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Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________
Geraldo Motta Azevedo Júnior, D.Sc. - Orientador
_______________________________________
André Luís da Silva Pinheiro, D.Sc.
_______________________________________
Antônio José Dias da Silva, M.Sc.
Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2017
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho aos meus pais Marco Antonio de Oliveira e Lêda Maria Martins
de Oliveira, pela educação que me deram e por sempre me incentivarem, dedico também à
minha filha Maria Eduarda Rosa de Oliveira, que enche minha vida de alegria e que mesmo
sem saber, me da forçar para continuar em frente.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde e condições de realizar esse sonho.
A minha esposa por ser uma companheira incrível, que sempre me apoiou e me ajudou
quando eu mais precisava. Ao meu orientador Geraldo Mota e aos professores Jarmeson
Bandeira e Flavia da Silva, que tiveram papel fundamental na execução desse trabalho. E
também a todos que contribuíram de alguma forma para que eu chegasse até aqui.
De Oliveira, Thadeu Martins. Micro Geração de Energia Elétrica Através do Escoamento
de Água nas Tubulações Principais dos Edifícios. 55 p. Trabalho de conclusão de curso
(Graduação em Engenharia Elétrica) – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro,
2017.
RESUMO
Esse trabalho traz uma análise do potencial hídrico das tubulações principais de água potável
dos edifícios para micro geração de energia elétrica. São utilizados conceitos de projetos
hidráulicos e também de geração de energia parecidos com os utilizados em hidrelétricas.
Apresentam estudos de turbinas, geradores e ensaios feitos em laboratórios com um modelo
de turbina, que se apresenta no mercado com características semelhantes ao que esse projeto
necessita. O trabalho também apresenta um breve estudo do potencial dessa fonte para
geração de energia elétrica e indica formas de utilização dessa energia. O objetivo do mesmo
é a proposição desse sistema para que possa transformar parte dessa energia, que atualmente é
desperdiçada por completo, em energia elétrica, constituindo assim uma fonte de energia
limpa, barata, que independe do clima e abundancia em todo o planeta, haja vista o número e
edifícios existentes.
ABSTRACT
This paper brings a analysis of a hydric potential of the main potable water pipes for buildings
for micro eletric power generation. Concepts of hydraulic projects are used and electrical
power generation also similar to those used in hydroelectric power plant. Propound turbine
studies, generators and laboratory tests with a turbine model, that show itself in the market
with similar characteristics to What This project needs. This paper also introduce a briwf
study of the potential of This source for power generation and indicates ways of using This
energy. The point is to propose this system in order that it can transform part of that energy,
which is currently wasted, in electrical energy, to this effect constituting a source of clean,
cheap energy, which is independent of the climate and abundance in the whole planet,
considering the Number and existing buildings.
14
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Atualmente o mundo vem passando por diversas mudanças, sejam elas climáticas
culturais e principalmente tecnológicas. E justamente por causa dessas mudanças, existem
diversas pesquisas por fontes de energia sustentáveis, fazendo com que fontes antes não
exploradas, viessem a ganhar atenção especial.
Um conceito chamado Energy Harvesting (colheita de energia), vem ganhado força,
pois consiste em um processo que converte a energia presente no ambiente, em energia
elétrica para alimentar dispositivos eletrônicos autônomos de baixa potência. Algumas dessas
fontes já são amplamente utilizadas, como por exemplo, a energia solar, eólica, força das
marés.
Alguns processos de geração na verdade utilizam fontes consideradas desperdiçadas,
por exemplo, Energia eletromagnética gerada por indutores, bobinas e transformadores,
vibração de motores e fontes de calor derivadas dos fornos, energia de rádio frequência (RF)
no ambiente por causa das emissoras de rádio e TV.
Em muitos casos essas fontes fornecem energia de forma irregular ou muito baixa, por
esse motivo normalmente a energia é armazenada em um capacitor, super capacitor ou
bateria. Esse conceito abre espaço para outros tipos de energia presentes nos diversos
ambientes.
Neste trabalho será proposto um aproveitamento da energia potencial e cinética
existente na tubulação de água em grandes edifícios, pois o escoamento d’água apresenta
energia suficiente para fazer uma turbina girar e assim gerar energia.
1
Gerar energia elétrica para tender o crescimento da demanda, mas que essa energia
gerada seja de uma fonte autossustentável e que não traga nenhum prejuízo ao meio ambiente,
já que esses são alguns dos principais problemas dos métodos mais comuns de geração que
também necessitam de grandes investimentos para implantação e também que não necessite
de grandes áreas territoriais. Essas novas fontes de geração não precisam ser necessariamente
em grande escala, mas que contribua com para o equilíbrio do sistema elétrico. Outro ponto
crítico é o custo de geração e manutenção, ou seja, hoje em dia é necessário descobrir novas
fontes com um bom custo beneficio.
