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Curso de Medicina Veterinária Artigo de Revisão

TÓPICOS DE HISTOLOGIA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO


(HYSTOLOGY TOPICS OF THE IMMUNOLOGICAL SYSTEM)

Dorine Martins¹, Izabel Cristina Araújo¹, Luiza Andrade Santos¹, Rômulo S. A. Eloi²
1 Aluna do curso de Medicina Veterinária
2 Professor Mestre do Curso de Medicina Veterinária
Resumo: O organismo possui uma serie de estruturas de proteção, como órgãos, tecidos e células, que
estabelecem uma defesa fisiológica contra agentes externos perigosos. O presente trabalho é uma revisão
da literatura, existente até o momento, sobre o sistema imunológico e seu desenvolvimento, funcionalidade e
diferenças. A finalidade é uma junção das informações para a ampliação dos conhecimentos sobre o assunto.
Palavras-chave: histologia; sistema imunológico; órgãos linfoides

Abstract: The organism has a series of protective structures, like organs, tissues and cells, that have
established a physiological defense against dangerous external agentes. The present work é a review of the
literature, existing so far, on the immune system and its development, functionality and differences. The
purpose is a combination of information to expand knowledge on the subject.
Keywords: histology; immune system; lymphoid organs
Contato: izabel.araujo@souicesp.com.br

Introdução considerada órgão primário do sistema


A imunidade é a resposta coordenada de imunológico (ABBAS et al, 2008)
um organismo a qualquer microrganismo ou
macromolécula estranha. Essa resposta pode ser Anatomia: A medula óssea possui localização
Natural ou Adquirida (ABBAS et al., 2008). difusa, presente na cavidade medular e nos
Por imunidade natural caracterizam-se as espaços intersticiais do osso esponjoso (Figura 1).
reações iniciais do organismo e barreiras de Seu tecido é gelatinoso e muito irrigado, tem
proteção biológicas, químicas ou físicas, como as propriedades hematopoiéticas (produção de
superfícies epiteliais intactas internas e externas eritrócitos e leucócitos granulares) atuando tanto
que atuam como primeira defesa imediata (ABBAS no sistema ósseo como no sanguíneo e imune
et al 2008; HITELL et al.,2012). (DYCE et al., 2010).
Posteriormente atuam células da linhagem
linfoide de forma coordenada da imunidade
adquirida, que além de eliminarem patógenos
desenvolvem memória, para atuar novamente se
necessário a longo prazo (HITELL et al., 2012).
O funcionamento do sistema imunológico
é complexo e integrado a outros sistemas. É
composto por órgãos como Medula Óssea, Timo,
Baço, Bursa de Fabricius, Linfonodos e Nódulos
Linfoides. Graças a sua igualitária disposição e
organização dentro do organismo, o sistema
imune consegue exercer seu papel de forma
constante, intervindo de maneira eficiente quando
necessário (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).
Este trabalho consiste de uma revisão da
literatura com foco em aspectos histológicos de
algumas células do sistema imunológico como os
Leucócitos, e os Órgãos Primários e Secundários Figura 1 Fotomacrografia da medula óssea (ponta da seta) de
um osso de cachorro. Nota-se o aspecto gelatinoso do tecido.
que o integram. Fonte: Gunson et al. 2013.
Medula Óssea e Hematopoese
Em outubro de 1868, Ernst Neumann, Embriologia: Assim como o tecido ósseo, a
patologista alemão anunciava que a Medula Medula Óssea tem origem embrionária a partir de
Óssea Vermelha presente nos ossos de humanos células mesenquimais pluripotentes do
e coelhos era um tecido formador de sangue mesênquima embrionário (SCHOENWOLF et al.,
(NEUMANN, 1868). Propriedade pela qual é 2016; HYTTEL et al., 2012).
Em mamíferos a hematopoese tem início Células do Sistema Imunológico
no saco vitelino fora do embrião depois, em As células do Sistema Imunológico podem
aglomerados de células de hemangioblastos circular no organismo pelos vasos sanguíneos ou
(Ilhotas de Wolf) na região do mesênquima para- linfáticos denominados leucócitos, ou glóbulos
aórtico. Durante um período da gestação as brancos, ou podem atuar em tecidos específicos
células do sangue são formadas pelo fígado e até (ABBAS et al., 2008)
pelo baço (HARVEY, 2012). Essas células derivam da medula óssea
Em seres humanos, depois do (Figura 4) a partir de uma célula-tronco
desenvolvimento da clavícula, que ocorre a partir hematopoética pluripotente, que possuem
do segundo mês de vida intrauterina, se inicia a plasticidade para se diferenciar, e atuar de forma
formação da medula óssea vermelha e geral contra patógenos ou de forma altamente
hematopoese medular (SCHOENWOLF et al. específica, o que as torna eficazes na defesa do
2016; JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). organismo a curto e à longo prazo (ABBAS et al.,
Os locais de produção dessas importantes 2008; MONTEIRO et al., 2009).
células migram no desenvolvimento embrionário e
fetal ao passo que microambientes mais
adequados vão surgindo, e culminam na medula
óssea e órgãos linfoides no neonato (HARVEY,
2001).
Microscopia: A medula óssea vermelha é
composta de células e fibras reticulares de
colágeno tipo III e uma intrincada rede de
capilares, que culminam no sistema circulatório.
Pode apresentar coloração avermelhada ou
amarelada, de acordo o avanço da infiltração
lipídica (Figura 2) e atividade metabólica diminuem
com a idade (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).

