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Sumário
AUTARQUIAS ................................................................................................................................................... 2
CONCEITO .............................................................................................................................................................. 2
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO................................................................................................................................................ 4
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...................................................................................................................................... 6
TUTELA OU CONTROLE DO ENTE POLÍTICO ..................................................................................................................... 7
PATRIMÔNIO .......................................................................................................................................................... 9
PESSOAL ................................................................................................................................................................ 9
NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO DOS DIRIGENTES .............................................................................................................. 12
AUTARQUIAS SOB REGIME ESPECIAL........................................................................................................................... 13
JUÍZO COMPETENTE................................................................................................................................................ 15
ATOS, CONTRATOS E LICITAÇÃO ................................................................................................................................ 16
PRERROGATIVAS DAS AUTARQUIAS ............................................................................................................................ 17
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA ...........................................................................21
CONCEITO ............................................................................................................................................................ 21
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO.............................................................................................................................................. 23
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................................................................................... 25
REGIME JURÍDICO .................................................................................................................................................. 28
BENS ................................................................................................................................................................... 32
FALÊNCIA ............................................................................................................................................................. 33
PRESCRIÇÃO ......................................................................................................................................................... 34
DIFERENÇAS ENTRE EP E SEM ................................................................................................................................. 34
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................................42
GABARITO.......................................................................................................................................................46
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................46
Autarquias
Conceito
1
No Portal da AGU está disponível uma relação com todas as autarquias e funções públicas federais:
http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=220492&id_site=788
Criação e extinção
3. (Cespe – AJ/TRT ES/2013) Uma autarquia federal pode ser criada mediante
decreto específico do presidente da República.
Comentário: a criação de autarquia ocorre por lei específica. É o que dispõe o
inciso XIX, art. 37, CF:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;
Logo, o item está errado.
Gabarito: errado.
2
Art. 61. [...] § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: [...]
II - disponham sobre: [...]
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
Atividades desenvolvidas
3
Carvalho Filho, 2014, p. 477.
4
Lei 10.233/2001: Art. 80. Constitui objetivo do DNIT implementar, em sua esfera de atuação, a política
formulada para a administração da infra-estrutura do Sistema Federal de Viação, compreendendo sua operação,
manutenção, restauração ou reposição, adequação de capacidade, e ampliação mediante construção de novas
vias e terminais, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. (grifos nossos)
5
Agência Nacional do Cinema.
6
Meirelles, 2013, p.
Patrimônio
Pessoal
7
Carvalho Filho, 2014, p. 487.
8
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 43.
9
Marinela, 2013, p. 123.
10
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 46.
11
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as
em regime especial, e das fundações públicas federais.
12
Marinela, 2013, p. 128.
13
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...]
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
14
Art. 84. [...] XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos
termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.
15
Nesse sentido, vide ADI 2.225 MC / SC:
EMENTA: Separação e independência dos poderes: submissão à Assembléia Legislativa, por lei estadual, da
escolha de diretores e membros do conselho de administração de autarquias, fundações públicas e empresas
estatais: jurisprudência do Supremo Tribunal. 1. À vista da cláusula final de abertura do art. 52, III, f da
Constituição Federal, consolidou-se a jurisprudência do STF no sentido da validade de normas locais que
subordinam a nomeação dos dirigentes de autarquias ou fundações públicas à prévia aprovação da Assembléia
Legislativa. 2. Diversamente, contudo, atento ao art. 173 da Constituição, propende o Tribunal a reputar ilegítima
a mesma intervenção parlamentar no processo de provimento da direção das entidades privadas, empresas
públicas ou sociedades de economia mista da administração indireta dos Estados.
16
Nesse sentido: ADI 1.949/RS.
Juízo competente
17
Carvalho Filho, 2014, pp. 491, 492.
18
19
Nesse sentido, STF: RE 589.185 RS; e RE 237.718 SP:
さImunidade tributária do patrimônio das instituições de assistência social (CF, art. 150, VI, c): sua aplicabilidade
de modo a preexcluir a incidência do IPTU sobre imóvel de propriedade da entidade imune, ainda quando
alugado a terceiro, sempre que a renda dos aluguéis seja aplicada em suas finalidades institucionaisざ (RE
237.718, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 6.9.2001 grifos nossos).
20
Há exceções ao sistema de precatórios, conforme prevê o art. 100, §3º, da CF.
21
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados
da data do ato ou fato do qual se originarem.
22
Art. 2º O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição qüinqüenal, abrange as dívidas
passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos mediante impostos, taxas
ou quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem como a todo e
qualquer direito e ação contra os mesmos.
Conceito
23
Carvalho Filho, 2014, p. 500.
Gabarito: errado.
Criação e extinção
Gabarito: correto.
