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Transferência de Calor II
2015-2
Departamento de Engenharia Mecânica
• Fenômenos de Transporte
Dinâmica dos fluidos: transporte de quantidade de
movimento
Transferência de calor: transporte de energia
Transferência de massa: transporte de massa de
espécies químicas
Observação:
1. Freqüentemente ocorrem simultaneamente
2. As equações básicas são muito semelhantes e as ferramentas
matemáticas para resolver problemas são similares, porque os
mecanismos moleculares são diretamente relacionados.
CONDUÇÃO
1 m 3
Volume específico (n): relaciona-se com a n
m r kg
ocupação da matéria
r
Densidade relativa (d): razão entre a densidade d
da substância e a densidade da água r H 2O
(adimensional)
Prof. Angela Nieckele, PUC-Rio 7
Fluidos
Líquidos: força coesiva entre moléculas é forte.
d
Prof. Angela Nieckele, PUC-Rio d* 9
A hipótese do contínuo falha quando as dimensões
envolvidas forem da ordem do caminho médio livre entre
colisões moleculares:
Distância média entre colisões de moléculas do ar nas CNTP:
1, 6 x 10-5 cm
ex. arraste em satélites. A Teoria cinética dos gases trata desta área.
Conceito do contínuo está associado com o conceito de
campo, i.e., todas as grandezas são definidas no espaço e
no tempo: Ex: V(r,t); P(r,t); etc.
O vetor posição r pode ser escrito em diferentes sistemas de
coordenadas:
Cartesiano: r r x e x y e y z e z
Cilíndrico: r r r er ( ) z e z
Esférico: r r r e r ( , )
Não importa qual a partícula que está no ponto
em um determinado instante de tempo, mas sim
em que condições a partícula que passar pelo
ponto naquele instante possui. 10
10
Método Lagrangeano versus Euleriano
Método Lagrangiano: As equações de conservação
são aplicadas a um sistema arbitrário, o qual pode ser
infinitesimal ou finito.
A variável física é descrita para um determinada partícula
A variável independente é um “rótulo” da partícula, como por
exemplo, a coordenada da partícula em um determinado
instante de tempo: rP é a posição da partícula P em t = 0
(rP , t ) Esta função descreve como a função da
partícula P varia com o tempo
Ex: policial seguindo carro
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Método Lagrangeano versus Euleriano
Método Euleriano: As equações de conservação são
aplicadas a um volume de controle arbitrário, o qual
pode ser infinitesimal ou finito
A variável física é descrita em relação a um ponto do espaço
Para cada instante t, a partícula em r é uma partícula
diferente
r é a posição da partícula P em t
(r , t ) Esta função descreve a função na posição
da partícula P em função do tempo
Ex: controlador de tráfego
d dt dx dy d z
d t particula t d t x d t y d t z d t
u v w
D
u v w
Dt
t
x y
z
taxa de variaçãocom o taxa de variaçãocom o
tempo ( posição fixa) tempo devido ao mov. da
partícula( variaçãoconvectiva)
Produto
escalar entre vetores:
A B Ai ei B j e j Ai B j ei e j Ai B j ij Ai Bi
Operador gradiente:
grad e1 e2 e3 ei
x1 x2 x3 xi
Operador Divergente:
Aj Aj Ai
div A A ei e j Aj ei e j ij
xi xi xi xi
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Derivada Material
D D
V ou ui
Dt t Dt t xi
Deseja-se medir variação da pressão com o tempo, em três situações diferentes:
dp p
1 - Estação Metereológica p=p(t)
dt t
Va
2 - Avião com velocidade Va ua i va j wa k
dp p dt p dx p dy p dz p p p p
u v w
dt t dt x dt y dt z dt t x a y a z a
dp p dt p dx p dy p dz p p p p p Dp
u v w V p
dt t dt x dt y dt z dt t x y z t D t 15
DV V
Aceleração: a V V
Dt t
aceleração aceleração
local temporal convectiva
DV V u e u
a V V k k u i ei e j (u k e k ) k e k u i ij (u k e k )
Dt t t xj t xj
u uk ek
a k e k k e k u i e k u i u k
t xi xi
Em coordenadas cartesianas: V ui v j wk , a axi a y j az k
Du u u u u u y ej
ax V u u v w
Dt t t x y z ej ei
Dv v v v v v ei
ay V v u v w
Dt t t x y z x
Dw w w w w
az V w u w v w
Dt t t x y z 16
DV V
Aceleração: a V V
Dt t
uk uk ek
a k ek e k u i e k u i u k
t xi xi
y er
Em coordenadas cilíndricas:
e e er
V u r e r u e u z e z , r
a a r e r a e a z e z
x
2
Dur ur u ur ur ur u
ar V u r r u r u uz
Dt t t r r z r
Du u u u u u u r u
a V u ur u uz
Dt t t r r z r
Du z u z u u uz u
az V u z z u r z u uz z
Dt t t r r z
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Fluidos em Movimento
O escoamento dos fluidos é determinado a partir do
conhecimento da velocidade em cada ponto do
escoamento, isto é, a partir do campo das diversas
grandezas relevantes.
