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E
USO DE ESGOTO TRATADO
17/03/16
Um litro de esgotos pode poluir e contaminar (consumir) dezenas ou
mesmo centenas de litros de água natural
“A situação é grave: para cada mil litros de água utilizados, outros 10 mil
são poluídos”. (Revista DAE, boletim eletrônico de 22/03/2010)
Na verdade uma pessoa produz mais de 100 litros de esgotos por dia,
que geralmente polui e contamina mais de 1.000 litros de água natural,
e pode poluir até 10.000 litros de água por dia.
Reúso controlado da água
REÚSO DE ÁGUA
RECICLAGEM DE ÁGUA
RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA
ÁGUA DE REÚSO
REÚSO INTENCIONAL E
CONTROLADO
RECARGA DE AQUÍFEROS
Biogás
Recirculação de Lodo B2
V1
Gradeamento
Efluente Final
Fino R1 Vai para Reservatório
V2
Águas Cinzas Superior p/ Reúso
Aeração
Lodo
C.P. B1
Clorador
CESTO
Bomba
Recirculação de Lodo
ETAC Ed. Royal Blue / Vitória (Gonçalves, 2007)
Água
Vaso
cinza
sanitário
Efluente
Efluente
Anaeróbio
clorado
Efluente Efluente
aeróbio filtrado
UFRN
Efluente de filtros
anaeróbios
UFRN
Tratamento de esgotos em filtros anaeróbios e aerados submersos.
Alta eficiência: DBO 5mg/L;SS 7mg/L; Amônia 6mg/L; Turbidez 1.
REÚSO URBANO NÃO POTÁVEL
Potenciais:
• Irrigação de parques e jardins públicos, áreas verdes e canteiros
para melhoria da paisagem e do clima, e árvores e arbustos ao
longo de avenidas e rodovias.
• Irrigação de campos recreativos e de práticas esportivas.
• Alimentação de lagos artificiais ou naturais para fins recreativos,
paisagísticos ou climático.
• Reservas de proteção contra incêndio.
• Lavagem de praças, logradouros, pátios e vias públicas.
• Lavagem de veículos de transporte público e de coleta de lixo.
• Desobstrução de redes de esgotos e de drenagem pluvial;
• Usos na construção civil (compactação de solo por exemplo).
MANCUSO, P C S;
SANTOS, H F.
(editores) et al. (2002).
SABESP
Sistema de tratamento utilizado para produção de água de reúso
para usos urbanos restritos (lavagem de ruas e irrigação de áreas verdes)
Hipoclorito de
sódio
Uso interno (água para
selagem)
Efluente final
Reservatório de
Filtro de areia e agua de selagem
antracito
Filtro cesta
Filtro
cartucho
Potenciais de reúso:
• Torres de resfriamento
• Construção civil, incluindo preparação e cura de concreto e
compactação de solos
• Irrigação de áreas verdes de instalações industriais
• Lavagem de pisos, máquinas, peças e equipamentos
• Lavagem e transporte de materiais e matéria prima
• Transporte de resíduos
• Lavagem de veículos e outros sistemas de transporte
• Lavagem de gases em chaminés ou torres de lavagem
• Nos processos industriais
Água de Reúso
– Projeto
Aquaplo
REÚSO DA ÁGUA E USO DE ESGOTOS TRATADOS EM
FERTIRRIGAÇÃO, HIDROPONIA E PISCICULTURA
UFRN
UFC/CAGECE
MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade
Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos
Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013
4 1412,4
3 1214,6
Tratamentos
2 1986,2
1 887,5
T1 – Água + adub.
T2 – Esgoto + adub.
Produtividade da mamona
T3 – Esgoto
T4 – Esgoto + ½ adub.
MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade
Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos
Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013
UFC
Média do
Média da
diâmetro do
Tratamento produtividade
-1
fruto
(kg.ha )
(cm)
T1 – água + adubação recomendada 16.269 a 15,9 a
T3 – esgoto sem adubação recomendada 16.295 a 18,9 ab
T2 – esgoto + adubação recomendada 19.350 ab 18,9 ab
T4 – esgoto + 1/2 da adubação recomendada 23.120 b 20,2 b
DMS 6.550 4,3
Produtividade da melancia
MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade Federal do Ceará. Palestra no
Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de
junho de 2013
Irrigadas com esgoto
Irrigadas com água
tratado
Análise
Salmonella sp.
ausente ausente ausente ausente
(25 g)
Coliforme fecal
<3 <3 <3 <3
(NMP g-1)
MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade
Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos
Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013
USP - SABESP
A questão sanitária do uso dos esgotos tratados
Dimensões de partículas e solutos encontrados em águas naturais e residuárias. (SCHNEIDER e TSUTIYA 2001, apud SCHÄFER 1999).