Figura 4 Fotomicrografia de um esfregaço de aspirado da


medula óssea de um cavalo contendo diversas células do
sistema imune e adipócitos (seta). Fonte: Harvey, 2012.

Os leucócitos são incolores e


morfologicamente são classificadas como
granulócitos polimorfonucleares denominados
Neutrófilos, Eosinófilos e Basófilos e agranulócitos
mononucleares, os Linfócitos e Monócitos
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013)

Neutrófilos
Figura 2 Fotomicrografia da medula óssea, as setas indicam a Os neutrófilos são células esféricas com
medula óssea amarela e adipócitos dissolvidos durante a cerca de 12 a 15 µm de diâmetro e projeções
fixação. Fonte: Blue Histology, 2009. membranosas (ABBAS et al., 2008). São
leucócitos polimorfonucleares que atuam nas
fases inicias da resposta inflamatória identificando,
Para saber mais.. fagocitando e recrutando macrófagos (HARVEY,
2001).
Constituem a maior população celular do
sangue e migram para tecidos por diapedese.
Possuem núcleos condensados e segmentados
com três a cinco lóbulos conectados (Figura 4),
seu citoplasma possui diversos grânulos de
lisozima, colagenase e elastase que não se coram
A B facilmente com hematoxilina e eosina,
Figura 3 A- Coleta da medula de um cachorro. B- Placa de diferentemente dos Basófilos e Eosinófilos
petri com anticoagulante. Fonte: Harvey, 2012. (ABBAS et al, 2008).
O procedimento de coleta da medula óssea do Basófilos
úmero de um cão, após a tricotomia e assepsia Os Basófilos se apresentam em menor
da pele, por uma incisão com bisturi ocorre a número na circulação sanguínea e possuem vida
introdução de uma agulha com EDTA (Figura 3- curta. Também pertencem a linhagem
A) e aspiração do conteúdo que é colocado na granulocitária de células, responsáveis por reagir
placa de petri (Figura 3-B) contendo a inflamações liberando grandes grânulos de
anticoagulante para confecção de esfregaços histamina e heparina metacromática. Seu núcleo
(Harvey, 2012).
robusto possui formato de letra S (JUNQUEIRA & Os Linfócitos B são células capazes de produzir
CARNEIRO, 2013). imunoglobulinas quando se diferenciam em
Eosinófilos Plasmócitos. Seu desenvolvimento e maturação
Os Eosinófilos apresentam granulações ocorrem na Medula Óssea e compõem de 20 a
acidófilas de eosina de formato ovoide com núcleo 35% os Linfócitos circulantes (HARVEY, 2001).
característico bilobulado. Possuem organelas Os Plasmócitos possuem núcleo
pouco desenvolvidas e uma vida curta de sete dias característico e citoplasma abundante, com
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). retículo endoplasmático rugoso bem denso, por se
Monócitos e Macrófagos tratar do local onde os anticorpos são sintetizados.
Os monócitos pertencem a uma linhagem Possuem ainda um complexo de Golgi paralelo ao
mononuclear fagocitária de células granulares núcleo em que os anticorpos são envelopados e
(lisossomos pequenos e azulófiros) com secretados em vesículas (JUNQUEIRA &
citoplasma acinzentado desenvolvido, são CARNEIRO, 2013).
considerados os maiores Leucócitos circulantes Estas células estão presentes em locais
com cerca de 15 a 22 µm de diâmetro. Por possuir de resposta inflamatória, ao final migram para a
um núcleo ovoide excêntrico pouco denso de medula óssea onde permanecem em estado
cromatina em formato de rim, se distingue bem dos metabólico reduzido como Células de Memória
linfócitos. Quando atuantes nos tecidos, são (ABBAS et al, 2008)
atuantes denominados Macrófagos e Células Natural Killer (NK)
responsáveis por grande atividade fagocitária As células Natural Killer (NK) são
(ABBAS et al., 2008). relacionadas com linfócitos, ao reconhecer células
Células Dendríticas infectadas, estressadas ou carcinogênicas reagem
As células dendríticas possuem grandes secretando citocinas inflamatórias e levando a
projeções citoplasmáticas, eficazes na morte celular. Presentes de 5 a 20% no sangue e
internalização de partículas por pinocitose ou no baço, possuem grandes e numerosos grânulos
fagocitose. Quando presentes nos tecidos citoplasmáticos (ABBAS et al., 2008).
recebem nomes específicos e derivam dos
Mastócitos. São Células Apresentadoras de Para saber mais..
Antígenos - APCs - e imunoestimuladoras,
responsáveis por capturar e processar antígenos Citologia de Neutrófilos:Os netrófilos das
para Linfócitos Näives e T (ABBAS et al., 2008). espécies domésticas são morfologicamente
Linfócitos semelhantes (Figura 5). Apresentam cromatina do
Os Linfócitos são células da resposta núcleo condensada (manchas escuras agrupadas)
imunológica adquirida altamente específicas a em lobulos (se coram em azul e roxo). Os lobos
antígenos e capazes de desenvolver imunidade a nucleares podem estar unidos por filamentos finos
longo prazo através de células de memória e ou um simples estreitamento. Eventualmente em
imunoglobulinas (anticorpos). Com exceção dos neutrófilos de fêmeas pode-se indentificar o
Plasmócitos são indistintos morfologicamente Corpúsculo de Barr -cromatina sexual (Figura 5A).
(ABBAS et al., 2008). O citoplasma geralmente é incolor, mas pode-se
Linfócitos Näives corar levemente de rosa pálido (basofílico). Os
São linfócitos não expostos a antígenos, grânulos dos neutrófilos não se coram. (Harvey,
circulantes na corrente sanguínea. Chamados de 2001).
pequenos linfócitos presentes em esfregaços
sanguíneos também detectados em citrometria de
fluxo (detecção de fluorescência de células
individuais em determinada suspensão) (ABBAS
et al., 2008).
Tem de 8 a 10 µm de diâmetro com um
grande núcleo e presença de heterocromatina
densa, com citoplasma contendo algumas
organelas como mitocôndrias, ribossomos e A B
lisossomos e ausência de visibilidade de organelas B

