomial). Tendo sido submetida à tireoidectomia subtotal, que achados histopatológicos
seriam os esperados no exame da tireoide?

a) Infiltrado inflamatório difuso neutrofílico, focos de necrose liquefativa associados com


microabscessos

b) Infiltrado inflamatório misto, com granulomas e com células gigantes multinucleadas


englobando coloide.

c) Infiltrado inflamatório linfo-histiocitário difuso com folículos linfoide e folículos tireoidianos


atróficos, associados com células de Hürthle

d) Infiltrado inflamatório linfocitário, associado com hiperplasia das células foliculares, como
epitélio colunar, com pseudopapilar, e como folículos pequenos ou distendidos.

Comentário: tipo histológico da dça de Graves.

42) O hipotireoidismo resultante de agressões ao parênquima tireoidianos, com destruição e


atrofia foliculares, pode ocorrer mais provavelmente:

a) Nos defeitos de biossíntese

b) Nas tireoidites crônicas autoimunes

c) No uso de medicamentos contendo iodo

d) Nas grandes hemorragias e infartos hipofisários

Comentário: curso natural das tireoidites, em geral, é cursar com atrofia e destruição
glandular. Modelo clássico de Hashimoto.

43) Na tireoidite de Hashimoto a reação inflamatória usualmente é:

a) Multifocal ou difusa, predominantemente linfoplasmocitária e associada com folículos


linfoides, sendo os folículos tireoidianos pequenos, atróficos, ou apresentando células de
Hürthle

b) Focal ou multifocal, com linfócitos, histiócitos e neutrófilos, além de células gigantes


multinucleadas englobando coloide, contribuindo para destruição folicular, com células de
Hürthle
c) Focal ou multifocal, linfocitária, plasmocitária e histiocitária, juntamente com hipertrofia e
hiperplasia das células foliculares, com células de Hürthle, sendo os folículos tireoidianos
pequenos e com pouco coloide

d) Focal ou difusa, com predomínio de neutrófilos, formando-se microabscessos, que


destroem os folículos com células de Hürthle

44) Considerando-se a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) no diagnóstico das neoplasias
de tireoide não podemos afirmar:

a) A PAAF pode diagnosticar tanto os carcinomas papilíferos, como os carcinomas


indiferenciados

b) A PAAF permite fazermos prontamente os diagnósticos, tanto de adenomas, quanto de


carcinomas foliculares

c) A PAAF é um exame inicial para o estudo citopatológico de nódulo único

d) Usando-se a PAAF podemos estudar os esfregaços celulares. O depósito celular, após a


centrifugação, pode ser processado, sendo feito um bloco celular, que é submetido a cortes

Comentário: Lembrar das classificações associadas À PAAF:

45) Mulher com 30 anos, eutireoidiana, há 3 anos notou o crescimento de nódulo cervical. O
exame físico evidenciou nódulo no LSD da tireoide com 2 cm, não-associado com
linfoadenomegalias. O exame ultrassonográfico mostrou nódulo sólido, cuja PAAF permitiu
exame citopatológico concluído como “padrão folicular”. O exame histopatológico da tireoide
evidenciou neoplasia encapsulada de padrão folicular. Com base nestes dados qual é o
diagnóstico mais provável?
a) Hiperplasia nodular (bócio nodular)

b) Carcinoma folicular

c) Carcinoma papilar

d) Adenoma folicular

Comentário: lembrar que o padrão folicular da PAAF é benigno!!

46) Dentre as neoplasias de tireoide citadas abaixo, associa-se com deposição de amiloide:

a) Carcinoma folicular

b) Carcinoma neuroendócrino de células C

c) Carcinoma papilífero

d) Carcinoma indiferenciado, anaplásico

47) São afirmativas verdadeiras, exceto:

a) No hiperparatireoidismo primário podemos evidenciar reabsorção do cálcio óseo, que pode


levar à diminuição da densidade óssea

b) A atividade osteoclástica no hiperparatireoidismo primário pode levar a acúmulos de


osteoclastos e de matriz óssea não-mineralizada, por vezes caracterizando alterações
conhecidas como osteíte fibrosa cística ou tumor marrom.

c) No hiperparatireoidismo secundário o estímulo para a atividade secretora de PTH pela


célula principal da paratireoide deve-se à hipocalcemia, usualmente relacionada com a
insuficiência renal

d) A calcificação nos tecidos de diferentes órgãos, em particular nos rins, nos pacientes com
hiperparatireoidismo é usualmente do tipo distrófica.

48) O hiperparatireoidismo primário, desordem que causa hipercalcemia, relaciona-se mais


frequentemente com:

a) Hiperplasia das paratireoides

b) Carcinoma de paratireoide

c) Adenoma de paratireoide

d) Heterotopia da paratireoides

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