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BIOCIBERNÉTICA BUCAL

Denominação genérica das técnicas ortodônticas de cunho holístico, com o objetivo de


restabelecer o equilíbrio bioenergético. É uma forma de terapia ortodôntica avançada,
representando um dos exemplos mais perfeitos de aplicação prática do pensamento holístico no
campo da medicina. Trabalha com a tese de que a cavidade oral e os dentes são também
microssistemas holísticos, ou seja, cada dente está relacionado com um órgão ou função
orgânica ou psíquica e, quando estes elementos apresentam alguma alteração ou desequilíbrio,
os dentes assumem posicionamentos anômalos.
REPRESENTAÇÃO GERAL DA PSIQUE DOS DENTES
Foi seguindo este pensamento que alguns pesquisadores da Odontologia, por volta de 1970,
percebendo em seus pacientes relações entre um tratamento dentário e uma disfunção orgânica,
criaram um segmento da Odontologia, conhecido como Odontologia Sistêmica ou
Biocibernética Bucal. Muitas conclusões foram tiradas a partir da coletânea de dados dos
pacientes e dos seus quadros clínicos comparados ao desenvolvimento da arcada dentária.
Várias pesquisas estatísticas foram realizadas além dos dados colhidos no consultório. Presídios,
escolas, agremiações esportivas e etc., foram pesquisadas para se encontrar referências entre um
estilo de vida e a boca. O trabalho desta ciência consiste em restabelecer, na medida do possível,
a posição normal dos dentes, dos maxilares e a função da cavidade oral, através de aparelhos
especiais adaptados a cada caso particular. À medida que o aparelho específico é usado, o
indivíduo pode perceber mudanças e ajustes variados, seja no
comportamento, nas reações, no humor, no temperamento e em muitas funções orgânicas
alteradas.
Não encontraremos uma arcada dentária igual à outra, da mesma forma não encontraremos
histórias pessoais idênticas. Porém, encontraremos momentos de vida parecidos, bem como
construções dentárias parecidas. São estes parâmetros que norteiam os padrões que
apresentamos.
A arcada superior demostrou representar as relações com a Mãe. Exemplo: os dentes superiores,
projetados para frente significam uma educação materna sem limites ou a presença de uma avó
que burla os limites impostos pela mãe, na tentativa de compensar erros que acredita ter
cometido na educação da filha.
A arcada inferior demostrou representar as relações com o Pai. Exemplo: dentes inferiores
apinhados, tortos, mal formados, podem ter sido gerados por uma educação paterna rígida
moralmente (religiosidade, honestidade, etc.).
Os primeiros dentes de leite a emergirem, normalmente, são os incisivos centrais por volta dos 6
meses de vida. Eles nascem no momento em que a criança começa a se reconhecer como
indivíduo, a conseguir criar um diferencial com sua presença, suas primeiras expressões no
meio, procurando chamar a atenção para si. A criança começa a andar quando os dentes centrais
superiores tocarem nos inferiores, permitindo maior equilíbrio no corpo. A troca destes dentes
pelos definitivos ocorre quando a criança começa a se expressar em nível de conhecimento,
quando ela começa a ler e escrever, aproximadamente dos 5 aos 6 anos. Uma má formação
nestes dentes provocará dificuldade de afirmação pessoal, liderança e autoestima.
Normalmente, os primeiros dentes definitivos a surgirem na arcada da criança são os primeiros
molares permanentes, chamados dentes da vida, devido a sua ligação com o sistema digestivo.
Sua avaliação permitirá analisar como o indivíduo digere os conceitos no nível de ideias e
crenças, bem como o próprio funcionamento da digestão dos alimentos. Seu surgimento ocorre
por volta dos 6 a 7 anos, quando a criança começa a definir seus padrões de crenças e interesses
pessoais, a se relacionar com o dinheiro e sua influência na conquista dos prazeres. O conflito
gerado com a construção de suas próprias concepções em relação aos valores impostos pelos
pais poderão gerar disfunções nestes dentes. Portanto este dente é importante na realização
financeira do indivíduo e como ele vive sua condição material.
Cada extração realizada produzirá uma dificuldade da personalidade em relação à função do
dente na psiquê, podendo outro dente migrar para o local deixado vazio, mas nunca poderá dar
conta de suprir totalmente a importância do dente perdido. A prótese e o implante, como
também o canal e a restauração, ajudarão, mas já haverá sempre uma deficiência estabelecida.
As relações inadequadas dos dentes entre si, as perdas de elementos dentais, o desvio do eixo da
relação mandíbulo-maxilar podem nos trazer perturbações do tipo fadiga muscular,
passando por várias etapas, inclusive a mialgia (dor muscular), muitas vezes confundidas com
as nevralgias.
O fato é que todo desequilíbrio denota uma disfunção, a exemplo da tendência de mastigação
sempre unilateral, o que denota o desequilíbrio muscular e consequente desarmonia de um e
outro lado, o que certamente fará com que se desenvolva certo grau de assimetria facial.

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