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15.05.11
na última aula que uma das principais características dos princípios seria
valorativos, são valores que devem ser alcançados, devem ser buscados. Os
valores estabelecem um ponto ideal, os valores têm a ver com o bem ou com
a justiça.
mediação concretizadora.
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caminho.
concretamente.
concretos. Então, para isso existem várias Leis que mediam esse princípio,
Lei ou a política pública que estabelece essa medida, essa eu vou chamar de
mediação concretizadora.
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a mesma coisa.
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princípio por ser válido, pode ser aplicado de diversas formas pelo juiz
casuísmo.
ditadura do juiz.
haja Lei.
Lei? É aquilo que nós vemos no art. 5º, inciso II, ninguém será obrigado a
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aplicador, sem que haja Lei mediando a concretização desse princípio, pode
prática do nepotismo.
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que, com essa aplicação direta aqui, sem que haja Lei.
desses princípios pelo juiz, pode se determinar que no Estado, e aí, nos Três
concretizadora.
ser concretizado.
princípio.
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concretize o princípio.
Mas, por outro lado se, eu entender que o princípio só pode ser
relacionadas à questão dos quilombolas. Então, grave isso. Eu não vou falar
dos quilombolas agora, porque tem uma ADI relacionada a isso e, eu vou
as regras, então, eu posso dizer que elas tem aplicação tudo ou nada.
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a seguinte situação. O indivíduo matou uma pessoa. Tem uma regra, matar
legítima defesa. Então, tem a regra da legítima defesa que, exclui a regra
do homicídio.
aplicadas no caso. Eu analiso o caso e vejo qual das duas regras é aplicável.
Uma regra válida e se aplica, outra regra é inválida e não se aplica. Ou tudo
ou, nada.
exclusão de uma por outra, isso levanta alguns debates. Como por exemplo, a
de ride incaise em que, nesse caso, não há uma regra específica ou uma
sim, a combinação. Então, eu pego parte de uma regra, com parte de outra
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penais, no tempo.
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outro valor.
Ainda que ele supere esse problema, outro problema seria o seguinte.
jogo, ele vai sopesá-los, para verificar qual a maior dimensão de peso deve
aquele valor que para mim pode ter maior peso, para você pode não ter tanto
peso.
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contrário?
Vai para uma praia deserta com o namorado, em outro país. Vai para dentro
da água, se, é que teve relações sexuais ou não. Alguém pega aquilo ali e
correu esse risco. Agora, é razoável colocar isso na internet, para o mundo
todo ver, ainda que ela seja uma pessoa pública? Não seja razoável.
A meu ver não é razoável. Ainda que ela seja uma pessoa
pública, ela estava num lugar público. Mas, dentro daquele espaço, eu não
acho razoável que ela fosse esperar que, fosse divulgado para o mundo
dissociadas.
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dentro daquilo que eu, obviamente, entendo ter certo grau de subjetividade
problema da ponderação.
jogo, com a preponderância de certos valores em jogo, desde que, não haja
sacrifício total.
ao Supremo.
determinado grupo. Posso eu, limitar, restringir ou até mesmo impedir essa
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envolvente.
salvaguarda isso. E, que o Estado deveria, então, tomar medidas para evitar
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essa prática.
envolvente.
minoria, não.
outro debate que, eu vou comentar, também, que é o que os autores chamam
de constitucionalismo mono-cultural.
nós somos uma única cultura? Ou, dentro da realidade brasileira, nós somos
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determinados valores? Dizer que, a ponderação deve ser feita, sem que haja
total que, por vezes, na prática é o que ocorre, dizem o seguinte, o sacrifício
situações específicas, vai ter sacrifício sim. Então, teria uma diferença
a colisão dos princípios entre si. Agora, outra questão que se coloca aqui,
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deveria ser aplicada, já que os princípios são vagos. Se, a regra for
em que, por trás de toda regra existem certos princípios que a legitima.
que, na verdade, o princípio que legitima a regra está em conflito com outro
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inafiançável.
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Então, o cara está solto, corre o inquérito perante o STJ, e o STJ entende
Legislativa.
parlamentar.
a ação penal.
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constitucionais.
constitucionais.
ainda que a justiça intrínseca da decisão pareça ser evidente naquele caso
concreto.
