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Manual de Gestão
de Condicionalidades
1ª edição
Brasília, DF
2006
© 2006 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Endereço:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, 70046-900
Brasília - DF
Tel.: (61) 3433-1500
Sumário
Apresentação 4
Introdução 6
4 Integração Peti/PBF 31
5 Repercussão do descumprimento de
condicionalidades sobre o benefício 35
Anexos 54
Manual de Gestão
de Condicionalidades
Apresentação
PROGRAMA
Bolsa Família
ações socioeducativas. Após a integração, os dois programas continuarão a
coexistir.
Boa leitura.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
Introdução
PROGRAMA
Bolsa Família
missão de contribuir para a superação da condição de pobreza ou extrema
pobreza das famílias beneficiárias.
Nesse sentido, o adequado cumprimento das condicionalidades constitui
a operacionalização de um dos propósitos do Programa Bolsa Família, que
é fazer que as famílias beneficiárias acessem as políticas sociais a que têm
direito, desenvolvam práticas de apoio mútuo no espaço doméstico e se vin-
culem a redes sociais existentes. Com isso, espera-se que, em médio e longo
prazos, as famílias tenham mais chances de superar sua situação de pobreza
ou extrema pobreza.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
eles já deveriam ser ofertados de forma universal para todos os habitantes de
seu território, independentemente do vínculo das famílias com o Bolsa Família
ou qualquer outro programa social. A universalidade dos sistemas de Saúde e
Educação, prevista na Constituição Federal de 1988, significa que todos de-
vem ser atendidos sem distinções, restrições ou custos. Segundo, esses ser-
viços já são financiados por recursos públicos provenientes dos orçamentos
da Seguridade Social e da Educação, nas três esferas de governo (municipal,
estadual e federal) e de outras fontes suplementares de financiamento. Isso
significa que cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de
recursos aos respectivos orçamentos da Seguridade Social e da Educação.
As condicionalidades também podem ser entendidas como uma maneira
de conectar a demanda à oferta por serviços públicos. Entendidas assim, pas-
sam a ter uma dupla finalidade. Para as famílias beneficiárias, o cumprimento
da agenda de condicionalidades visa à indução aos cuidados essenciais com
a saúde e a promoção de avanços na escolarização. Para o poder público,
as condicionalidades servem para estimular a ampliação da oferta local de
serviços públicos de saúde e de educação, monitorar as políticas públicas exe-
cutadas em âmbito municipal e identificar as famílias em situação de maior
vulnerabilidade e risco social, para que se dirijam a elas ações específicas.
PROGRAMA
Bolsa Família
A experiência internacional tem mostrado que os rendimentos estão dire-
tamente relacionados à escolaridade. Ou seja, cada ano a mais de estudo
representa um ganho na remuneração que a pessoa terá no futuro. Entretanto,
em nosso país, fatores ligados ao grupo familiar, como inserção precoce no
processo produtivo ou o envolvimento em afazeres domésticos, e a dificuldade
de acesso aos estabelecimentos de ensino afastam muitas crianças e adoles-
centes dos bancos escolares.
O ingresso precoce no mercado de trabalho geralmente é acompanhado de
evasão escolar. Com poucos anos de estudo, o trabalho infantil não se conver-
te em maiores rendimentos quando a criança se torna adulta. E, o que é ainda
mais perverso, quanto menor a idade em que a criança começa a trabalhar,
menor é o rendimento que ela terá durante toda a vida.
O aumento dos anos de estudo, além de contribuir para ampliar os rendi-
mentos, estimula as pessoas para novos valores e aspirações. Particularmen-
te, no caso das mulheres, o aumento dos anos de estudo assegura nuances
próprias ao comportamento reprodutivo. Por isso, os aumentos na escolarida-
de feminina guardam estreita relação com reduções nas taxas de fecundidade,
natalidade e mortalidade infantil. Isso quer dizer que as mães com mais anos
de estudo têm menos filhos. E os filhos que nascem dessas mães apresentam
mais chances de sobreviver após o parto e nos primeiros anos de vida.
O rendimento das famílias também é essencial para a sobrevivência e bem-
estar de seus membros. No Brasil e em outros países é possível observar
uma forte associação entre renda, consumo de alimentos e estado nutricional.
Geralmente, são as famílias com os menores rendimentos que vivem mais
freqüentemente em condição de insegurança alimentar e experimentam um
grau mais elevado de carência alimentar. E a desnutrição infantil, gerada pela
falta de alimentos, que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças,
pode deixar seqüelas por toda a vida. Além disso, as unidades domiciliares
que dispõem de menor renda geralmente estão localizadas em áreas sem in-
fra-estrutura básica de saneamento, o que expõe todos os integrantes da fa-
mília ao risco de contrair doenças.
Em resumo: os filhos de famílias pobres têm mais chances de morrer logo
nos primeiros anos de vida por problemas de saúde e menos oportunidades
para estudar ao longo da vida. Por isso, as condicionalidades foram escolhidas
nas áreas de Saúde e Educação. Acredita-se que são capazes de, a médio e
longo prazos, romper o ciclo intergeracional de reprodução da pobreza e con-
tribuir para alterar o perfil da distribuição de renda no Brasil.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
CICLO INTERGERACIONAL DE REPRODUÇÃO DA POBREZA
10 PROGRAMA
Bolsa Família
para ingresso e permanência. Isto tornava o trabalho intersetorial mais
difícil e a articulação das ações do poder público, inexistente.
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de Condicionalidades
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1
O que é Gestão
de Condicionalidades
O Governo Federal, por intermédio do MDS, é responsável pela supervisão
do cumprimento das condicionalidades do Programa Bolsa Família, em articu-
lação com os Ministérios da Saúde (MS) e da Educação (MEC). Nesse contex-
to, a definição, a normatização e o acompanhamento das condicionalidades
específicas de saúde e educação são atribuições dos ministérios competentes,
por meio de ações integradas e compartilhadas.
Assim, foi publicada a Portaria Interministerial nº 3.789, em novembro de
2004, na qual MDS e MEC estabelecem as atribuições e normas para o cum-
primento da condicionalidade de educação. No mesmo mês foi publicada a
Portaria Interministerial nº 2.509, na qual MDS e MS definem as atribuições e
normas para a oferta e o monitoramento das ações de saúde. A regulamen-
tação da Gestão de Condicionalidades está expressa na Portaria nº 551, de
novembro de 2005.
