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Mecânica da Fratura

Msc. Ariel Rodríguez Arias

Dezembro / 2014
Sumario

• Introdução.
• Evolução Histórica da Mecânica da Fratura.
• Mecânica da Fratura Lineal Elástica.
• Aplicação MFLE ao Comportamento a Fadiga dos Materiais (da/dN).
• Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
• Características da Mecânica da Fratura em Soldas.
• Testes de Tenacidade a Fratura.

Referências Fundamentais

• ANDERSON, T. L. Fracture Mechanics - Fundamentals and Applications. 3ra edição.


ed. [S.l.]: CRC Press, 2005.
• ASTM. E399, E1820, E647, E1290 e E2818.
• MODENESI, P. J. Notas de Aula, Curso de Fratura. UFMG.
• Ipiña, J.P. Notas de Aula, Curso Avançado de Mecânica da Fratura. UFRN.
• Godefroid, L.B. Fundamentos da Mecânica da Fratura. UFOP.
Introdução.
(Falhas Mecânicas)
Definição e classificação das falhas mecânicas

Falha de uma estrutura :


• Quando a estrutura fica totalmente inutilizada
• Quando ela ainda pode ser utilizada, mas não é mais capaz de desempenhar a
sua função satisfatoriamente.
• Quando uma serie de deteriorações a torna insegura para continuar a ser
utilizada.

Razões para Falha de uma estrutura :


• Negligência durante o projeto, a construção ou a operação da estrutura.
• Aplicação de um novo projeto ou de um novo material que vem a produzir um
inesperado resultado.
Introdução
(Falhas Mecânicas)
Definição e classificação das falhas mecânicas

Falha de uma estrutura :


• Quando a estrutura fica totalmente inutilizada
• Quando ela ainda pode ser utilizada, mas não é mais capaz de desempenhar a
sua função satisfatoriamente.
• Quando uma serie de deteriorações a torna insegura para continuar a ser
utilizada.

Razões para Falha de uma estrutura :


• Negligência durante o projeto, a construção ou a operação da estrutura.
• Aplicação de um novo projeto ou de um novo material que vem a produzir um
inesperado resultado.
Introdução
(Falhas Mecânicas)
Definição e classificação das falhas mecânicas

Os tipos básicos de falhas mecânicas são:

• Deformação
• Fratura
• Corrosão
• Desgaste

Independente do
Cargas Estáticas Tempo
• Dúctil • Elástica
• Frágil • Plástica
Fratura Deformação
Cargas Dinâmicas
Dependente do
• Fadiga
Tempo
• Creep
Introdução
(Falhas Mecânicas)
Tipos de falhas mecânicas

Frágil Dúctil
Introdução
(Falhas Mecânicas)
Tipos de falhas mecânicas

Fadiga Corrosão
Introdução
(Falhas Mecânicas)
Tipos de falhas mecânicas

Cavitação Buckling
Introdução
(Fratura Frágil)

Fratura frágil Fratura intergranular

• Formação da trinca controlada pela ruptura de ligações


químicas
• Por clivagem ou por separação de contornos de grão
• Importância das tensões normais

Chevron Fracture Surface

Fratura transgranular

River patterns
Fratura
(Fratura Dúctil)
Fratura dúctil e aquela que ocorre com deformação plástica

necking Void Coalescence of Crack


cavities Fracture
nucleation propagation
Mecânica da Fratura
(Caracterização da Mecânica de Fratura )

Mecânica da Fratura consiste em uma parte da engenharia, que tem como


objetivo promover respostas quantitativas para problemas específicos
relacionados com a presencia de trincas nas estruturas.
Mecânica da Fratura
(Caracterização da Mecânica de Fratura )
Mecânica da Fratura deve promover as respostas quantitativa para as seguintes questões:

• Qual é a resistência residual em função do tamanho da trinca?


• Que tamanho de trinca pode ser tolerado em condições de carregamento
(tamanho máximo permissível de trinca)?
• Quanto tempo vai decorrer para uma trinca crescer de um tamanho inicial ate o
tamanho máximo permissível da trinca?
• Qual e a vida em serviço da estrutura?
• Durante o período disponível para detecção da trinca quantas vezes deverá a
estrutura ser inspecionada?
Mecânica da Fratura
(Caracterização da Mecânica de Fratura )

Interdisciplinaridade da Mecânica da Fratura


Mecânica da Fratura
(Comparação com a tradicional resistência dos Materiais)

Aproximação da resistência dos materiais

Limite de
Tensões Aplicadas escoamento e
Tensão de Ruptura

Aproximação da mecânica de fratura

Tensões Aplicadas

Tamanho da
Tenacidade à Fratura
Descontinuidade
Mecânica da Fratura
(Estrutura da Mecânica da Fratura )

Mecânica da
Fratura

Comportamento Comportamento Não


Linear Elástico Linear e Elasto-Plástico

Mecânica da Fratura Mecânica da Fratura Situações Dependente


Lineal Elástica (MFLE) Elasto-Plática (MFEP) do Tempo

Mecânica de Fratura Visco- Mecânica de


Elástica e Visco-Plástica Fratura Dinâmica
Mecânica da Fratura
(Campos de Aplicação da Mecânica da Fratura )
Segundo o modo de comportamento do material