1.3. Objetivos
1.4. Motivação
3
Como proposta de estudo seria desenvolvido um sistema de conversão da energia
potencial – cinética em escala reduzida que seguiria os padrões já apresentados, para
utilização em prédios comerciais e residenciais, onde o gerador seria instalado na tubulação
do prédio com mini turbina que gerariam energia acumulada em uma bateria.
O fato deste modelo de geração estudado não possuir bibliografia, não ter
informações, matérias ou estudos relativas a este assunto, tornou o trabalho de certa forma
uma grande contribuição para literatura e um passo para a discussão sobre essa nova fonte de
geração para o uso comum da sociedade.
1.6. Justificativa
Essa previsão de aumento do consumo gera uma serie de discussões acerca dos
principais tipos de geração, a geração hidráulica é dependente de grandes áreas alagadas ou da
força dos rios, porém devido às alterações climáticas causadas pela poluição, constantemente
ocorrem grandes períodos de estiagem, fazendo a produção diminuir ativando assim outras
fontes de geração mais caras. Outra forma de geração é através da queima de carvão ou
combustível derivado do petróleo, que é um sistema mais caro e que contribui para poluição
do planeta, esse tipo de geração afeta indiretamente a hídrica, pois é um dos fatores que
contribuem para as mudanças climáticas.
4
Desse modo se faz necessário a pesquisa e aproveitamento de novas fontes de energia
limpas e renováveis, sejam elas capazes de alimentar um grande sistema ou até mesmo uma
pequena fonte capaz de alimentar pequenas cargas, o que tem o seu valor, pois ajudam a
evitar sobrecarga do sistema, contribuem para a redução dos gastos com energia elétrica, haja
vista que no Brasil a energia é uma das mais caras do mundo, e também podem contribuir
diante de outros problemas, como no caso da geração de energia através da energia cinética
das tubulações principais de edifícios, pois a utilização de uma turbina na tubulação principal,
pode significar um custo a menos para o morador, pois reduzirá a pressão da água nas
tubulações diminuindo a necessidade da utilização dos redutores de pressão e
conseguintemente reduzindo os gastos com manutenção do condomínio referente a possíveis
trocas de tubulações.
1.7. Metodologia
5
Capítulo 3: Nesse capítulo serão definidos os métodos e materiais, o tipo de projeto
hidráulico, turbinas e geradores que melhor se adaptam no projeto, forma de ligação e
possibilidades de utilização da mesma.
Capítulo 4: Nesse capítulo serão discutidos os resultados dos testes feitos em
laboratório com a turbina, relação custos benefícios do ponto de vista energético.
Capítulo 5: Serão apresentadas as considerações finais, bem como a conclusão do
trabalho.
6
CAPITULO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
V (1)
Q
t
8
onde,
Q - Vazão;
V – Volume
t – tempo.
Q vxA (2)
9
Figura 5 – Energia Potencial
E p
mgz (3)
mv2 (4)
Ec 2
Portanto:
E pr
pdV (5)
V
Deixando passar um intervalo de tempo dt, uma massa infinitesimal dm, de fluido a
montante da seção (1) atravessa-a e penetra no trecho (1)-(2) acrescentando-lhe a
energia:
dm1V12 (6)
dE1 dm1 gz1 p1dV1
2
Na seção (2), uma massa do fluido que pertencia ao trecho (1)-(2) escoa para
fora, levando a sua energia:
dm2V22 (7)
dE2 dm2 gz2 p2 dV2
2
Como pelas hipóteses (b), (c) e (f) não se fornece nem se retira energia do fluido, para
que o regime seja permanente é necessário que no trecho (1)-(2) não haja variação de energia
o que implica obrigatoriamente que:
12
dm1V12 dm V 2 (8)
dE1 dE2 dm1 gz1 p1dV1 dm2 gz2 2 2 p2 dV2
2 2
Como:
dm (9)
dV
Portanto
dm (10)
dV
Logo é encontrado:
V12 p1 V2 p (11)
z1 z 2 2
2g 2 2g
unitário, à qual estão associadas às energias , e , deverá sair por (2) uma partícula de
peso unitário à qual estejam associa as energias , e de forma que a soma delas seja
idêntica à soma em (1) para manter a energia constante no volume entre (1) e (2).
Como pressão é definida como sendo:
p (12)
h
Logo a energia de pressão por unidade de peso é a própria carga de pressão, observe
que a palavra carga substitui a expressão energia por unidade de peso. Fazendo:
p V2 (13)
H z
2g
Onde H é energia total por unidade de peso numa seção ou carga total na seção. Com a
noção de carga total podemos escrever a equação simbolicamente como:
13
H1 H 2 (14)
Se não houvesse máquina, sabe-se a energia por unidade de peso do fluido (1) é igual à
energia por unidade de peso em (2).