especializadas). Possuem tempo de vida de 1 a 3


meses, caso não tenha contato com antígeno
(ABBAS et al., 2008).
Linfócitos T
Os Linfócitos T auxiliares, constituem uma
linhagem células efetoras que expressam
moléculas de superfície CD4+ ou CD8+ e podem
secretar citocinas que ativam Macrófagos ou
C D
Linfócitos B (ABBAS et al., 2008).
Linfócitos B e Plasmócitos Figura 5 Fotomicrografia de neutrófilos no sangue. A – Cadela
(seta corpúsculo de Barr), B- Cavalo, C- Vaca, D- Cão. Fonte:
Harvey, 2001
Curiosidades Fabricius onde os Linfócitos B maturam (ABBAS et
al., 2008).
E, são considerados Órgãos Linfoides
Mielomas: São tumores de plasmócitos também Secundários os tecidos onde as respostas dos
chamados de plasmocitomas. Eles se desenvolvem Linfócitos são iniciadas e as células são
quando um Linfócito B torna-se cancerígeno e armazenadas. Como os tecidos periféricos
produz clones de células tumorais secretoras de Linfonodos, o Baço e Nódulos Linfoide da mucosa
imunoglobulinas (TIZZARD, 2014). intestinal (ABBAS et al., 2008).