A Gestão de Condicionalidades do Programa Bolsa Família engloba ações
de acompanhamento periódico das famílias beneficiárias, registro de informa-
ções nos sistemas informatizados para acompanhamento das condicionalida-
des de saúde e educação, avaliação dos registros de descumprimento de con-
dicionalidades, notificação e aplicação das sanções às famílias em situação
de inadimplência, avaliação de recursos e ações que estimulem as famílias a
voltar a cumprir seus compromissos com o Programa. Esse conjunto de ações
envolve o exercício de atribuições complementares e coordenadas no âmbito
da União, estados, Distrito Federal e municípios.
GESTÃO DE CONDICIONALIDADES
É O CONJUNTO DE AÇÕES RELATIVAS A
■ Acompanhamento periódico das ações nas áreas de Saúde e Edu-
cação que as famílias devem realizar para que possam permanecer no
PBF;
■ Registro das informações referentes ao acompanhamento das condi-
cionalidades nos sistemas disponibilizados pelo MDS, MEC e MS;
■ Repercussão gradativa da aplicação de sanções referentes ao des-
cumprimento de condicionalidades sobre a folha mensal de pagamento;
■ Acompanhamento das medidas adotadas pelos entes federados para
garantir que as famílias beneficiárias do PBF tenham condições de cum-
prir as condicionalidades;
■ Acompanhamento das medidas adotadas pelos entes federados para
garantir que as famílias beneficiárias do PBF, que se encontram em situ-
ação de inadimplência, possam voltar a cumprir as condicionalidades.
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Bolsa Família
1.1 Ação intersetorial
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de Condicionalidades
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As ações intersetoriais para a gestão das condicionalidades dependem da
integração dos diversos representantes municipais relacionados ao Bolsa Fa-
mília, verificados no diagrama seguinte.
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Bolsa Família
localizadas, quais famílias não cumprem condicionalidades, e como planejar
ações com essas famílias de forma a garantir a melhoria das condições de
vida.
As reuniões devem expressar também a troca de experiência e aprendizado
entre os participantes. Devem ser periódicas pois, além de planejar as ações
e estabelecer metas a serem alcançadas, é importante o acompanhamento da
sua execução e a avaliação dos resultados.
As experiências desenvolvidas em âmbito local são essenciais para reava-
liação e melhorias no Programa. Tanto o MDS quanto a coordenação estadual
e o gestor municipal do PBF precisam avaliar suas ações e propor atividades
e melhorias a partir dos resultados alcançados. Por exemplo: se um município
sabe que em determinado bairro, com predominância de crianças, o descum-
primento de condicionalidades na área de Saúde é recorrente, o gestor pode
planejar, em conjunto com os técnicos responsáveis, ações que tenham o pro-
pósito de inverter esse quadro.
Nesse sentido, o MDS teve como iniciativa evidenciar publicamente as ex-
periências do Programa por meio do “Prêmio Práticas Inovadoras do Programa
Bolsa Família”, no intuito de reconhecer trabalhos municipais relevantes e es-
timular projetos nos demais estados e municípios.
Os trabalhos premiados apresentaram temáticas diferenciadas como: In-
clusão Produtiva, Gestão do PBF, Programas Complementares, Cadastra-
mento/Capacitação, Acompanhamento Familiar, Gestão de Condicionalidades
e Construção de Índice de Vulnerabilidades. Essas experiências evidenciaram
questões importantes como:
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de Condicionalidades
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em descumprimento de condicionalidades. Estas seriam integradas nas ações
desenvolvidas pelos Cras na perspectiva de construção do Sistema Único da
Assistência Social (Suas).
■ Gestão de condicionalidades;
■ Gestão de benefícios;
■ Acompanhamento das famílias beneficiárias, em especial daquelas
em situação de maior vulnerabilidade social;
■ Cadastramento de novas famílias, atualização e revisão dos dados
contidos no Cadastro Único;
■ Implementação de programas complementares, nas áreas de: alfa-
betização e educação de jovens e adultos, capacitação profissional, ge-
ração de trabalho e renda, acesso ao microcrédito produtivo orientado, e
desenvolvimento comunitário e territorial, entre outras;
■ Atividades relacionadas às demandas de fiscalização do PBF e do
Cadastro Único, formuladas pelo MDS.
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Bolsa Família
Lembre-se: 50% dos recursos transferidos aos municípios dependem da
informação do acompanhamento das condicionalidades das áreas de Saúde
e Educação.
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de Condicionalidades
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benefício, os valores do pagamento, as regras das condicionalidades e a im-
portância da atualização cadastral. Por isso, ela deve ser conhecida não só
pelas famílias mas também por todas as pessoas envolvidas na administração
local do Programa. A Agenda de Compromissos da Família pode ser baixada
do site do MDS, no link do Programa Bolsa Família.
O Manual do Gestor do Programa Bolsa Família, disponível na internet, é
outro material desenvolvido pelo MDS para auxiliar no processo de gestão,
execução e acompanhamento, e apresenta as diretrizes, os objetivos, as me-
tas e sistemáticas de funcionamento do Programa, esclarecendo as responsa-
bilidades de cada esfera de governo em sua implementação, acompanhamen-
to e controle.
Para acompanhar as famílias beneficiárias do PBF que tenham em sua
composição crianças menores de 7 anos, gestantes e nutrizes, a Coorde-
nação-Geral de Alimentação e Nutrição/DAB/SAS/MS elaborou o Manual de
Orientações Sobre o Bolsa Família na Saúde, que tem por objetivo orientar
os gestores sobre os procedimentos de como fazer o acompanhamento das
famílias e o registro no Sisvan. Esse manual pode ser acessado no sítio: www.
saude.gov.br/nutricao.
O Manual do Usuário do Sistema de Acompanhamento da Freqüência Es-
colar, disponível no sítio eletrônico do Ministério da Educação no endereço
http://frequenciaescolarpbf.mec.gov.br, fornece orientações sobre a utilização
do sistema por parte dos operadores.