H1 H B H 2 (15)
14
H1 HT H 2 (16)
H1 H M H 2 (17)
p1 V12 p V2 (18)
z1 H M 2 z2 2
2g 2g
Essa Equação mostra que a presença de uma máquina pode acarretar variações da
carga de pressão, da carga potencial e da carga cinética.
Portanto, muitos sistemas são projetados para transportar fluidos de um lado para
outro com vazão, velocidade e diferença de elevação e esses sistemas podem gerar trabalho
mecânico em uma turbina. Segundo (ÇENGEL e CIMBALA, 2007) a energia mecânica é a
forma de energia que pode ser convertida direta e completamente em trabalho mecânico por
um dispositivo mecânico com uma turbina por exemplo.
A turbina extrai energia mecânica de um fluido fazendo sua pressão cair, logo a
pressão de um fluido em escoamento também está associado a sua energia mecânica, pois na
verdade Pa é equivalente J/ , que é energia por unidade de volume, onde seu equivalente
tem unidade J/kg, que é energia por unidade de massa, porém a pressão não pode ser
considerada uma forma de energia Mas uma força de pressão atuando sobre um fluido em
uma distância produz trabalho, chamado trabalho de escoamento. Portanto a energia mecânica
de um fluido em escoamento é expressa por:
15
p V2 (19)
emec gz
2
Onde:
– energia de escoamento
2.2. Geradores
16
Figura 10- Estator de um Gerador Hidrelétrico CA.
17
No gerador de CC (dínamo) a parte rotativa é sempre a armadura. Contudo, em um
gerador de CA (alternadores) isto não é o comum. Nos geradores CA o enrolamento da
armadura – que é o enrolamento onde a tensão elétrica vai ser induzida – pode estar
posicionado tanto no rotor quanto no estator, sendo a configuração mais comum a de
armadura estacionária e campo rotativo.
2.2.1 – Geradores CA
O rotor desse tipo de gerador consiste em um eletroímã alimentado por uma corrente
contínua, o campo magnético produzido por essa corrente flui pela bobina de campo
estacionário ou estator. Os geradores são considerados síncronos, porque a frequência elétrica
produzida está diretamente relacionada à velocidade mecânica de rotação do gerador. Logo,
equação abaixo relaciona a velocidade de rotação do rotor com a frequência elétrica
resultante.
18
p.n (21)
f
120
Onde:
Como o rotor gira na mesma velocidade que o campo e essa velocidade deve ser
constante para ficar de acordo com a frequência, quantidade de rotação será definida de
acordo com a quantidade de polos existentes no gerador. Conforme Erro! Fonte de
referência não encontrada., ou seja, quanto maior o número de polos menor o número e
rotações.
Tabela 1- Velocidades síncronas em rotações por minuto.
Número
f = 60 Hz f = 50 Hz
de Pólos
2 3.600 rpm 3.000 rpm
4 1.800 rpm 1.500 rpm
6 1.200 rpm 1.000 rpm
8 900 rpm 750 rpm
10 720 rpm 600 rpm
Nesse tido de gerador o campo magnético é gerado no rotor, que pode ser de imã
permanente ou um eletroímã alimentado por uma corrente contínua para formar e campo, o
rotor do gerador que é acionado por uma máquina externa, primária.
Esse rotor pode ser construído de duas formas: Salientes e não Salientes. Os rotores de
polos salientes são aqueles que os polos não estão nivelados, ficando projetados para fora do
eixo, Figura 12- Rotor de polos salientes., já os de polos não salientes são exatamente o
inverso, os polos ficam alinhados na superfície do rotor, Figura 13- Rotor de polos não
salientes..
19
Figura 12- Rotor de polos salientes.
21
A tensão de saída de um gerador CA é semelhante à de um gerador CC. No gerador
CC, há duas causas para a queda de tensão interna: (1) a resistência da armadura; e (2) a
reação da armadura. A Figura 15 é a Equação abaixo indicam que há agora três causas para a
“queda” de tensão interna no gerador CA, que são: (1) a resistência da armadura; (2) a
reatância da armadura; e (3) a reação da armadura. Além disso, para um alternador, enquanto
os dois primeiros fatores sempre tendem a reduzir a tensão, o terceiro (reação da armadura)
pode tender a diminuí-la ou aumentá-la. Assim, a regulação de tensão do gerador CA difere
da do gerador CC, em dois aspectos importantes: (1) há uma queda de tensão devida à
reatância da armadura; e (2) o efeito de reação da armadura (dependendo do fator de potência
da carga) pode produzir um aumento da tensão gerada que tende a tornar mais elevada a
tensão nos terminais.
Figura 15 A tensão nos terminais de saída do gerador CA é afetada por três fatores (Ra, Xa e
XRA).
A variação de tensão causada pela reação da armadura depende do fator de potência da carga,
se é indutivo ou capacitivo. A reação da armadura afeta a intensidade do campo CC de modo
que, quando a carga é indutiva ela enfraquece o campo, e quando é capacitiva ela fortalece o
campo aumentando Vg.
