Exposição individual EMBYRA

Museu Afro Brasil

Solo show EMBYRA

Museu Afro Brasil
Ojepy'apy tuvijá va'e ayn gua nhandeva'e Davi Kopenawa
ijayvu yva ho'a va'e regua. Amboae avi oin va'e Ailton Krenak,
ijayvu mba'exa pa yvy nhamomba voi he'yn aguã regua. Mokoi
ve ijayvu nhande va'e kuery omomba ovy va'ere regua ha'e gui
arandu okanhy va'ere ha'e koropi ikuai tevoiare, ayn jaikuaa
continente americano ja'ea.
Havy yva ho'a ha'egui yvy opa ramo, mba'e jajapo ta?
Xee má xeru tupinaky'ia ikuai raka'e ayn São Paulo, ja'ea rupi
nhande Kuery omomba raka'e va'ekue regua ha'e ombogue pa
raka'e ikuai ague arandua ha'e javi. Mboapy'i má hembyre
raka'e va'ekue má ayn heta va'ekuery rive ma omombe'u xexy
pe, xee Mbya kuery gui Ju xeretarã nhande kuery, ha'e Kuery
ma ayn xepytyvõ aiko ju aguã xereko ete'i py. Mboapy'i má
aikuaa teri Mbya reko Gui ramo jepe anhea'ã ajapo aguã
mba'emo Mbya Kuery reko Gui. Ajapo juta tekoa tembiapó rupi
araa aguã ha'ejavi ve pe.
CO YBY ORE RETAMA museu de São Paulo tetã - py aexauka
va'ema Solar da Marquesa, ayn oin a má ymã ramo
Inhapuambaçu tekoa tubinaky'ia ojevy ju Tibiriçá oyvy re hetarã
kuery ikuai ague py japy'a'i ramo jepe amboae kuery voi aenoi
jogueru aguã ikuai tekoa py, yvy re, tete rekoaxy ha'e nhe'e
Porã reve.
Apy tembiapó aexauka va'e má yvy oremba'e py aema oin.
Xevype ramo má aexa ha'e axa aikovy va'e kue má arovy'a vaipa,
opamba'e ramo jepe ndajaikuaai má mano rupi rã pá jaaja javy
ramo katu.
Colonizador Kuery ma ombovaipa rai'i opamba'e va'eri
ha'ekuery ma ha'e va'e ndojapoi, ayn reve teri arandua ete'i
oiko teri.
Tempiapo rupi má aexa ramo há'eve vaipa, nahnde arandua
aexauka aguã há'egui jojorami he'yn guive arandua oiko nhande
kuery gui ramo, heta mba'e regua oin nhandeayvu aguã arandua
anhetegua xaupity aguã mamo rupi pá jaguata javy rampa há'e
va'e ramimhia nhandepy'a re nhamoin tá, opamba'e re xee
ama'e vy rive kova'e tambiapo ajapo aexauka ramo katu tove
ha'e javi ve oexá va'e tove tomoin opy'a re arandua ete'i
anheteguá.
Há'e aetu nhandeayvu aguã tembiapó nhande kuery arandu
rupigua má anheteguá meme, ayn gua rupi. Há'egui anhete
O grande pensador contemporâneo indígena Davi Kopenawa fala
sobre um céu que está em situação de queda. Outro tão
importante pensador indígena, Aílton Krenak, fala sobre como
encontrar meios para adiar o fim do mundo. Ambos discutem
nestes pensamentos questões sobre o contínuo processo de
extinção dos povos originários e seus universos ancestrais que
habitam os territórios hoje conhecidos como continentes
americanos.
Mas e quando o céu já foi derrubado, e o mundo já foi extinto, o
que fazer?
Eu sou artista descendente por pai dos povos Tupinaky’ia
Guaianás que habitaram os territórios onde hoje é chamado São
Paulo, etnia indígena que sofreu apagamento total de seu universo
ancestral. O que restou deste povo e seu universo são alguns
relatos em textos produzidos por seus colonizadores. Por parte de
minha mãe, descendo dos Guarani Mby’a, povo que me tem
auxiliado num processo pessoal de retomada como aba [homem]
indígena. Apoiado sobre essas poucas memórias que me sobram
como herança, na arte e suas muitas potencias, me esforço para
desenvolver um processo de reflorestamento do universo
ancestral de minha família, esforço que se inicia no território de
meu próprio pensamento e espírito. A reconstrução desse Tekoa*
toma forma em cada trabalho produzido durante estas pesquisas,
e pode se expandir para muitas dimensões durante cada exposição
na experiência do contato entre o público e cada trabalho.
CO YBY ORE RETAMA [Esta Terra é Nosso Lugar], título da
exposição no Museu da Cidade de São Paulo, local exato onde
antes do período colonial paulista foi Inhapuambaçu, aldeia
Tupinaky’ia, é o retorno de um Tibiriçá ao lar original de sua
família, mesmo que desta vez por um curto período, onde muitas
outras pessoas são também generosamente convidadas para
habitar esse Tekoa, território físico, mental e espiritual. Os
trabalhos nela expostos podem também ser considerados um meio
de demarcação indígena tanto do espaço físico da exposição, do
circuito das artes visuais, do território subjetivo da arte e do
imaginário de cada pessoa do público presente na exposição. Os
outros locais escolhidos para receber exposições
que servem como extensão desta realizada no Museu Solar da
Marquesa [Museu Afro Brasil, Galeria Janaína Torres, Ateliê Alê e
Casa do Sertanista] também se encontram nas regiões da cidade
The great contemporary Native Brazilian thinker Davi Kopenawa
talks about a falling sky. Another such important Native Brazilian
thinker, Ailton Krenak, talks about finding ideas to postpone the
end of the world. Both discuss, in these thoughts, questions
regarding the continuous process of extermination of
autochthonous peoples and their ancestral universes that inhabit
the territories known today as the American continent.
But when the sky has already fallen and the world has already
been obliterated, what is there to do?
I am an artist and a descendant, on my father's side, of the
Tupinaky’ia Guaianá people, an indigenous ethnic group whose
ancestral universe has been completely wiped out and who
inhabited the territories currently known as São Paulo. What is left
of this people and their universe are some accounts found in texts
produced by their colonizers. On my mother’s side, I am a
descendant of the Guarani Mby’a people, who have been helping
me on a personal journey of reclaiming my identity as a Native
Brazilian aba [man]. Based on these few memories that I have left
as a legacy, in art and its many potentialities, I have been striving to
develop a process of reforestation of my family’s ancestral
universe, an effort that begins in the territory of my own thoughts
and spirit. The reconstruction of this Tekoa* takes shape in each
work produced during these research efforts can be expanded to
many dimensions during each exhibition, within the scope of the
contact between the audience and each work.