µm = 1x10-6 m.
Esgoto Solo Cultura Trabalhador Consumidor
Tratamento
”terciário”
Restrição as
Culturas
Controle
Pessoal
Técnica de
Irrigação
Tratamento
”secundário”
Tratamento Completo Restrição de Cultivos
Restrição de Cultivos
e Controle da Técnicas de Irrigação
Expos. Humana
Controle da
Tratamento Parcial Exposição
e Controle da Humana
Exposição Humana
1 - Efluente
Tratamento Parcial e Tratamento Parcial 2 - Solo
Restrição dos Cultivos 3 - Cultivo
4 - Trabalhadores
5 - Consumidores
ISRAEL
ISRAEL
Uso de esgoto
tratado em irrigação
BRASIL
SEMI-ÁRIDO
A agricultura utiliza maior quantidade de água (cerca de 70%)
e pode tolerar águas de qualidade mais baixa do que a
indústria e o uso doméstico, preservando águas de melhor
qualidade para abastecimento humano.
UFSC
Hidroponia em canteiros - Forragem verde hidropônica
UFRN
SOUZA, Anderson J. B. F. de. Produção de forragem verde em sistema hidropônico
usando esgoto tratado. Dissertação (Mestrado) ,Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Programa de Pós Graduação em Engenharia Sanitária. 2008.
UFRN
UFRN
Forragem verde hidropônica com esgoto tratado
+ Tratamento complementar de esgotos em nível terciário com eficiência inigualável
+ Controle da poluição: não polui águas, nem solo nem ar
+ Proteção da saúde pública e do meio ambiente
+ Reúso de água e reciclagem de nutrientes
+ É hidropônica: pequena área; alta produção; controle natural de pragas
+ Hidropônica sem química, natural, orgânica
+ Produção de alimento
+ Alta relação benefício / custos e excelente retorno social do investimento
+ Proteção dos animais (rumem)
+ Altíssima eficiência evapotranspirométrica (clima)
+ Alta eficiência fotossintética (<< CO2; >> O2)
UFV
UFRN
A hidroponia é uma técnica de cultivo bastante difundida em
todo o mundo e também já bastante utilizada no Brasil. É mais
comumente aplicada no cultivo de plantas ornamentais e de
algumas hortifrutigranjeiras, mas vem também sendo utilizada
para produção de forragem verde para nutrição de animais.
Não há empecilho
Há dificuldades, mas é viável
Mas para fazer reúso controlado de águas
é necessário planejar e projetar,
contemplando questões de disponibilidade
e demanda de água de reúso (esgoto
tratado quase sempre) e estudos de
alternativas tecnológicas e de arranjos
institucionais para gestão e regulação.
CROOK, James. Potable Reuse Technologies, Monitoring, and Case Studies. In: 2º SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE REÚSO DE ÁGUA, Curitiba - Brasil, 28 e 29/04/2015. ABES-PR, 2015
Examples of Potable Reuse Projects
1962: CSDLAC (California) - groundwater recharge
1968: Windhoek (Namibia) - direct potable reuse
1976: OCWD WF-21 (California) - seawater barrier
1978: UOSA (Virginia) - surface water augmentation
1985: El Paso (Texas) - groundwater recharge
1995: WBMWD (California) - seawater barrier
2000: Scottsdale (Arizona) - groundwater recharge
2002: Torreele, Belgium - groundwater recharge
2003: ESW, Langford, UK - surface water augmentation
2003: Singapore - surface water augmentation
2005: Alamitos Barrier (California) - seawater barrier
2005: IEUA (California) - groundwater recharge
2008: OCWD GWR System (California) - groundwater recharge
2010: Aurora Prairie Waters Project (Colorado) - groundwater recharge
2014: Big Spring (Texas) - direct potable reuse
2014: Wichita Falls (Texas) - direct potable reuse
CROOK, James. Potable Reuse Policies and Regulations in the USA. In: 2º SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE REÚSO DE ÁGUA, Curitiba - Brasil, 28 e 29/04/2015. ABES-PR, 2015
28 de Abril de 2015 – Terça-feira
MANHÃ:
08:00 – 08:30 – Credenciamento.
08:30 – 09:00 – Abertura.
09:00 – 09:40 – Aspectos e considerações das políticas e da regulação do reuso de água no contexto mundial –
Experiência mundial com Blanca Elena Jiménez – UNESCO.
09:40 – 10:20 – Reúso de água como instrumento da gestão de recursos hídricos com Mônica Porto – USP
10:20 – 11:00 – .Reúso de água no contexto do Plano Nacional de Recursos Hídricos com Devanir Garcia dos
Santos da Agência Nacional de Águas – ANA.
11:00 – 11:40 – Debates.
