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Escola Secundária Geral de Namacata

Falácias e Paradoxos

Classe: 12ª

Grupo: A

Turma:A Docente: Hermenigildo Da Costa

Discente: Ducha Arabe

Nicoadala

2018
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Índice

1.0.Introdução ............................................................................................................................. 3

1.2. Origem etimológica ............................................................................................................. 4

1.3. Equívoco falácia da equivocação ......................................................................................... 4

1.4. Anfibologia .......................................................................................................................... 5

1.5. Falácia de analogia .............................................................................................................. 5

1.6. Falácia da conversão ............................................................................................................ 5

1.7. Falácia da oposição .............................................................................................................. 5

1.8. Lógica proposicional ........................................................................................................... 8

1.9. Proposições simples e compostas ........................................................................................ 8

1.0.1. As conectivas logicas ou operadores lógicos ................................................................. 8

1.0.2.Tabelas de verdade ........................................................................................................... 9


1.0.3. Operações logicas sobre as proposições ....................................................................... 10
1.0.4. A Negação(~ou¬) ......................................................................................................... 10
1.0.5. A Conjunção(^ou& ou) ................................................................................................ 11

1.0.6.A disjunção (v) ................................................................................................................ 11

1.0.7. Disjunção inclusiva ...................................................................................................... 11


1.0.8. Disjunção exclusiva (v~ ou vv) .................................................................................... 12
1.0.9. Condicional ou implicação ........................................................................................... 12

1.1.0.Bicondicional ou equivalência......................................................................................... 13

1.1.1. Resolução de exercícios................................................................................................. 13

Conclusão………….. ............................................................................................................... 14

Bibliografia ............................................................................................................................... 15
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1.0 Introdução

O trabalho vai debruçar-se em torno de Falácia que é definido como sendo um


argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa
de provar eficazmente o que alega. E lógica proposicional que visa testar a validade de
argumentos para garantir a coerência do discurso.

Neste sentido o trabalho faz menção de forma especifica sobre o tipos de falácias e os
tipos de lógicas de proposições visando levar ao leitor a melhor compreensão do assunto
sobre a classificação das falácias e os tipos de lógicas proposicionais.
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1.2. Origem etimológica

O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por
falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma
falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho
na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à
persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem
falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

As falácias que são cometidas involuntariamente designam-se por paralogismos e as que


são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão designam-se por sofismas.

É importante observar que o simples fato de alguém cometer uma falácia não invalida
toda a sua argumentação. Ninguém pode dizer: "Li um livro de Rousseau, mas ele
cometeu uma falácia, então todo o seu pensamento deve estar errado". A falácia invalida
imediatamente o argumento no qual ela ocorre, o que significa que só esse argumento
específico será descartado da argumentação, mas pode haver outros argumentos que
tenham sucesso. Por exemplo, se alguém diz:

"O fogo é quente e sei disso por dois motivos:

1. Ele é vermelho;
2. Medi sua temperatura com um termómetro".

1.3. Equívoco falácia da equivocação

Usar uma afirmação com significado diferente do que seria apropriado ao contexto.

Ex.: Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os humanos não matam


crianças.

Joga-se com os significados das palavras. A palavra "humanos" possui vários sentidos,
pode ser um tipo de primata (sentido biológico) ou uma boa pessoa (sentido moral), mas
a falácia usa a palavra sem considerar a diferença de sentido.
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1.4. Anfibologia

Ocorre quando as premissas usadas no argumento são ambíguas devido a sua má


elaboração sintáctica.

1. Venceu o Brasil a Argentina.


2. Ele levou o pai ao médico em seu carro.

1. Quem venceu? 2. No carro de quem?

Nesse caso, toda a frase possui sentidos diversos a depender do contexto.

1.5. Falácia de analogia

De uma semelhança parcial conclui-se uma semelhança total; em outras situações, duas
coisas dissimiles ou sem relação são comparadas.