Para acompanhar, prioritariamente, as famílias com crianças, adolescentes
e gestantes que descumpriram qualquer uma das condicionalidades das áreas
de Saúde e Educação foi disponibilizado pelo MDS o documento Orientações
para o Acompanhamento das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Fa-
mília no Âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas), no link www.
mds.gov.br/programas/rede-suas/protecao-social-basica/paif/, que apresenta
um conjunto de orientações e sugestões com o objetivo de oferecer uma me-
todologia para os serviços socioassistenciais de apoio às famílias, na garantia
dos direitos de suas crianças, adolescentes e gestantes.
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Bolsa Família
Educação são cinco períodos bimestrais de acompanhamento, excluin-
do-se os meses de dezembro e janeiro, destinados às férias escolares.
■ Período de Registro: é o conjunto de dias em que os sistemas defi-
nidos e disponibilizados pelos Ministérios da Saúde e da Educação estão
abertos para a inserção dos dados dos municípios referentes ao acom-
panhamento das condicionalidades.
■ Período de Consolidação: são os dias imediatamente posteriores
ao Período de Registro de que os Ministérios da Saúde e da Educação
dispõem para enviar ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome os bancos de dados dos sistemas.
■ Período de Apuração: é o tempo utilizado pelo MDS para analisar a
consistência dos dados enviados pelos Ministérios da Saúde e da Edu-
cação, identificar as famílias que descumpriram as condicionalidades e
aplicar as sanções. Quando os dados da saúde e da educação forem
consolidados em um mesmo período e houver famílias que descumpri-
ram condicionalidades das duas áreas, será contado apenas 1 registro
de descumprimento e aplicada a sanção correspondente.
■ Situação de Inadimplência: encontram-se nessa situação as famí-
lias que descumpriram qualquer uma das condicionalidades no período
de acompanhamento.
■ Situação Regular: encontram-se nessa situação as famílias que nos
últimos 18 meses não apresentaram qualquer registro de descumprimen-
to de condicionalidades.
■ Repercussão: é o resultado, sobre o benefício, das sanções aplica-
das às famílias em situação de inadimplência.
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Condicionalidades
na área de Saúde
2.1 Ações que as famílias devem realizar para permanecer no PBF
AS GESTANTES E MÃES
EM PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO DEVEM
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Bolsa Família
tar aos municípios as normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo Mi-
nistério da Saúde, bem como designar um profissional de saúde para coorde-
nar o acompanhamento das famílias do PBF.
Nos municípios, as Secretarias Municipais de Saúde têm duas atribuições
principais. A primeira é ofertar as ações de pré-natal, vacinação, acompanha-
mento do crescimento e desenvolvimento da criança, além de atividades edu-
cativas em saúde, alimentação e nutrição. Essas ações fazem parte da aten-
ção básica à saúde e são rotineiramente ofertadas pelo município a toda a
população coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As atividades educativas são de extrema importância e devem abordar vá-
rios assuntos sobre saúde e nutrição, tais como:
• Aleitamento materno;
• Alimentação e nutrição da gestante;
• Alimentação e nutrição da criança;
• Estímulo ao consumo de alimentos regionais;
• Cuidados com a saúde da criança;
• Higiene dos alimentos;
• Importância do vínculo entre mãe e filho;
• Nutrição, crescimento e desenvolvimento;
• Alimentação saudável nas diferentes fases do curso da vida.
A segunda atribuição das Secretarias Municipais de Saúde é designar um
responsável técnico para coordenar o acompanhamento das famílias do PBF e
o processo de inserção e atualização das informações no aplicativo da Vigilân-
cia Alimentar e Nutricional (Sisvan), disponibilizado pelo Ministério da Saúde.
O estabelecimento de parcerias é muito importante para que a Secretaria
Municipal de Saúde cumpra suas atribuições de maneira eficaz. Nesse senti-
do, a articulação com outras instituições que atuam na melhoria das condições
de vida da população pode potencializar a qualidade do acompanhamento das
famílias do Programa.
Para que o acompanhamento das condicionalidades funcione de maneira
adequada, o gestor municipal do PBF deve manter contato constante com o
responsável técnico indicado pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde. O
responsável técnico é encarregado de coordenar o processo de registro das
informações das condicionalidades de saúde no Módulo de Gestão do Sisvan.
A participação da área de Saúde é fundamental para o sucesso da gestão local
das condicionalidades do PBF.
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de Condicionalidades
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2.3.1 Módulo Municipal do Sisvan
• www.datasus.gov.br e
• www.saude.gov.br/nutricao.
Em caso de dúvida para a utilização do Sisvan, procure a Regional do Da-
tasus ou entre em contato com o Suporte Técnico da CGPAN pelos telefones
(61) 3448-8230/3448-8287.
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serve, ainda, como instrumento de coleta de dados para registro no Sisvan.
O Mapa Diário de Acompanhamento do Sisvan permite a avaliação nutricio-
nal de todas as fases do curso da vida. Dessa forma, o município, de acordo
com sua capacidade técnica e operacional, poderá optar por estender o acom-
panhamento a toda a população atendida pelo SUS. Isso é o que o Ministério
da Saúde recomenda.
NÃO SE ESQUEÇA
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Beneficiários do Bolsa Família com Perfil Saúde
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ORIENTAÇÕES PARA REALIZAR UM BOM TRABALHO
DE ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES DE SAÚDE
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Condicionalidades
na área de Educação
3.1 Ações que as famílias devem realizar para permanecer no PBF
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Para exercer essa função, o Ministério da Educação disponibiliza aos mu-
nicípios, via internet, o Sistema de Acompanhamento da Freqüência Escolar.
Esse sistema fica disponível para a inserção das informações da freqüência
escolar das crianças e adolescentes beneficiários do Programa Bolsa Família
por períodos determinados, divulgados no próprio sistema. As orientações téc-
nicas e operacionais são prestadas pelo manual do usuário do sistema e/ou
por pronto atendimento telefônico no MEC.
O Ministério da Educação também é responsável por estabelecer e divulgar
aos estados e municípios as diretrizes técnicas e operacionais sobre o sistema
de freqüência escolar dos alunos.