Timo
Embriologia: O retículo tímico é proveniente da
porção endodérmica ventral da terceira bolsa
faríngea, enquanto sua cápsula e seu tecido
conjuntivo que gera os septos se desenvolvem a
partida do mesênquima derivado da crista neural
do terceiro arco braquial circundado pelo primórdio
tímico. Ter o retículo ser formado por um epitélio é
exclusivo desse órgão e das tonsilas palatinas
(HYTTEL et al., 2012).
A porção ventral da terceira bolsa faríngea
é, em primeiro momento, oca, e de acordo com o
Figura 6 Fotomicrografia da medula óssea de um cão da raça desenvolvimento da bolsa ela se separa de suas
boxer com mieloma e proliferação severa e difusa de Plasmócitos ligações com a cavidade faríngea, constituindo
(seta). Fonte: Silva et al. 2008.
uma estrutura sólida composta por células
Quando o crescimento anormal de plasmócitos endodérmicas que se expandem ao migrarem de
acomete a medula óssea (Figura 6) e outros órgãos forma ventral e caudal (HYTTEL et al., 2012).
linfoides (Figura 7) no organismo é denominado Quando o coração migra para o interior da
Mioloma Múltiplo (KIERSZERNBAUM & TRES, cavidade torácica, partes do timo são puxadas de
2016) maneira caudal para a porção cranial do
mediastino (Figura 8). Então o estroma reticular
proveniente do endoderma do timo é invadido por
parênquima formada por precursores de linfócitos
T originados de células troncos hematopoiéticas e
outras células de origem mesodérmica (HYTTEL
et al., 2012)
Seu tempo de formação varia de acordo
com as espécies: em ruminantes o timo forma-se
por volta do dia 40 da gestação; em carnívoros por
volta do dia 30; em cavalos por volta do dia 60.
(HYTTEL et al., 2012).
O timo tem origem embriológica dupla,
diferente dos outros órgãos linfoides que se
Figura 7 Fotomicrografia de Linfonodo de um cão da raça Boxer originam da mesodérmica. Seus linfócitos se
adulto com metástase por mieloma. Fonte: SILVA et al. 2008 formam a partir de células mesenquimatosas, que
infiltram um esboço epitelial derivado do
Órgãos linfoides primários e secundários endoderma da terceira e da quarta bolsa faríngea.
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).
Para maximizar defesa e a eficiência do
sistema imunológico os linfócitos e as diversas
células desse sistema estão presentes na
circulação sanguínea e linfática, ou concentrados
em órgãos e tecidos específicos para onde os
antígenos podem ser transportados (ABBAS et al.,
2008).
Estes tecidos são classificados em Órgãos
Linfoides Primários ou geradores, e Órgãos
Linfoides Secundários ou periféricos. São órgãos
linfoides primários de mamíferos a medula óssea
que origina todas as células sanguíneas e Figura 8 Figura : Fotomacrografia de um timo de feto bovino
onde destaca-se o lobo tímico cervical direito (1) e esquerdo
Linfócitos e onde os Linfócitos B amadurecem e o (2) e porção cervical (3). Na cavidade torácia proximal
Timo onde os Linfócitos T se desenvolvem. E destaca-se o lobo intermediário do timo (4) enquanto o lobo
órgão linfoide primário de Aves a Bursa de tímico torácico (5) localiza-se proximal ao coração. Fonte:
SILVA MIGUEL, 2014.
Anatomia: Dado como órgão linfoide central parênquima. Além dos linfócitos T e das células
devido sua importância no desenvolvimento pós reticulares epiteliais o timo contém macrófagos,
natal e sua manutenção do poder imunológico, o especialmente, na cortical. (JUNQUEIRA &
timo, em seu ápice, é uma estrutura lobulada, CARNEIRO, 2013; RASKIN & MEYER, 2012).
parecida com uma glândula salivar (Figura 9), e Após a sua formação completa, o timo
preenche a parte ventral do mediastino cranial, se contém células epiteliais levemente comprimidas
adaptando em redor de acordo com as outras envoltas por uma cápsula de tecido conjuntivo.
estruturas presentes. Tem aspecto rosado quando Sua membrana basal é anormalmente espessa
fresco em cães e até mesmo vermelho em implícita à camada de células epiteliais rodeadas
bezerros, podendo perder sua cor ao decorrer do por vasos sanguíneos, que forma uma barreira
tempo (DYCE et al., 2010; HYTTEL et al., 2012) hematotímica, que protege as células T maduras
O timo cresce de forma rápida durante os da exposição a antígenos externos. (HYTTEL et
primeiros seis ou nove meses após o nascimento al., 2012).
e sua regressão ocorre no momento da puberdade Quando regride o timo se torna mais firme
animal, mas sua taxa é variável, esse órgão nunca por seu tecido ativo ser progressivamente
se regride totalmente, especialmente sua parte substituído por tecido fibroso e adiposo. (DYCE et
torácica, deixando vestígios firmes em animais al., 2010).
idosos (DYCE et al., 2010; HYTTEL et al., 2012).

Figura 10 Fotomicrografia do timo apresenta regiões lobulares.


Estrela: Zona do Córtex. Bola: Zona da medula. (Cortesia do
Professor Mestre Rômulo Eloi, do Laboratório HistoPato.)

Figura 9 Fotomacrografia do timo fetal de um porco entre 77 e


79 dias, nota-se o timo esquerdo (L) e o direito, parte cervical
(C) e torácica (E) relacionando-se com os pulmões (LG) e
coração (H). Fonte: Igbokwe & Ezenwaka, 2017 Para saber mais ..