The title of this exhibition is CO YBY ORE RETAMA, Tupi-Guarani
for This Earth is Our Land, and it is being hosted at the Museu da
Cidade de São Paulo, which stands in the exact location where the
Tupinaky’ia village of Inhapuambaçu previously settled in São
Paulo, before the colonial period. The exhibition brings back the
Tibiriça, an indigenous leader, to the original home of his family,
even when this time it is only for a short period, and people are
generously invited to inhabit this Tekoa, a physical, mental and
spiritual territory. The works shown in this exhibition may be
considered a means of demarcating Native Brazilian land both in
terms of the physical space of the exhibition and the visual arts
world, as well as of the subjective territory of art and the
imagination of each person visiting the exhibition.
yvyrupa re má heta rupi arandua ikuai ramo jepe há'e javi ve má
ojexavai vaipa má, kova'e tetã Guaxu ojepapo aguã ijypy'i ramo
ve, CO YBY RE ORE RETAMA ajapo va'e tove tojeporu Porã
katu oexá va'e Kuery pé.
Tradução para Guarani M’bya: Anthony Karaí Poty
de São Paulo antigamente habitadas por aldeias Guaianás. Este é o
primeiro projeto na história das instituições das artes visuais
brasileiras que apresenta uma exposição com textos traduzidos
para uma língua indígena. Sandra Ara Rete Benites, convidada para
estar comigo no desenvolvimento deste projeto, além de curadora
é minha irmã e líder de mesma etnia Guarani M’bya, o que
possibilita diálogos que transcendem as fronteiras de um
relacionamento estritamente profissional para camadas mais
intimas de nossa ancestralidade.
A partir de minha experiência pessoal como artista, considero o
processo artístico, desde a manifestação da ideia, como sendo um
momento onde o artista se vê tomado por um certo tipo de furacão
com suas muitas potencias, suas formas irregulares e destino
indefinido. Já a produção dos trabalhos artísticos vem como um
esforço para construir algo que faça algum sentido juntando os
escombros deixados pelo caminho por este furação. Arrisco dizer
que esta é uma situação muito semelhante de estado, quando
penso sobre todo o esforço dedicado para reconstruir um universo
ancestral devastado pelo violento processo colonizador.
A arte é o meio possível que encontrei para equalizar forças de
universos muito distintos, as memórias afetivas de minha vida
urbana e de minha experiência como pedreiro participante da
construção de cidades, com minhas memórias ancestrais
indígenas. Essa equalização só foi possível quando percebi que era
também necessário me colocar neste processo de certa forma
desarmado e suscetível no trânsito por esses caminhos poéticos,
da fusão destes universos para este mundo reinventado.
É possível afirmar que tanto a arte como os conhecimentos
indígenas são em geral considerados irrelevantes pelas sociedades
contemporâneas. E justo neste mundo onde estas sociedades
vivem sob grande tensão submetidas a violentos processos de
sufocamento, quem sabe isto que hoje é ignorado possa oferecer
novas propostas para gerar momentos em que as pessoas
encontrem ao menos um lugar para tomar fôlego. Espero que a
exposição CO YBY ORE RETAMA possa servir como um desses
lugares, e compartilhe anga [ânimo - alma] com o público que por
ela passar.
ANDREY GUAIANÁ ZIGNNATTO
“TEKOA” literalmente, significa o lugar do modo de ser guarani, sendo esta
categoria modo de ser (tekó) entendida como um conjunto de preceitos para a vida,
em consonância com os regramentos cosmológicos herdados pelos antigos
guaranis.
This is the first project in the history of Brazilian visual arts
institutions to present an art show with texts translated to an
indigenous language. Sandra Ara Rete Benites, invited to be my
partner in this project, in addition to being the curator she is my
sister and leader of the same Guarani M'bya ethnic group, which
enables dialogues that transcend the boundaries of a strictly
professional relationship to the most intimate layers of our
ancestry.
Speaking from personal experience as an artist, I consider the
artistic process, from the manifestation of an idea, to be a moment
in which the artist feels they have been taken by a certain type of
hurricane and its potency, irregular shapes and indefinite destiny.
Subsequently, the artwork production comes from an effort to
build something that makes sense by putting together the debris
left by this hurricane. When I think about all the effort devoted to
rebuilding an ancestral universe devastated by the violent
colonizing process, I dare say that this is a very similar situation of
the state of being.
Art is the way I found to equalize forces of very distinct universes:
the affective memories of my urban life, with my experiences as a
mason who participated in the construction of cities, and my
ancestral indigenous memories. This balance was only possible
when I realized that it was also necessary to put myself through
this process in a somewhat disarmed and susceptible way,
transiting along these poetic paths, from the fusion of these
universes to this reinvented world.
It can be said that both art and indigenous knowledge are
considered, generally, irrelevant by contemporary societies. And in
this world, where these societies live under great tension,
subjected to violent suffocation processes, who knows if Native
Brazilian knowledge and art, which have been so often ignored by
urban society, can somehow offer new proposals on how to
generate moments in which people can find at least a place to
catch their breath? I hope that the EMBYRA exhibition can serve
as one of those places, and can share some anga [animus - soul]
with the audiences that visit the exhibition.
ANDREY GUAIANÁ ZIGNNATTO
“TEKOA” literally means the topos of the Guarani way of being, this way of
being (tekó) being understood as a set of precepts for life, in line with the
cosmological rules inherited by the ancient Guaranís.
ORE RETAMA, 2020
Òleo sobre tela
80 x 100 cm