Lineal Elástico Não Lineal

• Modos I, II e III • Elástico Não Lineal


• Estado Plano de Tensões Deformações • Elastoplastico
• Plástico
Segundo tipo de Mecanismo

Fratura Frágil

Fratura Dúctil

Fadiga

Creep

Desgaste

Por Influencia do
Meio
Mecânica da Fratura
(Campos de Aplicação da Mecânica da Fratura )
Comportamento de materiais
Mecânica da Fratura
(Evolução Histórica)

Tijolo e argamassa são relativamente frágeis


e não suportam tensões de tração.
Estruturas projetadas para suportar cargas
em compressão

Revolução Industrial (ferro e aço)


Estruturas projetadas para suportar tensões
de tração

Roman Bridge

Tower Bridge London


Mecânica da Fratura
(Evolução Histórica)

A mudança de estruturas de tijolo e argamassa carregadas em compressão


para estruturas de aço carregadas em tração trouxe problemas
Tanque de Melaço em Boston
Janeiro 1919

Causas da fratura foi por muito tempo um mistério.


Projetista então aplicavam fator de segurança de 10 (baseado na resistência em tração)
Mecânica da Fratura
(Evolução Histórica)
As primeiras pesquisas sobre fratura :

Leonardo da Vinci Em 1913 Inglis, quantificou o fator de concentração de


tensões em um defeito elíptico numa placa de vidro .
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Balaço Energético Griffith)
Balaço Energético Griffith :
Griffith aplicou a analise de tensão de Inglis para propagação instável
de trinca, e invocou a primeira lei da termodinâmica para formular uma
teoria de fatura baseado num simples balanço de energia.

𝑈𝑇 = 𝑈𝑜 + 𝑈𝑎 + 𝑈𝛾 − 𝑊 A.A. Griffith

𝑈𝑜 = Energia elástica da placa não trincada.


𝑈𝑎 = Mudança de Energia de Deformação
𝜋𝜎 2 𝑎2
Elástica, causada pela trinca.( 𝑈𝑎 = 𝐸 )
𝑈𝛾 = Mudança de Energia Superficial Elástica,
causada pela formação das superfícies da trinca.
𝑊 = Trabalho realizado pelas Forças externas.
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Balaço Energético Griffith)
Condição para propagação instável:

Deve existir um balanço entre o decréscimo na energia potencial e o aumento


na energia de superfície resultante da presença de uma trinca

𝑈𝛾 = 2(2a𝛾𝑒 ) A instabilidade do
crescimento da trinca vai
ocorrer quando U não
𝑈𝑜 mais crescer com
aumento do
𝑊=0 comprimento da trinca

𝑑𝑈𝑇
𝜋𝜎 2 𝑎2 ≤0
𝑈𝑎 = 𝑑𝑎
𝐸
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Balaço Energético Griffith)
Condição para propagação instável:

𝑑𝑈𝑇
=0
𝑑𝑎

𝑑𝑈𝑎 𝑑𝑈𝛾 𝑑𝑊
+ − =0
𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑑𝑎

𝑑 𝑑𝑈𝛾
𝑊 − 𝑈𝑎 ≥
𝑑𝑎 𝑑𝑎

𝑑
𝑊 − 𝑈𝑎 Quantedade de Energia que permanece
𝑑𝑎
disponivel para a extenção da trinca
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Balaço Energético Griffith)
Condição para propagação instável:
𝑑𝑈𝑎 𝑑𝑈𝛾
Para o caso em que não exista trabalho ≥
𝑑𝑎 𝑑𝑎
pelas forças externas, a chamada
Condição de Deslocamento Fixo: 𝜋𝜎 2 𝑎2
𝑈𝑎 = 𝑈𝛾 = 2(2a𝛾𝑒 )
𝐸
𝑊 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝑑𝑊 = 0)
𝑑 𝜋𝜎 2 𝑎2 𝑑
≥ (4𝑎𝛾𝑒 )
𝑑𝑎 𝐸 𝑑𝑎
𝑈𝑇 = 𝑈𝑜 + 𝑈𝑎 + 𝑈𝛾

2𝜋𝜎 2 𝑎
A mudança de Energia Elastica Ua ≥ 4𝛾𝑒
𝐸
causada pela introdução da trinca
na placa é negativa Critério de Fratura

𝑑𝑈𝑎 𝑑𝑈𝛾
− + ≤0 2𝐸
𝑑𝑎 𝑑𝑎
𝜎 2𝑎 ≥ 𝛾
𝜋 𝑒
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Historia,Segunda Guerra Mundial)
O interesse em frature durante a Segunda Guerra Mundial:
A Mecânica da Fratura progrediu de curiosidade
cientifica para uma disciplina da Engenharia
principalmente devido ao que aconteceu com
os navios Liberty.