No estado, o gestor estadual do Sistema de Acompanhamento da Freqüência
Escolar deve ser o titular da Secretaria Estadual de Educação, a quem
compete indicar um responsável técnico para coordenar o acompanhamento
da freqüência escolar em âmbito estadual. É importante que o gestor estadual e
o responsável técnico estabeleçam articulações com o Ministério da Educação
e com os municípios, objetivando a plena informação da condicionalidade em
educação. Em especial, eles devem informar ao gestor municipal a freqüência
escolar nas escolas estaduais sediadas nos municípios.
No município, o gestor municipal do Sistema de Acompanhamento da
Freqüência Escolar deve ser o titular da Secretaria Municipal de Educação.
Ele deve indicar um responsável técnico para coordenar o Sistema de
Freqüência Escolar no município. O responsável técnico será cadastrado
junto ao Ministério da Educação como operador municipal master. Além de
fazer o acompanhamento da freqüência escolar, o operador municipal master
também é responsável por avaliar a necessidade de credenciar os operadores
municipais auxiliares e os operadores diretores de escola, bem como efetuar os
descredenciamentos necessários. Uma vez cadastrado, o operador diretor de
escola poderá usar o sistema diretamente. Para que isso ocorra, é necessário
que a escola tenha acesso ao sistema e o diretor se comprometa a assumir
essa atribuição.
O acompanhamento da freqüência escolar é constitucionalmente atribuído
ao poder público. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990, os dirigentes de estabelecimentos de ensino devem
zelar junto aos pais ou responsáveis pela freqüência escolar, e comunicar ao
Conselho Tutelar os casos de maus tratos envolvendo seus alunos, reiteração
de faltas injustificadas e evasão, esgotados os recursos escolares. Isso se
aplica a todas as famílias, e não apenas às beneficiárias do PBF.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996, estabelece o registro de freqüência, a cargo da escola,
como um dos critérios a ser observado para a progressão escolar do aluno.
A informação da freqüência escolar dos alunos inscritos no Programa Bolsa
Família é responsabilidade dos dirigentes de estabelecimentos de ensino.
Conhecendo os fundamentos do Programa Bolsa Família a escola poderá
entender que a exigência do cumprimento da condicionalidade em educação
irá constituir forte fator de rompimento do ciclo intergeracional da pobreza, con-
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de Condicionalidades
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tribuindo para reforçar a garantia de acesso ao direito básico de permanência
da criança na escola e combater a evasão escolar.
Ao informar a freqüência escolar, os operadores municipais registram in-
formações de crianças e adolescentes com freqüência inferior a 85% e iden-
tificam o motivo que causou a ausência às aulas. Esses dados, consolidados
por município, irão fornecer informações importantes para definir ações que
previnam o abandono escolar e combatam os riscos e vulnerabilidades a que
possam estar sujeitas as crianças e adolescentes da comunidade.
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Área Administrativa da Escola
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■ Não deixe para a última hora o registro das informações da lista de
crianças por escola no Sistema de Acompanhamento da Freqüência Es-
colar. Além da sobrecarga de trabalho, você pode encontrar o sistema
congestionado e ter dificuldade para enviar as informações.
■ Cumpra os prazos estabelecidos, não deixando para informar nos
últimos dias. O final do período de registro é sempre conturbado; faça
seu planejamento e garanta o registro do acompanhamento das condi-
cionalidades de educação.
■ Trabalhe de forma articulada com o gestor do PBF no município, o
responsável técnico pelo acompanhamento da freqüência escolar e o
coordenador do Paif no município. Uma sugestão é a realização de reu-
niões intersetoriais periódicas.
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Bolsa Família
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Integração Peti/PBF
Em 1996, impulsionado pela Marcha Global Contra o Trabalho Infantil e
pela mobilização da sociedade civil organizada, o governo brasileiro iniciou
a implantação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O Peti
concede bolsas para as famílias retirarem seus filhos da situação de trabalho
e repassa recursos financeiros aos municípios para que desenvolvam com
essas crianças ações socioeducativas em turno alternado ao da escola formal.
Para receber a bolsa do programa, as famílias têm que assumir compromissos
com o Governo Federal, garantindo: freqüência mínima das crianças e dos
adolescentes na escola equivalente a 85% do período total mensal; o não-re-
torno dos filhos menores de 16 anos ao trabalho; e a participação das famílias
nas ações socioeducativas de convivência e de ampliação e geração de rendi-
mentos que lhes forem oferecidas.
IMPORTANTE
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de Condicionalidades
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convênios firmados pelos entes federados com o Fundo Nacional da
Assistência Social (FNAS), devendo ser bloqueado ou cancelado o be-
nefício financeiro de menor valor, por parte do gestor que identificar a
duplicidade de pagamentos (referência ao Art. 10, Portaria nº 666, de 28
de dezembro de 2005).
32 PROGRAMA
Bolsa Família
infantil e encaminhar à SNAS o resultado do acompanhamento de tais ativi-
dades.
Nos municípios, cabe ao gestor municipal do PBF atualizar o cadastro
das famílias do PBF em situação de trabalho infantil. Compete também a ele:
analisar as demandas de bloqueio ou de cancelamento de benefícios do Peti
oriundas das instâncias de gestão, participação ou controle social; incluir no
Cadastro Único as famílias usuárias do Peti; e acompanhar a realização das
atividades socioeducativas e de convivência para as famílias em situação de
trabalho infantil, encaminhando os resultados obtidos à SNAS.
As atividades socioeducativas e de convivência são de extrema importân-
cia, podendo ser abordados vários assuntos, tais como:
IMPORTANTE
Manual de Gestão
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pio, acatar as sugestões propostas pelas instâncias de controle e comissões, e
operacionalizar a gestão das condicionalidades junto aos entes federados.
IMPORTANTE
34 PROGRAMA
Bolsa Família
5
Repercussão do
descumprimento de
condicionalidades
sobre o benefício
As condicionalidades foram concebidas como um mecanismo para ligar a
oferta à demanda por serviços públicos de saúde, educação e assistência so-
cial.
Para estimular as famílias a cumprir as condicionalidades, o PBF dispõe
de dois mecanismos. O primeiro é a transferência de recursos. As famílias
continuam a receber os benefícios desde que mantenham as características
cadastrais que as tornaram elegíveis para ingressar no Programa e cumpram
a agenda de condicionalidades de Saúde, de Educação, as atividades comple-
mentares socioeducativas e as atividades de convivência.
