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Aula 00

Legislação Educacional p/ SEDF (Professor de Educação Básica - Conhecimentos


Básicos e Complementar)

Professor: Rodrigo Bandeira


Legislação Básica da Educação para a SEDF - 2016
Professor de Educação Básica
Prof. Rodrigo Bandeira Aula 00

AULA 00

Edital SEDF 2016


Normas Constitucionais - 1ª parte

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS

BASES LEGAIS E TEMAS DA EDUCAÇÃO


NACIONAL E DISTRITAL

1 Constituição Federal, Capítulo III - Da Educação,


da Cultura e do Desporto, Seção I Da Educação

APRESENTAÇÃO DO TEMA

SUMÁRIO
Apresentação geral.................................................................................. 1
Apresentação pessoal .............................................................................. 3
Apresentação do curso ............................................................................. 4
Cronograma do Curso .............................................................................. 6
Apresentação da Didática de Ensino .......................................................... 9
Apresentação da Aula 00.........................................................................10
Normas Constitucionais aplicáveis à Educação ...........................................11
Dispositivos constitucionais organizados por temas ....................................12
Edital SEDF 2016 – Dispositivos constitucionais esquematizados ..................16
Questões comentadas .............................................................................41
Lista das questões comentadas ................................................................49
Gabarito ...............................................................................................50

Olá futuros Professores e Professoras do Distrito Federal, sejam


bem-vindos ao Curso de Legislação Educacional p/ SEDF – Professor de
Educação Básica (Conhecimentos Básicos e Complementares),
especialmente dedicado ao concurso público para o Cargo de Professor
de Educação Básica, que pertence à carreira do Magistério Público do DF.

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Você realmente deseja ser um Professor ou uma Professora de


Educação Básica do DF?

Se sim, com relação à Legislação Educacional — cuja tendência das provas


anteriores da SEDF indica que representará em torno de 20 a 25% da
pontuação da prova objetiva, além de se relacionar diretamente ao estudo dos
Conhecimentos Pedagógicos contido nos demais itens do Edital —, sugiro o
seguinte pacto virtuoso entre mim e você:

Esforçar-me-ei ao máximo para lhe ajudar nesta importante etapa de


conquista na sua vida profissional, por meio da extrema atenção na confecção
das aulas escritas e das videoaulas complementares deste curso, da retirada
de dúvidas no fórum — cuja experiência demostra ser uma ótima forma de
aprendizado aos alunos, por meio da própria interação e, principalmente, do
acompanhamento das respostas às dúvidas dos demais alunos — e da
indicação das estratégias de estudo da extensa Legislação Educacional exigida
pelo edital SEDF 2016, cujo estudo pormenorizado de todo conteúdo normativo
não representa uma boa relação de Custo x Benefício para a prova.

Em troca, peço-lhe sua dedicação ao estudo comprometido das aulas, às


videoaulas, à resolução das questões comentadas, ao acompanhamento
semanal do fórum e dos meus recados no ambiente do aluno e às dicas que
darei em cada aula sobre o Custo x Benefício do estudo das normas
educacionais exigidas pelo edital, indicando trechos a serem priorizados.

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Tenho convicção absoluta que o cumprimento deste pacto lhe conduzirá


ao conhecimento adequado da Legislação Educacional exigida pelo Edital SEDF
2016, uma das condições necessárias ao seu bom desempenho na prova, que,
evidentemente, também depende de outros fatores.

Convém ressaltar que, além do nobre exercício do Magistério e da


autorização Constitucional para o acúmulo de até dois cargos públicos de
Professor ou de um cargo público de Professor com outro cargo público técnico
ou científico, certamente, o cargo de Professor de Educação Básica no DF
destaca-se quando comparado aos 26 Estados e 5.570 Municípios do nosso
país, devido aos atrativos da carreira do Magistério Público no Distrito Federal.

APRESENTAÇÃO PESSOAL

Sou o Professor Rodrigo Bandeira.

Atualmente, sou analista administrativo da ANEEL, desde 2014, lotado na


Auditoria Interna. Fui Especialista em financiamento e execução de programas
e projetos educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) - tendo sido o primeiro colocado do concurso público nacional
(CESPE/UnB), em 2013 - e Oficial do Exército Brasileiro, tendo saído da
instituição no posto de Capitão (1999-2013). Bacharel (2003) em Ciências
Militares (ênfase: Comunicações) pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN). Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília – UnB (2015 –
aprovado na OAB) e Mestrando em Direito, Estado e Constituição também pela
UnB. Possuo experiência profissional e algumas especializações, cursos e
estágios nas áreas: jurídica, educacional, gestão pública, auditoria pública,
defesa nacional, agropecuária, (tele) comunicações e energética.

A quem interessar visualizar maiores detalhes curriculares, basta acessar


o link:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8104672H6

Como alguém que teve toda sua formação escolar e acadêmica em


instituições públicas de ensino do nosso país e que vêm alcançando todas suas
conquistas profissionais por meio do estudo, do sacrifício pessoal e da
dedicação profissional, compartilho o entendimento e defendo que as carreiras
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educacionais devem ser elencadas ao topo da valorização profissional, como


condição necessária ao desenvolvimento econômico e social do nosso país,
bem como pela necessidade de atração e permanência de excelentes
profissionais na área educacional.

Durante boa parte do período que atuei profissionalmente como Oficial do


Exército Brasileiro tive a oportunidade de trabalhar diretamente com a
diuturna formação dos jovens que prestam o serviço militar obrigatório. Esta
grande experiência educacional transborda as fronteiras das aulas de conteúdo
cognitivo e adentra na seara dos conflitos humanos, verdadeiro laboratório
social, no qual diariamente surgem inúmeras situações que refletem o atual
patamar socioeconômico da nossa sociedade.

Desta forma, pude perceber, ainda mais, a Educação como instrumento


fundamental da autonomia humana.

Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas à Educação, à


legislação educacional e aos concursos públicos, basta curtir minha página no
facebook: https://www.facebook.com/prof.rodrigobandeira/

APRESENTAÇÃO DO CURSO
Este curso será baseado, detalhadamente, no conteúdo da Legislação
Educacional prevista nos seguintes itens do conteúdo programático para
Professor de Educação Básica do edital SEDF 2016: “14.3

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CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS” e


“14.4 CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES PARA TODOS OS CARGOS
DE NÍVEL SUPERIOR”.

É importante frisar que, em provas desta natureza, não se exigem


profundas reflexões filosóficas, sociológicas e axiológicas, relacionadas ao
conteúdo educacional-jurídico exigido.

Corriqueiramente, as questões são extraídas do texto das normas


indicadas expressamente pelo edital e, eventualmente, pela jurisprudência
correlata emanada dos seguintes Tribunais Superiores: STF e STJ.

Mantenha a objetividade na sua preparação, afinal, no momento,


seu objetivo principal volta-se à sua aprovação dentro do número de
vagas.

Atendo-se à Legislação Educacional, evite desdobrar seu estudo


para temas paralelos não relacionados diretamente ao conteúdo
exigido pelo Edital, a ser cobrado na prova.

Normas não relacionadas diretamente à Educação, a exemplo


daquelas vinculadas tematicamente ao direito constitucional e ao direito
administrativo — como ocorre com o regime jurídico dos servidores públicos
civis do DF: Lei Complementar Distrital nº 840, de 23/12/2011 —, dentre
outras disciplinas, serão abordadas pelos Professores das disciplinas
respectivas, nos demais cursos do Estratégia Concursos voltados para
esta prova.