ORE RETAMA, 2020

Oil on canvas
80 x 100 cm
MESTIÇAGEM #22 [da série SOBRE A PELE] , 2021
Tinta de jenipapo, carvão, pigmento natural e resina sobre
papel de saco de cimento, cerâmica, ferro, barbante, sisal,
vegetais, terra, madeira, arame
450 x 680 x 50 cm

MESTIZATION - OVER THE SKIN #22, 2021

Jenipapo on paper cement sack, ceramic, brass, vegetables,
Land, sisal, iron
450 x 680 x 50 cm
MESTIÇAGEM, #20 e #21 [Sobre a Pele], 2021
Jenipapo e carvão sobre saco de cimento, cerâmica,
latão, vegetais, terra, sisal, ferro
160 x 95 x 5 cm

MESTIZATION #20 and #21 [OVER THE SKIN #1], 2020

Jenipapo on paper cement sack, ceramic, brass, vegetables,
Land, sisal, iron
160 x 95 x 5 cm
XE RAPÓ [Minha Raíz], 2020 | Video | 4’40”
XE RAPÓ [ My Roots], 2020 | Video | 4’40”

Link of the video: https://www.youtube.com/watch?v=Wt4AnmVUrbY

JAPYTU’U [Repouso], 2021
Linha de algodão, sisal, ferro
160 x 400 x 70 cm
Rede produzida com luvas usadas por
operários carregadores de tijolos

JAPYTU’U [Repouso], 2021

cotton, sisal and iron
160 x 400 x 70 cm
Rest hammock produced with gloves
used by brick loaders
ABAPORU #1 [Estudos Sobre Métodos de Grilagem Cultural] , 2020 ABAPORU #1 [Studies of methods of grilagem cultural], 2020
Video, jenipapo e carvão sobre papel, impressão em papel algodão Video, jenipapo and coal on paper, print on paper
Dimensões variaveis Variable dimensions
Stills do vídeo de registro do ritual artístico ABAPORU #1