2700 navios fabricados:


• 400 Fraturam-se.
• 90 Acidentes serio.
• 20 Falha total.

O grupo de pesquisas de
Mecanica da Fratura do
Naval Research Laboratory
era liderado por G.R.Irwin
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Modificação de Irwin e Orowan)
Modificação do Modelo de Griffith para metais:
G.R.Irwin estendeu a aproximação de Griffith para metais (1948),
incluindo a energia dissipada por escoamento plástico local.

2𝐸
𝜎 2𝑎 > (𝛾 +𝛾 )
𝜋 𝑒 𝑝

Orowan observou esse fato e sugeriu que a equação


de Griffith fosse modificada para incluir a energia
de deformação plástica no processo de fratura.

𝛾𝑝 ≫ 𝛾𝑒

2𝐸 2𝐸
𝜎 2𝑎 > 𝛾 EPT 𝜎 2𝑎 > 𝛾 EPD
𝜋 𝑝 (1 − 𝜗)𝜋 𝑝
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Irwin)
Modelo de Irwin:
Em 1956 Irwin propôs um modelo para fratura de materiais, essencialmente
equivalente ao modelo energético de Griffith.
Critério de Falha Baseado no
Energia Balanço de Energia
disponível Material
no sistema
Critério de Fratura

𝑑 𝑑𝑈𝛾
𝐹 − 𝑈𝑎 =
𝑑𝑎 𝑑𝑎
𝐺≥𝑅

O valor critico de G,
representado por
Taxa de
Resistência 𝑮𝑪 é 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑹.
Liberação de
Energia do Material
𝐺𝐶 → 𝑇𝑒𝑛𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 à
𝐹𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎𝑙
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Irwin)
Modelo de Irwin:
G - Taxa de liberação de energia/força de extensão da trinca/força motriz da trinca

Condição de Deslocamento Fixo Determinação experimental de G a


partir de corpos de prova trincados

1 𝑑𝑈 𝑃2 𝑑𝐶
𝐺=− =
𝐵 𝑑𝑎 2𝐵 𝑑𝑎

𝐶=
𝑃

Compliance
(Método de Flexibilidade)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento estável/Instável )
Crescimento estável/Instável de trinca:

Para uma chapa infinita pode-se mostrar que:

Gxa Curva de Força Motriz Rxa Curva R


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fator de Intensidade de Tensões)
Westergaard (1939) determinou a natureza das distribuições de tensões na ponta de uma
trinca, utilizando uma análise de tensões baseada em conceitos da teoria da elasticidade.

𝜎 𝜋𝑎 𝜃 3𝜃
𝜎𝑥𝑥 = 1 − sin sin
2𝜋𝑟 2 2

𝜎 𝜋𝑎 𝜃 3𝜃
𝜎𝑦𝑦 = 1 + sin sin
2𝜋𝑟 2 2

𝜎 𝜋𝑎 𝜃 𝜃 3𝜃
𝜏𝑥𝑦 = sin cos cos
2𝜋𝑟 2 2 2

𝜎 𝜋𝑎 𝜎 𝜋𝑎
𝜎𝑖𝑗 = 𝑓𝑖𝑗 (𝜃)
2𝜋𝑟
Determina a magnitude das tensões elásticas
na ponta da trinca

K- Fator de Intensidade de Tensões 𝐾𝐼 = 𝜎 𝜋𝑎 𝑓(𝑔𝑒𝑜𝑚. )


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fator de Intensidade de Tensões)

Qualquer que seja a geometria e tipo de carga, todos os corpos trincados no


regime elástico têm a mesma distribuição de tensões, deformações e
deslocamentos na região dominada pela singularidade.

𝐾𝐼 = 𝜎 𝜋𝑎 𝑓(𝑔𝑒𝑜𝑚. )
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fator de Intensidade de Tensões)

Determinação do Fator de Intensidade de tensões

Métodos teóricos

• Função de tensões de Westergaard


• Função de tenções complexas.
• Método de elementos finitos
• Método de elemento de contorno.
• Principio de superposição.
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fator de Intensidade de Tensões)
Determinação do Fator de intensidade de tensões

Métodos experimentais

• Fotoelasticidade Fotoelasticidade
• Interferometria
• Holografia
• Compliance

Moiré Geométrico
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(A Intensidade de Tensões como parâmetro de similaridade)

Em dois corpos trincados de forma e dimensões diferentes, mas do mesmo material, a


distribuição de tensões junto às pontas de trincas seria, em ambos os casos, dada por:

𝐾𝐼
𝜎𝑖𝑗 = 𝑓𝑖𝑗 (𝜃) 𝐾𝐼 = 𝜎 𝜋𝑎 𝑓(𝑔𝑒𝑜𝑚. )
2𝜋𝑟

Se KI é o mesmo para os dois casos, há uma similaridade exata e pode-se esperar que
as trincas se comportem da mesma forma em ambos os corpos.