Além da importância das normas educacionais explicitadas pelo edital às


questões objetivas — normalmente, cobradas de maneira quase literal ou de
forma que o conhecimento literal favorece sobremaneira a interpretação da
questão —, ressalta-se novamente que a tendência das provas anteriores
da SEDF indica que a Legislação Educacional representará em torno de
20 a 25% da pontuação da prova objetiva, além de se relacionar
diretamente ao estudo dos Conhecimentos Pedagógicos contido nos demais
itens do Edital.

Logo, estar dominando os pontos centrais do conteúdo normativo


educacional exigido pelo edital é fundamental para o bom desempenho na
prova objetiva.

Vale lembrar que o conhecimento da Legislação Educacional facilita


sobremaneira a criação de textos dissertativos sobre inúmeros temas

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educacionais, fato que denota aos corretores da prova discursiva uma ótima
preparação do candidato.

Lembro que, nas provas organizadas pelo CESPE, as provas discursivas


costumam eliminar muitos candidatos com altíssimas pontuações na prova
objetiva.

O objetivo primordial deste curso é lhe deixar preparado para


resolver as questões da prova que exijam o conteúdo das normas
relacionadas à Educação no Distrito Federal.

CRONOGRAMA DO CURSO

Legislação Educacional p/ SEDF – Professor de Educação


Básica (Conhecimentos Básicos e Complementares)

AULA CONTEÚDO DATA

Constituição Federal, Capítulo III -


Aula
Da Educação, da Cultura e do Desporto, 19/10/2016
0
Seção I Da Educação - 1ª parte
Constituição Federal, Capítulo III -
Aula
Da Educação, da Cultura e do Desporto, 23/10/2016
1
Seção I Da Educação - 2ª parte
Aula Lei n° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases
26/10/2016
2 da Educação - LDB) - 1ª parte

Aula Lei n° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases


30/10/2016
3 da Educação - LDB) - 2ª parte

Aula Lei n° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases


2/11/2016
4 da Educação - LDB) - 3ª parte

Aula
Gestão Democrática (Lei Distrital nº 6/11/2016
5
4.751/2012)

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Resolução nº 01/2012 CEDF (alterada em


Aula seus dispositivos pela Resolução nº 01/2014
13/11/2016
6 CEDF e pela Resolução nº 02/2016 CEDF) -
1ª parte
Resolução nº 01/2012 CEDF (alterada em
Aula seus dispositivos pela Resolução nº 01/2014
20/11/2016
7 CEDF e pela Resolução nº 02/2016 CEDF) -
2ª parte
Aula
Regimento Escolar da Rede Pública de Ensino 27/11/2016
8 do Distrito Federal - 1ª parte

Aula
Regimento Escolar da Rede Pública de Ensino 4/12/2016
9 do Distrito Federal - 2ª parte

Aula
Políticas Públicas para a Educação Básica 14/12/2016
10

Aula Plano Nacional de Educação (PNE 2014-


21/12/2016
11 2014)

Aula
Plano Distrital de Educação (PDE 2015-2024) 28/12/2016
12

Aula Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais


para a Educação Básica 03/01/2017
13

Embora este curso não possua todos os aprofundamentos necessários a


um curso de Direito Constitucional, propriamente dito, ao estudarmos as Leis e
demais atos normativos que regulamentam a educação em nosso país, é
importantíssimo compreendermos suas vinculações ao conteúdo
Constitucional, posto que o nosso ordenamento jurídico calca-se num modelo
de hierarquia normativa, no qual a Constituição Federal de 1988 (CF/88) ocupa
o topo, definindo princípios, diretrizes e regras programáticas que devem ser

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observadas pelas normas infraconstitucionais (Leis, Decretos, Resoluções,


Portarias,...).

Neste sentido, vejam:

CESPE - 2011 - SEDUC – AM – Professor: A CF, em cujo texto


estão reunidas as normas superiores do ordenamento jurídico do
Estado Nacional, constitui fundamento da LDB e das demais leis do
país e suas respectivas normatizações.
Gabarito definitivo: CORRETO

Convém ressaltar que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –


LDB constitui a “ponte normativa” entre o conteúdo educacional da CF/88 e as
demais normas educacionais dos distintos Sistemas de Ensino da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Desta forma, a LDB constitui conteúdo central do nosso curso.

Sobre a importância da Gestão Democrática do Ensino Público no DF


(Lei Distrital nº 4.751/2012) — tema da aula 04 —, cumpre informar que esta
Lei regulamenta o princípio constitucional da gestão democrática no
ensino público (CF/88, art. 206, VI), também previsto como princípio do
Ensino público pela LDB e constantemente exigido pelo CESPE em questões
de provas, em especial, referindo-se aos Conselhos Escolares.

Sobre o tema, em 2014, publiquei um artigo: “A educação básica e o


desafio da inclusão produtiva” — de autoria conjunta com um amigo — na
Revista Desafios do Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada – IPEA, que faz referência à importância dos
Conselhos Escolares na fiscalização dos recursos públicos destinados à
Educação Básica, especialmente, quanto ao papel deliberativo e
fiscalizatório destes Conselhos.

Este breve artigo pode ser acessado pelo link abaixo (nele, meu nome
saiu incompleto), cuja leitura faz-se interessante ao estudo:

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article
&id=3006:catid=28&Itemid=23

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Ainda sobre o tema:

CESPE -2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Os conselhos escolares


têm como pilares a função deliberativa e fiscalizadora, não utilizando a
função consultiva, uma vez que esta descaracteriza a concepção de um
conselho.

Gabarito definitivo: ERRADO.

Este gabarito fez referência à Lei estadual que regulamenta a Gestão


Democrática no Ensino Público do Estado do Ceará. Todavia, aproveitando esta
questão, vejam que o gabarito seria o mesmo se o referencial fosse a Lei
Distrital nº 4.751/2012 — Lei de Gestão Democrática do DF —, que
dispõem sobre natureza do Conselho Escolar:

“Art. 24. Em cada instituição pública de ensino do Distrito Federal,


funcionará um Conselho Escolar, órgão de natureza consultiva,
fiscalizadora, mobilizadora, deliberativa e representativa da
comunidade escolar, regulamentado pela SEDF.”

APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO

De maneira cautelosa, parto da premissa de que boa parte dos alunos do


curso ainda não dominam os temas jurídicos necessários à compreensão dos
dispositivos constitucionais e infraconstitucionais relacionados à Educação.

Desta forma, sem perder o foco do nosso objetivo, sempre que necessário
abordarei, de forma sucinta, as conceituações jurídicas pertinentes, visando ao
entendimento otimizado das normas educacionais.

Por saber que o estudo de normas se torna entediante para quem não
consiga relacionar o texto normativo ao contexto jurídico sistêmico, faço uso
de recursos visuais (realinhamento esquemático do texto, quadros
esquemáticos, cores nas letras, além dos tradicionais itálico, negrito e
sublinhado) ao esquematizar o texto das normas em estudo, visando facilitar a
compreensão e aumentar a absorção do conteúdo.