22
excitação é chamado de característica a vazio, Figura 16, onde se pode observar o estado de
saturação da máquina (máximo fluxo e máxima tensão).
23
FONTE: Fitzgerald (2001)
Figura 17 e Figura 18: Reação da armadura para uma carga puramente resistiva.
Neste caso, a corrente de carga (I) está defasada em 90º elétricos (atrasada) em relação
à tensão (E), e o campo de reação da armadura (φR) estará consequentemente na mesma
direção do campo principal (φ0), mas em polaridade oposta. O efeito da carga indutiva é
desmagnetizante, ver Figura 19 e Figura 20. As cargas indutivas armazenam energia em seu
campo magnético e a devolvem totalmente ao gerador, não exercendo nenhum conjugado
frenante sobre a armadura (rotor). Neste caso, só será necessário energia mecânica para
compensar as perdas. Devido ao efeito desmagnetizante será necessário um grande aumento
da corrente de excitação para se manter a tensão nominal.
24
Figura 19 Defasagem geométrica entre os campos.
Figura 19 e Figura 20: Reação da armadura para uma carga puramente indutiva.
A corrente da armadura (I) para uma carga puramente capacitiva está defasada de 90º
elétricos (adiantada) em relação à tensão (E). O campo de reação da armadura (φR)
consequentemente estará na mesma direção do campo principal (φ) e com a mesma
polaridade. O campo da armadura (rotor), neste caso, tem um efeito magnetizante, ver Figura
21 Defasagem geométrica entre os campos.e Figura 22. As cargas capacitivas armazenam
25
energia em seu campo elétrico e a devolvem totalmente ao gerador, não exercendo também,
como nas cargas indutivas, nenhum conjugado frenante sobre a armadura (rotor). Devido ao
efeito magnetizante será necessário reduzir a corrente de excitação para manter a tensão
nominal.
27
2.2.2.1 Aspecto construtivo
2.2.3 Geradores CC
28
Essas máquinas podem funcionar como geradores ou motores, ou seja, possuem as
mesmas características físicas, a única diferença fica por conta do sentido do fluxo de
potência.
Existem muitos tipos de geradores CC, porém eles se diferem somente pela forma, as
quais o seus fluxos são obtidos afetando a forma como eles variam com a carga.
Gerador de excitação independente. No gerador de excitação independente, o fluxo de
campo é obtido de uma fonte de potência separada do próprio gerador. Nele a corrente de
campo é fornecida por uma fonte CC externa e a corrente de excitação e a corrente de
armadura são iguais. Sua velocidade pode ser controlada variando sua corrente de campo, sua
tensão de armadura ou sua resistência de armadura.
Gerador de imã permanente. No gerador de imã permanente o fluxo é produzido pelo
imã permanente e sua velocidade só não pode ser controlada através da alteração da corrente
de campo, pois essa é fornecida pelo próprio imã. Justamente por esse motivo os geradores
CC de imã permanente são mais baratos e são menores no tamanho.
Gerador em derivação. No gerador em derivação, o fluxo de campo é obtido pela
ligação do circuito de campo diretamente aos terminais do gerador.
Gerador série. No gerador série, o fluxo de campo é obtido ligando o circuito de
campo em série com a armadura do gerador. Nele a velocidade tende a disparar quando
operando a vazio, pois tem a partida muita elevada, maior que de todos os outros geradores
CC.
Gerador composto cumulativo. No gerador composto cumulativo, estão presentes
ambos os campos em derivação e em série, e seus efeitos são aditivos. Mas é instável e tende
a disparar quando adicionado uma carga.
Gerador composto diferencial. No gerador composto diferencial, estão presentes
ambos os campos em derivação e em série, mas seus efeitos são subtrativos.
29
implantação destes aproveitamentos gera bastante polêmica. Tendo em vista o relevo da
região, as áreas alagadas pelos reservatórios destes aproveitamentos podem atingir valores
consideráveis.
30
Os componentes principais de uma central hidroelétrica são a barragem, os condutos
de captação e adução hidráulicos, a casa de máquinas e o sistema de restituição hidráulico.
31
nucleares utilizam como combustíveis elementos pesados como o urânio, o plutônio o tório
entre outros. A energia é produzida por um processo de fissão, no qual se libera calor.