Em particular, pode-se esperar que exista um valor crítico de KI(KC), acima do qual a
trinca poderá propagar de forma instável.
Este valor crítico não depende da geometria do corpo, podendo, assim, ser considerado
como uma propriedade do material, a sua tenacidade à fratura (KIC).
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(A Intensidade de Tensões como parâmetro de similaridade)
Critério de falha baseado no campo de tensões

Um componente trincado falha por fratura frágil quando o estado de tensões no


entorno da ponta da trinca (zona de processamento) atinge um valor crítico.

𝐾𝐼 = 𝜎 𝜋 𝑎 𝑓(𝑔𝑒𝑜𝑚. ) ≥ 𝐾𝐼𝐶

A zona de processamento deverá estar completamente contida dentro da


região dominada pela singularidade.
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(A Intensidade de Tensões como parâmetro de similaridade)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Relação entre G e K)
Relação entre G e K:

Pode-se provar que:

𝜋𝜎 2 a
𝐺= K= 𝜎 𝜋 𝑎
𝐸
Balanço Energético. Campo de Tensões .

Pode ser utilizados para prever o crescimento de trinca e a fratura de matérias em condições MFLE
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Formação da Zona Plástica)

Uma primeiras estimativa para o tamanho da zona plástica (Irwin 1958)

𝜎𝑦 = 𝜎𝑦𝑠

2 2
1 𝐾𝐼 1 𝐾𝐼
𝑟𝑝 = EPT 𝑟𝑝 = EPD
2𝜋 𝜎𝑦𝑠 6𝜋 𝜎𝑦𝑠
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Formação da Zona Plástica)

Zona Plástica (Irwin):


Irwin 1958) supôs que ocorrência de
plasticidade faz com que a trinca se
comporte como se ela fosse maior
do que seu tamanho físico.

2
1 𝐾𝐼
𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝟐𝒓𝒑 =
2𝜋 𝜎𝑦𝑠
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Formação da Zona Plástica)

Zona Plástica (Dugdale, 1960):

Analise admite que a


deformação plástica
concentra-se numa faixa á
.
frente da trinca

Neste modelo considera-se que o


fator de intensidade de tensão
devido á tensão aplicada, se iguala
ao fator de intensidade de tensão 2
𝜋 𝐾𝐼
devido à tensão de escoamento. ∆𝑎𝑛 =
8 𝜎𝑦𝑠

𝐾(𝜎) = 𝐾(𝜎𝑦𝑠)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Formação da Zona Plástica)

As correções:
Divergem da MFLE a
partir de:

𝜎 > 0,5𝜎𝑦𝑠
As correções são
semelhantes para
tensões até :

𝜎 ≤ 0,85𝜎𝑦𝑠
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Formação da Zona Plástica)
Critérios de Escoamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Tensão plana x Deformação plana)
Variação do tamanho da zona plástica em função da espessura do material

Estado plano de tensões (EPT) (𝜎𝑥 ; 𝜎𝑦 ) ≠ 0; 𝜎𝑧 = 0


Estado Plano de Deformação (EPD): (𝜎𝑥 ; 𝜎𝑦 ; 𝜎𝑧 ) ≠ 0

Estado Plano de
tensões

Estado Plano de
deformações
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Tensão plana x Deformação plana)
Estado plano de tensões (EPT)

2
1 𝐾𝐼
𝑟𝑝 =
2𝜋 𝜎𝑦𝑠

𝑟𝑝
𝐵≥1

Zona plástica com dimensões


próximas da espessura do
componente
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Tensão plana x Deformação plana)
Estado Plano de Deformação (EPD):

2
1 𝐾𝐼
𝑟𝑝 =
6𝜋 𝜎𝑦𝑠

Zona plástica com


dimensões muito menores
do que a espessura do
componente.

𝑟𝑝 1
𝐵≤ 5
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Tensão plana x Deformação plana)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Tensão plana x Deformação plana)
Variação de KC com a espessura
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)

Validação:

Tamanho relativo da Zona Plástica:

Carga máxima
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)

Tamanho relativo da Zona Plástica:


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Equipamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Equipamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Equipamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Equipamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Corpo de Prova
ASTM E399: Standard test method for plane strain fracture toughness of metallic
materials
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Corpo de Prova

Corpos de prova: Dobramento, SE(B)


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Corpo de Prova

Corpos de prova: Compacto, C(T)


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)
Entalhe
Side grooves

Chevron
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)

Pré-trinca por Fadiga

Carga maxima
O tamanho final de trinca (entalhe + pré-
SE(B) trinca) deverá estar entre 0,45 W e 0,70 W,
para determinação de J e 𝜹 , sendo restrito
entre 0,45 W e 0,55 W para determinação de
C(T) 𝐾𝐼𝐶
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaios de tenacidade à fratura)

Medição comprimento da trinca

• Observação visual da trinca.


• Técnica de queda de potencial elétrico (DCPD ou ACPD)
• Técnica de medição do grau de flexibilidade (compliance)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)

Ensaio:
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)
Ensaio:

Registra-se um gráfico, com a carga no eixo vertical e o


deslocamento da boca do entalhe no eixo horizontal.

