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Morfologia Humana I

Níveis de organização do corpo humano

Objetivo da Aula
Compreender o estudo da Histologia, abordando tópicos essenciais como os níveis
de organização celular e alguns dos tipos de tecidos fundamentais do corpo (tecido epite-
lial e tecido conjuntivo).

1. Histologia

A Histologia é definida como o estudo das células e do material extracelular que


constituem os tecidos do corpo. Teve início, a partir do século XVIII, com o desenvolvimen-
to dos microscópios e das técnicas de preparo para visualização de materiais biológicos.

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Sendo assim, conhecer a Histologia permite definir as estruturas e as funções de


um órgão e de um sistema. Para tanto, é necessário conhecermos os níveis de organi-
zação celular, que compreendem os seguintes itens:

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Figura 01 – Os níveis de organização celular.

Grupos de células semelhantes que executam funções em comum originam os te-


cidos. Um agregado de dois ou mais tecidos, que executam funções específicas, dão
origem aos órgãos. Quando há a reunião de vários órgãos que têm funções semelhantes
ou inter-relacionadas, estamos diante de um sistema. Vários destes sistemas em conjunto
originam o aparelho. E, por fim, o conjunto de todos os aparelhos e sistemas origina o
organismo.

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Tendo em vista que o organismo humano é algo bastante complexo, as diversas


disciplinas ministradas em seu curso abordarão cada etapa dos níveis de organização ce-
lular. Cabe à disciplina de Morfologia Humana abordar os tecidos, órgãos, sistemas e apa-

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relhos. Nessa etapa serão discutidos, em detalhes, alguns dos principais tecidos do corpo.

Existem quatro tipos de tecidos fundamentais: tecido epitelial, tecido conjun-


tivo, tecido muscular e tecido nervoso. Cada um com características específicas e es-
senciais.

Iniciaremos o estudo com o tecido epitelial, (Figura 02) também denominado de


epitélio. Esse tipo de tecido desempenha diversas funções no organismo, dependendo do
órgão em que se localiza. Dentre as principais funções estão: proteção, secreção (como
ocorre no epitélio glandular), absorção, sensação (no caso dos neuroepitélios) e trocas
gasosas.

Figura 02 – O tecido epitelial.

Caracteriza-se por apresentar superfície livre (denominada de polo ou região api-


cal); células justapostas (possuem íntimo contato entre si); pouco espaço intercelular e
pouca matriz extracelular; avascularização (não possui vasos sanguíneos); são separados
do tecido conjuntivo por um tecido de sustentação subjacente, denominado de lâmina
basal (região esta denominada de polo ou região basal) e é nutrido pelo leito capilar do
conjuntivo por difusão por meio da lâmina basal.

O tecido epitelial pode ser classificado em sua estrutura e função em dois grandes
grupos: epitélio de revestimento e epitélio glandular.

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2. Epitélio de revestimento

Recobre toda a superfície externa do corpo, como é o caso da epiderme; reveste


todas as cavidades internas e órgãos que direta ou indiretamente estão em contato com o
exterior do corpo, como é o caso dos órgãos que compõem o sistema digestório, respira-
tório e urogenital; reveste também a maioria das cavidades internas e fechadas do corpo
(vasos sanguíneos e linfáticos – recebe o nome de endotélio) e as cavidades torácica
(pleura e pericárdio) e abdominal (peritônio).

Esse tipo de epitélio pode ser classificado quanto ao número de camadas de células
que apresenta (simples, estratificado e pseudoestratificado). Dessa forma, os epitélios que
apresentam uma única camada de células são chamados de epitélios simples (Figura
03) (realizam as seguintes funções: difusão, absorção, filtração, secreção e trocas gaso-
sas), enquanto os que apresentam várias camadas de células são denominados como
epitélios estratificados, (Figura 04) (tendo como função a proteção dos órgãos em que
estão localizados). Já o epitélio pseudoestratificado (Figura 05) apresenta uma única
camada de células com diferentes tamanhos e núcleos em diversas posições, nos dando
a impressão de ser um epitélio estratificado.

Figura 03 – Epitélios simples

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Figura 04 – Epitélios estratificados

Figura 05 – Epitélio pseudoestratificado

Também podem ser classificados quanto à forma de suas células (pavimentosas,


colunares e cúbicas). Dessa forma, os epitélios que apresentam células achatadas são
denominados de pavimentosos (Figura 06); os epitélios que apresentarem células cuja
sua altura é maior que a largura (células em forma de colunas), são denominados de co-

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lunares (Figura 07) e os epitélios que apresentarem células em iguais proporções (células
em forma de cubos) são denominados de cúbicos. (Figura 08)

epitélio
pavimentoso
simples

matriz extracelular de
sustentação (membrana basal)

Figura 06 – Pavimentosos

epitélio
epitélio
colunar
colunar
simples
simples

Figura 07 – Colunares

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epitélio
cúbico
simples

Figura 08 – Cúbicos

Ainda existe um tipo especial de tecido epitelial denominado de epitélio de tran-


sição (Figura 09). Nesse epitélio as células mudam de forma de acordo com o estado
fisiológico dos órgãos (necessidade do órgão). São constituídos por várias camadas de
células, em que a mais externa é que muda a forma. Ex.: Bexiga urinária cheia – células
distendidas e Bexiga urinária vazia – células globosas.