O segundo mecanismo consiste na aplicação de sanções às famílias em
situação de inadimplência. As famílias tornam-se ou renovam sua condição de
inadimplente quando um ou mais integrantes descumprem as condicionalida-
des. Toda vez que a família torna-se ou renova sua condição de inadimplente
é gerado um registro de descumprimento de condicionalidade e aplicada a
sanção correspondente. As sanções têm algumas características, detalhadas
a seguir.
Primeiro, as sanções são gradativas. Isso significa que, à medida que os
registros de descumprimento de condicionalidades se acumulam, as sanções
se tornam mais rigorosas. São gradativas porque o objetivo não é punir as fa-
mílias em situação de descumprimento, mas permitir que as famílias possam
corrigir os problemas que acarretaram o descumprimento de condicionalida-
des. E também para permitir que as famílias em situação de inadimplência, as
mais vulneráveis, sejam identificadas e se tornem foco de outras ações do po-
der público, específicas para a causa do descumprimento, como, por exemplo,
negligência dos pais ou doença da criança.
Segundo, as sanções são indistintas. Significa que não há um descum-
primento de condicionalidade mais grave do que outro. Para o PBF, a família
deixar de vacinar os filhos menores de 7 anos não é mais nem menos grave
do que deixar de manter a freqüência escolar acima de 85% das crianças e
adolescentes entre 6 e 15 anos. Para cada descumprimento de condicionali-
dade, seja de saúde, seja de educação, será efetuado o registro e aplicada a
sanção correspondente.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
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Terceiro, as sanções são compartilhadas pelo núcleo familiar. Isso significa
que a sanção incide sobre todo o núcleo familiar, não apenas sobre o membro
da família que recebe o benefício ou deixou de cumprir qualquer condicionali-
dade. Isso serve tanto para os membros da família que são beneficiários quan-
to para os não beneficiários. Em outras palavras, todas as gestantes, mães
em período de amamentação e pessoas menores de 15 anos devem cumprir
as condicionalidades, independentemente do valor repassado às famílias, sob
pena de sofrerem as sanções do Programa. Com base nas informações sobre
o descumprimento das condicionalidades, cabe ao MDS a tarefa de aplicar as
sanções, que repercutem sobre a folha mensal de pagamentos.
O quadro seguinte correlaciona, para cada registro de descumprimento de
condicionalidade, a sanção correspondente e seus efeitos sobre o pagamento
do benefício.
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Registro Sanção Efeitos/Repercussão
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5.3 Notificação das sanções às famílias
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40 PROGRAMA
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5.4 Previsão de recurso
O gestor municipal do PBF tem 30 dias para decidir sobre o recurso e co-
municar por escrito sua decisão ao responsável legal pela família. O gestor
municipal do PBF deve encaminhar cópia dos recursos às ICS do Programa
que, por sua vez, também se manifestarão quanto à manutenção ou exclusão
da sanção aplicada à família.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
41
to das condicionalidades e nem é possível conhecer e atuar junto às famílias
mais vulneráveis.
Com o propósito de estimular tanto os municípios quanto as famílias a re-
alizarem a atualização das informações cadastrais, a Portaria n° 551 prevê
a aplicação de sanção às famílias “não localizadas” ou sem informação de
acompanhamento das condicionalidades. Assim, essas famílias, a critério do
MDS, poderão ter seus benefícios bloqueados por 60 dias e, posteriormente,
suspensos e cancelados.
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Acompanhamento das
famílias em situação de
descumprimento de
condicionalidades
O Governo Federal elegeu o Programa Bolsa Família como o eixo estrutu-
rante a partir do qual devem se articular as diversas iniciativas governamen-
tais e não governamentais de combate às diferentes dimensões da pobreza.
A estratégia é articular de forma eficaz, em cada município e região do Brasil,
as ações, programas e políticas complementares executadas pelos diversos
atores do governo e da sociedade civil.
Nesse contexto, o MDS está desenvolvendo sistemática para apoiar os mu-
nicípios na ampliação e melhoria do acompanhamento das famílias beneficiá-
rias do Programa Bolsa Família (PBF) por intermédio do Programa de Atenção
Integral à Família (Paif). Essa sistemática destina-se aos beneficiários do PBF
que residem nas áreas de atuação do Paif, determinada pela abrangência do
Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que engloba um total de até
1.000 famílias/ano.
O Cras é uma unidade pública estatal de base territorial, localizada em áre-
as de vulnerabilidade social, e que atua com as famílias e indivíduos em seu
contexto comunitário. É responsável pela oferta do Paif.
O Paif é ofertado por meio dos serviços socioassistenciais, socioeducativos
e de convivência, e de projetos de preparação para a inclusão produtiva volta-
dos para as famílias, seus membros e indivíduos, conforme suas necessidades
identificadas no território. Esse programa é parte importante do Sistema Único
de Assistência Social (Suas), de integração dos serviços socioassistenciais e
dos programas de transferência de renda.
O público prioritário da articulação Paif/PBF são as famílias com crianças,
adolescentes e gestantes que se encontram em situação de inadimplência com
o Bolsa Família. Ou seja, aquelas famílias que deixaram de cumprir qualquer
uma das condicionalidades das áreas de Saúde ou Educação. São famílias
mais vulneráveis, que demandam uma sistemática específica de acompanha-
mento familiar, mais do que advertência, bloqueios e as demais sanções pre-
vistas na legislação. Se um objetivo importante do Bolsa Família é reduzir a
pobreza entre gerações, é preciso buscar e apoiar as famílias no cumprimento
dos direitos fundamentais preconizados pela Constituição Federal de 1988.
O objetivo do acompanhamento realizado pelo Paif não é punir essas famí-
lias, mas direcionar para elas outras ações sociais específicas que contribuam
Manual de Gestão
de Condicionalidades
43
para reduzir seu acentuado grau de vulnerabilidade social.
Com o objetivo de oferecer uma metodologia para os serviços socioas-
sistenciais de apoio às famílias, na garantia dos direitos de suas crianças,
adolescentes e gestantes, o MDS publicou, ainda em fase preliminar, o guia
Orientações para o Acompanhamento das Famílias Beneficiárias do Programa
Bolsa Família no Âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas), que
apresenta um conjunto de orientações e sugestões para a realização do acom-
panhamento familiar. A versão eletrônica desse documento pode ser obtida no
site do MDS.