Stills of the video register of the artistic ritual ABAPORU #1

Print da tela do site de compras da página de venda do exemplar da primeira edição da Print screen of the sales page of the Revista de Antropofagia first ediction, and the
Revista de Antropofagia, e o certificado do desenho Paisagem Antropofágica de certificate of the Antropofagical Landscape drawing made by Tarsila do Amaral, both
Tarsila do Amaral, ambos destruídos no ritual artístico ABAPORU #1. destroyed in the artistic ritual ABAPORU #1.
Museu da Cidade de São Paulo
Solar da Maruesa de Santos
2021
JAIKO JEVY, JAJAPO JEVY HÁ’E KUEPY
Artista: Andrey Zignnato
Curadoria: Sandra Benites
Andrey Guaiana Zignnatto má nhande kuery ramyminõ yma ramo
ikuai va’ekuery Inhapuambaçu tekoa oin raka’e São Paulo
já’eambyte re ayn ramo ita gui meme má opamba’e oin, ha'e má
kyrin vy oiko axy raka’e va'eri ayn há’e nhombo’e va’e oiko,
Guarani regua’i havi oiko tupinaky’i re oje’a i va’ekue. Va’eri há’e
arandua oguereko va’e rupi meme Ju tembiapó oexauka
Ayn gui ita pa oiny yma ramo nhandeva’e Kuery ikuai raka’eague
rupi ramo tetã re jaiko vy mamo rantu nhamoendy tataypy jaguapy
aguã nhamombe’u aguã nhamdereko há’e opamba’ereko regua re,
há’e va’e aepy nhende Kuery reko, ka’aru maramo jogueroguapy
ayvu Porã omombe’u. Oiko pete’in Mby’a heta omomba rai’i
va’ekue rembyre’i má ayn gui ojevy jogueravy ha'e yvy re joguero’a
avi aguã.
Andrey Guaiana Zignnatto má nhande kuery ramyminõ yma ramo
ikuai va’ekuery omboypy tembiapó Oiko pete’in Mby’a heta
omomba rai’i va’ekue rembyre’i má ayn gui ojevy jogueravy ha'e
yvy re joguero’a avi aguã Ayn gui ita pa oiny yma ramo nhandeva’e
Kuery ikuai raka’eague rupi ramo tetã re jaiko vy mamo rantu
nhamoendy tataypy jaguapy aguã nhamombe’u aguã nhamdereko
há’e opamba’ereko regua re, há’e va’e aepy nhende Kuery reko,
ka’aru maramo jogueroguapy ayvu Porã omombe’u. Oiko pete’in
Mby’a heta omomba rai’i va’ekue rembyre’i má ayn gui ojevy
jogueravy ha'e yvy re joguero’a avi aguã.
Nhande Iporã vaipa ramo katu há’evete tove katu anhete toimba
Porã i katu opamba’eramo jepe koo yvy re nhandekuai porã, aguã
rupi katu nhande kuery ramyminõ yma ramo ikuai va’ekuery regua
há’e katu imbaraete aguã já’eambyte re ayn ramo ita gui meme má
opamba’e oin, ha'e má kyrin vy oiko axy raka’e va'eri ayn há’e
nhombo’e va’e oiko, Guarani regua’i havi oiko tupinaky’i re oje’a i
va’ekue. Va’eri há’e arandua oguereko va’e rupi meme Ju tembiapó
oexauka jaguapy aguã nhamombe’u aguã nhamdereko há’e
opamba’ereko regua re, há’e va’e aepy nhende Kuery reko, ka’aru
maramo jogueroguapy ayvu Porã omombe’u. Oiko pete’in Mby’a
heta omomba rai’i va’ekue rembyre’i má ayn gui ojevy jogueravy
ha'e yvy re joguero’a avi aguã.
REABITAR, REORDENAR COM POSSÍVEL RETOMADA
Artista: Andrey Zignnato
Curadoria: Sandra Benites
Andrey Guaianá Zignnatto é herdeiro de avós indígenas das
aldeias de Inhampuambaçu que foram silenciados pela cidade
colonial de São Paulo de Piratininga, local posteriormente
dominada por tijolos e concretos de casas e edifícios que hoje
ocupam quase todo o solo desta megalópole. Artista autodidata,
professor de artes visuais e ativista de projetos sociais, o artista
trabalhou como ajudante de pedreiro dos 10 aos 14 anos de idade,
descendente de povos Tupinaky’ia e Gûarini. Estas memórias
afetivas ancestrais são a base para o desenvolvimento conceitual e
dos métodos usados na sua produção artística.
Na atual condição onde muitos territórios originalmente indígenas
encontram-se cobertos por concreto, é difícil pensar na ideia de
um lugar para fazer fogueira no contexto urbano, costume
tradicional dos povos originários para formar o espaço educativo e
transmitir conhecimentos ancestrais através da oralidade, dentre
muitos outros de seus valores violados e enterrados nestes
territórios. Por este razão, quando indígenas que tiveram seus
universos culturais apagados decidem pelo processo de retomada
de suas ancestralidades, apesar deste processo partir dos
simbolismos, ele transcende meras questões simbólicas. A
expressão de sentimento de pertencimento se constrói no campo
das imagens, das narrativas, das memórias para um lugar de vida e
espiritualidade.
Andrey Guaianá Zignnatto começa sua trajetória como artista
apoiado em suas memórias da época em que trabalhou como
pedreiro e nos conhecimentos adquiridos por esta profissão. Em
seus trabalhos mais recentes, fica evidente o deslocamento do
artista das questões sobre a construção civil para questões de sua
ancestralidade indígena. É possível observar nos trabalhos
apresentados na exposição elementos que demonstram o esforço
do artista em reordenar seus pensamentos nesta trajetória, do
contexto urbano para o contexto indígena, esforço este para
equalizar as forças destes universos tão distintos. Neste sentido, é
possível afirmar que o artista; como tantos outros artistas
indígenas contemporâneos; encontrou na arte e suas potencias
poéticas instrumentos que tem colaborado para imaginar e
efetivar esta possível retomada, e reabitar o Tekoha (onde se
REINHABIT, REORDER WITH POSSIBLE RESUMPTION
Artist: Andrey Zignnato
Curator: Sandra Benites
Andrey Guaianá Zignnatto is the heir of indigenous grandparents
from the villages of Inhampuambaçu, who were silenced by the
colonial city of São Paulo of Piratininga; a place historically
dominated by bricks and concrete houses and buildings, and today
occupy almost the entire territory in the megalopolis. The self-
taught artist, visual arts professor, social activist, and descendant
of the Tupinaky’ia and Gûarini peoples, worked as a mason's
assistant from age 10 to 14 years old. These ancestral affective
memories are the basis for the conceptual development and
methods used in his artistic production.
Considering the current condition of many territories that were
originally indigenous and that are now covered by concrete, it is
difficult to think about the idea of a place for a campfire in this
urban context. This traditional custom of the native peoples, as a
way to provide an educational space and transmit ancestral
knowledge through oral communication, along with many other
values, has been violated and buried in these territories. For this
reason, when indigenous people, who have had their cultural
universe erased, opt for the process of resumption of their
ancestry, it transcends mere symbolic issues, even though this
process originates in symbolism. The expression of the feeling of
belonging is constructed through images, narratives, and
memories of a lively and spiritual place.
Andrey Guaianá Zignnatto starts his trajectory as an artist based
on his memories from the time he worked as a mason's assistant
and the knowledge that came from it. In his most recent work, the
artist's shift from issues about the civil construction to his
indigenous ancestry is very clear. In the work presented at the
exhibition, it is possible to see elements that demonstrate the
artist's effort to reorder his thoughts in this trajectory, from the
urban to the indigenous context, which is an effort to equalize the
forces of such distinct universes. In this sense, it can be said that
the artist, as many other contemporary indigenous artists, found in
art and its poetic strengths, instruments that have been helping
him imagine and make this possible resumption happen, as well as
reinhabit the Tekoha (where the collective way of being is
produced). This is the place that was originally organized and
inhabited by indigenous peoples, a space to produce knowledge in
order to safeguard the ancestral right.
Apy ma ore rojapo ojejoko aguã orea katy. Apy guima nda`eve vei
ma amboekue oaxa aguã ore yvy ma Há`e rami ma, oiko ay gui,
orevy o Kaninde pe iporãvea rami merami rojapo há`e va`e
Indigena kuery ay gui ikuai va`ema, yma pyguare rami he`y... Yvy
ojeporua voi amboae rami, yvy rupa omba`e rami ae oiporu oikoa`i
rupi oi aguã yvy ranhe rã oipe`a oipe`e eravy nhandegui, ha`eguima
oiporuxea rami rive tema ojapo ha`epy ikuai va`ere. Ijayua jave
Brasil, vyma oexaã ramo yvy rive rami, nação rami he`y nhande
rexa, vyma Brasil ma yvy oi rivea rami jaikuaa? Vy há`ema
jajogueroa yvy re.
Yvyty manje ojoua rami omombe`u vyma oo Paraty peve ogueraa
aguã há`egui navio pyju, há`erami onhemombe`u oiny. Tape puku
ojeporu va`ekue apy ikuai aema va`e kuery, ojuka há`egui o
escraviza pa mavy rive. Jaexa porã ramo há`e rami voi: yvy oi