Traça-se uma secante com inclinação igual a 95% da


inclinação da tangente à curva, a partir da origem
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)
Curva Carga x Deslocamento (COD)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Determinação experimental do KIC)

Validação:

Tamanho relativo da Zona Plástica:

Carga máxima
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Limites da MFLE)

• Enquanto a zona deformada plasticamente é pequena, K controla o campo de


tensões na ponta da trinca.

• Quando a zona deformada plasticamente se torna muito grande, K não mais


controla o campo de tensões na ponta da trinca e um outro parâmetro se
torna necessário.

• Em condições em que ocorre crescimento estável da trinca, a relação carga x


deslocamento deixa de ser linear e o comportamento é melhor descrito por
uma curva de resistência do material (Curva R).
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Definições Gerais)

A norma American Society for Testing and Materials – ASTM E1823-96 [1996]: “É o processo de
mudança localizada, permanente e progressiva na estrutura, que ocorre no material sujeito a
flutuações de tensões e deformações que pode culminar em trincas ou completa fratura depois
de um número suficiente de flutuações”.

Estima-se que aproximadamente 90% das


falhas em serviço dos componentes
sujeitos a carregamentos repetidos e/ou
vibrações devem-se ao fenômeno da fadiga
(MEYERS; CHAWLA, 1982; DIETER, 1981).
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Limites da MFLE)

Abordagem Global: Abordagem MFLE:


• De alto ciclo (High-Cycle Fatigue – HCF) • Propagação da trinca por fatiga
• De baixo ciclo (Low-Cycle Fatigue – LCF)
• De ultra alto ciclo (Ultra High-Cycle Fatigue –UHCF)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Etapas processo Fadiga)
O processo de fadiga consiste em três etapas ou estágios:

• Nucleação da trinca (Estagio I)


• Propagação da trinca (Estagio II)
• Ruptura final do material (Estagio III)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Etapas processo Fadiga)
Estágios e aspectos microscópicos:

Estágio I: (Nucleação)

Mecanismo de nucleação
de trincas por fadiga
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Etapas processo Fadiga)
Estágios e aspectos microscópicos:

Estágio II: (Propagação estável da trinca)

Scanning Electron Microscope (SEM) image of


fatigue striations indicative of cyclic crack
propagation. (Mag: 700X)

Scanning Electron Microscope (SEM) image of "beach marks"


indicative of a progressive fatigue failure. The area of fatigue initiation
is noted at the arrow. (Mag: 180X)
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Etapas processo Fadiga)
Estágios e aspectos microscópicos:

Estágio III: Ruptura final (instável)

Sobrecarga Fratura frágil


𝜎 ≥ 𝜎𝑈𝑇𝑆 𝐾𝐼 ≥ 𝐾𝐼𝐶
- Microcavidades - Clivagem
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga)
A utilização de ΔK como força motriz para propagação da trinca foi proposta por Paris
e colaboradores no inicio de 1960

Pode-se expressar a relação entre crescimento de trinca e o valor de ΔK da seguinte


forma:

𝑑𝑎
= 𝑓 (∆𝐾, 𝑅, 𝐻)
𝑑𝑁
Historia do carregamento
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga)
Experimentalmente, a evolução das trincas de fadiga durante carregamento
cíclico pode ser representada por uma curva relacionando o comprimento da trinca
(a) em função do número de ciclos (N).

A taxa de propagação de trinca


de fadiga pode ser definida
como a razão da extensão da
trinca, Δa, pelo número de
ciclos, ΔN, ou seja, Δa/ΔN,
quando ΔN→0:

∆𝑎 𝑑𝑎
lim =
∆𝑁→0 ∆𝑁 𝑑𝑁
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga)
Existe uma relação entre a taxa de propagação da trinca e ΔK. Região I:
A relação entre eles é representada pela curva da/dN vs.ΔK • Microestrutura
• Razão de Tensões (R)
• Meio Ambiente.
10 mm/ciclo < da/dN < 10−6
−8

mm/ciclo
ΔKIth 10−8 mm/ciclo

Região II:
Marcada influência
• Combinação do meio
ambiente, razão de
tensões e freqüência.
Menor influencia
• Microestrutura
10 mm/ciclo < da/dN < 10−3
−6

mm/ciclo

Região III:
Marcada influência
• Microestrutura
• Razão de Tensões (R)
• Espessura.
Menor influencia
• Meio ambiente
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga)
Equações empíricas para o crescimento de trinca:

𝑑𝑎 Paris e Erdogan
= 𝐶∆𝐾 𝑚 Região II
𝑑𝑁

𝑑𝑎 𝐶∆𝐾 𝑚 Forman
= Região II e III
𝑑𝑁 1 − 𝑅 𝐾𝐶 − ∆𝐾

∆𝐾𝑡ℎ
𝑑𝑎 (1 − )
= 𝐶∆𝐾 𝑚 ∆𝐾 Forman e Mettu
𝑑𝑁 𝐾 Região II,III e III
(1 − 𝑚𝑎𝑥 )
𝐾𝐶
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga: Fechamento da Trinca)
Fechamento da trinca:

Anomalias na compliance

∆𝐾𝑒𝑓 = ∆𝐾𝑚𝑎𝑥 − ∆𝐾𝑜𝑝


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Crescimento da trinca por Fadiga: Fechamento da Trinca)
Mecanismo de Fechamento da trinca:

Fechamento induzido Fechamento induzido


por plastificação. por transformação.