Transição (relaxado) Transição (distendido)

Figura 09 – Epitélio de transição

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Quando nos referimos a um tecido epitelial, (Figura 10) falamos o seu nome com
as duas classificações juntas, da seguinte maneira: se o epitélio possuir uma única cama-
da de células, sendo essas colunares, dizemos que o epitélio é simples colunar. Quando
esse epitélio possuir várias camadas de células, sendo elas pavimentosas, dizemos que é
um epitélio estratificado pavimentoso.

Figura 10 – Tecido epitelial

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3. Epitélio glandular

Invaginações de epitélios de revestimento dão lugar a estruturas secretoras espe-


cializadas denominadas de glândulas, que tem como funções produzir e eliminar secre-
ções. De acordo com o tipo de secreção que é produzida e o local que é eliminada, as
glândulas são classificadas da seguinte maneira: glândula endócrina e glândula exócrina.

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As glândulas endócrinas (Figura 11) não possuem ductos e secretam seus pro-
dutos (hormônios) diretamente na corrente sanguínea. A formação se dá pela proliferação
do epitélio dentro do conjuntivo, através de mitose. Essa massa celular se desprende do
epitélio, ficando totalmente imersa no tecido conjuntivo, enquanto que as glândulas exó-
crinas (Figura 12) são formadas pela proliferação do epitélio dentro do conjuntivo, através
de mitose. A massa de células epiteliais, dentro do tecido conjuntivo, abre um canal (ducto)
para a eliminação das secreções. Dessa forma, essas glândulas permanecem conectadas
ao epitélio que a formou por meio de ductos, e suas secreções passam através desses
ductos em direção às superfícies do corpo ou das cavidades.

Figura 11 – Glândulas endócrinas

Figura 12 – Glândulas exócrinas

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Ainda existem glândulas denominadas de mistas. Essas, por sua vez, possuem pa-
pel endócrino e exócrino.

4. Tecido conjuntivo

O segundo tecido a ser estudado é o tecido conjuntivo, este de grande importância


por ser amplamente distribuído pelo corpo. Suas funções incluem preencher (conjuntivo
propriamente dito), estabelecer conexão entre os diversos tipos de tecidos ou órgãos, sus-
tentar (cartilaginoso e ósseo), transportar (sangue) e auxiliar na defesa contra organismos
invasores (tecido conjuntivo propriamente dito e sanguíneo).

O tecido conjuntivo pode ser classificado de duas maneiras: como tecido conjunti-
vo propriamente dito e especializado. O conjuntivo propriamente dito ainda é classifica-
do em tecido conjuntivo frouxo e denso. O denso, por sua vez, é classificado como tecido
conjuntivo denso modelado e não modelado. Já o tecido conjuntivo especializado engloba
todos os outros tecidos que não foram citados entre os quatro tipos de tecidos fundamen-
tais e incluem tecido ósseo, tecido cartilaginoso, tecido hematopoiético e tecido adiposo.

1. Propriamente dito 2. Especializados

1. Frouxo 1. Ósseo
2. Denso 2. Adiposo
3. Cartilaginoso
1. Modelado 4. Hematopoiético
2. Não-modelado

Figura 13 – Tipos de tecido conjuntivo

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O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta como características gerais a gran-


de quantidade de matriz extracelular, onde as células ficam imersas. A matriz tem duas
partes principais, uma chamada de substância fundamental amorfa (SFA), constituída por
água, sais minerais, polissacarídeos, glicídios e proteínas; e uma parte fibrosa, constituí-
das por fibras protéicas. As fibras são de três tipos básicos: colágenas, elásticas e reticu-
lares, podendo estar presente mais de um tipo de fibra.

As fibras colágenas são formadas basicamente pela proteína colágeno, são mais
comuns do que as elásticas e as reticulares. São resistentes à tração. O colágeno é a pro-
teína mais abundante do nosso corpo (30%), sendo produzido por muitos tipos de células,
dentre elas: fibroblastos, osteoblastos, condroblastos e odontoblastos (dentina), enquanto
que as fibras elásticas são mais delgadas, podendo apresentar ramificações formadas
pela proteína elastina, que apresenta boa elasticidade. Cedem facilmente às trações, vol-
tando à sua forma inicial depois que cessem as forças deformantes.