44 PROGRAMA
Bolsa Família
7
Mapa de atribuições
e responsabilidades na
Gestão de Condicionalidades
Em relação à Gestão de Condicionalidades, as atribuições de cada um dos
entes federados estão definidas em três portarias:
• Portaria Interministerial MEC/MDS nº 3.789, de 17 de novembro de
2004 – estabelece atribuições e normas para o cumprimento da condi-
cionalidade da freqüência escolar no Programa Bolsa Família;
• Portaria Interministerial MS/MDS nº 2.509, de 18 de novembro de 2004
– dispõe sobre as atribuições e normas para a oferta e o monitoramento
das ações de saúde relativas às condicionalidades das famílias benefi-
ciárias do Programa Bolsa Família;
• Portaria MDS nº 551, de 9 de novembro de 2005 – regulamenta a ges-
tão de condicionalidades do Programa Bolsa Família.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
45
são financeira na folha de pagamentos do Programa Bolsa Família, em
caso do não-cumprimento pelas famílias da agenda de saúde prevista
no artigo 6º da Portaria Interministerial nº 2.509;
• Proceder à repercussão do descumprimento da condicionalidade do
Programa Bolsa Família, no que se refere à freqüência escolar, a partir
das informações disponibilizadas pelo Ministério da Educação;
• Disponibilizar as informações sobre a folha de pagamentos do Progra-
ma Bolsa Família, visando integrar políticas setoriais com o Ministério
da Educação;
• Disponibilizar periodicamente a base do Cadastro Único atualizada ao
Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação;
• Editar normas complementares;
• Disponibilizar os dados consolidados de descumprimento das condi-
cionalidades das áreas de Saúde e Educação, no âmbito das famílias
beneficiárias do PBF, aos estados, Distrito Federal e municípios, aos
órgãos de controle social formalmente constituídos, ao MEC e ao MS.
46 PROGRAMA
Bolsa Família
freqüência escolar e a sua divulgação aos estados, Distrito Federal e
municípios;
• Manter em funcionamento o Sistema de Freqüência Escolar, disponi-
bilizando-o a estados, Distrito Federal e municípios;
• Promover a capacitação dos gestores municipais e estaduais visan-
do à implementação e ao desenvolvimento das ações relacionadas ao
acompanhamento da freqüência escolar dos alunos;
• Analisar os dados consolidados de acompanhamento da freqüência
escolar dos alunos, para orientar políticas educacionais;
• Disponibilizar, ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, informações decorrentes do acompanhamento da freqüência es-
colar;
• Elaborar e divulgar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, o calendário anual da freqüência escolar.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
47
7.2.2 Responsabilidades do titular da Secretaria Estadual de Educação
48 PROGRAMA
Bolsa Família
• Participar da coordenação intersetorial do Programa Bolsa Família pre-
vista no artigo 14 do Decreto nº 5.209, de 2004, no âmbito municipal;
• Implantar a Vigilância Alimentar e Nutricional, que proverá as informa-
ções sobre o acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Famí-
lia;
• Coordenar o processo de inserção e atualização das informações de
acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família nos aplicati-
vos da Vigilância Alimentar e Nutricional;
• Prover as ações básicas de saúde que são mencionadas nos artigos
1º e 6º da Portaria Interministerial nº 2.509;
• Estimular e mobilizar as famílias para o cumprimento das ações men-
cionadas no artigo 6º dessa portaria;
• Promover as atividades educativas sobre aleitamento materno e ali-
mentação saudável;
• Capacitar as equipes de saúde para o acompanhamento de gestantes,
nutrizes e crianças das famílias do Programa Bolsa Família;
• Prover, semestralmente, o acompanhamento das famílias atendidas
pelo Programa Bolsa Família;
• Informar, ao órgão municipal responsável pelo Cadastro Único, qual-
quer alteração identificada sobre os dados cadastrais das famílias bene-
ficiadas pelo Programa Bolsa Família.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
49
Diário de Acompanhamento preenchido com as informações sobre as
condicionalidades;
• Providenciar a digitação das informações do Mapa Diário de Acom-
panhamento no Módulo de Gestão do Sisvan. Para evitar o acúmulo
de trabalho e possíveis congestionamentos nas vias de transmissão de
dados, recomenda-se realizar a digitação dessas informações antes dos
dias anteriores à data final do período de registro;
• Participar da coordenação intersetorial do Programa Bolsa Família;
• Indicar famílias do Cadastro Único para serem incluídas no PBF.
7.3.3 Responsabilidades do titular do órgão municipal de Educação
50 PROGRAMA
Bolsa Família
Escolar, responsabilizando administrativa, civil ou penalmente quando
comprovada irregularidade de procedimentos.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
51
municipal e à instância de controle social do PBF no município, com
destaque para os motivos que provocaram a baixa freqüência, a fim de
que sejam tomadas as providências e ações adequadas para resolução
dos problemas identificados.
• Acompanhar a oferta, por parte dos governos locais, dos serviços pú-
blicos necessários ao cumprimento das condicionalidades do Programa
Bolsa Família pelas famílias beneficiárias;
52 PROGRAMA
Bolsa Família
• Articular-se com os conselhos de políticas setoriais existentes no mu-
nicípio para assegurar a oferta dos serviços para o cumprimento das
condicionalidades;
• Conhecer a lista dos beneficiários que não cumprirem as condicio-
nalidades, periodicamente atualizada, e sem prejuízo das implicações
éticas e normativas relativas ao uso da informação;
• Analisar o resultado e as repercussões do acompanhamento das con-
dicionalidades no município;
• Contribuir para o aperfeiçoamento da rede de proteção social, estimu-
lando o poder público local a acompanhar as famílias com dificuldades
no cumprimento das condicionalidades que devem observar em decor-
rência de sua participação no Programa.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
53
Anexos
ANEXO I
PORTARIA INTERMINISTERIAL MEC/MDS N° 3.789,
DE 17 DE NOVEMBRO DE 2004
(Publicada no DOU n° 221, em 18 de novembro de 2004)
54 PROGRAMA
Bolsa Família
§ 2° As horas cumpridas pelos alunos em atividades complementares, em caráter
de jornada escolar estendida, não serão consideradas para efeito de apuração da fre-
qüência escolar.