Exs.: Marte, tal como a Terra, é um planeta; ora, esta é habitada; portanto Marte
também o é. Os empregados são como pregos: temos que martelar a cabeça para que
cumpram suas funções.

1.6. Falácia da conversão

1. O mendigo pede.
2. Logo, quem pede é mendigo.

Não respeita as leis da oposição. Pode-se imaginar o conjunto mendigos dentro do


conjunto pedintes, mas pode haver pessoas dentro do conjunto pedintes que não fazem
parte do conjunto mendigos. Além disso, a negação de que todo mendigo pede é que
algum mendigo não pede.

1.7. Falácia da oposição

1. É falso que todo homem é sábio.


2. Nenhum homem é sábio.
3. Não respeita as leis da oposição. A conclusão pretende ser a negação da
premissa, portanto a sentença certa é "Algum homem não é sábio".
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OBS: Algum é a negação (oposição, contrário) tanto de todo como de nenhum.

Falácia do acidental: Acontece quando tomamos o que é acidental pelo que é


essencial e vice-versa. é uma generalização abusiva.

Ex: Esta aparelhagem não funciona logo a técnica é uma farsa.

Falácia da ignorância da causa: Ocorre quando tomamos por causa um simples


antecedente ou qualquer circunstancia acidental

Ex: Depois das cheias no rio Save ouve epidemias .

logo as cheias do rio Save são causadoras de epidemias.

Falácia do circulo vicioso: Acontece quando se pretende resolver uma questão com a
própria questão ou seja quando se supõe acordado ou provado precisamente oque esta
em questão; apresenta-se como uma premissa o que só se justifica como conclusão

Ex: Oque é a logica? é a ciência do que é logico.

Remédio cura, porque tem a virtude curativa.

Dicotomia: Também conhecida como falácia do branco e preto ou do falso dilema.


Ocorre quando alguém apresenta uma situação com apenas duas alternativas, quando de
fato outras alternativas existem ou podem existir.

Ex.: Se o sapato não é preto, ele é branco.

O sapato não é preto. Logo, ele é branco.

Argumentum ad populum apelo à popularidade: Também chamado apelo ao povo.


É a tentativa de ganhar a causa por apelar a uma grande quantidade de pessoas. Por
vezes é chamada de apelo à emoção, pois os apelos emocionais tentam atingir toda a
população.

Ex.: Inúmeras pessoas acreditam em Deus, portanto Deus existe.


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Apelo à Piedade ( Argumentum ad Misericordiam). Faz-se apelo à misericórdia do


auditório de forma a que a conclusão seja aceite.

Ex: a) Sr. Juiz não me prenda, porque se o fizer os meus filhos ficam desamparados.

b) Não torne o seu filho infeliz, adquira-lhe já um televisor panorâmico!

Argumentum ad hominem-Ataque pessoal: Em vez de o argumentador provar a


falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.

Ex.: Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo.

O argumento está errado porque foi dito por um "canalha".

Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância): Tentar provar algo a partir da


ignorância quanto à sua validade. Só porque não se sabe se algo é verdadeiro, não quer
dizer que seja falso, e vice-versa.

Ex.: Ninguém conseguiu provar que Deus existe, logo ele não existe.

Ex.: Ninguém conseguiu provar que Deus não existe, logo ele existe.

Apelo à Força ( Argumentum ad Baculum). Pressão psicológica sobre o auditório. Os


argumentos são substituídos por ameaças de punições.

Ex: a) As minhas ideias são verdadeiras, quem não as seguir será castigado.

b) Ou te calas ou não de dou dinheiro para ires ao cinema!

c) A força faz a lei.

Falácia da composição: É o fato de concluir que uma propriedade das partes deve ser
aplicada ao todo.

Exemplo:

Todas as peças deste caminhão são leves; logo, o caminhão é leve.