Os rendimentos máximos teóricos (sem perdas) das centrais térmicas obtidos a partir
da expressão de “Carnot” estão na faixa de 37 a 50% em ciclos com turbinas a vapor sem
recuperação, na faixa de 45 à 54% em ciclos com turbinas à vapor com recuperação e na faixa
de 42 à 47% em ciclos com turbinas à gás. Atualmente, com o desenvolvimento das turbinas a
gás foi possível estabelecer centrais de operação com ciclos combinados, de modo a aumentar
o rendimento global. Os ciclos combinados operam com um dos ciclos em altas temperaturas
e com outro ciclo em temperaturas menores, chamados de ciclo superior e ciclo inferior
respectivamente. Embora teoricamente seja possível se operar com combinações de fluídos
como o vapor de mercúrio, fluídos orgânicos e amônia, os ciclos combinados geralmente
utilizam o vapor d’água como fluído principal, devido ao seu domínio tecnológico e custos
relativos a esta escolha. Os ciclos combinados podem apresentar eficiência de “Carnot”
teórica (sem perdas) na faixa de 63 à 68%, o que representa uma grande vantagem em relação
aos ciclos não combinados.
32
CAPÍTULO 3. METODOS E MATERIAS
Para que esse projeto tenha um resultado satisfatório é necessário encontrar um ponto
de grande pressão e boa vazão d’água, segundo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 1998) estabelece que em condições estáticas (sem escoamento), a
pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não deve ser
superior a 400 kPa, ou 40 m.c.a (metro por coluna d’água), por esse motivo os edifícios com
mais de 13 pavimentos convencionais ( pé direito de 3,00 m x 13 = 39m) abastecido por um
reservatório superior, obrigatoriamente devem utilizar válvulas redutoras de pressão.
Correspondência das unidades: 1kgf/cm² corresponde à pressão exercida por uma
coluna de 10 metros, ou seja, 10 m.c.a ou 100000 Pa.
Segundo (MACINTYRE, 1990), para solucionar esse problema existem algumas
alternativas possíveis, conforme a Figura 27, Figura 28 e Figura 29.
Figura 27 Válvulas no meio do prédio
33
Figura 28 Válvulas no subsolo.
34
Em virtude da necessidade de manutenção, condição arquitetônica e econômica não é
aconselhável utilizar áreas no interior das edificações para colocação de válvulas e
reservatórios como nas Figura 27 Figura 29, geralmente opta-se pela utilização das válvulas
no subsolo dos edifícios Figura 28.
Como a energia potencia é diretamente proporcional à altura, equação (3), fica fácil
identificar que o melhor ponto para instalação da turbina é antes das válvulas redutoras de
pressão. Outro fator que aponta este local como mais adequado para instalação da turbina, é
que atende uma grande quantidade de unidades consumidoras, o que pode proporcionar uma
maior vazão.
Logo, sugere-se que a turbina hidráulica seja instalada um pouco a frente dos redutores
de pressão para que se possa ter um melhor aproveitamento da energia potencia existente na
tubulação principal. E o projeto de instalação hidráulica de água fria, que proporciona a maior
energia potencial é o da Figura 28. Logo esse é o projeto mais indicado, o que não
impossibilita a instalação no modelo da Figura 27. A Figura 30 mostra como é o esquema de
ligação da turbina antes dos redutores de pressão.
Figura 30 Forma de ligação da turbina logo acima dos redutores de pressão
Legenda:
1. Turbina
2. Registros
35
Portanto, projeto visa apenas o aproveitamento da energia proveniente das tubulações
que saem do reservatório superior, outras tubulações não são consideradas nesse estudo.
Existe um ponto de atenção, a turbina a ser instalada, por se tratar de uma turbina ela
retira energia do escoamento, porém não pode ser em grande escala, pois se a pressão da água
for muito reduzida pode vir a interferir no atendimento dos demais consumidores, ficando
fora dos padrões estabelecidos pela NBR5626/98.
A turbina Pelton (TP) mostrada na Figura 31, segundo (FARRET, 1999) para ser
usada com queda abaixo de 200 m é necessária a instalação de mais bicos injetores e
necessitaria de uma vazão mínima de 10 l/s. Ela não pode ser usada, pois nessa aplicação
ficará totalmente alagada, e não foi projetada para esse fim, outro fator seria o uso dos
diversos bicos injetores, já que fazer mais derivações na tubulação acarretaria em mais perdas
de energia do fluido.
36
Figura 31 Turbina Pelton.
A turbina Francis (TF) mostrada na Figura 32 até se apresenta como uma solução
possível pelo ponto de vista da altura, mas segundo (FARRET, 1999) ela é uma turbina que
apesar de trabalhar com baixa queda é necessário uma vazão de 100 l/s, logo ela também não
se enquadra como uma solução viável.
Figura 32 Turbina Francis.
37
Turbina Michel Banki (TMB), mostrada na Figura 33, segundo (FARRET, 1999)
possui vazão de 25 a 700 l/s e podem operar com desníveis que atenderiam ao projeto.
Figura 33 Turbina Michel – Banki.
Essa turbina merece uma atenção especial, pois comparada a outros tipos de turbina a
TMB tem curvas de rendimento quase horizontais, como pode ser visto na Figura 34, pois em
praticamente qualquer vazão ela tem bom aproveitamento, graças a um dispositivo de
regulagem de vazão variável que trabalha com pás giratórias. Porem essa turbina não foi
projetada para trabalhar submersa.