Sua localização final varia com a espécie: No timo há uma coletividade de citosinas e
nos ruminantes e suínos nas porções cervicais; peptídeos pequenos que são chamados de
nos equinos a porção cervical é reduzida; e nos hormônios tímicos, essas substancias são
carnívoros a porção cervical é ausente. A sua timopoietina, timulina, timosina, fator humoral
extremidade cranial é bulbosa e em sua superfície tímico e timoestimulina. (TIZARD, 2014).
as minúsculas (1-4 mm) há glândulas paratireoides Uma das características que ajudam no
externas. Acredita-se que as glândulas reconhecimento microscópio do timo é a
paratireoides internas desapareçam ainda no presença do corpúsculo de Hassall, que são
período embrionário nos suínos. (DYCE et al., encontrados na medular do órgão (Figura 11).
2010; HYTTEL et al., 2012)
Microscopia: Cada lóbulo do timo é constituído de
uma parte periférica, chamada zona cortical, que
está em volta da parte central, que é mais clara, e
recebe o nome de zona medular (Figura 10). Na
região mais externa, podemos encontrar pequenos
linfócitos densamente compactados, (o que faz
essa parte ter melhores resultados quando
coradas por hematoxilina) nessa zona não há a
presença de nódulos linfoides. (JUNQUEIRA &
CARNEIRO, 2013; RASKIN & MEYER, 2012).
Na zona medular há menos linfócitos
vesiculares, e ela é contínua entre os lóbulos
Figura 11 : Fotomicrografia do timo. Estrela: Zona do
adjacentes, formados pela extensão de septos Córtex. Bola: Zona da medula. Triângulo: Corpúsculos de
conjuntivos derivados da cápsula para dentro do Hassall. (Cortesia do Professor Mestre Rômulo Eloi, do
Laboratório HistoPato)
O corpúsculo de Hassall é constituído por células
reticulares epiteliais em camadas homocêntricas Bursa de Frabricius
unidas por vários desmossomos, algumas
dessas células, em especial as mais ao centro, Embriologia: Segundo Dyce, et al.(2010), na
podem acabar degenerando e morrendo, segunda semana do desenvolvimento embrionário
deixando restos celulares que podem sofrer do frango, as células precedentes do tecido
processo de calcificação. (JUNQUEIRA & linfoide migram para o órgão em desenvolvimento,
CARNEIRO, 2013) e pregas longitudinais começam a se formar em
Essa estrutura têm diâmetro de 30 a 150 µme, projeção ao lúmen. As formações nodulares,
são mais resistentes a involução do que os originadas pelas pregas, começam a entrar na
linfócitos, ou seja, quando o timo involui ele não lâmina própria, quando a linfogênese é iniciada, as
desaparecerá por completo, sendo representado células linfoides infiltram esses brotos, e por meio
por células recitulares, os corpúsculos de hassall da proliferação dessas células, os brotos
(Figura 12), alguns linfócitos e tecido conjuntivo e aumentam seu tamanho até o 18º dia da gestação.
adiposo. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). A Bursa chega ao seu ápice em tamanho
O corpúsculo também auxilia na regulação da aproximadamente seis semanas após a eclosão e
atividade tímica, emitindo linfopoitina do estroma nascimento do animal, quando as pregas estão
tímico, que é um fator de crescimento que ativa preenchidas por completo de acúmulos epiteliais,
as células dendríticas do timo que induz os ou folículos da bolsa (DYCE et al., 2010).
linfocitos T reguladores, é interpretado que esses Anatomia: A bursa de Fabricius, ou bolsa cloacal,
linfócitos T específicos tem poder de controle é um órgão linfoepitelial, existente somente em
sobre a seleção positiva dos linfócitos T. aves e tem função semelhante a medula óssea em
(TIZARD, 2014). mamíferos, que é a produção e maturação de
Células b, mais conhecidas como linfócitos b. Está
localizada na parede dorsal do proctodeu,
segmento mais curto e caudal da cloaca. Possui
parede fina irregular pelos lóbulos que encapsula,
ao redor de um lúmen também irregular, e é
importante na investigação e diagnostico de
infecções virais. (DYCE et al., 2010).
De acordo com Eto et al. (2015) essa
estrutura, em animais examinados, tem formato de
bolsa e apresenta aspecto de bolha, medindo
aproximadamente 1,0 cm de diâmetro (Figura 13).
Assim como o timo, esse órgão acaba
regredindo a partir de 2 a 3 meses após o
nascimento, apenas deixando um nódulo pequeno
em indivíduos adultos (DYCE et al., 2010).
Figura 12 Fotomicrografia do timo em sua zona medular
(círculo). Triangulo: Corpúsculo de Hassall. (Cortesia do
Professor Mestre Rômulo Eloi, do Laboratório HistoPato.)