Já as fibras reticulares são as mais finas, recebem esse nome porque se entrela-
çam formando um retículo (rede). Ocorrem nos órgãos glandulares e são formadas pela
proteína reticulina, que é semelhante ao colágeno. É o arcabouço de sustentação dos
órgãos hemocitopoiéticos (baço, linfonodos, medula óssea) das células musculares e das
células de muitos órgãos epiteliais (fígado, rins e as glândulas endócrinas).

Cada classificação do tecido conjuntivo propriamente dito apresenta características


específicas. Primeiro abordaremos as características do tecido conjuntivo frouxo (are-
olar) (Figura 14): é o de maior distribuição; preenche espaços não ocupados por outros
tecidos; apoia e nutre células epiteliais; envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos e
linfáticos; faz parte da estrutura de muitos órgãos; tem papel importante no isolamento de
infecções localizadas e nos processos de cicatrização. As fibras presentes são as elásti-
cas, colágenas e reticulares sem predomínio de nenhuma.

Esse tipo de tecido é rico em células, (Figura15) sendo estas divididas em células
fixas do tecido conjuntivo e células transitórias. A seguir, segue a descrição de cada uma
delas.

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Figura 14 – M:mastócito, FC: feixes de fibras colágenas, Fe: fibras elásticas


Fonte: Atlas virtual de histologia. www.pucrs/fabio/histologia/atlasvirtual/

Figura 15

As células fixas são células estáveis e de vida longa, residentes do tecido conjunti-
vo. Sendo elas:

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Fibroblastos/Fibrócitos

Mastócitos

núcleo

Fibroblasto Fibrócito

Figura 16 – Fibroblastos/Fibrócitos

Figura 17 – Mastócitos

As células transitórias do tecido conjuntivo são livres ou migratórias. Originam-se na


medula óssea e circulam na corrente sanguínea. Recebem esse nome, pois ao receberem
o estímulo adequado, migram para o tecido conjuntivo, onde desempenham suas funções
específicas. Tem vida curta, sendo produzidas constantemente. Sendo elas:

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Macrófagos

Plasmócitos

Leucócitos

Figura 18 – Macrófagos

Figura 19 – Plasmócitos

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Figura 20 – Leucócitos

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Quadro 1

Tipos de Células Características Principais

Produzem as fibras e a substância


amorfa da matriz extracelular. Quando
Fibroblastos adultos transformam-se em fibrócitos
(cicatrizam ferimentos, formando as
fibras na região lesada)

Fagocitam agentes invasores e alertam


o sistema imunológico (patrulheiras:
Macrófagos
ingerem restos de células e agentes
infecciosos)

Participam das reações alérgicas (libe-


ram heparina: anticoagulante e histami-
Mastócitos
na: aumento fluxo sg. e facilita a entrada
dos macrófagos)

Produzem anticorpos que combatem


Plasmócitos
agentes invasores

Verifique o resumo das células apresentadas acima.

Agora abordaremos as características do tecido conjuntivo denso. Em primeiro


lugar, é necessário ressaltar que esse tipo de tecido tem predominância de fibras coláge-
nas; predominância de fibroblastos (células) e é menos flexível que o tecido conjuntivo
frouxo. É classificado, de acordo com a organização das fibras, em:

Não modelado, fibroso ou irregular – as fibras colágenas estão dispostas


em feixes que não apresentam orientação determinada. Ex.: Derme, cápsu-
las que envolvem alguns órgãos (rins e fígado); o periósteo, que envolve os
ossos; e o pericôndrio, que envolve as cartilagens.

Modelado, tendinoso ou regular – as fibras colágenas estão dispostas em


feixes paralelos e compactos, por isso, são resistentes à tensão. Ocorrem
nos tendões, estruturas que ligam as extremidades dos músculos esqueléti-
cos aos ossos e nas cordas tendíneas do coração.

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Figura 21 – Tecido conjuntivo denso não modelado, fibroso ou irregular.


Fonte: Atlas virtual de histologia. http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual

Figura 22 – Tecido conjuntivo denso modelado, tendinoso ou regular.


Fonte: Atlas virtual de histologia. http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/

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5. Tecido adiposo

Esse tipo de tecido é formado por células adiposas, denominada de adipócitos.


Essas células, por sua vez, têm como principal função o armazenamento de gordura em
forma de triglicerídeos, que serão utilizados como depósito de energia.

Outras funções do tecido adiposo serão descritas a seguir: faz a modelagem do


corpo, em que seu acúmulo é diferenciado no homem e na mulher; forma coxins (almofa-
das) absorventes de choque, principalmente na planta dos pés e na palma das mãos; faz
isolamento térmico do corpo, em razão de as gorduras serem más condutoras de calor;
preenche espaços entre outros tecidos e auxilia a manter certos órgãos em suas posições
normais. O tecido adiposo é envolto por tecido conjuntivo frouxo (onde se localizam os
vasos sanguíneos, responsáveis pela sua nutrição), possui ampla distribuição subcutânea
(ocorre embaixo da pele) e ocorrem ao redor de alguns órgãos, como rins e coração.