Fechamento induzido Fechamento induzido por Fechamento induzido por


por oxidação. Fluidos. asperezas.
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fatores que afetam o crescimento da trinca por fadiga)
Efeito de R:
Crescimento de trinca em aço para diferentes valores de R
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fatores que afetam o crescimento da trinca por fadiga)
Efeito da sobrecarga:
Carregamento variável
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Fatores que afetam o crescimento da trinca por fadiga)
Efeito do meio:
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Trincas curtas: Short Crack)
Trincas Curtas:
Classificação das trincas curtas:
• Microestruturalmente curtas
• Mecanicamente pequenas
• Fisicamente pequenas
• Quimicamente pequenas
Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Trincas curtas: Short Crack)

∆𝜎𝑡ℎ = ∆𝜎𝑒

∆𝜎𝑡ℎ = ∆𝐾𝑡ℎ √𝜋(𝑎 + 𝑙0 )


Mecânica da Fratura Lineal Elástica
(Ensaio da/dN)

1,E-02

da/dN (mm/ciclos)
1,E-03

Ar
LA
1,E-04
20m

1,E-05
10 100
∆K (MPa m^0,5)
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
()
MFLE vs MFEP:
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Abertura na ponta da trinca (CTOD):
Wells (1961) Deformação plástica à frente da trinca provocava um embotamento na ponta da trinca

Aumenta
Tenacidade

Aumenta Proposta :
Embotamento CTOD como uma
medida te
tenacidade
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Definições CTOD:
Inicio da propagação
𝛿𝑐 = 𝛿𝑢 instável da trinca

Inicio da propagação
𝛿𝑖
estável da trinca

Patamar de carga
𝛿𝑚
máxima

Valores de CTOD
que podem ser
definidos
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Modelo de Wells:

𝑟𝑦 MFLE
4
𝑢𝑦 = 𝐾𝐼 expressões
𝐸 2𝜋 Westergaard

1 𝐾𝐼 2 Zona plástica
𝑟𝑦 = ( ) Irwin
2𝜋 𝜎𝑦𝑠

Modelo de Burdekin e Stone: 4 𝐾𝐼 2


𝛿 = 2𝑢𝑦 = Wells
𝜋 𝜎𝑦𝑠 𝐸

8𝜎𝑦𝑠 𝑎 𝜋 𝜎 Burdekin e
𝛿= ln 𝑠𝑒𝑐
𝜋𝐸 2 𝜎𝑦𝑠 Stone
Zona plástica
Dugdale
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Relação entre CTOD e KI na MFLE:

A mais geral forma desta relação


pode ser expressa da seguinte
maneira:

𝐾𝐼 2
𝛿𝑒𝑙 =
𝑚 𝜎𝑦𝑠 𝐸 ′

Relação COD x K apresentada por (Robinson e Tetelman 1974)


Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
CTOD e o Fator de Rotacional (Modelo de dobradiça):

Admite-se a existência de um 𝑟𝑝 (𝑊 − 𝑎) Fator Rotacional


centro de rotação aparente CR

Pode-se estimar CTOD por


semelhança de triangulo.

𝑟𝑝 (𝑊 − 𝑎)𝑉𝑝
𝛿𝑝 =
𝑟𝑝 𝑊 − 𝑎 + 𝑎 + 𝑧

𝐾𝐼 2 𝑟𝑝 (𝑊 − 𝑎)𝑉𝑝
𝛿 = 𝛿𝑒𝑙 + 𝛿𝑝 = +
𝑚 𝜎𝑦𝑠 𝐸 ′ 𝑟𝑝 𝑊 − 𝑎 + 𝑎 + 𝑧
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
CTOD e o Fator de Rotacional (Modelo de dobradiça):

Segundo Shang-Xian (1983) e Zhang/Wang (1987) se a relação a/W estiver entre


0,53 e 0,65 o fator Rotacional permanecerá constante, com um valor próximo de
𝒓𝒑 = 𝟎, 𝟒𝟓
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Determinação do CTOD e o crescimento estável da trinca:

Proposta do Grupo Europeu de Fratura – EGF (1990)

1 − 𝑟𝑝 ∆𝑎 + 𝑟𝑝 (𝑊 − 𝑎) O modelo admite um
𝛿= 𝑉𝑝 deslocamento 𝑟𝑝 com ∆𝑎 para
1 − 𝑟𝑝 𝑎 + ∆𝑎 + 𝑟𝑝 𝑊 + 𝑧 uma trinca que avança 𝑎 + ∆𝑎

Proposta de Perez Ipiña (1992)