Curiosidade

Em humanos, a Síndrome de DiGeorge (SDG) é


uma enfermidade hereditária causada por uma
mutação genética do cromossomo 22 e que
consiste na imunodeficiência, onde as células
epiteliais tímicas não se desenvolvem, fazendo
com que o timo e as glândulas paratireóides
Figura 13 Fotomacrografia da Bursa de Fabricius coletada de
sejam ausentes ou rudimentares. um pinto com apenas uma semana de vida. O órgão se
(KIERSZERNBAUM & TRES, 2016). encontra aberto para visualização das dobras internas. (Fonte:
Quando essas células não estruturam o órgão Tizard, 2014.)
timo, os percussores das células T da medula
óssea não conseguem passar pelo processo de Microscopia: Microscopicamente a bursa de
diferenciação, já que as células epiteliais tímicas Fabrícius é revestida internamente por um tecido
emitem moléculas MHC de classes I e II, que são epitelial de revestimento simples e colunar,
necessárias na seleção clonal celular, sendo apoiado sobre tecido conjuntivo frouxo, com pouco
assim a ausência das mesmas abala a produção colágeno e celularidade abundante (Figura 14),
de células T úteis. Camundongos atimicos são infiltrado por linfócitos e alguns plasmócitos (ETO
uma representação dessa doença, já que não et al., 2015).
possuem o fator de transcrição que diferencia
epidérmicas e células epiteliais tímicas.
(KIERSZERNBAUM & TRES, 2016)
Sua microscopia (Figura 15) se assemelha um animal sadio, mas também pode acontecer
bastante com a do timo, resultado dos acúmulos indiretamente por meio de materiais como
epiteliais (DYCE et al., 2010). rações e equipamentos infectados, essa
maneira de contaminação se da pela
resistência viral. A doença pode se manifestar
de três modos, sendo eles a forma clássica, a
clinica e a aguda. (TESSARI E CARDOSO,
2014)
Por acarretar problemas sanitários na
avicultura, grandes perdas na produção avícola
e em sua economia (TESSARI E CARDOSO,
2014), as formas de controle desenvolvidas
foram higienização e desinfecção das
instalações e vacinas vivas atenuadas e
vacinas inativas, mas pelas características
virais terem variações regionais há dificuldades
de controle, o que resulta em um não existente
Figura 14 Fotomicrografia adaptada da Bursa de Fabricius. programa de vacinação recomendável de modo
Estrela: Zona do córtex. Bola: Zona da medula. (Fonte: geral, que inclua todos os casos. (KNEIPP,
HASSAN et al., 2019) 2000)

Baço

Embriologia: Ele está relacionado como tecido


linfoide secundário, pois é um órgão apresentador
de antígeno. No início da formação do animal ele
é derivado da camada mesodérmica, e se torna um
dos principais formadores das células do sangue
no período hematopoiético, e por estar inserido na
Figura 15 Fotomicrografia adaptada da Bursa de Fabricius. circulação sanguínea ele é responsável por filtrar
Estrela: Zona do córtex. Bola: Zona da medula. (Fonte: os antígenos que estão no sangue (HYTTLEL et
HASSAN et al., 2019)
al.,2012).
Ele é composto por duas polpas, a polpa
vermelha é formada no segundo trimestre da
gestação, enquanto a polpa branca é formada
após a infiltração de linfócitos, macrófagos e
Curiosidades células dendrítica no órgão (HYTTLEL et al.,2012).

Anatomia: É considerado o maior órgão linfoide,


está localizado no lado esquerdo do abdome. Em
A Doença Infecciosa da Bursa (DIB), que pode ser animais monogástricos está próximo ao estômago,
conhecida por Doença de Gumboro (DG), é uma e em animais poligástricos ele está localizado
patologia altamente contagiosa e com origem próximo ao rúmen, (COLVILLE & BARSSET
viral, da família Birmavírus, onde seu principal alvo ,2008).
é a Bursa de Fabricius de aves entre três e seis O formato do baço pode variar entre os
semanas de vida. Esse vírus se divide em dois animais (Figura 16): No equino ele tem o formato
sorotipos: 1 e 2, sendo somente o tipo 1 com de foice; no suíno parece uma língua; nos
capacidade de adoecer galinhas. Por volta de carnívoros assemelha-se a uma bota; nos
onze horas depois da contaminação, o vírus entra pequenos ruminantes parece uma folha; e no
em contato com órgãos como baço, timo, rim e bovino lembra uma faixa. Ele possui uma
principalmente a bursa, por meio da corrente coloração pardo-avermelhada acinzentada na
sanguínea, e desenvolve alterações teciduais e maioria das espécies, está envolto de uma cápsula
imunossupressão com ligação a ausência de de tecido mole (KONIG et al, 2016)
linfócitos B, esse último pode acarretar infecção Os vasos sanguíneos que alimentam o
por E.coli e falha em vacinações, entre outros. baço são artéria esplênica e a artéria celíaca. O
(TESSARI E CARDOSO, 2014) baço está preso ao estômago por meio do
A principal forma de contagio ocorre de forma ligamento gastroesplênico. Nos equinos o
direta, de ave para ave através de fezes ligamento esplenorrenal liga o baço ao rim
contaminadas em contato com a via oral de esquerdo, formando o espaço esplenorrenal,
(KONIG et al., 2016)
direcionando os vasos sanguíneos em sua entrada
ou saída do parênquima esplênico. Aderido à sua
cápsula possui uma rede de fibras reticulares que
formam o arcabouço estrutural. No intervalo
dessas redes temos capilares sinusóides
esplênicos, trabéculas com vasos sanguíneos e
polpa esplênica, (GARTNER & HIATT, 2007).
Em seu interior possui a polpa branca
(parte acinzentada) e a polpa vermelha (parte
avermelhada) (Figura 17). A polpa branca está
próxima dos vasos arteriais e é composta por
bainhas linfoides parietais que possuem células T
a e nódulos linfoides que possuem células B, em sua
b c margem temos células B responsáveis por
reconhecer os antígenos timo-independentes,
(GARTNER &. HIATT, 2007).