Pode ser classificado como tecido adiposo unilocular, ou tecido adiposo multilocular.
O tecido adiposo unilocular está presente no adulto e está distribuído por todo o corpo,
seu acúmulo depende do sexo e da idade. Sua cor varia entre o branco e o amarelo-escu-
ro, dependendo da dieta. Os lipídios armazenados nas células adiposas são provenientes
da alimentação, do fígado e transportados até o tecido adiposo, sob a forma de triglicerí-
deos e através da síntese das próprias células adiposas, a partir da glicose. A obesidade
no adulto é em consequência do tamanho das células.

Por outro lado, o tecido adiposo multilocular é também chamado de tecido adi-
poso pardo, em razão da sua vascularização abundante e das numerosas mitocôndrias
presentes em suas células. Sua distribuição é mais limitada, localizando-se em áreas de-
terminadas, é principalmente abundante nos animais que hibernam e, em consequência
disso, é chamado de glândula hibernante. Ocorre em maior quantidade no feto humano
e no recém-nascido. No adulto é extremamente reduzido. Suas células são menores do
que do unilocular. O citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos e
contém numerosas mitocôndrias e a proteína termogenina que libera calor.

Suas principais funções são: produção de calor e auxilia na termorregulação do


recém-nascido. O calor produzido aquece o sangue contido na extensa rede capilar e é
distribuído para todo o corpo, aquecendo os diversos órgãos. No caso de animais que hi-
bernam, o seu despertar é pelas ações dos estímulos nervosos sobre o tecido multilocular,
que funciona como um “acendedor” dos outros tecidos, por distribuir para esses o sangue
aquecido.

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Figura 23 – Tecido adiposo unilocular .


Fonte: http://ciencias-blog-show.blogspot.com/2010/02/niveis-de-organizacao-do-corpo-humano.html

Células adiposas multiloculares Tecido adiposo pardo

Figura 24 – Tecido adiposo multilocular .


Fonte: http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=8&materia_id=300&materiaver=1&imprimir=1&PHP
SESSID=dffdfe3451d9febecb47b5220ae473a4

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Saiba Mais

Fibroblastos/Fibrócitos: Os fibroblastos são células jovens que possuem intensa


atividade metabólica e sintetizam as proteínas da matriz extracelular (colágeno, elastina,
proteoglicanas e glicoproteínas estruturais). São responsáveis pela formação das fibras
presentes na substância intercelular amorfa. Com o passar dos tempos, os fibroblastos
envelhecem e passam a possuir baixa atividade metabólica, sendo chamados de fibrócitos
(células maduras do tecido conjuntivo). Em processos de cicatrização, pode haver trans-
formação de fibrócitos em fibroblastos, voltando a sintetizar fibras.

Mastócitos: Relacionados às reações alérgicas, são células com citoplasma rico


em grânulos que contêm heparina (substância anticoagulante, liberada em reações alér-
gicas e inflamatórias, importante na dilatação e no aumento da permeabilidade dos va-
sos sanguíneos) e histamina (dilata e aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos,
causa contração dos bronquíolos, parada respiratória, dilatação dos capilares, reduz o
volume sanguíneo, gerando queda da pressão intravascular). A liberação dos mediadores
químicos armazenados nos mastócitos promove as reações alérgicas denominadas rea-
ções de sensibilidade imediata, pois ocorre minutos após a penetração do antígeno em
um indivíduo sensibilizado.

Macrófagos: Com exceção das células de Kupfer, que é uma célula fixa presente
no fígado, todos as outras são transitórias. São células grand canismo de defesa, comba-
tendo elementos estranhos. Correspondem à primeira linha de defesa do corpo, variando
o nome de acordo com a região em que se encontram.

Plasmócitos: Atuam na produção de anticorpos, participando dos processos de


defesa. Pouco numerosos no conjuntivo, exceto onde está sujeita à penetração de bacté-
rias e proteínas estranhas, como a mucosa intestinal. Sintetizam e secretam anticorpos,
que são proteínas específicas, também denominadas imunoglobulinas, fabricadas em res-
posta à penetração de moléculas estranhas, que recebem o nome de antígeno.

Leucócitos: Representam os glóbulos brancos do sangue que saem dos vasos


sanguíneos por diapedese e penetram em outros tecidos conjuntivos, principalmente em
áreas infectadas. Importantes no mecanismo de defesa.

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Referências

VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. 840 p.

TORTORA, G. J. Princípios da Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

SPENCE, A. P. Anatomia humana básica. 2. ed. Barueri: Manole, 1991.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

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Anotações

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