Você está na página 1de 2

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE


SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR.
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

ALERTA
Epidemiológico ALERTA SARAMPO

O Sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa e muito comum na infância,


podendo evoluir com complicações graves, incluindo encefalite, pneumonia e morte. A
transmissão da doença ocorre diretamente de pessoa a pessoa, através de gotículas do nariz,
boca ou garganta de pessoas infectadas pelo vírus.
Devido às sucessivas ações de imunização contra o sarampo, sua transmissão endêmica foi
interrompida no Brasil no ano 2000 graças ao Plano de Erradicação do Sarampo que foi adotado
por toda América em 1994. Entretanto, o sarampo continua a ocorrer em outras regiões do
mundo, como na Europa. De janeiro de 2017 a janeiro de 2018, seis países da Região das
Américas relataram casos confirmados de sarampo: Antígua e Barbuda (1 caso), Argentina (3
casos), Canadá (45 casos), Guatemala (1 caso) Estados Unidos (120 casos) e a República
Bolivariana da Venezuela (952 casos). Os viajantes internacionais que se deslocam a estas
regiões poderão ser importantes atores na dispersão da doença.
No último dia 13 de fevereiro foi notificado um caso de sarampo pela Secretaria Municipal de
Roraima -RR em uma criança de nacionalidade venezuelana, que estava morando em uma praça
no centro da capital com sua mãe. Atualmente ela se encontra internada em um hospital de Boa
Vista-RR. - mãe e filha estão isoladas. A situação vacinal da criança é desconhecida e a menina
apresenta-se desnutrida. Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica do município, o vírus
está circulando na região uma vez que a criança adoecida já estava em Boa Vista quando foi
infectada. Desde dezembro do ano passado há um surto de sarampo na Venezuela, o que fez
com que a região ficasse em estado de alerta para casos provenientes do país vizinho.
Segundo o Ministério da Saúde foi realizada apenas uma coleta de amostra para realização
de pesquisa viral do caso onde o resultado revelou-se como reagente para o sarampo. No
entanto, deve ser coletada uma segunda amostra e se o resultado for também reagente, só
assim, o caso poderá ser confirmado.
Considerando que:
 O vírus do sarampo(assim como o vírus da rubéola e da caxumba), circula em nosso
continente;
 A doença nestes países tem relação com a chegada de viajantes internacionais de
áreas afetadas;
 A vacina é segura e eficaz na prevenção da doença.
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR.
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A ÚNICA FORMA DE SE PREVENIR CONTRA O SARAMPO É A


VACINAÇÃO!

A vacina tríplice viral se encontra disponível em todas as unidades de saúde do Estado e


protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.

Faixa-etária e número de doses necessárias de vacina tríplice viral/tetraviral ⁱ

Faixa-etária Número de doses


12 meses 01 dose
15 meses ⁱ 02 doses
02 a 29 anos 02 doses
30 a 49 anos 01 dose
(i) Aos 15 meses a segunda dose é completada pela vacina tetraviral (contra Sarampo, caxumba e rubéola)
(ii) Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2018/janeiro/30/calendario-vacinal-2018.jpg

Os profissionais de saúde tanto da rede pública quanto da privada devem estar alertas à
possibilidade de importação do vírus do sarampo.
O monitoramento das doenças exantemáticas e a confirmação laboratorial de todo caso
suspeito são de extrema importância. Assim que houver a suspeita de sarampo (de acordo com a
definição de caso no Guia de Vigilância em Saúde), deve-se imediatamente notificar a Vigilância
Epidemiológica do município e do Estado. Assim, devem ser desencadeadas as medidas de
prevenção e controle como vacinação de rotina, vacinação de bloqueio, busca ativa de casos, no
intuito de evitar a reintrodução do vírus do sarampo no país.

ALERTA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

O sarampo e a rubéola são doenças de notificação compulsória e imediata (24h) à Vigilância


Municipal e/ou Estadual. As orientações e diretrizes para a notificação, investigação, diagnóstico e
deflagração de medidas de controle estão disponíveis no Guia de Vigilância em Saúde – 2017
disponível no link http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/outubro/06/Volume-Unico-
2017.pdf. Os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros) devem ter duas
doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.

Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 2018.

Documento elaborado pela Equipe Técnica da DVE/SVEAST/SUB.VPS/SES-MG.

Você também pode gostar