porãve aguã ambikuai hague rupi rive oi ovy. Apy ma nda`ikuai
yvyre hekoa`i va`ekue anho`i he`y, ikuai avi jurua kuery oejaa rive
tape rupi va`e kue voi, há`e rami ojejapo ovy já`e aguã rami rivema
aema oi. Nhandero aguã yvy nda`eve vei ma, nhande jopy parei ma,
ambo`ekue reve nhande kuai aguã joupive`i pave voi. Yvy`ã,
ka`aguy, yakã, ija va`e meme ikuai vy jepe ma, ay gui oiporua
mba`emo ojou aguã rive etema. Andrey Guaianá Zignnatto ayvu
rupi rive há’eva’e CO YBY ORE RETAMA [Esta Terra é Nosso
Lugar] He’i va'e regua
Tradução para Guarani M’bya: Anthony Karaí Poty
produzem modo ser coletivo), o lugar originalmente organizado e
habitado por povos indígenas, espaço de produção de
conhecimento para resguardar o direito ancestral.
É importante aqui também alertar para os riscos e cuidados
necessários sobre as ainda constantes abordagens das questões
dos povos indígenas a partir de perspectivas colonizadoras.
Cuidados para não romantizar em demasia a ancestralidade como
se o Brasil fosse “descoberto”, como se as populações indígenas de
diversas etnias fossem “civilizadas” passivamente, e sobre tudo o
que e quem define alguém como um indígena. Daí a importância
dos indígenas que foram silenciados se colocarem em evidência,
como também uma reação dos povos originários que sempre
lutaram para resistir às invasões, e, no caso dos que escolhem os
caminhos das artes, demonstrarem como a ficção também é um
importante dispositivo nessas retomadas político-identitárias, à
semelhança do que, como denunciava Oswald de Andrade, o foi/é
para a colonialidade. Não se trata, portanto, de pensar o prefixo re
necessariamente como um resgate ou um retorno a um ponto
supostamente anterior à invasão colonial. Por isto é relevante
pensar que o espaço expositivo e a produção de obra de arte
indígena que não é qualquer lugar e obra.
A obra de um artista indígena é uma obra que vem da tentativa de
tradução da luta indígena em pró do território físico e também do
espaço subjetivo do pensamento. Essa obra ela é muito especial
por conta disso, porque ela traduz esse movimento de resistência,
de sobrevivência e de expansão nesses espaços. Ela não é apenas
um simples objeto, mas o resultado de um saber ancestral e
transcendental. Essa obra é uma tentativa de tradução de
pensamentos e da criatividade de coletivos, que não devem ser
vistas como apenas de um indivíduo, o artista. A importância do
coletivo para o indivíduo e do indivíduo para o coletivo é essencial
na arte indígena. Nunca estamos representados na arte apenas por
um indivíduo. E essa obra criada pelos artistas indígenas aparece
de uma forma que recoloca esse pensamento acerca do indivíduo
dentro de um todo, e da relação deste individuo com esse todo.
Não existe uma obra indígena sem esse encontro e esse
conhecimento que é produzido pelo coletivo. A obra ela é
materializada pelo indivíduo, mas o pensamento é um processo
que ocorre no coletivo. Apesar da obra de Andrey falar do
processo histórico de sua família, ela fala também por todos os
demais indígenas que foram soterrados nas cidades por toneladas
de concreto e indiferença.
It is also important to draw attention here to the risks and
necessary care when it comes to the constant issues of the
indigenous peoples, from colonizing perspectives. Being careful
not to overly romanticize the ancestry, as if Brazil was
"discovered", as if the indigenous populations of several ethnicities
were passively "civilized", and above all, what and who defines a
person as being indigenous. That is why it is important for the
indigenous people who have been silenced to come forward, like a
reaction from the native peoples who have always fought to resist
invasions. Moreover, for the ones who choose art, it is important
for them to demonstrate how fiction is also an important device in
the context of politics and identity resumptions; similar to what
was/is for colonialists, as Oswald de Andrade, a Brazilian poet,
used to say. Therefore, it is not a question of thinking about the
prefix re, necessarily, as a rescue or as a return to a point
supposedly prior to the colonial invasion. This is the reason why it
is relevant to think that the space for an exhibition and the
production of the indigenous artwork cannot just take place
anywhere or be anything, respectively.
The work of an indigenous artist is the type of work that comes
from the attempt to translate the indigenous struggle, in favor of
the physical territory, as well as the subjective space of thought.
This is what makes this piece so special, because it translates this
movement of resistance, survival, and expansion within these
spaces. It is not simply an object, but the result of an ancestral and
transcendental knowledge. This piece is an attempt to translate
thoughts and the creativity of collectives, and it should not be seen
as something from an individual, the artist. The importance of the
collective to an individual, and of the individual to the collective, is
essential in indigenous art. We are never represented in art only
by an individual. And this piece created by the indigenous artists is
portrayed in a way that replaces this thought of an individual
within the whole, with the relation of the individual with the whole.
There is no indigenous work without this encounter and
knowledge that is produced by the collective. The individual may
materialize the piece, but the thought is a process that occurs
within the collective. Even though Andrey's work talks about his
family's historical process, it also talks about all the other
indigenous peoples that have been buried in the cities by tons of
concrete and indifference.
É difícil encontrar nas palavras um meio para explicar tudo o que é
único e especial, o que é transcendental, que está diretamente
associado aos seres da terra. O corpo, os relacionamentos sociais,
o bem estar, o bem viver é intimamente relacionado aos elementos
do entorno, a própria sociedade, os elementos da terra mata e
animais, os espíritos. Não é possível no pensamento indígena
desassociar essas relações. E é na arte o meio que o indígena
encontra uma forma de traduzir as complexidades destas relações.
É importante e necessário que os juruá (não indígenas)
compreendam estes outros modos de pensamentos, como esses
diversos olhares indígenas. A arte indígena é mais um alerta na
tentativa de diálogo entre os povos indígenas e esses juruá, que
lhes oferece outras formas de enxergar para além das enormes
paredes de concreto e pisos de asfalto, e enxergar aquilo que nos
une numa relação de respeito como humanos, e juntos o que nos
une com o não-humano numa relação respeitosa também com os
Ijá do Rio, Ijá da Mata, os guardiões , o espírito da terra, o espírito
da floresta, o espírito das árvores. Estas são algumas reflexões que
podem ser encontradas nas obras de Andrey Guaianá Zignnatto,
que fazem parte da exposição CO YBY ORE RETAMA [Esta Terra
é Nosso Lugar].
06 de julho de 2021
Sandra Ara Rete Benites
Curadora
It is difficult to find the words to explain what is real and special,
and what is transcendental, which is directly associated with
human beings. The body, social interactions, wellbeing, and good
life are closely related to the elements around you; society itself,
the elements of the earth, forest and animals, the spirits. In the
indigenous way to think, it is not possible to detach from these
relations, and it is through art that the indigenous person finds a
way to translate the complexity of such relations.
It is important and necessary that the juruá, Tupi-Guarani for non-
indigenous folks, understand these other ways of thinking, like
several indigenous perspectives. Indigenous art is yet another
signal when it comes to the attempt of communication between
indigenous peoples and the juruá. It offers other ways to look
beyond the huge walls of concrete and paved grounds and see
what unites us, in a relationship of respect as human beings and
also, with non-humans in a respectful relationship with the Ijá from
Rio, Ijá from Mata, the guardians, spirit of the earth, spirit of the
forest, and spirit of the trees. These are some of the reflections
that can be found in the work of Andrey Guaianá Zignnatto, which
is part of the exhibit CO YBY ORE RETAMA, The Earth is Our
Land.
July 06, 2021
Sandra Ara Rete Benites
Curator
ROBA, 2021
Madeira, ferro
Dimensões variáveis