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1.8. Lógica proposicional

A lógica silogística aristotélica apenas permite analisar a validade de argumentos com


proposições universais e particulares que estejam dispostas em forma de silogismo. Mas
isso é muito limitador uma vez que a grande maioria dos argumentos assenta em
operadores proposicionais, como os seguintes: “se… então” (condicional), “se e
somente se” (bicondicional), “ou” (disjunção), “e” (conjunção), “não” (negação). Ora,
para testar a validade de argumentos com este tipo de operadores precisamos da lógica
proposicional clássica.
1.9. Proposições simples e compostas

As proposições são frases do tipo declarativas as quais se associam os valores lógicos


verdadeiro ou falso e podem ser de dois tipos as simples ou atómicas e as complexas ou
moleculares.

Simples ou atómicas: Quando se trata de proposições que não se podem decompor


noutras proposições, dai que o seu valor logico dependa unicamente do confronto com
os factos que enunciam.

Ex: Os Moçambicanos são africanos

Complexas ou moleculares: Quando se trata de proposições decomponíveis noutras


proposições consideradas mais simples, ou seja proposições simples que, ligadas por
partículas que se chamam de conectores formam uma só proposição complexa. ex
Lurdes Mutola foi campeã olímpica dos 800m ou cantora dançarina.

Esta preposição é composta pelas seguintes proposições simples:

Lurdes Mutola foi campeã olímpica dos 800 m.

Lurdes Mutola foi cantora.

Lurdes Mutola foi dançarina.

1.0.2. As conectivas logicas ou operadores lógicos

As conectivas ou operadores lógicos são partículas que designam as diferentes


operações logicas. a semelhança da aritmética elementar, em que os símbolos são (-),
(+), (x) e(/ ) designam diferentes operações aritméticas, isto é, operações sobre
números, as partículas (e), (ou), (se … então …), e outras designam diferentes
operações sobre valores de verdade.
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Operação logica Expressão Símbolo


verdadeira

Negação Não ~

Conjunção E Λ

Disjunção Ou V

Condicional Se… então → ou =>

Bicondicional Se e só se ↔ ou <=>

1.0.2.Tabelas de verdade
As operações lógicas que se realizam com as conectivas são apresentadas sob a forma
de tabelas de verdade, onde é exequível combinar todos os valores de verdade possíveis
das proposições conectivas. Dado que estamos perante a logica bivalente, isto é logica
que admite dois valores de verdade, verdadeiro ou falso, concluímos que são quatro os
casos possíveis.
Consideremos a conjunção das seguintes proposições:
Khatija estuda e Mataka joga futebol.

Casos Proposições possíveis Proposição


possíveis composta(conjuntiva)
Khatija estuda Mataka joga Khatija estuda e Mataka joga
futebol futebol.
1º caso Verdadeira Verdadeira Verdadeira
2º caso Verdadeiro Falsa Falsa
3º caso Falsa Verdadeira Falsa
Falsa Falsa Falsa
Os quatro casos logicamente possíveis Valor de verdade para cada caso
possível
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De acordo com MURCHO, (2003:75) apresenta em resumo, uma tabela de verdade


completa:

pΛq pVq pVq p→q p↔q

p q (exclusiva) (inclusiva)
V V V F V V V

V F F V V F F

F V F V V V F

F F F F F V V

1.0.6. Operações logicas sobre as proposições


A lógica propositiva é classificada em: lógica de negação, conjunção, disjunção,
condicional e bicondicional segundo DANIEL, (2014), que em seguida apresenta a
descrição de cada logica.

1.0.7. A Negação(~ou¬)

Chama-se negação a qualquer proposição tipo «não P»

Eis a tabela da verdade:

P ¬P
V F
F V
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1.0.8. A Conjunção(^ou& ou)

A conjunção corresponde a proposições cujo conector verofuncional é o «e»

Assim temos um exemplo: «Manuel de Arriaga está apaixonado» e «Manuel de Arriaga


é rico»

Eis a tabela da verdade:

P Q P ^
Q
V V V
V F F
F. .V F
F.. F F

1.0.6.A disjunção (v)

Uma tabela da verdade é uma disposição gráfica que permite exibir as condições de
verdade de uma forma proposicional dada.