Figura 34 Rendimento da TMB.
38
3.2.4. Turbina Sifão (TS)
A turbina Kaplan, Tiso “S” ou Sifão (TS) mostrado na Figura 35, de acordo com
(FARRET, 1999) essa turbina do tipo axial na forma de sifão está relacionada a baixas quedas
ou fio d’água, a pequenas potências e a grande variação de vazão ao longo do ano.
Figura 35 Turbina Kaplan tipo “S”.
O inverso de bomba de água como turbina para micro centrais hidrelétricas tem
ganhado bastante popularidade, por proporcionar baixo custo de instalação, porém de acordo
com (FARRET, 1999) possuem desvantagens como, por exemplo, a eficiência se comparada a
queda usada para bombear água. Para o rendimento da turbina ser igual ao da bomba é
necessário que a altura e vazão sejam maiores para a mesma rotação. Já as turbinas possuem
um eficiente controle de fluxo, já a bomba não, isso explica o custo mais elevado das turbinas.
Dentre todas as turbinas apresentadas a que mais se aproxima do propósito do projeto
é a turbina TS, que trabalha a fio d’água, porém nenhuma delas foi feita pensando nesse tipo
de aplicação, logo se fez necessário utilizar outro tipo de turbina no projeto.
39
A próxima turbina que será apresentada foi adquirida no (Mercado Livre) e estudada
justamente por aparentemente ter sido desenvolvida para fins parecidos e foi utilizada com
base de estudo desse projeto de micro geração de energia Figura 36.
Essa peça é um micro gerador, que segundo o fornecedor, é capaz de gerar 12V e
10W, sua turbina é composta por 24 pás, que no interior do suporte dessas pás existe um imã
permanente conforme Figura 37.
Figura 37 Pás da turbina e imã permanente.
Essa turbina fica acoplada magneticamente ao suporte do estator, que fica acomodado
na parte interna conforme Figura 38 .
Figura 38 compartimento do estator.
40
FONTE: Autoria própria
Como essa peça é um hidro gerador com tensão estabilizada em 12 volts CC, o seu
circuito possui uma retificador trifásico, formado por diodos, um capacitor para minimizar as
quedas entre os semi ciclos, um diodo zenner para litar a tensão em 12V.como pode ser visto
na Figura 39.
Como pode ser verificado esse equipamento já vem pronto para gerar energia, porém
com uma potência muito baixa conforme já informado. Para aumentar a capacidade de
geração de energia seria necessário aumentar as proporções da turbina e analisar melhor o tipo
de gerador a ser utilizado.
41
Existem basicamente dois tipos de geradores, os de corrente continua (CC) ou de
corrente alternada (CA). Para essa aplicação acredita-se que a melhor opção sejam os
geradores CC de imã permanente, pois apresentam várias vantagens, eles eliminam a
necessidade de circuito de corrente de excitação eliminando assim as perdas que ocorrem no
cobre, não havendo necessidade de enrolamentos de campo faz com que sejam menores em
relação a outro gerador CC de mesma correspondência, eliminam também a necessidade do
sistema de anéis e escovas o que aumenta bastante os gastos com manutenção, logo os
sistemas são bem simples de operar, apresentam melhor rendimento, em geral são menores,
mais baratos. Porém não é só benefício à utilização deste tipo de gerador, por ser imã
permanente não pode ter essa corrente de excitação alterada como forma de controle de tensão
e também correção do fator de potência. Segundo (CHAPMAN, 2013) quando a corrente da
armadura ficar muito elevada e também quando houver aquecimento excessivo pode ocorrer a
desmagnetização dos imãs reduzindo permanentemente e orientando de outra forma o fluxo
residual presente neles.
42
O esquema de ligação é muito semelhante ao esquema adotado para geração eólica,
devidos às inconstâncias de geração. O esquema proposto de está descrito conforme Figura
40.
1. Turbina;
2. Gerador;
3. Controlador de carga;
4. Banco de baterias;
5. Inversor de frequência;
6. Disjuntor
Um ponto a ser observado é que segundo os critérios da (ANEEL, 2016), esse tipo de
ligação proposto não se enquadra no sistema de Micro e Minigeração Distribuída, já que todo
o excedente não é jogado na rede e sim armazenado.
43
CAPÍTULO 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS.
Tensao (V) Corrente (A) Altura (m) Tempo (s) Potência gerada (W)
Através desse ensaio é possível adquirir várias informações, como vazão, velocidade
do líquido, energia disponível na turbina e também o rendimento da mesma.
44
Utilizando as fórmulas equação (1) (2) e é possível descobrir a vazão em todos os
instantes e também a velocidade V1e V2 para aplicar no cálculo do rendimento da turbina e
assim verificar a eficiência energética da mesma.