O modelo calcula o valor de CTOD de forma incremental

𝑛
𝛿 = 𝛿𝑒 + ∆𝛿𝑝𝑖
𝑖

𝑟𝑝𝑖 𝑊 − 𝑎 − ∆𝑎𝑖 + ∆𝑎𝑖


∆𝛿𝑝𝑖 = ∆𝑉
𝑧 + 𝑎 + ∆𝑎𝑖 + 𝑟𝑝𝑖 (𝑊 − 𝑎 − ∆𝑎𝑖 ) 𝑝𝑖
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Determinação do CTOD:

Utilização de 𝛿5 (modelo de Schwalbe (1984)):

𝛽 𝐾𝑒𝑓 2 𝜎
𝛿5 = 𝐾 +
𝐸 𝑚𝐸𝜎𝑦𝑠 𝜎𝑦𝑠

𝛽 = 2,41 𝑚𝑚
EPT
𝑚=1
𝛽 = 2,09 𝑚𝑚
EPD
𝑚=2

Vantagem
• 𝛿5 é medido localmente na ponta da trinca,
independente do comportamento global do material.
• Como consequência da medida direta de
deslocamento, nenhuma função de calibração é
requerida.
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(Deslocamento da abertura da trinca, CTOD)
Determinação do CTOD inicial, ( Varios Corpos de Prova):
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Interpretação como taxa de liberação de energia não linear:

Idealizando o comportamento elasto-


plástico de materiais como um
comportamento não linear, onde o caminho
de deformação é o mesmo no
carregamento e no descarregamento
(elasticidade não-linear), Rice (1968)
definiu o parâmetro J como a medida da
quantidade de energia disponível no
material (força-motriz) para um pequeno
crescimento de trinca.

𝑈𝑇 = 𝑈𝑜 + 𝑈𝑎 + 𝑈𝛾 − 𝑊

𝑈𝑝 = 𝑈𝑜 + 𝑈𝑎 − 𝑊

Condição de 𝑑𝑈𝑝 𝑑𝑈𝛾


instabilidade ≥
𝑑𝑎 𝑑𝑎
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Interpretação como taxa de liberação de energia não linear:

𝑑𝑈𝑝
= −𝐺
𝑑𝑎

Caso Linear Elástico

𝑑𝑈𝑝
= −𝐽
𝑑𝑎

𝑑𝑈𝑝 𝑑𝐹 𝑑𝑈𝑎
=− +
𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑑𝑎
Caso Não Linear Elástico
𝑑
𝐽= 𝐹 − 𝑈𝑎
𝑑𝑎
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Critério J como uma integral de linha independente do caminho:

Rice demonstrou ainda que o valor de J pode ser


determinado através de uma integral de linha
calculada no plano normal à trinca, na região ao redor
da trinca.

𝜕𝑢𝑖
𝐽= (𝑊𝑑𝑦 − 𝑇𝑖 𝑑𝑠)
Г 𝜕𝑥

Uma propriedade de grande importância para que a


integral J tenha aplicabilidade científica e prática é a
sua independência em relação ao caminho de
integração. Desta forma, a integral J avaliada nas
proximidades de defeitos deve apresentar os mesmos
valores caso avaliada em qualquer contorno arbitrário
mais abrangente tomado no corpo trincado.
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Critério J como um parâmetro de Intensidade de Tensões:

𝑛
𝜀 𝜎 𝜎
= + 𝛼 Eq. de Ramberg-Osgood
𝜀𝑦𝑠 𝜎𝑦𝑠 𝜎𝑦𝑠

Rice/Rosengren (1968) determinaram os campo de


tensão deformação na ponta da trinca. Estes campos
são conhecidos como HSS

McClintock(1971) conclui que J é uma medida de


Singularidade na tensão e na deformação plástica
próxima á ponta da trinca

𝐽 1 𝐸𝐽 1
𝜎𝑖𝑗 = 𝑘1 ( )𝑛+1 = 𝜎0 ( )𝑛+1 𝜎𝑖𝑗 (𝑛, 𝜃)
𝑟 𝛼𝜎𝑜 2 𝐼𝑛 𝑟

𝐽 𝑛 𝛼𝜎0 𝐸𝐽 𝑛
𝜀𝑖𝑗 = 𝑘2 ( )𝑛+1 = ( )𝑛+1 𝜀𝑖𝑗 (𝑛, 𝜃)
𝑟 𝐸 𝛼𝜎𝑜 2 𝐼𝑛 𝑟
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Critério J como um parâmetro de Intensidade de Tensões:
A formulação HRR apresenta a mesma anomalia encontrada na MFEL: ambas
indicam tensões infinitas para o raio da trinca tendendo a zero
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Critério J como um parâmetro de Intensidade de Tensões: Considerando o
material Elástico Não
Lineal.
𝐸𝐽 1
𝜎𝑖𝑗 = 𝜎0 ( )𝑛+1 𝜎𝑖𝑗 (𝑛, 𝜃)
𝛼𝜎𝑜 2 𝐼𝑛 𝑟

Efeito de n na constante de
integração dos campos HRR
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Relação de J, CTOD e K, escoamento limitado:

1 𝑑𝑈
𝐽=𝐺=−
𝐵 𝑑𝑎
𝐾2
𝐽=𝐺= ′
𝐸

Relação J e K

𝐾𝐼 2
𝛿𝑒𝑙 = Relação CTOD e K
𝑚 𝜎𝑦𝑠 𝐸 ′

𝐽 = 𝑚𝜎𝑦𝑠 𝛿 Relação CTOD e J


Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação Jc:
Proposta de Rice, Paris e Merkle (1973)
𝑣𝑓
𝑃𝑑𝑣
0
𝑣𝑓
𝜂
𝐽= 𝑃𝑑𝑣
𝐵𝑏 0

𝑏0
𝜂=2 (𝑆𝐸𝑁𝐵) 𝜂 = 2 + 0,522 (𝐶𝑇𝑆)
𝑊
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(Critério J)
Determinação experimental JC:
Método Sumpter e Turner (1973)

𝜂𝐴
𝐽=
𝐵(𝑊 − 𝑎)

A equação pode ser separada em


componentes elástico e plástico:

𝐾𝐼 2 𝜂𝑝𝑙 𝐴
𝐽 = 𝐽𝑒𝑙 + 𝐽𝑝𝑙 = ′ +
𝐸 𝐵𝑏

𝑏0
𝜂 = 2 (𝑆𝐸𝑁𝐵) 𝜂 = 2 + 0,522 (𝐶𝑇𝑆)
𝑊
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação experimental JC:

A determinação de 𝐽𝑄 é realizada a partir


das seguintes equações:

𝐾𝐼 2 𝜂𝑝𝑙 𝐴
𝐽 = 𝐽𝑒𝑙 + 𝐽𝑝𝑙 = ′ +
𝐸 𝐵𝑏

Qualificação de 𝐽𝑄 como 𝐽𝐶

𝐽𝑄
𝐵, 𝑏𝑜 ≥ 100
𝜎𝑦𝑠

𝐽𝑄
∆𝑎𝑝 < 0,2 𝑚𝑚 +
2𝜎𝑦𝑠
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação J:

Inicio da propagação
𝐽𝑐 ; 𝐽𝑢 instável da trinca
Inicio da propagação
𝐽𝐼𝐶
estável da trinca

Patamar de carga
𝐽𝑚
máxima

𝑱𝑰𝑪 Resistencia
do material a
propagação
estável de
trinca
Curva J-R
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:
Método de Landes e Begley. (Múltiplos corpos de prova)
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:
Método de Landes e Begley. (Múltiplos corpos de prova)

𝐽𝐼 = 2𝜎𝑦𝑠 𝛿

𝐽𝐼 = 2𝜎𝑦𝑠 ∆𝑎

Blunting Line
Mecânica da Fratura Elasto-Plástica.
(Critério J)
Determinação experimental curva J-R e JIC:
Método de Landes e Begley. (Múltiplos corpos de prova)

𝐽𝐼 = 2𝜎𝑦𝑠 ∆𝑎

𝐽𝐼

𝐽𝐼𝐶

∆𝑎
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(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:
Método das descargas parciais. (Só um corpos de prova)
Método dos descarregamentos parciais, um
(𝐾𝑖 2 )(1 − 𝜗 2 )
𝐽𝑖 = + 𝐽𝑝(𝑖) único corpo-de-prova
𝐸

2 𝐴𝑝𝑙(𝑖) − 𝐴𝑝𝑙(𝑖−1) 𝑎(𝑖) − 𝑎(𝑖−1)


𝐽𝑝(𝑖) = 𝐽𝑝(𝑖−1) + 1−
𝑏(𝑖−1) 𝐵𝑁 𝑏(𝑖−1)

𝑃(𝑖) + 𝑃(𝑖−1) 𝑉𝑝𝑙(𝑖) − 𝑉𝑝𝑙(𝑖−1)


𝐴𝑝𝑙(𝑖) = 𝐴𝑝𝑙(𝑖−1) +
2

𝑎𝑖
= 0,999748 − 3,9504𝑢 + 2,982𝑢2 − 3,21408𝑢3
𝑊
+ 51,51564𝑢4 − 113,03𝑢5

1
𝑢= 1 2
𝐵𝑒 𝑊𝐸𝐶𝑖
+1
𝑆 4

𝐶𝑖 = ∆𝑉 ∆𝑃
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(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:

𝑏𝑜 𝜎𝑦𝑠
𝐽𝑚𝑎𝑥 =
10
ou
𝐵𝜎𝑦𝑠
𝐽𝑚𝑎𝑥 =
10

∆𝑎𝑚𝑎𝑥 = 0,25 𝑏0
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(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:

• O número de pontos
necessários para a
regressão deve ser pelo
menos igual a 8
• O número de pontos
entre 0,4 JQ e JQ deve ser
pelo menos igual a 3
𝐽𝑄
• 𝐵 > 25 𝜎𝑦𝑠
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(Critério J)
Determinação experimental da curva J-R e JIC:

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