Assim, segundo a proposição «O professor vai ganhar a lotaria ou os alunos vão


ganhar» pode ser traduzida por uma tabela da verdade da seguinte maneira:

P Q P v Q
V V V
V F V
F. .V V
F.. F F
1.0.10. Disjunção inclusiva
Na linguagem comum, identifica-se com a expressão (e ou) e é representada pelo
símbolo (v) no sentido inclusivo.
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A disjunção inclusiva é falsa quando as duas proposições que a compõem são falsas,
basta que uma das proposições simples seja verdadeira para que a disjunção inclusiva
seja verdadeira.
Estão evidenciadas as condições de verdade de uma disjunção inclusiva, caso os dois
ganhem.
1.0.11. Disjunção exclusiva (v~ ou vv)

A disjunção é exclusiva quando as preposições simples que a compõem se excluem


mutuamente, ou seja, quando verdade de uma implica necessariamente a falsidade de
outra. A proposição pvvq é verdadeira se p e q tiverem valores distintos e é falsa nos
outros casos, isto é, só poderá ser verdadeira se e só se uma das proposições for
verdadeira e a outra falsa será falsa caso as proposições simples sejam ambas
verdadeiras ou falsas.
Contudo, se usasse a minha disjunção de modo exclusivo, caso o professor ganhasse de
forma exclusiva, a tabela já seria diferente:

P Q P
v Q
V V F
V F V
F. .V V
F.. F F

1.0.12. Condicional ou implicação

Chama-se condicional a qualquer argumento com a forma «se P, então Q»

Por exemplo: «se a relva é verde, então tem clorofila».


P Q P=>Q
V V V
V F F
F. .V V
F.. F V
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Uma condicional é falsa quando a antecedente é V e a consequente é F


É fácil colocar um F na segunda linha. Se a relva é verde e não tiver clorofila, então é
falsa a condicional.

Nos meios lógicos, a condicional é bastante questionada quanto à sua vero


funcionalidade. Os estóicos consideram que a condicional é vero funcional porque, ao
construirmos uma proposição tipo «se, então» estou a sugerir uma conexão mas não
afirmo efectivamente a existência de tal conexão.
Um argumento deste tipo pode ser enganador mas não é falso.

1.1.0.Bicondicional ou equivalência

P se, e só se, Q

Ex: Um argumento dedutivo é válido se, e só se, for impossível as premissas serem
verdadeira e a conclusão falsa.
João terminará a horas o seu trabalho se, e só se, os amigos o ajudarem
P Q P<=>Q
V V V
V F F
F. .V F
F.. F V

1.1.1. Resolução de exercícios

1B 5C 9D 13D

2A 6D 10B 14 C e D

3B 7A 11C 15 C e D

4A 8D 12B
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Conclusão

Falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho


na tentativa de provar eficazmente o que alega. Para testar a validade de argumentos
com este tipo de operadores: “se… então” (condicional), “se e somente se”
(bicondicional), “ou” (disjunção), “e” (conjunção), “não” (negação), precisamos da
lógica proposicional clássica.

O trabalho acima debruçou-se em torno de falácias e sua tipologia, e as diferentes


lógicas das proposições levando a seguinte conclusão que a lógica das proposições é de
tamanha importância na coerência de conclusão de premissas de um discurso e
silogismo.
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Bibliografia

DANIEL, António. http:filosofianamadeiratorres.blogspot.com/2014/09/. Logica-


proposicional. Consultado em 16 de abril de 2018.

HTTP://www.defnarede.com. Falácias Dicionário escolar de filosofia. Def. na Rede.


Consultado em 17 de abril de 2018.

MURCHO, Desidério, O lugar da lógica na filosofia, Plátano, 2003.

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