Com a equação da área da circunferência:
A c
.r 2 (22)
E o diâmetro medido da saída da turbina, foi possível calcular a velocidade V2, para
ser utilizada da fórmula da energia e presença de máquinas. Onde foram desconsideradas as
partes relativas à pressão, pois ambas estavam sujeitas a pressão atmosférica e z2 é o
referencial, logo tem altura = 0, portanto a equação (18) ficou reduzida a:
P . p.Q (24)
Onde:
η = Rendimento da turbina;
ρ = Densidade da água = 1000 kg/m³
Q = Vazão (m³/s)
(25)
P gerada
P .100
Pdisponível
45
Aplicando todas essas fórmulas, é possível encontrar os valores conforme.
Tabela 4 Tabela de valores de Eficiência
Tensao Corrente Altura temp Volume Vazão Velocidade 1 Velocidade 2 H Potência disponível Potencia Efeiciência Energética
(V) (A) (m) o (s) (m3) (m3/s) (m/s) (m/s) turbina na turbina (W) Gerada (W) da Turbina (%)
3,17 0,00468 0,75 0 0 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 0,0148356
3,06 0,00435 0,73 23,39 0,00182 7,765E-05 0,000855066 0,632779259 0,75041 0,582719718 0,013311 2,284288586
2,94 0,0039 0,71 39,82 0,00182 4,561E-05 0,00050226 0,371690278 0,71704 0,327065982 0,011466 3,505714633
2,85 0,00365 0,69 49,06 0,00182 3,702E-05 0,000407664 0,301685831 0,69464 0,257172122 0,0104025 4,04495632
2,67 0,00326 0,67 49,57 0,00182 3,664E-05 0,00040347 0,298581942 0,67454 0,247163112 0,0087042 3,52164201
2,56 0,00309 0,65 48,66 0,00182 3,733E-05 0,000411015 0,304165781 0,65472 0,244384037 0,0079104 3,236872633
2,41 0,00283 0,63 49,44 0,00182 3,674E-05 0,000404531 0,299367049 0,63457 0,23312666 0,0068203 2,925577021
2,22 0,00253 0,61 50,25 0,00182 3,615E-05 0,00039801 0,29454143 0,61442 0,222086864 0,0056166 2,529010452
2,05 0,00219 0,59 51,76 0,00182 3,509E-05 0,000386399 0,285948742 0,59417 0,20850045 0,0044895 2,15323276
1,93 0,00186 0,57 50,58 0,00182 3,591E-05 0,000395413 0,292619749 0,57436 0,206253309 0,0035898 1,74048117
1,79 0,0015 0,55 53,72 0,00182 3,381E-05 0,000372301 0,275515765 0,55387 0,187267917 0,002685 1,43377469
1,65 0,00108 0,53 51,01 0,00182 3,561E-05 0,00039208 0,290153046 0,53429 0,190245708 0,001782 0,936683418
1,48 0,00093 0,52 52,32 0,00091 1,736E-05 0,000191131 0,141444064 0,52102 0,090437547 0,0013764 1,52193425
1,32 0,00076 0,51 57,33 0,00091 1,584E-05 0,000174429 0,129083437 0,51085 0,080923228 0,0010032 1,239693506
1,19 0,00041 0,49 59,08 0,00182 3,074E-05 0,000338524 0,250519751 0,4932 0,151626067 0,0004879 0,321778444
0,99 0,00037 0,47 58,87 0,00182 3,085E-05 0,000339732 0,2514134 0,47322 0,146003385 0,0003663 0,250884594
0,77 0,00019 0,43 58,28 0,00363 6,233E-05 0,000686342 0,507917189 0,44315 0,276218265 0,0001463 0,052965361
0,08 0 0,41 31,18 0,00182 5,825E-05 0,000641437 0,474685917 0,42148 0,245526224 0 0
A partir dos valores encontrados na Tabela 4, foi possível criar gráficos de projeções,
mostradas nas Figura 41 e Figura 42, essas projeções possibilitaram identificar qual a altura
necessária da coluna de água para que a turbina tenha rendimento máximo e
consequentemente seu melhor rendimento.
46
FONTE: Autoria própria
47
FONTE: Autoria própria
Onde:
ρ = Densidade da água = 1000 kg/m³
g = aceleração da gravidade
h = altura
49
Figura 45 Teste com a lâmpada de led.
Não foi possível verificar o valor exato, pois a diferença de pressão entre os dois
pontos é tão grande que não foi possível devido a escala que o laboratório possui não ser
suficiente. Como o cálculo de perda de carga ficaria complexo, pois existem varias tubulações
entre a bomba e a turbina, foi feito um quarto ensaio para verificar a diferença de vazão com e
sem a turbina. Na Tabela 5 estão os valores medidos com e sem a lâmpada.