ROBÁ, 2021
Wood and iron
Variable dimensions
 FRATURA [Huachipa – Pachacutec] FRACTURE [Huachipa – Pachacutec]
FRATURA [Huachipa – Atahualpa] FRACTURE [Huachipa – Atahualpa]
FRATURA [Huachipa – Yupanqui] FRACTURE [Huachipa – Yupanqui]

2018 2018
Cerâmica, epoxi, notas de dólares americano Ceramic, epoxy mass, american dollar
40 x 40 x 2,5 cm 40 x 40 x 2,5 cm
 FRATURA #1 , 2020 FRACTURE #1, 2020
Cerâmica, epoxy, notas de dólares americanos em papel Ceramic, epoxy, american dolar in paper
25 x 100 x 40 cm 25 x 100 x 40 cm
FRATURA [detalhe]
FRACTURE [detail]
FENDA [Huachipa] #1, #2 e #3 , 2018 CRACK [Huachipa] #1, #2 and #3 , 2018
Pigmento sobre papel de algodão Pigment on cotton paper
55 x 70 cm 55 x 70 cm
ALICERCE #3, 2020
Cerâmica, tinta de jenipapo e carvão,
cimento e ferro
165 x 100 x 30 cm

FOUNDATION #3, 2020

Ceramic, jenipapo and coal paint,
Cement, iron
165 x 100 x 30 cm
ABAPORU #2 [Estudos Sobre Métodos de Grilagem Cultural] , 2020 ABAPORU #2 [Studies of methods of grilagem cultural], 2020
Jenipapo, carvão e urucum sobre papel, livros de papel Jenipapo, carvão e urucum on paper, paper books.
Dimensões variaveis Variable dimensions
ABAPORU #2 [detalhes] ABAPORU #2 [details]
Livros da história de Portugal com as páginas que contam da invasão das terras Books on the history of Portugal with the pages that tell of the invasion of
“americanas” arrancadas para a produção das 2 folhas de papel reciclado “American” lands stripped and used to made the 2 recycled papers.
MESTIÇAGEM #18 e #19 [Sobre a Pele], 2021
Jenipapo e carvão sobre saco de cimento, cerâmica,
latão, vegetais, terra, sisal, ferro
450 x 680 x 50 cm