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APRESENTAÇÃO DA AULA 00

Nesta aula 00, abordarei o conteúdo constitucional exigido ao cargo


de Professor de Educação Básica pelo edital SEDF 2016 e comentarei 10
questões anteriores do CESPE/UnB sobre o conteúdo desta aula, que serão
ampliadas na aula 1 (histórico dos últimos 6 anos: questões de 2010 até
2016).

Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas à Educação, à


legislação educacional e aos concursos públicos, basta curtir minha página no
facebook: https://www.facebook.com/prof.rodrigobandeira/

Caso você deseje acessar todos os cursos que ministro — neles você terá
acesso ao fórum de dúvidas, as videoaulas, aos meus recados e às
informações extras que disponibilizarei, sempre que julgar necessário
— para os cargos que estarão disponíveis neste concurso da SEDF 2016,
acesse o link:

https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/rodrigo-bandeira-
3484/

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei disponível


para retirar dúvidas dos alunos matriculados, por meio do fórum
virtual, e, sempre que entender necessário, disponibilizarei
materiais extras aos matriculados, visando contribuir neste
processo de preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e


prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
através do site Estratégia Concursos.

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Após estas importantes considerações iniciais, “mãos e mente à obra”.

Vamos juntos nesta missão?

NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À EDUCAÇÃO

A partir da leitura contextualizada da Carta Magna (CF/88), verifica-se


que os seguintes dispositivos possuem pertinência temática com a
Educação, de forma direta ou indireta:

art. 6°; art. 7°, IV e XXV; art. 22, XXIV, PU; art. 23, V, XII; art.
24, IX, §1°, §2°, §3°, §4°; art. 30, VI; art. 34, VII, “e”; art. 35,
III; art. 37, XVI, XVII; art. 39, §2°; art. 40, §1°, III, “a”; §5°; art.
95, PU, I; art. 128, §5°, II, “d”; art. 144, §10, I; art. 150, VI, “c”;
art. 167, IV; art. 201, §7°, I, II, §8°; art. 205 ao 219-B; art. 225,
§1°, VI; art. 227, §3°, III; art. 242, §1°, §2°.

ADCT (ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS


TRANSITÓRIAS): art. 60; art. 61; art. 64.

Calma! Logo irei decifrar este verdadeiro algoritmo jurídico


incompreensível.

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DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS ORGANIZADOS POR


TEMAS

Para facilitar o aprendizado, inicialmente, segregarei estes dispositivos


constitucionais por temas pertinentes ao conteúdo educacional, apenas
indicando o que regulamentam.

Em seguida, focarei especificamente nos dispositivos exigidos pelo


edital SEDF 2016, para os cargos de Professor de Educação Básica.

Segue na ordem dos dispositivos no texto


constitucional.
Não se preocupe em decorar os números dos
dispositivos, mas sim em familiarizar-se com os temas.
Por enquanto, trata-se apenas de uma visão geral
sobre os temas educacionais normatizados pela Constituição
Federal de 1988.

Importante! A Ambientação ao estudo das Normas Educacionais


disponibilizada junto ao ambiente virtual da aula 01 do curso.

- Educação como Direito Social: art. 6°; art. 7°, IV e XXV

- Competências legislativas interfederativas (qual unidade federativa deve legislar sobre os


temas educacionais?): art. 22, XXIV, PU; art. 24, IX, §1°, §2°, §3°, §4°

- Competências materiais interfederativas (qual unidade federativa deve implementar as


ações educacionais?): art. 23, V; art. 30, VI

- Educação para a segurança do trânsito: art. 23, XII; art. 144, §10, I

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- Intervenção entre as unidades federativas VII III

- Permissão de acúmulo de cargos públicos remunerados pelo Professor: art. 37, XVI, XVII;
PU I II

- Escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos: art. 39,
§2°

- Regras previdenciárias específicas dos Professores III (Servidor Público -


regime próprio de previdência social); §5°; art. 201, §7°, I, II, §8° (CLT - regime geral de
previdência social)

- Vedação à tributação das instituições de educação, sem fins lucrativos VI

- Possibilidade de vinculação de receita de imposto à manutenção e desenvolvimento do


ensino: art. 167, IV

- Seção da Constituição dedicada exclusivamente à Educação: art. 205 ao art. 214

- Seção da Constituição dedicada exclusivamente à Cultura: art. 215 ao art. 216-A

- Desporto educacional: art. 217, II

- Seção da Constituição dedicada exclusivamente à Ciência, Tecnologia e Inovação: art. 218


ao art. 219-B

- Educação ambiental: art. 225, §1°, VI

- Recursos educacionais e científicos para o Planejamento familiar: art. 226, §7°

- Direito das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos adolescentes/jovens


trabalhadores à educação: art. 227, §3°, III; art. 7°, XXXIII

- Exceções aplicáveis às instituições educacionais oficiais: art. 242; art. 206, IV

ADCT (ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS):

- Obrigação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de destinarem parte das suas
receitas vinculadas à manutenção e desenvolvimento do ensino 25%, no mínimo, da
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências na
manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos
trabalhadores da educação: art. 60, §1°; art. 212

- Criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização


dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza contábil: art. 60, I

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- Origem dos recursos do FUNDEB, instituído no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,
e forma da distribuição destes recursos entre os Estados e seus Municípios (embora não
mencionado explicitamente, também dentre o DF, que, vale lembrar, não se divide em
Municípios): art. 60, II, §4°

- Aplicação obrigatória pelos Estados e Municípios dos recursos recebidos via FUNDEB nos
respectivos âmbitos de atuação prioritária (Municípios -> ensino fundamental e educação
infantil; Estados -> ensino fundamental e médio. Ressalta-se que o DF, por não se dividir
em Municípios, acumula estas atuações prioritárias, embora seja mal redigida esta lógica
no texto do art. 211, §1° e §2°): art. 60, IV

- Complementação pela União do FUNDEB, dos Estados e do DF, quando o valor por aluno
não alcançar o mínimo definido nacionalmente: art. 60, do inc. V ao X

- Hipótese de Crime de Responsabilidade da autoridade competente pelo não cumprimento


da complementação pela União do FUNDEB: art. 60, XI

- Destinação mínima de 60% do FUNDEB ao pagamento dos profissionais do magistério da


educação básica em efetivo exercício: art. 60, XII

- Regras de transição (já exauridas), a partir de 2006, para implementação do FUNDEB: art.
60, do §2° ao §5°

- Permissão da destinação de recursos públicos às fundações de ensino e pesquisa, cuja


criação tenha sido autorizada por lei e às escolas comunitárias, confessionais ou
filantrópicas, desde que: tenham finalidade não lucrativa, apliquem seus excedentes
financeiros em educação e assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento
de suas atividades: art. 61; art. 213

- Obrigatoriedade de edições populares do texto integral da Constituição Federal, pela


Imprensa Nacional e demais gráficas públicas, da administração direta e indireta, dos
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para serem postas à
dão
E C B : art. 64

A mera percepção geral dos temas acima indicados já facilitará a


compreensão do conteúdo específico do edital SEDF 2016.

Padronização de siglas:

- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M


- Emenda constitucional: EC

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A partir desta visão temática global, vamos diretamente ao estudo dos


dispositivos da CF/88 exigidos pelo edital SEDF 2016.