Tensão Corrente
(V) (mA)
Sem
13.03 132,1
Lâmpada
Com
8,8 113,7
Lâmpada
FONTE: Autoria Própria
50
Descrição do ensaio: Marcar o tempo necessário para encher o reservatório até a marca
de 20 litros, com e sem a turbina.
A Figura 46 e Figura 47 mostram os tempos.
Figura 46 Teste sem a turbina
51
20 (27)
Q 1,333litros / segundo
15
Com a turbina:
20 (28)
Q 0,263litros / segundo
76
Será feita uma pequena projeção para ser ter uma ideia da quantidade de energia que é
possível gerar utilizando esse sistema de geração de energia.
Utilizando-se um caso genérico de um edifício com de 14 andares, sendo 4
apartamentos por andar e considerando que em cada apartamento tenha 3 pessoas e que cada
uma tenha um consumo diário de água de 200l. Como o sistema proposto atende somente a
metade dos andares, logo, 7 andares x 4 apartamentos x 3 pessoas por apartamento x 200l =
16.800l que é igual a 16,8 m³ de água por dia passariam pela turbina.
Como visto no ensaio 1, quanto mais alta a coluna d’água maior o rendimento da
turbina, mas segundo (FARRET, 1999) é razoável considerar o rendimento da turbina sendo
52
60%, outro ponto para esse cálculo, seria que no lugar da vazão utilizar o volume total de
água que passará pela turbina, para se ter uma estimativa de quanto é possível gerar de energia
com esse sistema. Nesse caso será utilizada a fórmula abaixo para essa aproximação.
P T . g .g..V .H (29)
Onde:
= Rendimento da turbina;
= Rendimento da turbina;
ρ = Densidade da água = 1000 kg/m³
g = Aceleração da gravidade = 9,8m/s²
V =Volume - m³
H = Altura da queda - m
P = 0,6 x 0,6 x 9,8 x 1000 x 16,8 x 42 = 2.489,53 kW/dia ou seja 103,732 kW/h
Fica evidente que esse cálculo é apenas uma demonstração do que esse sistema é
capaz, pois ouros fatores estão envolvidos e devem ser levados em consideração, uma vez que
nem todos irão utilizar a água ao mesmo tempo, fazendo que esse cálculo varie
consideravelmente.
53
CAPÍTULO 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
Como as turbinas utilizadas para geração de energia não foram feitas para trabalhar na
forma de geração proposta nesse trabalho, esse projeto levou em consideração os resultados
obtidos a partir dos testes realizados com o hidro gerador que foi adquirido, visto que a
principio foi feita para um propósito parecido, no entanto se mostrou pouco eficiente, no que
diz respeito à eficiência energética, mas esse problema é mais simples de ser resolvido se
acoplado um gerador de melhor rendimento à turbina, que por sua vez se mostrou como o
principal desafio para o sucesso desse tipo de geração.
A principal dificuldade encontrada para o sucesso desse projeto foi o modelo de
turbina utilizado, uma vez que os resultados dos testes feitos em laboratório demonstraram
que ela gera uma redução na vazão, de aproximadamente 80%, consequentemente a pressão é
também reduzida, essa redução na pressão é tamanha, que não foi possível mensurar
utilizando o piezômetro, a deficiência da turbina também ficou evidente ao se analisar o
rendimento da máquina, que ficou abaixo de 1%.
Portanto, esse projeto não é viável devido ao modelo de turbina proposto, já que não
seria possível atender, conforme determina a NBR5626/98, as unidades consumidoras que
ficaria após a turbina, dado que a baixa vazão acarretaria um fornecimento precário sendo
possível até gerar falta de água nos horários de maior consumo. Por outro lado as análises
mostram a existência de um potencial para geração de energia elétrica que ainda é
desconhecido e totalmente inexplorado, principalmente para edifícios com mais de 13
pavimentos, visto que o projeto hidráulico de água fria desses prédios contribui para esse
potencial de geração. Outro ponto que torna esse projeto ainda mais interessante é que novos
edifícios surgem todos os dias e cada vez mais altos, sem mencionar os milhares já existentes,
que também podem ter suas tubulações adaptadas para esse tipo de geração. Os cálculos de
possibilidade de geração desse projeto foram elaborados pensando em unidades residenciais,
porém acreditasse que em prédios comerciais onde a concentração de pessoas é muito maior,
essa proposta de geração possa ter uma viabilidade ainda maior, haja vista que são nesses
locais onde as pessoas passam a maior parte do dia e consequentemente consomem mais água.
Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se estudo e desenvolvimento de uma
turbina que possa ter um bom rendimento, mas também reduza minimamente a vazão em sua
saída, para não impactar no fornecimento. Outro trabalho sugerido é a questão da qualidade
da energia gerada e as proteções, pois o sistema tende a ser muito intermitente.
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Bibliografia
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