Constituinte.
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vezes, chegam alguns mais ávidos, dar uma certa manipulação constitucional.
o que ele quer, e aí, cria o que a Constituição entendeu ser necessário para
legitimar a decisão que ele tomar. É diferente. Ele não constrói a decisão e,
chega à conclusão. Ele define o que ele quer e aí, constrói a base para aquilo.
consequência.
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irradiante, o que significa que toda ordem jurídica deve ser interpretada a
de fundamentação.
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Brasileira, e dizer que, o valor fonte que irradia para toda a Constituição e
para chegar naquele princípio que, é, na verdade, que funda todos os demais
manifestação, no seu voto, ele entende que, a união homoafetiva para todo
união homoafetiva deve ter seus direitos, concorda que os direitos devem
do Relator.
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ponto diferente.
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social.
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previsibilidade.
adota uma postura não objetiva, na enunciação das normas, com a finalidade
brasileira.
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E aí, ele coloca assim, ele chegou com essa norma, com o
seguinte, olha está muito boa, está muito bem redigida, mas está muito
clara. Faz um enunciado um pouco menos claro, para não ter problema na
hora de aprovar.
Ou seja, faz o texto normativo ser mais obscuro, porque aí, vai
ser mais fácil de aprovar. Olha que loucura. Enquanto que, se entende que o
direito, para ser aplicado pretende ter as suas regras ou as suas normas
obscura, faz com que ela na prática se torne pouco aplicável ou de difícil
aplicação.
no assunto.
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adquiridos.
atual, mas não tinham cumprido, portanto, não tinham direito adquirido.
indivíduo que estava próximo de obter o direito, mas não obteve ainda, é
criada uma regra intermediária, em que ele não tem direito adquirido, mas
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de transição.
e perceber que, por vezes, a busca pela justiça pode importar uma violação
prova, mesmo sendo cabal, é ilícita ou então, está contaminada. E aí, nesse
sentimento de justiça.
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justiça não queria aquela realidade social. Mas, no sistema normativo aquela
é a solução adequada.
e regras.
falei, algumas decisões que eu acho relevantes são atuais e, outras não são
tão atuais, mas mesmo assim eu acho relevante extrair alguns pontos.
plano do direito constitucional. É óbvio que essa decisão é uma decisão que,
afeta outros planos, especialmente, o direito civil. Eu não quero fazer uma
se, a pesquisa com célula tronco embrionária gera uma violação da vida ou
não.
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sendo início da vida, a pesquisa com célula tronco embrionária viola a vida.
com célula tronco embrionária não viola a vida, então, ela é plenamente
possível.
que eu estou dando agora, de quando começa a vida, qual é? É que nem a
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que, não é uma controvérsia jurídica, é uma controvérsia científica se, a vida
último cientista, também? Não. Então, o Supremo tem que definir de forma
buscar uma posição conciliadora que, vai afastar um pouco, vai tangenciar
planejamento familiar significa não apenas, o direito de não ter filho, não
constitucional.
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ter filho e, você pode se valer de métodos indutivos para ter filhos, dentre
embrionária para fins de reprodução humana, para gerar a vida em si, ela se
tornar ainda útil, para a pesquisa, mas é inútil para a reprodução humana.
determina é que, passados três anos e, desde que haja autorização das
pessoas envolvidas. Passados três anos, então, aquela célula que não é mais
útil para reprodução humana, então, nesse caso se poderia utilizá-la para a
pesquisa.
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para a gravidez.
vida.
eterno violaria a vida; descartar violaria a vida; ou, usar para pesquisa
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também, não poderia obrigar a mulher a ter uma ninhada. Então, o resultado
soluções possíveis, a melhor solução, aquela que promove melhor a vida seria
a pesquisa. Porque com aquele material você salvaria outras vidas humanas.
fecha e coloca uma sinuca de bico. Porque ele diz, ou você impede a
fertilização in vitro ou você obriga a ter uma ninhada, nos dois casos está
violando a Constituição.
que não significa que o direito não proteja o estado intra-uterino, porque o
direito protege.
