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Técnicas de Acesso

1º TEN BM LUIZ AUGUSTO DE MEDEIROS LIRA


Conceito
O resgatista deve buscar, sempre que possível,
utilizar o acesso mais simples, a fim de não tornar a
operação desnecessariamente complexa. Por isso, ao
identificar o acesso que será utilizado deverá seguir a
seqüência:

Portas por meios não destrutivos: sempre que


possível o acesso deve ser por meios normais, utilizando a
porta que abre;

Janelas por meios não destrutivos: Se não for possível


abrir normalmente uma porta , o socorrista utilizará
abertura de uma janela que não precise ser quebrada;

Janelas por meios destrutivos: Se não for possível


acessar a vítima sem utilizar um método não destrutivo, a
opção será o resgatista quebrar uma janela que esteja
distante da vítima, permitindo o acesso pelo socorrista;
Portas por meios destrutivos: Se não for possível
utilizar a abertura de uma janela, o resgatista deverá
desobstruir uma porta por meios destrutivos;

Teto: Se uma porta também não puder ser utilizada


para o acesso, ou haver a necessidade de ter que
fazer a extração da vítima por cima do veículo, seja
pela vítima obesa ou que assim seja para preservar a
coluna cervical, deve-se optar pela retirada do teto ou
rebatimento do mesmo;

Outros meios: A depender das circunstâncias,


pode haver necessidade de se utilizar outros meios
de acesso, como: assoalho, abrir uma terceira porta e
etc..
Portas por meios não destrutivos

Janelas por meios não destrutivos

Janelas por meios destrutivos

Portas por meios destrutivos

Teto

Outros meios
Desencarceramento

A forma como a vítima será extraída depende


primeiramente dela estar desencarcerada, ou seja, que
a estrutura do veículo ou outros fatores não estejam
impedindo a sua retirada rápida e segura. Portanto,
quando conclui a avaliação inicial da vítima, o
socorrista, juntamente com o comandante de guarnição
de resgate, avaliam a existência de mecanismos de
encarceramento e em que grau estes mecanismos
impedem ou dificultam a saída da vítima.
Classificação de Resgate

Neste tópico, de modo doutrinário,


classificaremos o resgate em dois tipos, que levam
em conta o grau de dificuldade para a liberação da
vítima das ferragens, sejam eles:

Resgate leve

Resgate Pesado
Resgate Leve

O desencarceramento da vítima é feito com manobras


simples;

Afastar ou reclinar o banco

Rebater ou reclinar o volante

Cortar roupa

Forçar porta
Resgate Pesado

O desencarceramento da vítima atuará sobre a estrutura do


veículo, exigindo uma seqüência mais agressiva e rápida de
manobras;

Quebrar e retirar todos os vidros

Rebater ou retirar o teto

Retirar porta

Afastar Painel

Fazer 3ª Porta
Materiais Empregados
Conjunto Desencarcerador
Ferramenta Combinada
Cortadores
Extensores ( cilindros de resgate)
Alargadores
Moto Bomba
Serra Sabre
Também se utilizam para os acessos: Alavancas e Machadinhas
Tipos de acesso
Retirada do vidro laminado

A retirada do vidro laminado, que na maioria


dos veículos é o pára-brisa, se faz com o uso da
machadinha ou com mais eficiência e rapidez com o
uso do Serra-sabre. Observe na figura a linha
amarela, esse seria o contorno feito com o Serra-
sabre, não podendo o resgatista cortar o vidro todo
de uma vez só, visto que uma vez fechando-se o
contorno o vidro irá cair sobre o painel do carro
atingindo a vítima.
De modo que deverá ser feita a retirada com
um resgatista a mais ajudando a empurrar o pára-
brisa para a frente do veículo.
Retirada do vidro temperado

Localização

a) Pára-brisas dianteiros antes da década de 90 em


carros nacionais e importados.

b) Pára-brisas laterais e traseiros na maioria dos


veículos nacionais e importados até os dias de
hoje.
Entrada Forçada

a) Utilização de Punção nos cantos inferiores. Após o estilhaçamento,


abrir o buraco formado com a machadinha e retirar o restante dos
vidros que ficaram pendurados para fora do veículo; ou

b) Utilização de Machadinha nos cantos inferiores e depois com o apoio


da machadinha retirar o restante dos vidros que ficaram pendurados,
para fora do veículo.
c) Poderá ser retirado todo o vidro, cortando-se a
borracha e com o auxílio de uma chave de fenda,
usando como alavanca, desencaixa-se todo o vidro.
Deverá ser dado preferência para esta técnica
quando tratar-se de pick up (cabine simples), pois a
quebra dos vidros poderá atingir as vítimas.
Retirada da porta
Para que se dê inicio a retirada da porta é
necessário que seja retirado ou quebrado o vidro da
porta que está sendo retirada, evitando que o mesmo
venha a quebrar quando da retirada da porta.