Atividades desenvolvidas
Regime jurídico
Benefícios fiscais
Imunidade tributária
serviços, uns dos outros. O §2º da mesmo art. dispõe que essa regra se
estende às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados
a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Em nenhum lugar há menção às empresas públicas e sociedades de
economia mista. Contudo, o Supremo Tribunal Federal vem apresentando
entendimento de que a imunidade tributária recíproca aplica-se às
empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos. O primeiro julgamento do STF nesse sentido ocorreu com a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT, no julgamento do RE
407.099/RS, quando a Corte entendeu que a empresa é “prestadora de
serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado”
motivo pela qual está abrangida pela regra da imunidade tributária24.
Na mesma linha, o STF entendeu que a imunidade tributária recíproca
se aplica à Infraero, empresa pública federal, uma vez que presta serviço
público “em regime de monopólio”. Contudo, o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, ao decidir o caso da Infraero, aparenta-se ser
bem mais amplo que o caso da EBCT, vejamos25:
A submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado, inclusive
quanto aos direitos e obrigações tributárias, somente se justifica, como
consectário natural do postulado da livre concorrência (CF, art. 170, IV), se
e quando as empresas governamentais explorarem atividade econômica em
sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a disciplina prevista no
art. 173, § 1º, da Constituição, às empresas públicas (caso da
INFRAERO), às sociedades de economia mista e às suas
subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de serviços
públicos. (grifos nossos)
24
RE 407.099/RS. No mesmo sentido: RE 354.897/RS, RE 398.630/SP, ACO 765/RJ, e outros; quando a Corte
destacou que a EBCT é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo
por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca
25
RE 363.412/BA.
26
RE 580.264 RS.
Bens
Falência
27
RE 220.906 DF.
Prescrição
28
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados
da data do ato ou fato do qual se originarem.
b) composição do capital; e
c) foro processual (somente para as entidades federais).
Vamos analisar cada uma dessas diferenças.
Forma jurídica
29
Lei 6.404/1976, arts. 235-240.
30
Carvalho Filho, 2014, p. 513.
Composição do capital
privado; (c) atividades regidas pelos preceitos comerciais (CF, art. 173, §1º, II).
Deve-se frisar que quando a questão não mencionar nada sobre a prestação
de serviços públicos, devemos considerar que as empresas públicas e
sociedades de economia mista se submetem às regras da exploração de
atividade econômica. Assim, a questão está perfeita.
Gabarito: correto.
31
Súmula 517 do STF As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém
como assistente ou opoente
respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar
serviço público.
22. (Cespe - AJ TRT10/Administrativa/2013) Empresas públicas são pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta do Estado, criadas
mediante prévia autorização legal, que exploram atividade econômica ou, em certas
situações, prestam serviço público.
23. (Cespe - DPF/2013) A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito
privado que pode tanto executar atividade econômica própria da iniciativa privada
quanto prestar serviço público.
24. (Cespe - AFT/2013) A sociedade de economia mista, entidade integrante da
administração pública indireta, pode executar atividades econômicas próprias da
iniciativa privada.
25. (Cespe – TNS/PRF/2012) Não é considerada integrante da administração pública
a entidade qualificada com natureza de pessoa jurídica de direito privado que, embora
se constitua como sociedade de economia mista, exerça atividade tipicamente
econômica.
26. (Cespe – TNS/PRF/2012) As empresas públicas que explorem atividade
econômica não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às empresas do
setor privado.
27. (Cespe – Técnico Judiciário/TJ RR/2012) Embora possuam capital
exclusivamente público, as empresas públicas são pessoas jurídicas a que se
aplicam, preponderantemente, normas de direito privado.
28. (Cespe – Técnico em Administração/TJ AC/2012) A empresa pública criada
com a finalidade de explorar atividade econômica deve ser, necessariamente, formada
sob o regime de pessoa jurídica de direito privado.
29. (Cespe - Proc DF/2013) As sociedades de economia mista e as empresas
públicas exploradoras de atividade econômica não se sujeitam à falência nem são
imunes aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços vinculados às suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes.
30. (Cespe - TJ TRT10/Administrativa/2013) As ações judiciais promovidas contra
sociedade de economia mista sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos.
31. (Cespe – Técnico Administrativo/ANCINE/2013) As empresas públicas apenas
podem ser criadas sob a forma jurídica de sociedade anônima.
32. (Cespe – ATA PGPE/MS/2013) As sociedades de economia mista são pessoas
jurídicas de direito privado e podem ser constituídas sob qualquer forma jurídica.
GABARITO
REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de
Janeiro: Método, 2011.
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas,
2014.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. “Personalidade judiciária de órgãos públicos”. Salvador:
Revista Eletrônica de Direito do Estado, 2007.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2013.