MESTIZATION #18 and #19 - OVER THE SKIN #1, 2020

Jenipapo on paper cement sack, ceramic, brass, vegetables,
Land, sisal, iron
450 x 680 x 50 cm
ANDREY GÛAÎANÁ ZIGNNATTO
[Andrey Rodrigo de Moura Prestes]
Rua Elizia Machado Benassi, 155, Jundiaí, SP – Brazil – zip code
13203-552
+ 55 11 95243-7101
zignnatto@gmail.com
www.zignnatto.com
Artista autodidata, professor de artes visuais e ativista de projetos
sociais. Trabalhou como ajudante de pedreiro dos 10 aos 14 anos
de idade. Descendente de Tupinaky’ia da família Tibiriça e Gûarini.
Estas memórias afetivas e ancestrais são a base para o
desenvolvimento conceitual e dos métodos usados na sua
produção artística.
Participou de exposições entre individuais e coletivas em museus,
centros culturais e galerias de arte no Brasil, EUA, Emirados
Árabes, Colômbia, Inglaterra, Itália, Peru e Argentina. Entre
algumas das exposições mais importantes estão: ‘Territórios
Forjados’ Sharjah Art Museum [2016]; ‘Territórios Forjados’
Sketch Art Gallery – Colômbia [2016]; ‘Territórios Forjados’ Paço
das Artes SP [2015]; ‘Arte e Patrimônio’ Paço Imperial RJ [2015];
‘Deslocamentos’ Blau Projects galeria de arte [2015]; ‘Estudos
Para Novas Propostas de Interpretação do Espaço Físico’ Funarte
SP [2015]. Contemplado com 2 prêmios do Ministério da Cultura,
sendo 1 pela Funarte e 1 pelo IPHAN [2014 e 2015]; 3 prêmios da
Secretaria de Estado da Cultura de SP pelo PROAC [2014, 15 e
17]; 1 prêmio do 18º Festival Cultura Inglesa, e indicado para o
prêmio Jameel Art Prize do Victória & Albert Museum da
Inglaterra [2017].
Desde 2002 realiza oficinas de arte para projetos humanitários
que apoiam pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade
social, para refugiados da guerra civil na Síria e Líbano, refugiados
da Venezuela, crianças órfãs do Abrigo Nossa Casa, Casa da Fonte,
Centro de Referência do Idoso, Centro de Referência da
Assistência Social, Centro de Apoio Psicossocial adulto e infantil,
moradores da Rua Helvetia [região da Cracolândia SP], prostitutas
e ex-prostitutas atendidas pela Associação Magdala, Centro de
Detenção Provisória Bandeirantes entre outros.
Self-taught artist, visual art's teacher and activist, Zignnatto is a
descendant of brazilian indigenous people Tupinaky’ia and
Guarani. Has worked as a bricklayer with his grandfather between
10 and14 years old. These affective and ancestral memories are
the foundation for the conceptual development and the methods
used in his artistic production. Since the beginning of his career
Andrey shows his works as an activator of labor’s universe: cement
bags, bricks, mortar joints, walls and construction fragments have
been used by him in multiple gestures, cut or repaired. Connecting
art and life, he invites the observer to reflect on the unstable and
dynamic relation that the human being establishes with the
surroundings. Promotes a synthesis of the struggle between
tradition and contemporaneity and its effects on society and local
cultures.
Has showed artworks in more than 50 solo and colectives shows in
galleries and museuns in Brazil, USA, Colômbia, UK, Italy, Peru e
United Arab Emirates. The most important: ‘Territórios Forjados’
Paço das Artes SP [2015]; ‘Arte e Patrimônio’ Paço Imperial RJ
[2015]; ‘Deslocamentos’ Blau Projects art gallery [2015]; ‘Estudos
Para Novas Propostas de Interpretação do Espaço Físico’ Funarte
SP [2015], ‘Territórios Forjados’ Sharjah Art Museum [2016] e
‘Territórios Forjados’ Sketch Art Gallery – Colômbia [2016].
Since 2002 he make artistic workshops to humanitarian projects
to people who live in extreme vunerable social situation: orphan
children at Abrigo Nossa Casa, Seniors Reference Center, Social
Suport Reference Center, Centro de Apoio Psicossocial adult and
child, prostitutaes and ex-prostitutes at Magdala Association,
refugee immigrants of civil war from Síria in Brasil and Lebanon,
prisioners at Bandeirantes Detention Center, and others.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | SOLO EXHIBITIONS
2019
"REFORMA - CANTEIRO DE OBRAS", Janaína Torres galeria de artes, São Paulo - Brasil
2018
“OF ALL, ONE SAME LAND”, Pinacoteca de Jundiaí, São Paulo – Brazil
“TERRITORIOS FORJADOS”, IK Projects, Lima – Peru
2017
“FORGED TERRITORIES”, Sharjah Art Museum, Sharjah – United Arab Emirates
2016
"TERRITÓRIOS FORJADOS" , Sketch Galeria de Arte, Bogota, Colômbia
"EROSÕES", Art Lima Feira Internacional de Artes, Lima, Peru
"ESTUDOS PARA ACIDENTE DE ESTRUTURAS, Fundação Ema Klabin, São Paulo, Brasil
2015
“TERRITÓRIOS FORJADOS #1 - ESTUDOS PARA NOVAS PROPOSTAS DE INTERPRETAÇÃO
DO ESPAÇO FÍSICO” – Funarte SP, sala Mario Schemberg, São Paulo, Brasil
“TERRITÓRIOS FORJADOS #2”, Temporada de Exposições Paço das Artes, São Paulo, Brasil
“TERRITÓRIOS FORJADOS #3”, Museu Histórico e Cultural de Jundiaí – PROAC - Governo do Estado de
São Paulo, São Pauo, Brasil
“DESLOCAMENTOS”, Blau Projects Galeria de Arte, São Paulo, Brasil
“CANTEIRO DE OBRAS”, Galeria Fernanda Perracini Milani – Jundiaí, São Paulo, Brasil
2014
“UMBRELLA”, 18º Festival Cultur a Inglesa – Britsh Culture Centre, São Paulo, Brasil
“CONTAMINAÇÕES” Galeria Fernanda Milani - edital Teatro Municipal de Jundiaí, São Paulo, Brasil
2013
“Under Construction “ Museu de Arte de Goiânia - MAG - Goiás, Brasil
“Under Construction “ Galeria Fernanda Milani - edital Teatro Municipal de Jundiaí, São Paulo, Brasil
EXPOSIÇÕES COLETIVAS | COLLECTIVE EXHIBITIONS
2019
"TRIANGULAR - ARTE DESTE SÉCULO", Casa Niemeyer - Centro Cultural da América Latina, UNB -
Brasília - BR
"PARALELA - COLATERAL", residência artística Expediciòn, Havana - Cuba
"PEQUENOS VESTÍGIOS DE MELANCOLIA", Fundação Nacional de Artes FUNARTE, São Paulo, BR
2018
HORIZON, Sharjah Art Museum, Sharjah, EAU
FESTIVAL CHATARRA, 220 Cultura Contemporânea, Córdoba, AR
TERRITÓRIOS, 14º Salão Nacional de Artes de Itajaí, Santa Catarina, BR
DEFRONTAR – DESIMAGINANDO FRONTEIRAS, Memorial da América Latina, São Paulo, BR
2017
PARTILHAS, PRESENÇAS, PROJETOS, Blau Projects Art Gallery, São Paulo, BR
ESPAÇOS FORJADOS, SESC Presidente Prudente, São Paulo, BR
2016
"TRANSBORDER: GROUP EXHIBITION" Fabien Castanier Gallery, Los Angeles - CA, USA
2015
"Quanto Eu Piso Em Folhas Secas" curadoria de Agnaldo Farias - Torre Santander - SP
"Cidade Inquieta" curadoria de Danilo Oliveira - SESC Rio Preto - SP
"Metáforas Construídas" curadoria de Andrès Hernandes - La Cometa Galeria de Arte, Bogotá - COL
“Ficções” curadoria de Daniela Name – Caixa Cultural Rio de Janeiro – RJ
"Intervenções Urbanas Bradesco ArtRio" curadoria de Isabel Portella – Museu da República -
RJ "Norte" Espacio de Arte Contemporáneo PLECTO, projeto paralelo do MED15/Museo de
Antioquia - Medelin - CO
“Não Vale Trapacear”, curadoria de Galciani Neves– grupo de estudos da Escola Entrópica /Instituto Tomie
Ohtake - SP
"Entre-Meios" curadoria de Isadora Reis - Ateliê Plano - SP
2014
46º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Piracicaba – SP
21º Salão Nacional de Praia Grande - SP
“O Saber da Linha” – Pinta London Art Fair – Londres – UK
“Prêmio Arte e Patrimônio” – Centro Cultural Paço Imperial – RJ
“Summer Project” – FL Gallery – Milão - IT
“Entre #2” – Galeria Portas Vilaseca – RJ
39º Salão Nacional de Arte Contemporânea – Museu de Arte de Ribeirão Preto - SP
11º Salão Nacional Elke Hering – Blumenau – SC
Programa de Exposições do Museu de Arte de Ribeirão Preto - SP
“Novíssimos” – Galeria IBEU – Rio de Janeiro – RJ
“Vamos Refazer o Mundo” – Galeria Luiz Fernando Landeiro – Salvador - BA
2013
45º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Piracicaba -SP
4º Salão Nacional de Cerâmica - Curitiba - PR
“SURPRISE” – leilão ateliê 397 – São Paulo - SP
13º Salão Nacional de Artes de Itajaí - SC
2º Arte Londrina - PR
20º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Praia Grande - SP
12º Salão Latino Americano - Museu de Arte de Santa Maria – RS
2012
11º Bienal do Recôncavo Baiano - São Félix - BA
Salão Nacional de Artes Visuais de Vinhedo – SP
ASC Main Oficce - ASC Studios Streatham Hill - Londres - Inglaterra
International Exibition Musée d’art de Joietle- Quebec - Canada
Human Nature and Tecnology - Museu de Budapeste - Hungria
2008 COLEÇÕES PÚBLICAS | PUBLIC COLLECTIONS
17º Encontro de Artes Visuais de Atibaia - SP
2007 Perez Art Museum Miami - Miami - USA
Mostra Histórica de 35 anos da Ass. Dos Artistas Plásticos de Jundiaí Complexo Cultural Argos - Jundiaí - Museu de Arte do Rio de Janeiro, MAR – RJ - Brazil
SP Centro Cultural Paço Imperial – IPHAN – Rio de Janeiro – RJ - Brazil
2006 Centro Cultural da América Latina - Casa Niemeyer - Brasília University - Brazil
Salão Nacional de Artes Visuais de Vinhedo - SP Museu de Arte de Blumenau – SC - Brazil
2005 Pinacoteca Municipal de Piracicaba Miguel Dutra - SP - Brazil
10º Salão Nacional de Arte Contemporânea de SBC - SP Museu de Arte de Ribeirão Preto - SP - Brazil
2004
Salão Nacional de Artes Visuais de Vinhedo – SP
2002
“Marilyn Moroe” - Galery Study - Nápoles - Itália
2001
13º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Praia Grande - SP
2001
“Money, Money, Money” - Kaos Gallery - Espanha
2001
International Exibition- Centro Cultural de La Plata – Argentina