As provas do CESPE dos últimos 6 anos indicam que o trecho da


CF/88 mais explorado pelas questões da banca concentra-se do art. 205 ao
214, inseridos na seção voltada diretamente à Educação, que se refere
justamente ao conteúdo constitucional exigido pelo edital SEDF 2016.

A seguir, apresentarei estes dispositivos, de forma esquematizada,


trazendo comentários e a resolução de 10 questões.

Na aula 01, trarei mais questões anteriores do CESPE (de 2010 a 2016),
pois o treino é essencial ao desempenho — princípio geral. 

Neste momento, convém ressaltar que as normas infraconstitucionais — a


exemplo da Lei n° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) —
detalharão os dispositivos constitucionais abaixo indicados, desta forma, farei a
“conexão normativa” entre a CF/88 e as demais normas educacionais sempre
que necessário à facilitação do aprendizado.

As questões do CESPE voltadas às provas de cargos educacionais


costumam exigir predominantemente o conhecimento do texto literal dos
dispositivos constitucionais, infraconstitucionais e, eventualmente, de decisões
judiciais dos tribunais superiores, das quais indicarei as mais relevantes.

Nas questões tematicamente mais distantes do texto constitucional, o seu


conhecimento permanece como importante ao raciocínio necessário à
resolução.

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EDITAL SEDF 2016 - DISPOSITIVOS


CONSTITUCIONAIS ESQUEMATIZADOS

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

TÍTULO VIII
Da Ordem Social
(...)

Capítulo III
Da Educação, da Cultura e do Desporto

Seção I
Da Educação

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da


cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Perceba o caráter amplo que a CF/88 estabelece ao significado de Educação, sendo


direito de todos, com dever de prestação pelo Estado e pela Família, contando com a
colaboração da sociedade (ah se todos lessem a CF/88!  ), visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa (deve englobar as capacidades cognitivas,
psicomotoras e emocionais; fatores sociais, culturais, religiosos,...), ao exercício da
cidadania (requerente de capacidade crítica e de conhecimento dos direitos e
deveres) e à qualificação para o trabalho.

A educação está inserida pela CF/88 no conjunto dos direitos sociais (CF/88, art.
6°), que são reconhecidos pela doutrina jurídica como direitos fundamentais de
segunda dimensão, introduzidos no ordenamento jurídico brasileiro a partir da
socialização dos direitos civis, notadamente influenciada pelas Constituições Mexicana
de 1917 e Alemã de 1919, conhecida como Constituição de Weimar.

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CF/88
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Redação dada pela EC nº 90, de 2015)

*Atentem que esta redação é de 2015. Novidades são atrativas


à banca.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender


a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

CUIDADO! Rende um bom tema de discursiva:

Perceba a importância dada ao Ensino e à Educação pela Declaração


Universal dos Direitos Humanos - DUDH, proclamada em 1948, após
as barbáries da 2ª Guerra Mundial:
(...)
“dos Direitos Humanos
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a
fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a
constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela
educação, por envolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional,
o seu reconhecimento e a sua aplicação (...).”

*A DUDH é tida como o documento mais traduzido do mundo — mais de 360


idiomas — e inspirou as Constituições de muitos Estados e democracias
recentes.

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Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o


pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e


coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

STF - Súmula Vinculante 12

“A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o


disposto no art. 206, IV, da CF.”

Por pertinência temática direta, convém informar o conteúdo deste outro


dispositivo da CF/88:

TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da
promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente
mantidas com recursos públicos.

§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das


diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.

§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido


na órbita federal.

*A CF/88 foi promulgada em 5/outubro/1988.

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V - valorização dos profissionais da educação escolar,


garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das
redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da


educação escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica

e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus


planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

*Profissionais da Educação Básica -> engloba não somente os


Professores, mas também todos os demais profissionais que lidam com a gestão
educacional.

Importante! A Princípios do Ensino ilizada junto ao ambiente


virtual da aula 01 do curso, na qual faço um detalhado comparativo entre os Princípios do
Ensino previstos pela CF/88 (art. 206) e pela LDB (art. 3º).

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Art. 207. As universidades

gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira


e patrimonial,

e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e


extensão.

§ 1º É facultado às universidades

admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na


forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica


e tecnológica.

Supremo Tribunal Federal - STF (RE 362.074-AgR):

"A transferência de alunos entre universidades congêneres é instituto que


integra o sistema geral de ensino, não transgredindo a autonomia
universitária, e é disciplina a ser realizada de modo abrangente, não em vista de
cada uma das universidades existentes no País, como decorreria da conclusão
sobre tratar-se de questão própria ao estatuto de cada qual.”

SIMPLIFICANDO: o STF decidiu que alegação da autonomia constitucional das


universidades não era suficiente para que estas instituições de ensino superior
continuassem a negar a transferência de alunos entre universidades
congêneres.

Universidades congêneres:
Situação 1 - Universidade de origem e Universidade de destino do
aluno, ambas Públicas, independentemente se pertencentes a U, E, DF,
M.

Situação 2 - Universidade de origem e Universidade de destino do


aluno, ambas Privadas.

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Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita

dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,

assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria;

Conforme será visto nas questões comentadas, este dispositivo e


seus desdobramentos são muito cobrados pelo CESPE.

A EC n° 59/2009, alterou o conteúdo do art. 208, I da CF/88, que passou


a prever a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos,
tornando obrigatória a Educação Escolar a partir da pré-escola — de 4 a 5
anos de idade, inserida na Educação Infantil (LDB, art. 30, II) — até os
17 anos de idade, que regularmente é a idade de término do ensino
médio.

Esta mudança positiva gerou, naturalmente, a necessidade de adaptação


aos sistemas de ensino, desta forma, a EC n° 59/2009 trouxe a seguinte
regra de transição:

EC n° 59/2009, Art. 6º ”O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição


Federal deverá ser implementado progressivamente, até 2016, nos
termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e
financeiro da União”.

Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

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III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

A CF e a LDB visam à integração dos alunos especiais nas classes


comuns do ensino regular, permitindo apenas excepcionalmente
classes, escolas e serviços especializados:

“o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou


serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular” (LDB, art. 58, §2°).

IV - educação infantil, em creche e pré-escola,

às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

*Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

V - acesso aos níveis mais elevados

do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de


cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do


educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,

por meio de programas suplementares

de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à


saúde.

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§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público


subjetivo.

Apenas para entendimento, pois a prova, provavelmente,


não entrará neste nível aprofundamento, caso entre,
você não será surpreendido:

Direito público subjetivo – sinteticamente, pode ser


entendido como um direito atribuído aos indivíduos, por meio
de uma norma legitimamente reconhecida pela sociedade e
pelo Estado, garantindo-lhes o exercício de determinada
conduta (neste caso, o acesso ao ensino obrigatório e gratuito),
com a possibilidade de se demandar o Estado,
judicialmente, pela não oferta dos meios para satisfação
deste direito.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público,

ou sua oferta irregular,

importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público

recensear os educandos no ensino fundamental,

fazer-lhes a chamada e zelar,

junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à


escola.

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Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada,

atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

STF (ADI 1.266):

"Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja


os prestados por particulares, configuram serviço público não
privativo, podendo ser prestados pelo setor privado (...). Tratando-
se de serviço público, incumbe às entidades educacionais
particulares, na sua prestação, rigorosamente acatar as normas
gerais de educação nacional e as dispostas pelo Estado-
membro, no exercício de competência legislativa suplementar
(§ 2º do art. 24 da Constituição do Brasil)."