Figura 16 Fotomacrografia do baço de Equino (a), Suíno (b) e


Bovino (c) fixa em Formol.
Fonte: Arquivo pessoal (Laboratório de Anatomia – ICESP)

Para saber mais ..

O baço não é um órgão vital, por isso em caso


de doenças graves pode ser retirado sem
comprometer a vida do paciente. A parte de
remoção dos eritrócitos envelhecidos são
assumidas pelos macrófagos do fígado e
medula óssea (GARTNER et al. 2007) Figura 17 Fotomicrografia do baço, Capsula Esplênica (estrela)
,Trabeluca (círculo), Polpa vermelha (triângulo) . Fonte:
Cortesia do Prof Romulo Eloi, Laboratório Histopato.

Curiosidades
Nódulos Linfoides – Placas de Peyer
Leishmania: é uma doença causada por um Embriologia: Tem como função a maturação do
parasita da família Trypanosomatideo, e em linfócito B, estão presentes antes do nascimento
animais apresenta com várias lesões tanto em ovinos e em ovelhas próximo ao nascimento.
externas como internamente. Podemos ter a Nos ruminantes e suínos continuam durante toda
denominada leishmaniose visceral que pode a vida (HYTTEL et al.,2012)
acontecer nos baço que observa-se que o Anatomia: São folículos linfoides (Figura 18)
órgão está aumentado, as bordas ficam mais localizados no íleo (GARTNER &. HIATT, 2007).
grossas, fica com aspecto rugoso e irregular e
uma coloração mais escura e apresenta a parte
da polpa vermelha aumentada. (MARTINS et
al. 2015)

Microscopia: O baço é coberto por uma camada


de tecido conjuntivo fibroso, sua aparência lisa se
deve ao seu epitélio simples pavimentoso do
peritônio. Temos uma área denominada hilo por
onde entram as artérias e fibras nervosas, e saem
as veias e vasos linfático esplênicos.
Ele também tem trabéculas que saem da Figura 18 Fotomicrografia das placas de Peyer na
sua cápsula, que segundo Junqueira & Carneiro mucosa do íleo do Súino. Fonte:Rech et al. 2014.
(2013) é formada de tecido conjuntivo denso,
Microscopia: Em sua composição temos Células é envolto por uma cápsula mole, que saem dos
B, tendo em sua volta uma região de tecido linfoide septos e trabéculas para o órgão, (KONIG et al,
difuso contendo células T. Embora esteja no íleo 2016).
(Figura 19) são revestidos por células parecidas Estão localizados em várias partes do corpo
com células pavimentosas, que aparentemente (Figura 20), próximos dos órgãos que drenam
coletam os antígenos e os levam para macrófagos (KONIG et al, 2016).
que estão nas placas de Pyer (GARTNER &.
HIATT, 2007)

Figura 19 Fotomicrografia da placa de payer localizada no ileo


de um alpaca com 30 dias de nascido. A seta indica região
proliferativa. Fonte: Roca et al. 2014 Figura 20 Esquema contendo os linfonodos palpáveis da
espécie canina: protídeo (1), mandibular(2), retrofaríngeo
lateral (3), cervical superficial(4), axilar(5), axilar acessório (6);
inguinal superficial (7), poplíteo(8), Femoral (9) Fonte: Dyce;
2010.

Curiosidades Na região da cabeça possui o linfocentro


protídeo, linfocentro mandibular e linfocentro
Intoxicação por larvas de Perreyia Flavipes retrofaríngeo. E no pescoço, o linfocentro cervical
Konow (Hymenoptera:Pergidae): é uma doença superficial e linfocentro cervical profundo (KONIG
que pode levar o animal a óbito em até 48 horas, e et al., 2016).
tem como sinais clínicos a depressão, aspecto Nos membros torácicos linfocentro axilar e
amarelado, o animal fica deitado com fazendo no tórax: linfocentro torácico dorsal, linfocentro
movimentos de pedalar. E com uma análise torácico ventral, linfocentro mediastinal, linfocentro
macroscópica observou-se que o fígado estava bronquial (KONIG et al., 2016).
maior, constava edema nos linfonodos, e na parte E na região abdominal, linfocentro lombar,
do intestino delgado as placas de Pyer estava linfocentro celíaco, linfocentro mesentérico cranial,
achatada, no mesentério e abomaso estavam com linfocentro mesentérico caudal (KONIG et al.,
pequenos pontos vermelhos e com hematoma 2016).
(SOARES, et al. 2008). Na cavidade pélvica e membro pélvico os
linfocentros ilíaco sacral, iliofemoral, inguino
femoral, isquiático e poplíteo (KONIG et al., 2016).