PRÊMIOS | PRIZES

2020
Prêmio Produção de Exposição Inédita de Artes Visuais - Secretaria de Estado da Cultura - PROAC-SP
Registro e Licenciamento de Exposições Inéditas de Artes Visuais - Secretaria de Estado da Cultura -
PROAC-SP
Prêmio Residência de Criação em Artes Visuais - Fundação Monsenhor Chaves, Teresina, PI
2015
Prêmio de Artes Visuais – Secretaria de Estado da Cultura / PROAC
2014
Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea
Paço das Artes - Temporada 2015 - São Paulo - SP
Prêmio de Artes Visuais – Secretaria de Estado da Cultura / PROAC – São Paulo - SP
2013
Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio - IPHAN/Ministério da Cultura
18º Festival Cultura Inglesa - projeto «Umbrella» - Britsh Culture Center - SP
EMBYRA
Artista: Andrey Guaianá Zignnatto
Produtora: Ellen Navarro
Diretor do Museu Afrobrasil: Emanuel Araújo
Curadora do Museu Afrobrasil: Sandra Salles
Projeto arquitetônico: Roberto Okynaka
Imagens: acervo do artista
Museu Afro Brasil
de 04 de setembro à 05 de dezembro
2021
CO YBY ORE RETAMA
Artista: Andrey Guaianá Zignnatto
Curadora: Sandra Ará Reté Benites
Produtora: Ellen Navarro
Diretor do Museu da Cidade de São Paulo: Marcos Cartum
Curador do Museu da Cidade de São Paulo: Henrique Siqueira
Imagens: acervo do artista
Museu da Cidade de São Paulo
Solar da Marquesa de Santos
de 25 de setembro de 2021 à 15 de março de 2022
zignnatto@gmail.com