§ 3° A obtenção, pelos alunos, de índices mensais de freqüência escolar inferiores
a 85% (oitenta e cinco por cento) deverá ser avaliada pelo dirigente do estabelecimento
de ensino, com vistas à comunicação aos pais ou responsáveis no sentido de restabe-
lecer a freqüência mínima e, conforme o caso, informar ao Conselho Tutelar para as
medidas cabíveis.
Art. 4° Definir como atribuições dos dirigentes dos estabelecimentos de ensino que
contarem com alunos beneficiários do Programa Bolsa Família:
I – identificar e disponibilizar ao gestor municipal dados atualizados dos alunos e
ocorrências, como mudança de endereço, transferência, abandono e falecimento;
II – no caso de transferência de escola, informar o nome do estabelecimento de
ensino de destino;
III – cumprir os prazos estabelecidos no calendário para a apuração, registro e en-
caminhamento da freqüência escolar dos alunos para o gestor municipal;
IV – comunicar ao Conselho Tutelar fatos relativos ao Art. 56 do ECA;
V – informar, quando for o caso, as justificativas apresentadas pelo responsável do
aluno para freqüência inferior a 85% da carga horária mensal ao gestor municipal.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
55
VI – garantir, por meios diversificados, considerando as realidades do seu municí-
pio, a coleta de freqüência escolar;
VII – orientar as famílias sobre a importância da participação efetiva no processo
educacional das crianças e adolescentes para a promoção e melhoria das condições
de vida, na perspectiva da inclusão social;
VIII – orientar e sensibilizar as famílias para o cumprimento das responsabilidades
mencionadas no artigo 11 desta Portaria;
IX – apoiar ações educativas visando assegurar o desenvolvimento integral dos
alunos e combater a evasão e o abandono escolar;
X – capacitar os profissionais de educação para o acompanhamento da freqüência
escolar dos alunos;
XI – articular com a Secretaria Estadual de Educação o estabelecimento de fluxo de
informações objetivando o efetivo acompanhamento da freqüência escolar dos alunos
da rede estadual;
XII – pactuar com as escolas da rede privada o estabelecimento de fluxo de informa-
ções objetivando o efetivo acompanhamento da freqüência escolar dos alunos;
XIII – supervisionar os lançamentos efetuados no sistema de freqüência escolar,
responsabilizando administrativa, civil ou penal quando comprovada irregularidade de
procedimentos.
Parágrafo Único. O gestor poderá propor ao Poder Público Municipal o estabeleci-
mento de parcerias com órgãos e instituições municipais, estaduais e federais, gover-
namentais ou não-governamentais, para o fomento de atividades emancipatórias das
famílias na perspectiva da inclusão social.
56 PROGRAMA
Bolsa Família
Art. 9° Definir como atribuições do Ministério da Educação no Programa Bolsa Fa-
mília:
I – indicar a área técnica responsável pela gestão federal do sistema de freqüência
escolar dos alunos;
II – estabelecer as diretrizes técnicas e operacionais sobre o sistema de freqüência
escolar dos alunos e a sua divulgação aos estados e municípios;
III – manter o funcionamento do sistema de freqüência escolar, disponibilizando-o a
estados e municípios;
IV – promover a capacitação dos gestores municipais e estaduais visando a imple-
mentação e desenvolvimento das ações relacionadas ao acompanhamento da freqüên-
cia escolar dos alunos;
V – analisar os dados consolidados de acompanhamento da freqüência escolar dos
alunos, para orientar políticas educacionais;
VI – disponibilizar, ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
informações decorrentes do acompanhamento da freqüência escolar;
VII – elaborar e divulgar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, o calendário anual da freqüência escolar.
Parágrafo Único. Além das atribuições descritas anteriormente, o Ministério da
Educação poderá apoiar o estabelecimento de parcerias com órgãos e instituições mu-
nicipais, estaduais e federais, governamentais e não governamentais, para o desenvol-
vimento de ações educativas aos alunos e às famílias.
Art. 11 Definem-se para o responsável legal das famílias atendidas pelo Programa
Bolsa Família as seguintes responsabilidades:
I – efetivar, observada a legislação escolar vigente, a matrícula escolar em estabe-
lecimento regular de ensino;
II – garantir a freqüência escolar de no mínimo 85% (oitenta e cinco por cento) da
carga horária mensal do ano letivo;
III – informar imediatamente à escola, quando da impossibilidade de compareci-
mento do aluno à aula, apresentando, se existente, a devida justificativa da falta.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
57
Art. 13 Para efeito de cumprimento do estabelecido nesta Portaria o Distrito Federal
equipara-se aos Municípios.
TARSO GENRO
Ministro de Estado da Educação
PATRUS ANANIAS
Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
ANEXO II
PORTARIA INTERMINISTERIAL MS/MDS N° 2.509,
DE 18 DE NOVEMBRO DE 2004
(Publicada no DOU n° 223, em 22 de novembro de 2004)
58 PROGRAMA
Bolsa Família
Considerando que a desnutrição que prevalece no país atinge, preponderantemen-
te, as crianças de famílias pobres, em localidades de baixo desenvolvimento social e
humano, refletindo-se em altas taxas de mortalidade infantil, cuja reversão requer a
garantia de atenção à saúde, numa abordagem familiar; e
Manual de Gestão
de Condicionalidades
59
Art. 3° Compete às Secretarias Estaduais de Saúde no Programa Bolsa Família:
I – indicar um responsável técnico – profissional de saúde – para coordenar o acom-
panhamento das famílias Programa Bolsa Família, no âmbito da saúde, sendo reco-
mendado, preferencialmente, um nutricionista;
II – participar da instância de gestão intersetorial do Programa Bolsa Família previs-
ta no art. 13 do Decreto n° 5.209, de 2004, no âmbito estadual;
III – divulgar as normas sobre o acompanhamento das famílias pelo setor público
de saúde aos municípios, em conformidade com as diretrizes técnicas e operacionais
do Ministério da Saúde;
IV – apoiar, tecnicamente, os municípios na implantação da Vigilância Alimentar e
Nutricional, com vistas ao acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família;
V – apoiar tecnicamente os municípios na implementação das ações básicas de
saúde previstas nos artigos 1° e 6° desta Portaria;
VI – coordenar e supervisionar, em âmbito estadual, a implantação da Vigilância Ali-
mentar e Nutricional, com vistas ao acompanhamento das famílias do Programa Bolsa
Família;
VII – analisar os dados consolidados de acompanhamento das famílias do Progra-
ma Bolsa Família, gerados pelos municípios, visando constituir diagnóstico para subsi-
diar a política estadual de saúde e de segurança alimentar e nutricional.