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aqui, em determinado nível, o feto que, seria o nível mais avançado, o último
nível antes do nascimento com vida; num estágio anterior, o embrião; e, num
a criança que nasceu com vida, é plena. A proteção sobre o feto existe, mas
ela ser considerada vida ou não, ela vai ter uma certa proteção, mas,
obviamente, muito mais restrita do que a proteção que existe sobre o feto
proteção que se deve dar ao feto e acriança que nasceu com vida. São
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anencéfalo.
maioria dos casos, a gravidez não chega ao final. Nos casos em que a
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menina é Marcela de Jesus. Ela conseguiu chegar até um ano e oito meses. E
a medicina coloca que, na verdade, esse caso foi um caso de feto anencéfalo
geral e periféricos.
algumas horas. No caso dessa menina, foi outra má formação, também, fatal,
Por isso que essa menina teria chegado até um ano e oito
meses. Então, ela não poderia servir como referência, nesse caso.
desmedido.
sofrimento desproporcional.
brasileiro não se ignora o fato de que, uma gravidez que imponha a mulher
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sofrimento desmedido.
inviável.
quando em 1.940 faz o Código Penal, ele só prevê essas duas hipóteses,
hoje, iria legitimar essa gravidez. No mesmo caso. Não reconheceu a época,
porque a época não tinha o contexto tecnológico que nós temos hoje.
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acepção psicológica.
formação, gera alguns riscos para a saúde biológica, mas também, gera risco
mais complicada.
não poderia ser obrigada ou, não poderia haver imposição sobre o corpo da
mulher de como ela deva agir, quando essa gravidez fosse indesejada pela
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nesse caso, mas em qualquer tipo de gravidez. Por isso que eu falei que, essa
qualquer situação.
ver obrigada a conduzir uma gravidez até o final, porque isso violaria a sua
fundamental.
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uma argumentação fora que, vai prejudicar ou não, o debate. É óbvio que ela
vai expondo a tese e vai debatendo, até que num determinado momento,
contexto democrático.
Agora, de certa forma, se, de um lado ela coloca essa tese que
aqui, para defender uma tese. Nesse caso, eu acho que ter colocado essa
tese, nesse contexto pode ter prejudicado o debate. Não vai prejudicar
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problemático.
feto.
quero, ou que o Estado quer ou, que os pais querem ou, que a coletividade
eugênico.
feita, para diferenciar as duas coisas. O aborto eugênico, por causa até da
a idéia de uma raça pura, e aí, o racismo talvez, seja o maior ícone desse
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melhores. Então, rejeita o feto com má formação ou o feto que não tem as
ter um. A mulher fez gestação assistida, e nesse caso, a mulher se viu
Eles queriam um, mas aceitavam ter dois. E aí, a mulher estava
hora de sair da maternidade, falaram não, nós queremos essa e essa, aquela
agora, parece que ele autorizou o contato diário, mas as crianças vão ficar
na casa dos tios maternos. Não deixou as crianças com os pais. Nenhuma
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a ADI 4277. Essa ADI3277, na verdade, foi proposta como ADPF e aí, ela
discutido.
objeto da ADI. Porque a Lei da ADPF pode ser atacada contra ato do Poder
do Poder Público.
pode ser caracterizado como Ato Normativo Federal e, pode ser objeto de
ADI. Por isso que a Lei da ADPF que, é a Lei 9.882/99, no seu art. 4º,
subsidiariedade da ADPF.
e, na própria ADPF houve o pedido se, o Supremo entendesse que não fosse
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seria ADPF.
enquadra como ADI, porque o objeto seria de ADI e, portanto, não cabível a
ADPF e, a outra convertida como ADPF. Porque a outra que foi convertida
Janeiro, relacionada a uma Lei anterior a 88. No caso, como não cabe ADI
contra Lei anterior a 88, a Constituição de 88, só ADPF, então, ela foi
convertida em ADPF.
das ações. Como as duas ações, o objeto de uma está englobado no objeto da
Isso vale não apenas, para ADI e ADPF, mas vale para qualquer
jurídica, várias ADIS sobre a mesma jurídica, vários REs sobre a mesma
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foi o caso aqui, porque como foi proposta, primeiro uma ADPF e, depois a
outra ADPF, por prevenção foi o mesmo relator que é o Ayres Brito.
Intervalo.
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