Tipos de Campos:
Campo escalar:
massa específica: r(r ,t); temperatura: T(r ,t); pressão p(r ,t)
Campo vetorial:
velocidade: V(r ,t); aceleração: a(r ,t); força F(r ,t)
Campo Tensorial:
tensão: s(r ,t); gradiente de velocidade: V(r ,t);
taxa de deformação D(r ,t)
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Equações Governantes
da Mecânica
massa
quantidade movimento linear (2ª. Lei de Newton)
quantidade de movimento angular
energia (1ª. Lei da termodinâmica)
massa de espécies químicas
entropia
T T T
q qx i qy j qz k T i j k
x y z
T T T
qx k xx k xy k xz
x y z
T T T
qz k zx k zy k zz
x y z
T T T
qy k yx k yy k yz
x y z
T T T
qx k qy k qz k
x y z
Forma geral da Lei de Fourier isotrópica q k T
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Modos de transferência de calor
Convecção
• é o processo de transferência de
calor efetuado pelo escoamento de
fluidos (transferência de calor +
escoamento de fluidos)
T
q
q em y = 0, u = 0 qc qk k
fluxo de calor y fluido
As y 0
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Classificação da convecção
q"= h(Ts - T¥ )
h - coeficiente de troca de calor por convecção (W/m2K)
Ts - temperatura da superfície
T - temperatura do fluido
Exemplo: Tar=20 0C
Em convecção natural, har 10 W/m2K e hágua 100 W/m2K
q”água > q”ar (i.e., para um mesmo intervalo de tempo,
um corpo na água perde mais calor do que um no ar)
líquidos - 50 a 1000
Convecção forçada: gases - 25 a 250
Tágua=20 0C
líquidos - 50 a 20000
Convecção com mudança de fase: 2500 a 100000 27
Modos de transferência de calor
Radiação
• Todo corpo (sólido, líquido ou gás) com temperatura
acima do zero absoluto, emite energia (ondas
eletromagnéticas com velocidade da luz).
• Não é necessário um meio material para a propagação de
energia.
fluido Newtoniano
Força u
Fext Fyx m As
y
Fyx u
Tensão t yx m
A y
m = viscosidade absoluta ou
viscosidade dinâmica,
propriedade do fluido
Lei de Newton:
O tensor extra é proporcional a taxa de deformação do
elemento de fluido (deformação linear, angular e taxa de
compressão ou expansão):
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Vetor tensão
O vetor tensão tn é a força de contato por
unidade de área que um material dentro
de (t) faz no material fora de (t).
Hipótese de Cauchy: tn = tn (n)
A dependência de tn em n pode ser obtida através de um
balanço de forças em um tetraedro com a altura h 0.