PERCEBA: as entidades educacionais particulares — por prestarem


serviço público não privativo — devem obedecer às normas
gerais de educação nacional, emitidas pelas autoridades
educacionais competentes do Governo Federal, bem como às
normas emitidas pelas autoridades educacionais competentes do
Governo Estadual/Distrital, ao qual esteja vinculado o
estabelecimento de ensino.

CONDIÇÕES IMPOSTAS PELA LDB PARA O FUNCIONAMENTO


DAS ENTIDADES EDUCACIONAIS PARTICULARES

LDB, Art. 7º “O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as


seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional


e do respectivo sistema de ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de


qualidade pelo Poder Público;

III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o


previsto no art. 213 da Constituição Federal.”

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Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental,

de maneira a assegurar formação básica comum

e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,

constituirá disciplina dos horários normais

das escolas públicas de ensino fundamental.

CUIDADO!
O Brasil, como um Estado laico — também conhecido como Estado
secular —, deve ser oficialmente imparcial às crenças religiosas, cabendo aos
entes federativos (U, E , DF, M) apenas manterem relações de respeito
institucional com todas as religiões.

CF, art. 19. “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,


embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;”

Neste sentido, a CF/88 traz o seguinte Direito Fundamental:

art. 5°, VI – “é inviolável a liberdade de consciência e de crença,


sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

Ao Estado brasileiro nada deve importar institucionalmente a crença ou


descrença dos seus cidadãos em religiões, todavia, estas constituem valores
socioculturais indissociáveis da sociedade, logo o ensino religioso, de
MATRÍCULA FACULTATIVA, constitui disciplina das escolas públicas.

Cabe destacar que o ensino religioso público não pode se tornar


em meio para conversão à religião específica, deve-se pautar pelo
direito fundamental à liberdade de crença e de culto religioso.

Neste sentido, regulamentou a LDB. Leia seu art. 33, §1° e §2°.

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§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,

assegurada às comunidades indígenas também a utilização

de suas línguas maternas e processos próprios de


aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais

e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e


supletiva,

de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais

e padrão mínimo de qualidade do ensino

mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao


Distrito Federal e aos Municípios;

I A Função normativa, redistributiva e supletiva da União,


perante as demais instâncias educacionais
aula 01 do curso, na qual faço uma explicação detalhada sobre as funções previstas pela
CF/88 (art. 211, §1º) e pela LDB (art. 8º, §1º), que acrescenta a função normativa para a
União.

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§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e na educação infantil.

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e médio.

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

*Ver os comentários na última linha do quadro seguinte.

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CF/88 e Lei n° 9.394/1996(LDB)

NÍVEIS ESCOLARES ou
NÍVEIS DE ENSINO DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR
Educação
Creches ou
Infantil entidades Até 3 anos de idade
equivalentes
1ª etapa da Educação
Básica

Atuação
Pré-escolas de 4 a 5 anos de idade
prioritária:
M
Educação Básica
Ensino
Fundamental
* obrigatória e gratuita
dos 4 aos 17 anos de idade, 2ª etapa da Educação Duração de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de
assegurada inclusive sua oferta Básica idade
gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria Atuação
prioritária:
M, E, DF
* A educação básica pública atenderá
prioritariamente ao ensino regular.
Ensino Médio
3ª etapa da Educação
Básica Duração mínima de 3 anos

Atuação
prioritária:
E, DF

Educação Superior

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

U, E DF, M – podem atuar em qualquer nível escolar, por exemplo, um Município pode possuir
Universidades, em sua rede de ensino, tal como ocorre com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul
(USCS) e com a Universidade de Taubaté (Unitau). Todavia, o Município deve priorizar seus recursos educacionais
à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Não pode um Município manter adequadamente uma Universidade
e alegar falta de recursos ao ensino fundamental. Porém, as Universidades mantidas pelos Municípios
pertencem ao sistema de ensino Estadual respectivo (atenção! Tem questões sobre isso). Para melhor
compreensão, estude os arts, 16, 17 e 18 da LDB.

CUIDADO: conforme determina o ADCT, art. 60, IV, tratando-se dos recursos recebidos via FUNDEB, os
Estados e Municípios os devem aplicar obrigatoriamente nos respectivos âmbitos de atuação
prioritária (Municípios -> ensino fundamental e educação infantil; Estados -> ensino fundamental e médio).
Ressalta-se que o Distrito Federal, por não se dividir em Municípios, acumula estas atuações
prioritárias, embora seja mal redigida esta lógica no texto do art. 211, §1° e §2°.

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MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de


Ensino ou de Educação pelo Título V da Lei n° 9.394/1996 – LDB.

- destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de


Educação de Jovens e estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
Adultos (EJA)
- cursos e exames supletivos

- no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se


aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia

- abrange os seguintes cursos:

I – de formação inicial e continuada ou qualificação


profissional
Educação Profissional
e Tecnologica II – de educação profissional técnica de nível médio

III – de educação profissional tecnológica de graduação e


pós-graduação

- será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por


diferentes estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho.

- oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para


educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação, de forma transversal a todos
os níveis, etapas e modalidades.

- haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado,


na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.
Educação Especial
- o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular.

- a oferta de educação especial, dever constitucional do


Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
educação infantil.

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MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de


Educação Básica pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (Resolução CNE/CEB n° 4, de 13/06/2010)

Educação de
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Jovens e Adultos
características no quadro anterior
(EJA)

Educação
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Profissional e
características no quadro anterior
Tecnologica

Educação Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as


Especial características no quadro anterior

Educação a
distância
*não prevista como O Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a
Modalidade de veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
Ensino ou de níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
Educação pelo
Título V da LDB

- os sistemas de ensino promoverão as adaptações


necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural
e de cada região, especialmente:
Educação Básica
do campo I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas
*não prevista como às reais necessidades e interesses dos alunos da zona
Modalidade de rural;
Ensino ou de
Educação pelo II - organização escolar própria, incluindo adequação do
Título V da LDB calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
condições climáticas;

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III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

- O fechamento de escolas do campo será precedido de


manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de
ensino, que considerará a justificativa apresentada pela
Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da
ação e a manifestação da comunidade escolar.