60 PROGRAMA
Bolsa Família
I – realizar a articulação intersetorial, promover o apoio institucional e supervisio-
nar as ações governamentais para o cumprimento das condicionalidades do Programa
Bolsa Família;
II – apoiar a descentralização do acompanhamento das condicionalidades da saúde
das famílias do Programa Bolsa Família, em conformidade com as diretrizes e princí-
pios do Sistema Único de Saúde;
III – disciplinar e proceder aos encaminhamentos necessários à repercussão finan-
ceira na folha de pagamentos do Programa Bolsa Família, quando do não cumprimento
pelas famílias da agenda de saúde prevista no artigo 6° desta Portaria;
IV – capacitar, em articulação com o Ministério da Saúde, os responsáveis técnicos
e gestores estaduais e municipais, no âmbito da saúde, sobre a gestão do Programa
Bolsa Família;
V – disponibilizar periodicamente a base do Cadastro Único atualizada ao Ministério
da Saúde.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
61
n° 2.206, de 10 de agosto de 2001, para as famílias inscritas no Programa Alimentação
será regido pelos termos desta Portaria.
HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde
PATRUS ANANIAS
Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
ANEXO III
PORTARIA GM/MDS N° 551,
DE 9 DE NOVEMBRO DE 2005
(Publicada no DOU n° 217, de 11 de novembro de 2005)
CONSIDERANDO:
Que o Programa Bolsa Família – PBF, criado pela Lei n° 10.836, de 9 de janeiro
de 2004, e regulamentado pelo Decreto n° 5.209, de 17 de setembro de 2004, tem por
objetivos a inclusão social das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, por
meio da transferência de renda vinculada a condicionalidades, o desenvolvimento das
famílias em situação de vulnerabilidade sócio-econômica, e a promoção do acesso aos
direitos sociais básicos de saúde e de educação;
Que as condicionalidades são contrapartidas sociais que devem ser cumpridas pelo
núcleo familiar para que possa receber o benefício mensal;
62 PROGRAMA
Bolsa Família
a melhoria das condições de vida da população beneficiária e propiciar as condições
mínimas necessárias para sua inclusão social sustentável;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
Manual de Gestão
de Condicionalidades
63
da carga horária escolar mensal de crianças ou adolescentes de 6 a 15 (seis a quinze)
anos de idade que componham as famílias beneficiárias, matriculados em estabeleci-
mentos de ensino; e
II – na área de saúde, o cumprimento da agenda de saúde e nutrição para famílias
beneficiárias que tenham em sua composição gestantes, nutrizes ou crianças menores
de 7 anos.
CAPÍTULO II
64 PROGRAMA
Bolsa Família
Art. 6° Os dados consolidados de descumprimento das condicionalidades de edu-
cação e saúde, no âmbito das famílias beneficiárias do PBF, serão disponibilizados
aos Estados, Distrito Federal e Municípios, aos órgãos de controle social formalmente
constituídos e ao MEC e MS.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
65
adesão do município ao PBF, disciplinado por meio da Portaria n° 246, de 20 de maio
de 2005.
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Das Sanções
66 PROGRAMA
Bolsa Família
qualquer registro da espécie tratada no parágrafo anterior deste artigo.
§ 3° Não haverá registro, para efeito da aplicação de sanções, quando o descum-
primento de condicionalidade for devidamente justificado pelo município, estando de
acordo o MEC e o MS.
§ 4° As datas para transmissão e recebimento de informações relativas aos perío-
dos de acompanhamento respeitarão os calendários estabelecidos pelo MDS, de forma
conjunta com o MEC e o MS, observado o prazo necessário para a geração da folha
de pagamentos do PBF.
Art. 18 A aplicação das sanções previstas no art. 14 desta Portaria deverá ser acom-
panhada de notificação por escrito ao responsável legal, a ser realizada pelo município,
conforme o modelo padrão constante do Anexo I.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
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§ 1° No primeiro registro de inadimplência quanto às obrigações previstas no art. 3°
desta Portaria, a família será notificada por escrito nos termos do caput, em caráter pre-
ventivo, sem que ocorra a aplicação das sanções a que se refere o art. 14, I, II e III.
§ 2° A notificação de que trata o § 1° não gerará efeitos sobre o valor do benefício a
ser recebido pela família beneficiária do programa.
Art. 19 As sanções previstas nesta Portaria poderão ser revistas mediante recurso
do responsável legal, conforme o modelo padrão contido no Anexo II, a ser apresentado
pelo responsável legal ao Gestor Municipal do PBF no prazo de 30 (trinta) dias, conta-
dos a partir da data de recebimento, pela família, da notificação prevista no art. 18.
§ 1° O Gestor Municipal do PBF disporá de 30 (trinta) dias para deliberar e comuni-
car a decisão ao requerente.
§ 2° Ao receber o recurso previsto no § 1°, o Gestor Municipal do PBF enviará cópia
do expediente à instância local de controle social do PBF.
Art. 20 Não haverá aplicação de qualquer sanção para as famílias que não cumpri-
rem as condicionalidades do PBF, caso fique demonstrada a oferta irregular ou inade-
quada do respectivo serviço ou por força maior ou caso fortuito.
§ 1° Nos casos previstos no caput, caberá à esfera administrativa responsável pelo
serviço de que trata o caput demonstrar sua oferta regular e adequada.
§ 2° A força maior e o caso fortuito devem ser reconhecidos pelo município.
68 PROGRAMA
Bolsa Família
CAPÍTULO V
Art. 26 Para os efeitos desta portaria, o Distrito Federal, no que couber, é equipara-
do aos municípios.
Manual de Gestão
de Condicionalidades
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