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Cícero Dias 1907-2003

 Nasceu dia 5 de março/fevereiro de 1907 – no engenho, em Escada -


Pernambuco
 Teve primeiro contato com desenho com ensinamentos de sua tia
Angelina de Barros Correia, no engenho.
 1920 muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa ao curso de arquitetura
e pintura em Enba, não conclui e dedica seu tempo exclusivamente a
pintura.
 Suas obras apresentam subjetividade e inconsciente, refletindo sua dor,
estado de espírito, signos, símbolos , sonhos, temas de morte, morte
espiritual, que seria movida pela morte cotidiana
 Morte cotidiana – Cícero dizia que a vida se alimenta da morte, são etapas
necessárias para novas fases;
 Suas obras nascem da sua emoção e não da sua perspectiva, para ele a
criação não deve partir da razão, a razão vem apenas depois do termino
do trabalho;
 O que se destaca muito nas obras de Cícero são as cores típicas da sua
região natal, o folclore nordestino, lembranças de sua vida e o traço
primitivo, arte popular.
 Foi considerado pelos modernistas brasileiros, precursor do surrealismo
no Brasil, devido ao teor de suas obras, simbolos, sexualidade, sarcasmo,
misticismo, como Mário de Andrade mesmo disse em uma carta para
Cícero.
 Teve influência de seu amigo Manuel Bandeira, na qual poderia ter obtido
seu conhecimento sobre o surrealismo e teve influência também de Marc
Chagall. Picasso teve grande influência na decada de 40 quando Cícero
começa a frequenter seu atelier em Paris e tornam-se amigos.
 Não participou da Semana de Arte Moderna por ser muito jovem; mas
acompanhou de perto;
 O surrealismo tem suas origens no Dadaísmo que tinha por objetivo –
destruir a organização econômica que determina a produçõ artística 16 –
22; e no Romantismo – abandono do sentido legível, busca de uma
obscuridade reveladora de outro universo, subjetivo, inconsciente;
 Surrealismo baseia-se no imaginário/sonho, afirmando e concretizando o
que o dada começou , uma lucidez transvestida de loucura.
 “Surrealismo: automatismo psíquico puro pelo qual nós nos propomos a
experimentar seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra
forma, o funcionamento real do pensamento. DItado do pensamento na
ausência de todo controle exercido pela razão, fora do âmbito de toda
preocupação estética ou moral.

Para saber mais:


http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseac
tion=artistas_biografia&cd_verbete=669
BASTOS, Janira Feiner – Cícero Dias/ Ismael Nery: A poética do Surreal – São
Paulo - 1993

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