- O Sistema de Ensino da União, com


a colaboração das agências federais de
fomento à cultura e de assistência aos
índios, desenvolverá programas
integrados de ensino e pesquisa, para
oferta de educação escolar bilíngue e É obrigatório o
intercultural aos povos indígenas. estudo da história e
cultura afro-
- É assegurada na Educação Escolar às brasileira e
indígena, nos
Educação comunidades indígenas: a utilização de
estabelecimentos de
Escolar Indígena suas línguas maternas, processos ensino fundamental
*não prevista como próprios de aprendizagem, currículos e de ensino médio,
Modalidade de e programas específicos - com os públicos e privados,
Ensino ou de conteúdos culturais correspondentes às que deverá incluir os
Educação pelo respectivas comunidades -, e material diversos aspectos da
Título V da LDB didático específico e diferenciado. história e da cultura
que caracterizam a
- O fechamento de escolas indígenas formação da
será precedido de manifestação do população
brasileira, a partir
órgão normativo do respectivo sistema
desses dois grupos
de ensino, que considerará a justificativa étnicos, tais como o
apresentada pela Secretaria de estudo da história da
Educação, a análise do diagnóstico do África e dos
impacto da ação e a manifestação da africanos, a luta dos
comunidade escolar. negros e dos povos
indígenas no Brasil,
a cultura negra e
- É desenvolvida em unidades educacionais indígena brasileira e
inscritas em terras e cultura quilombola, o negro e o índio na
requerendo pedagogia própria em respeito à formação da
Educação sociedade nacional,
especificidade étnico-cultural de cada
Escolar comunidade e formação específica de seu resgatando as suas
Quilombola quadro docente. contribuições nas
*não prevista áreas social,
como - O fechamento de escolas quilombolas econômica e política,
será precedido de manifestação do órgão pertinentes à história
Modalidade de do Brasil.
normativo do respectivo sistema de ensino,
Ensino ou de que considerará a justificativa apresentada
Educação pelo pela Secretaria de Educação, a análise do
Título V da LDB diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.

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Importante! Não deixe de complementar o estudo do quadro esquemático de 4


páginas anteriores (NÍVEIS ESCOLARES ou NÍVEIS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO
E“COLAR Níveis Escolares nibilizada junto ao ambiente
virtual da aula 01 do curso, na qual destrincho o conteúdo da CF/88 (art. 4º, I, II; art.
211, §2º, §3º), em paralelo ao conteúdo complementar da LDB (arts. 10, 11, 21), que
acrescenta a função normativa para a União.

Importante! Não deixe de complementar o estudo dos quadros esquemáticos


constantes nas 3 páginas anteriores (MODALIDADES DE ENSINO OU MODALIDADES
DA EDUCAÇÃO BÁSICA MODALIDADES DE ENSINO ,
disponibilizada junto ao ambiente virtual da aula 01 do curso, na qual detalho as
MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA previstas pela LDB e pela Resolução CNE/CEB
n° 4, de 13/06/2010, que diferem entre si.

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Para fins de melhor entendimento do regime de colaboração entre os entes


federativos (U, E, DF, M) e da função normativa da União, em matérias educacionais
(CF/88, art. 211, §1º; LDB, art. 8º, §1º), convém trazer os dispositivos constitucionais
que estabelecem a competência legislativa PRIVATIVA (U – art. 22) e CONCORRENTE
(U, E, DF – art. 24), definidoras das competências legislativas educacionais, bem como
a competência COMUM (U, E, DF, M - art. 23).

PERCEBA: os arts. 22 e 24 indicam as unidades federativas que devem legislar sobre os temas
indicados:

*entenderam de onde vem a LDB,


Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: aplicável à U, E, DF e M ?

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; **LDB - Lei n° 9.394/1996

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e


inovação; (Redação dada pela EC nº 85, de 2015)

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.

PERCEBA: o art. 23 trata da competência material comum a todas as unidades federativas (U, E, DF,
M):

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à


inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

PERCEBA: A competência legislativa — privativa (U) ou concorrente (U, E, DF) — relaciona-se, por óbvio,
à edição de normas legais. A competência comum (U, E, DF, M), também chamada de competência
material comum, relaciona-se à prestação dos serviços públicos.

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Art. 30. Compete aos Municípios:

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

programas de educação infantil e de ensino fundamental;

Art. 211 (...)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios definirão

formas de colaboração,

de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação básica pública

atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito,

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no


mínimo,

da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de


transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida

pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,

ou pelos Estados aos respectivos Municípios,

não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,


receita do governo que a transferir.

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Clássica questão de prova:

Os Impostos não se confundem com Tributos. Muitas questões trocam estes


termos para confundir o candidato.

Para fixação:
Depois de exacerbadas disputas judiciais, logo após a promulgação da CF/88, a respeito
das inovações constitucionais no plano tributário, o STF (Recurso Extraordinário 146.733-
9/SP, de 29/06/1992) adotou a denominada “Teoria pentapartite”, reconhecendo cinco
espécies ou modalidades tributárias em nosso sistema jurídico. Desta forma, segundo
o STF, são Tributos: os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os
Empréstimos Compulsórios e as Contribuições.

Perceba! O Imposto é apenas uma das cinco espécies de Tributo.

Estes detalhes são cobrados em provas de Direito Tributário, todavia, esta síntese
é interessante para efeito de fixação do conteúdo. Novamente, tenha cuidado com
questões que troquem indevidamente o termo “Impostos” por Tributos ou
quaisquer outros vocábulos desta natureza.

ATENÇÃO!

Aplicação MÍNIMA ANUAL da receita resultante de IMPOSTOS —


compreendida a proveniente de transferências (oriundas da
arrecadação de Impostos) — na manutenção e desenvolvimento do
ensino.

*Transferências – A CF/88 possui uma seção destinada à REPARTIÇÃO DAS


RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ao art. 157 ao 162), onde define as regras de rateio
destas receitas. Cabe ao ente federativo (U, E, DF, M) responsável pela
arrecadação de cada tributo o repartir dentre os demais entes federativos, na
forma determinada pela CF/88.

U 18%
E, DF, M 25%

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Intervenção entre os entes federativos (U, E, DF e M)

*O tema da intervenção pouco cai em questões de cargos educacionais


“EDF , assim, leia os dispositivos abaixo apenas para fins de ampliar seu conhecimento geral.
Tratam dos casos de Intervenção relacionada ao Ensino.

PERCEBA: Os entes federativos são autônomos entre si, logo a CF/88 (arts. 34 e 35) trata das hipóteses
excepcionais de Intervenção entre os entes federativos:

Como regras úteis, guarde que:

- a União somente pode intervir nos Estados e DF, assim como nos Municípios
localizados em Territórios Federais;
- os Estados somente podem intervir nos seus Municípios; e
- os Municípios não intervêm em nenhum outro ente federativo.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,


compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:

III não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88,


neste momento:

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição


do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste
Prof. Rodrigo artigo;
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Art. 212 (...)

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo,


serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e
municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao


atendimento das necessidades do ensino obrigatório,

no que se refere a universalização, garantia de padrão de


qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de
educação.

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à


saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos
provenientes de contribuições sociais e outros recursos
orçamentários.

Relembrando (quadro explicativo logo após o art. 212, §1°):

As contribuições sociais se enquadram dentre as Contribuições, que


são mera espécie de Tributo ou modalidade tributária.

Cuidado com as questões que troquem o termo “Contribuições Sociais”


por Tributos, Impostos ou quaisquer outros vocábulos desta
natureza.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de


financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida
pelas empresas na forma da lei.

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição


social do salário-educação

serão distribuídas proporcionalmente

ao número de alunos matriculados na educação básica


nas respectivas redes públicas de ensino.

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Este tributo (contribuição social do salário-educação) é arrecadado


pela União, por meio da Receita Federal, sendo posteriormente distribuído
entre U, E, DF e M.

As cotas dos Estados e dos Municípios (o Distrito Federal não é


mencionado, porém está evidentemente incluso) são distribuídas na
forma indicada.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas,

podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas,


definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes


financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola


comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão

ser destinados a bolsas de estudo para o ensino


fundamental e médio, na forma da lei, para os que
demonstrarem insuficiência de recursos,

quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede


pública na localidade da residência do educando,

ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na


expansão de sua rede na localidade.