F 0 t n dA t x dA(n e x ) t y dA(n e y ) t z dA(n e z ) 0
ez
Da 3ª. Lei de Newton
tn
t x t x ; t y t y ; t z t z
ey
então ex
t n t x (n e x ) t y (n e y ) t z (n e z ) n t x e x t y e y t z e z n σ
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Tensor tensão
sé o tensor tensão: σ t x e x t y e y t z e z
Note que: t x e x [e x t x ] e y [e y t x ] e z [e z t x ]
ez tz
ey t y e x [e x t y ] e y [e y t y ] e z [e z t y ]
ex t z e x [e x t z ] e y [e y t z ] e z [e z t z ]
Então substituindo as tensões nos planos perpendiculares
as direções x, y e z, tem-se
σ e x e x [e x t x ] e x e y [e y t x ] e x e z [e z t x ]
ez
e y e x [e x t y ] e y e y [e y t y ] e y e z [e z t y ] tz
t-x
e z e x [e x t z ] e z e y [e y t z ] e z e z [e z t z ] ty
z
38
Fluido em repouso:Compressão isotrópica:
P 0 0 1 0 0
σ 0 P 0 P 0 1 0 P I
0 0 P 0 0 1
I é a matriz identidade, s yy P
que também pode ser
s zz P
representada pelo
operador
s xx P
delta de kronecker s xx P
x
ij 1 se i j
z
0 se i j s zz P
s yy P
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Fluido em movimento:
Surge uma tensão adicional: s PI t,onde té o tensor extra-
tensão (tensão de tensões viscosas)
t xx t xy t xz
τ t yx t yy t zy
t zx t zy t zz
y
s yy P t yy
s yx t yx
s yz t yz
s xy t xy
s zy t zy s xx P t xx
s xz t xz
x
s zz P t zz s zx t zx
z
40
Taxa de deformação angular: =du t
=(u/y)yt
dv t du t
yx a tan a tan
x y
u (y)
yx v u =dv t
yx lim 2 D yx =(v/x)xt
t 0 t x y
v (x)
u 1 v u 1 w u
x 2 x y 2 x z
1 u v v 1 w v
D
2 y x y 2 y z
1 u w 1 v w w
2 z x 2 z y z
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Gradiente de Velocidade: v
Em coordenadas cartesianas:
dr = ex dx + ey dy + ez dz e v = ex u + ey v + ez w
2
[grad V (grad V ) ] div V I
T
3 dv=dr•v
u v w
x x x x
u v w
grad V V (u v w
y y y y
u v w
z z z z
u u u
x y z
v 1 0 0
v v
(grad V )
T ; I ij 0 1 0
x y z 0
w 0 1
w w
x y z 43
Taxa de Deformação: D
u 1 v u 1 w u
x 2 x y 2 x z
1 u v v 1 w v
D
2 y x y 2 y z
1 u w 1 v w w
2 z x 2 z y z
1
T
D V ( V )
2
1 T 1 T
V V ( V ) V ( V )
2
2
taxa de vorticidade
deformação
44
Taxa de rotação:
dv t du t
yx (a (tan a tan
1 1
2 2 x y
yx 1u v
yx lim W yx w z
t 0 t 2 y x
=du t=(u/y)yt
u (y)
=-dv t
=-(v/x)xt
v (x)
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Vorticidade: W
1 T 1 T
V V ( V ) V ( V )
2
2
taxa de vorticidade
deformação
Vorticidade W
1 V ( V )T
2
1 v u 1 w u
0
2 x y 2 x z
0 wz wy
1 u v 1 w v
W 0 w z 0 wx
2 y x 2 y z
w y wx 0
1 u w 1 v w
0
2 z x 2 z y
u u r u u r 2
t r t r m , t rr 2m m V
r r r r 3
u u u u r 2
t rz t zr m r z , t 2m m V
z r r r 3
u u z u z 2
t z t z m , t zz 2m m V
z r z 3
notação indicial
ui uj
t ij m 2 m u k ij
xj x 3 xk
i
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Fenômenos de Transporte
T k (r cp T rh
Lei de Fourier: qx k a
x r cp x x
w1 (r w1
Lei de Fick: M 1x r D12 D12
x x
u m (r u (r u
Lei de Newton de viscosidade: t m u
y r y y
Regime transiente:
V=V(r ,t) Caso geral: ( ) / t ≠ 0
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Dimensão
Uni-dimensional: v depende somente de uma
coordenada espacial
Turbulento: o
corante mistura
rapidamente
O escoamento turbulento
ocorre a altas velocidades. A
transição é caracterizada pelo
no. de Reynolds
rV D
Re
m
Reynolds altos esc. turbulento
Reynolds baixo esc. laminar
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