A retirada da porta se inicia com o destravamento


da mesma, ou seja, eleva-se o pino de trava das portas,
com o uso de alavanca se fará a abertura de uma fenda
maior na porção das dobradiças, que servirá para a
entrada da ferramenta combinada ou do próprio
alargador.
Uma vez feito o acesso, deve-se colocar a
ferramenta fechada sobre a dobradiça, entre a
estrutura da coluna e da própria porta e fazer a
ferramenta alargar estourando a dobradiça.
Repita o procedimento na dobradiça inferior.

OBS: NÃO CORTE A DOBRADIÇA, ESTAS


SÃO FEITAS DE AÇO, MATERIAL QUE PODE
VIR A QUEBRAR AS LÂMINAS DA
FERRAMENTA HIDRAULÍCA.
Uma vez liberadas
as dobradiças, deve-se
segurar a porta elevando-
a, simultaneamente
acionando a fechadura da
mesma para sua liberação.
Se ainda persistir a porta
sem querer sair em virtude
da fechadura, haverá a
necessidade de se
estourar a fechadura.
Rebatimento do Volante
Para a realização do rebatimento do
volante, é necessário que se retire o pára-
brisa, com o uso de correntes, fixe uma delas
ao volante e outra extremidade na frente do
veículo, sendo este ponto resistente o
suficiente para suportar a tração aplicada. Em
carros de tipo construtivo diverso ao de
longarinas, o efeito pode ser somente o
volante se elevar, não necessariamente o
painel irá se afastar.
Rebatimento do Painel
Nesta técnica é necessário que já se tenha retirado o teto.

a) Corte de quebra de resistência na base da coluna «a»


b) Uso de extensor, na base da coluna «b» até o ponto
médio da coluna «a»
c) Tensionar definitivamente o painel
d) Complementar o calçamento
Retirada do teto
É DE SE OBSERVAR OS PONTOS EXATOS NO CORTE, NA COLUNA A
CORTA-SE PREFERENCIALMENTE NO MEIO; NA COLUNA B, ACIMA, PROXIMO
AO TETO, EM VIRTUDE DE HAVER A BARRA DE REGULAGEM DO CINTO DE
SEGURANÇA, QUE É CONFECCIONADA EM AÇO, O QUE PODE VIR A DANIFICAR
A FERRAMENTA; E, POR FIM, A COLUNA C EM SEU PONTO MÉDIO.
NADA IMPEDE QUE SE UTILIZE TAMBÉM O SERRA-SABRE PARA O CORTE DAS
COLUNAS, O QUE AGILIZA O PRECEDIMENTO, OBEDECENDO OS CRITÉRIOS
DESCRITOS ANTERIORMENTE.
Rebatimento de teto - Veículo tombado
a) Extrair o vidro traseiro
Serão feitos cortes nas colunas A, B, C do lado
oposto de veículo que está em contato direto com o solo.
Os critérios de corte seguem os padrões citados
anteriormente.
Será feito então o corte dobradiça ( corte de alívio),
corte este próximo as colunas A, B e C do veículo, não
sendo o corte da coluna mas sim um corte paralelo ao solo e
cortando efetivamente o teto.
Apoiar o teto rebatido sobre calços, servindo agora
como base para os trabalhos de extração.
Segurança
Nunca se posicione entre o veículo e a ferramenta

Nunca exponha as mangueiras da ferramenta a abrasão,


objetos cortantes, calor, produtos químicos

Nunca puxe ou transporte as ferramentas de


desencarceramento pala mangueira

Nunca pise nas mangueiras hidráulicas

Componentes do veículo sob pressão podem ser ejetados


com violência >>> Roupa de aproximação!

Ferramentas que não estão sendo utilizadas devem ser


colocadas na lona de equipamentos

As ferramentas devem ser carregadas somente pela alça


de transporte

Nunca desconecte uma ferramenta pressurizada


Alargadores

Durante a operação, sempre utilize toda superfície das


ponteiras

A qualquer sinal de instabilidade da ferramenta, pare e


reposicione a mesma

Assegure-se de que a ferramenta esteja posicionada de modo


que não pressione as ferragens para dentro do veículo

Nunca toque as ponteiras da ferramenta quando em operação

Após sua utilização, coloque a ferramenta em posição de


segurança
Cortadores

Posicione o cortador a 90 graus em relação ao objeto


que está sendo cortado

Envolva o máximo possível o material que está sendo


cortado, evite cortes com a extremidade das lâminas

Cuidado com acionadores de airbags ou outros


dispositivos de segurança

Se, durante o corte, as lâminas começarem a torcer ou


se separar, pare e reposicione a ferramenta
Extensores

Posicione sempre o extensor de modo que o


mecanismo de controle esteja acessível

Tenha especial atenção ao reiniciar uma operação de


extensão para evitar que a carga seja abaixada
acidentalmente

Para garantir uma melhor aderência e estabilidade da


ferramenta, use a plataforma de extensor

Providencie estabilização do veículo antes de aplicar


pressão em partes do mesmo
Disponível para download em:

http://profissaobombeiro.blogspot.com

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