Embora o texto constitucional aponte como possibilidade


(“poderão”) o pagamento de bolsas de estudo com recursos públicos
para o ensino fundamental e médio fornecido pela rede de
ensino privada, configurada a hipótese do art. 213, §1°, o titular
do direito público subjetivo à educação obrigatória e gratuita,
desprovido de recursos, pode vir a exigir judicialmente o
pagamento da bolsa de estudo, em função da falta de vagas e
cursos regulares na rede pública, na localidade em que reside.

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§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à


inovação

realizadas por

universidades e/ou por instituições de educação profissional e


tecnológica

poderão receber apoio financeiro do Poder Público.

(Redação dada pela EC nº 85, de 2015)

O CESPE gosta de novidade

Art. 214. A lei estabelecerá

o plano nacional de educação, de duração decenal,

com o objetivo de articular

o sistema nacional de educação em regime de colaboração

e definir

diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação

para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus


diversos níveis, etapas e modalidades

por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes


esferas federativas que conduzam a:

Sistema Nacional de Educação – REGIME DE COLABORAÇÃO entre: U, E, DF, M.

AÇÕES INTEGRADAS entre: U, E, DF, M.

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I- erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação


como proporção do produto interno bruto.

CUIDADO! Com relação ao tema do art. 214, inc. VI:

PERCEBA! A tão comentada meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do Produto Interno Bruto - PIB consta na CF/88, desde a promulgação da EC
59/2009, que deu esta redação ao art. 214, VI.

A meta de aplicação em proporção do PIB deve ser implementada por meio do Plano Nacional de
Educação – PNE.

Neste sentido, a Lei nº 13.005/2014 que aprovou o PNE 2014-2014 trouxe os seguintes
comandos legais:

“Art. 2° São diretrizes do PNE:

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades
de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
(...)
ANEXO
METAS E ESTRATÉGIAS
(...)
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5°
(quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento)
do PIB ao final do decênio.”

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QUESTÕES COMENTADAS

É fundamental para sua adequada preparação a resolução de questões já


aplicadas pela banca organizadora do concurso, pois indicam os assuntos mais
recorrentes, bem como a interpretação adotada sobre certos temas.

Neste sentido, pesquisei questões voltadas ao CONTEÚDO


CONSTITUCIONAL DA EDUCAÇÃO exigido pelo edital SEDF 2016: CF/88, do
art. 205 ao art. 214 nas provas aplicadas pelo CESPE/UnB nos últimos 6
anos — de 2010 a 2016.

Nesta aula 00, finalizei o conteúdo constitucional do edital SEDF 2016 e


comentarei 10 questões.

Na aula 01, comentarei as demais questões que encontrei, relativas ao


período acima indicado.

O CESPE costuma elaborar questões abrangentes, por tal motivo,


também trago nas questões relacionadas ao texto constitucional algumas
outras questões mais teóricas, todavia relacionadas à CF/88, como forma de
ampliar os seus conhecimentos sobre o que pode cair na prova.

Na fundamentação das respostas, indicarei também dispositivos de


outras normas relacionadas à questão — em especial, a LDB —, além da
CF/88, visando ficar mais completo o entendimento.

Não se preocupe, pois, o adequado aprofundamento destas outras


normas ocorrerá nas aulas respectivas.

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1 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais -


É dever dos pais, ou dos responsáveis, efetuar a matrícula das crianças
na educação básica, a partir dos seis anos de idade.

CF/88, Art. 208. O dever do Estado com a educação será


efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17


(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta
gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria;

LDB, Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula


das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de
idade.

Ver, nesta aula 00, o quadro de alerta após o art. 208, I.

ERRADO

2 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais - É


função do Estado garantir o pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas na educação pública e(ou) privada.

CF/88, Art. 206. O ensino será ministrado com base nos


seguintes princípios:

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e


coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

CERTO

Caso ainda não tenha assistido, recomendo q Princípios do Ensino


disponibilizada junto ao ambiente virtual da aula 01 do curso, na qual faço um detalhado
comparativo entre os Princípios do Ensino previstos pela CF/88 (art. 206) e pela LDB (art. 3º).

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3 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos


educacionais - As instituições educativas têm o direto de optar por
qualquer modelo de gestão da educação.

A gestão democrática é um princípio constitucional do ensino


público, regulamentada no DF pela Lei Distrital nº 4.751, de 7/2/2012,
a partir da CF/88, art. 206, VI e da LDB, art. 3°, VIII, art. 56.

Por este motivo, as instituições educativas têm a obrigação de


adotar a gestão democrática da educação.

Desta forma, as instituições educativas não podem, por exemplo,


optar por um modelo de gestão educacional que exclua a participação
dos distintos segmentos da comunidade escolar na definição do
projeto político pedagógico.

CF/88, Art. 206. O ensino será ministrado com base nos


seguintes princípios:

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

ERRADO

4 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


As instituições públicas de educação superior devem obedecer ao
princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos
colegiados deliberativos, dos quais participarão, de forma
diferenciada, docentes e os demais segmentos da comunidade
institucional, local e regional.

CF, art. 206, VI (ver nos comentários da questão 3).

LDB:

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes


princípios:

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e


da legislação dos sistemas de ensino;

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Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão


ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de
órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os
segmentos da comunidade institucional, local e regional.

CERTO

5 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais - O


Estado tem o dever de garantir educação escolar pública, obrigatória e
gratuita, em todos os níveis de ensino.

O Estado tem o dever de garantir, obrigatória e gratuitamente,


somente o nível de ensino da Educação Básica, que engloba: a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

O nível superior não se enquadra neste dever estatal, conforme indica


a CF, art. 208, I (ver nos comentários da questão 1).

Ver os níveis de ensino no quadro esquemático, constante após o art


211, §3° da CF/88, nesta aula 00.

LDB, Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino


fundamental e ensino médio;

II - educação superior.

ERRADO

6 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


A educação escolar é composta da educação infantil, da educação
básica formada pelo ensino fundamental e ensino médio e da
educação superior.

Rever os níveis de ensino no quadro esquemático após o art. 211, §3°,


desta aula 00.

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A Educação Escolar compõe-se pela Educação Básica que engloba: a


Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio e pela
Educação Superior. LDB, art. 21 (ver nos comentários da questão 5).

Importante! C Níveis
Escolares e virtual da aula 01 do curso, na qual
destrincho o conteúdo da CF/88 (art. 4º, I, II; art. 211, §2º, §3º), em paralelo ao
conteúdo complementar da LDB (arts. 10, 11, 21), que acrescenta a função normativa
para a União.

ERRADO

7 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


Os recursos públicos são destinados exclusivamente às escolas
públicas, ainda que as instituições privadas comprovem finalidade não
lucrativa.

A CF/88 autoriza que escolas comunitárias, confessionais ou


filantrópicas, mesmo sendo de natureza jurídica privada, possam
receber recursos públicos, desde que atendidas determinadas
exigências:

CF/88, Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às


escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em
lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus


excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra


escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder
Público, no caso de encerramento de suas atividades.

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CF/88 – ADCT (Ato das Disposições Constitucionais


Transitórias),

Art. 61. As entidades educacionais a que se refere o art.