Linfonodos ou gânglios linfáticos Microscopia: O órgão é divido em medula, córtex


e paracortex (Figura 21). Que possuem muitos
Embriologia :São nodos e costumam atuar em espaços dilatados envoltos por células reticulares,
grupos chamados de centros linfáticos, e estão conhecidos como seios do linfonodo, fazendo que
localizados em pontos estratégicos. Estão seu revestimento fique parecido com um endotélio
presentes na corrente sanguínea no fluxo dos e faça a linfa circular (GARTNER &. HIATT, 2007).
vasos linfáticos, com a função de filtros locais. i. Córtex: possui espaços onde estão localizados
Sobre o seu desenvolvimento ainda é estudado, os nódulos linfoides primários e secundário, onde
mas acredita-se que o estroma do linfonodo surja tem linfócitos B. Ele possui uma cápsula formada
do mesenquimal, e o parênquima tem origem no por tecido conjuntivo denso não modelado, que
macrófago, linfócito, e das células dendríticas que manda trabéculas para o tecido linfoide do
o colonizam, (HYTTLEL et al.,2012) linfonodo, no qual divide a parte externa em
Anatomia: Seu formato anatômico é parecido com pequenos espaços incompletos que chegam até o
um feijão, pois além da sua forma ovoide com uma hilo. Essa cápsula possui uma parte mais espessa
parte côncava (chamada de hilo), tem a superfície onde se encontra o hilo que possui vasos eferentes
lisa e é um órgão firme. Internamente é constituído e vasos aferentes por onde o órgão é alimentado,
por medula e córtex. No córtex está localizado os que ao entrar no parênquima do linfonodo vai
centros germinativos, onde se fabricam os sendo coberto por uma bainha de tecido
linfócitos continuamente. A medula contém conjuntivo. A rede de sustentação do linfonodo é
cordões de linfócitos em anastomose. O linfonodo
feita por uma rede tridimensional de tecido
conjuntivo reticular, (GARTNER &. HIATT, 2007).
ii. Paracortex: Está localizado entre o córtex e a Curiosidades
medula, (GARTNER &. HIATT, 2007). Não possui
nódulos linfáticos, mas possui células reticulares,
plasmócitos e macrófagos, (JUNQUEIRA & Linfoma: Em bovinos é causada pelo vírus da
CARNEIRO, 2013). leucose bovina que pertence à família dos
iii. Medula: Tem em sua constituição seios retroviridae, é uma doença maligna que tem
linfáticos largos e tortuosos, e está envolto por apresentação com formato de massa solida
células linfoides, que estão agrupadas formando esbranquiçadas, desformando a forma do tecido
uma estrutura chamada de cordões medulares. linfoide, podendo causar o aumento dos
(GARTNER &. HIATT, 2007). linfonodos superficiais, torna-los com aspecto
gordurosos, possuindo a cor branco-
acinzentado ou cinza amarelada, podendo ter
pequenas hemorragias. Não é de fácil
diagnostico, com isso prejudica o controle e
erradicação, e por isso se torna uma doença que
preocupa bastante pois é imposta como
restrição de importação e exportação dos
bovinos (REIS et al. 2002)

Conclusão

O estudo da histologia do Sistema


Imunológico é importante no diagnóstico de
Figura 21 Fotomicrografia do Linfonodo. Círculo: Região
Medular; Triângulo: Região Paracortical; Estrela: Região inúmeras enfermidades que acometem os
Cortical. Fonte: Cortesia do Professor Romulo Eloi, Laboratório animais, já que se trata da defesa natural do
Histopato. organismo a patógenos e macromoléculas
estranhas.
Entender as peculiaridades da fisiologia e
histologia de cada um deles é fundamental no
diagnóstico e tratamento adequados. Assim como
Para saber mais.. um conhecimento básico de histoprocessamento
se faz necessário para qualquer bom veterinário.
Sendo que para se estabelecer sendo
crítico e atuar na clínica a fisiologia e histologia em
Todos os linfonodos que estão espelhados pelo
seu funcionamento “normal” são elementos base
corpo formam uma cadeia que faz com que a linfa
da medicina veterinária.
passe por todos eles, por isso pode acontecer
metástases em regiões distantes do ponto
Agradecimentos
principal da doença, pois a infecção pode ser
levadas pela linfa através dos linfonodos
Ao professor Mestre Rômulo Adjuto Eloi e
(GARTNER et al. 2007).
ao Laboratório Histopato que disponibilizou
As aves não possuem linfonodos (CARON et al,
gentilmente as fotomicrografias principais para
2014).
elaboração do trabalho. E a professora Gizele
Em suínos verificamos que a córtex e a medula
Melo, do Laboratório de Anatomia do Centro
estão invertidas comparadas aos outros animais,
Educacional Icesp, pela disponibilização das
pois o córtex fica mais no centro e a medula fica
peças comparativas do baço para fotografia.
nas periferias. (RECH et al. 2013).

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