213, bem como as fundações de ensino e pesquisa cuja
criação tenha sido autorizada por lei, que preencham os
requisitos dos incisos I e II do referido artigo e que, nos
últimos três anos, tenham recebido recursos públicos,
poderão continuar a recebê-los, salvo disposição legal em
contrário.

ERRADO

8 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


O profissional da educação deve saber distinguir, se a ação violenta
que se manifesta por meio da agressão, no ambiente escolar, constitui
meio para a obtenção de um fim específico ou se decorre de motivos
ideológicos, como diferenças étnicas, raciais, culturais e outras, o que
caracteriza a prática de bullying.

Resolvi deixar esta questão para indicar o que o CESPE entende


como bullying.

Faz certa referência aos seguintes princípios do ensino:

CF/88, Art. 206. O ensino será ministrado com base nos


seguintes princípios:

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o


pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e


coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

CERTO

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9 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


As greves de servidores no setor educacional podem representar um
dilema ético para o professor, em razão de os movimentos grevistas
interromperem o atendimento direto ao aluno, o que caracteriza um
comportamento descompromissado e, portanto, oposto ao caráter
educativo e formador da profissão.

A afirmativa distorce a finalidade do direito de greve, que pode


ser exercido pelos Professores e demais Profissionais da Educação,
evidentemente, respeitados alguns critérios de razoabilidade.

A CF/88 prevê como princípio do ensino a “valorização dos


profissionais da educação escolar” (art. 206, V), assim como o direito
de greve aos servidores públicos civis (art. 37, VII), cuja
regulamentação depende de lei até hoje não aprovada pelo Congresso
Nacional.

O direito de greve é bastante evocado pelos servidores da


Educação, em função disto, aprofundo o tema, que é muito cobrado,
especialmente, no conteúdo de direito administrativo dos cargos
educacionais.

Devido à mencionada omissão legislativa, o STF decidiu pela


aplicação da Lei 7.783/1989 às greves dos servidores públicos civis
(U, E, DF, M), enquanto não for aprovada pelo Congresso Nacional a lei
regulamentadora deste tema.

A Lei 7.783/1989 normatiza o exercício do direito de greve pelos


trabalhadores regidos pela CLT, em regime contratual de emprego.

"Mandado de injunção. Garantia fundamental (CF, art. 5º, LXXI). Direito


de greve dos servidores públicos civis (CF, art. 37, VII). Evolução do
tema na jurisprudência do STF. (...). Em observância aos ditames da
segurança jurídica e à evolução jurisprudencial na interpretação da
omissão legislativa sobre o direito de greve dos servidores públicos
civis, fixação do prazo de sessenta dias para que o Congresso Nacional
legisle sobre a matéria. (...). Mandado de injunção conhecido e, no
mérito, deferido para, nos termos acima especificados, determinar a
aplicação das Leis 7.701/1988 e 7.783/1989 aos conflitos e às ações
judiciais que envolvam a interpretação do direito de greve dos
servidores públicos civis." (Decisão do Supremo Tribunal Federal – STF
- MI 708, 2008).

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Para consolidar o aprendizado, convém acrescentar este julgado


do STF:

"O exercício de um direito constitucional é garantia fundamental a ser


protegida por esta Corte, desde que não exercido de forma abusiva.
(...). (...) ao considerar o exercício do direito de greve como falta grave
ou fato desabonador da conduta, em termos de avaliação de estágio
probatório, que enseja imediata exoneração do servidor público não
estável, o dispositivo impugnado viola o direito de greve conferido aos
servidores públicos no art. 37, VII, CF/1988, na medida em que inclui,
entre os fatores de avaliação do estágio probatório, de forma
inconstitucional, o exercício não abusivo do direito de greve." (ADI
3.235/2010)

ERRADO

10 - CESPE - 2013 - UNIPAMPA - Técnico em Assuntos educacionais - A


participação da comunidade na escola deve ser orientada, em
princípio, por mecanismos que estimulem a contribuição dos pais e
responsáveis na prestação de serviços rotineiros e apoio financeiro à
escola, visto que as decisões relativas aos problemas do cotidiano
escolar são de responsabilidade estrita dos gestores escolares.

Não apenas os gestores escolares decidem sobre os problemas do


cotidiano escolar, devem participar também destas decisões os
integrantes dos distintos segmentos da comunidade escolar
(estudantes, pais/mães, professores, ...).

A gestão democrática é um princípio constitucional do ensino


público (CF, art. 206, VI), regulamentado pela LDB, art.3°, VIII, art.
56, bem como, no DF, pela Lei Distrital nº 4.751, de 7/2/2012.

Sendo necessário, sugiro rever os comentários das questões 3 e


4.

ERRADO

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais -


É dever dos pais, ou dos responsáveis, efetuar a matrícula das crianças
na educação básica, a partir dos seis anos de idade.

2 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais - É


função do Estado garantir o pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas na educação pública e(ou) privada.

3 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos


educacionais - As instituições educativas têm o direto de optar por
qualquer modelo de gestão da educação.

4 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


As instituições públicas de educação superior devem obedecer ao
princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos
colegiados deliberativos, dos quais participarão, de forma
diferenciada, docentes e os demais segmentos da comunidade
institucional, local e regional.

5 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 6 - Técnico em Assuntos educacionais - O


Estado tem o dever de garantir educação escolar pública, obrigatória e
gratuita, em todos os níveis de ensino.

6 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


A educação escolar é composta da educação infantil, da educação
básica formada pelo ensino fundamental e ensino médio e da
educação superior.

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7 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


Os recursos públicos são destinados exclusivamente às escolas
públicas, ainda que as instituições privadas comprovem finalidade não
lucrativa.

8 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


O profissional da educação deve saber distinguir, se a ação violenta
que se manifesta por meio da agressão, no ambiente escolar, constitui
meio para a obtenção de um fim específico ou se decorre de motivos
ideológicos, como diferenças étnicas, raciais, culturais e outras, o que
caracteriza a prática de bullying.

9 - CESPE - 2015 - MP/ENAP - Cargo 23 - Técnico em Assuntos educacionais -


As greves de servidores no setor educacional podem representar um
dilema ético para o professor, em razão de os movimentos grevistas
interromperem o atendimento direto ao aluno, o que caracteriza um
comportamento descompromissado e, portanto, oposto ao caráter
educativo e formador da profissão.

10 - CESPE - 2013 - UNIPAMPA - Técnico em Assuntos educacionais - A


participação da comunidade na escola deve ser orientada, em
princípio, por mecanismos que estimulem a contribuição dos pais e
responsáveis na prestação de serviços rotineiros e apoio financeiro à
escola, visto que as decisões relativas aos problemas do cotidiano
escolar são de responsabilidade estrita dos gestores escolares.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E C E E E C E E

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Na aula 01, comentarei as demais questões


que encontrei do CESPE/UnB, relativas ao
conteúdo educacional da CF/88 exigido pelo
edital SEDF 2016, refletindo as provas
aplicadas pela banca nos últimos 6 anos: de
2010 a 2016.

Aprenda ainda mais pela retirada de


dúvidas, bem como pela consulta às dúvidas
dos demais alunos, no fórum de dúvidas
específico de cada aula.

Aguardo-lhe na aula 01.

Bons estudos!

“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação


total, buscar seu último limite e dar o melhor de si”.
Ayrton Senna

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