TARDE:
13:30 – 14:10 – O desafio da implantação de um processo de reúso de água – SANASA/CAMPINAS com Renato
Rosseto da SANASA/ CAMPINAS.
14:10 – 14:50 – Metodologias & tecnologias para águas em cidade empregadas na Dinamarca com Alejandro
Ernesto Lasarte do Grupo DHI.
14:50 – 15:30 – Práticas de reuso de água na Alemanha com Uwe Menzel da Universidade de Sttutgart.
15:30 – 15:50 – Intervalo.
15:50 – 16:30 – Políticas e regulação do reuso potável nos Estados Unidos com James Crook – Consultor USEPA.
16:30 – 17:10 – Debates.
17:10 – 17:30 – Apresentação de produtos e serviços da empresa Hidromar.
17:30 – 17:50 – Tratamento terciário de água de esgoto com membranas de carbeto de silício para re-uso de água
com Jan Poul Sorensen da Liqtech Aps.
17:50 – 18:10 – Apresentação de produtos e serviços da empresa Danfoss do Brasil com José Fabio Rodrigues.
29 de Abril de 2015 – Quarta-feira
MANHÃ:
08:00 – 08:40 – Programa de reúso de água com Marcos Asseburg do Projeto Aquapolo Ambiental.
08:40 – 09:20 – Práticas de sucesso de reúso indireto potável com James Crook – Consultor USEPA.
09:20 – 10:00 – Necessidade da regulação para a viabilização do reúso de água no Brasil com Ivanildo Hespanhol –
CIRRA-USP.
10:00 – 10:20 – Intervalo.
10:20 – 11:00 – Prática de reuso na Indústria – Estudo de caso: Cetrel-Odebrecht Ambiental com Eduardo Pedroza
da Odebrecht Ambiental.
11:00 – 11:40 – Projeto em país da América Latina com Blanca Elena Jiménez – UNESCO.
11:40 – 12:20 – Debates.
TARDE:
13:30 – 14:10 – Reúso de água na agricultura com Cícero Onofre de Andrade Neto – UFRN.
14:10 – 14:50 – Estudo de caso – Projeto SAFIR – União Européia – Produção segura e de alta qualidade de
alimentos na agricultura utilizando água oriunda de processos de tratamento e sistemas avançados de irrigação com
Finn Plauborg da Universidade de Aarhus – Dinamarca.
14:50 – 15:30 – Estudo de caso de Reúso de Água em Sistema de Resfriamento utilizando a Tecnologia de
Eletrodiálise Reversa com Rodrigo Suhett de Souza da Petrobrás.
15:30 – 16:10 - A experiência do Vale do Mesquital (México) com Blanca Jiménez da UNESCO.
16:10 – 16:30 – Intervalo.
16:30 – 17:10 – Debates.
17:10 – 17:30 – Tratamento de Águas e Efluentes com Peróxido de Hidrogênio – Aplicações e Implicações no
Reúso de Águas com Luiz Alberto Cesar Teixeira da Peróxidos do Brasil.
17:30 – 17:50 – Cuidando da Água e do Cliente com Andres Forghieri da Neoflow.
18:10 – Apresentação de produtos e serviços de empresas de tecnologias de reúso de água.
18:10 – Encerramento.
Processos avançados
Membranas
Oxidação (POA)
Carvão ativado
Membranas
Membranas UFRN
Sistemas Peroxidados para Tratamento de Esgoto (efluentes)
• Peróxido de Hidrogênio H2O2 (Aplicação Direta)
• Processos Oxidativos Avançados (POA’s): Fenton (Fe2+ + H2O2); Foto-Ativado (UV + H2O2) Ozônio + H2O2.
ou para beber
?
Water Recycling Criteria Vary Depending on Type of Reuse
CROOK, James. Potable Reuse Policies and Regulations in the USA. In: 2º SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE REÚSO DE ÁGUA, Curitiba - Brasil, 28 e 29/04/2015. ABES-PR, 2015
PROSAB tema Esgoto:
Edital 01 (1997 - 1998): Tratamento de Esgotos Sanitários por Processos Anaeróbios e por
Disposição Controlada no Solo
Edital 02 (1999 - 2001): Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores Anaeróbios
Edital 03 (2000 - 2003): Desinfecção de Esgotos Sanitários e Reuso de Efluentes Tratados
para Fins Produtivos
Edital 04 (2004-2005): Tratamento e utilização de esgotos sanitários.
Edital 05 (2006-2009): Nutrientes de Esgoto Sanitário: Utilização e Remoção.
Disponíveis gratuitamente em:
www.finep.gov.br/apoio-e-financiamento-externa/historico-de-programa/prosab/produtos
UFRN
Efluente de filtros anaeróbios
< 1 ovo verme / L
< 20 mg/l de SS
UFRN
UFRN
Tratamento de esgotos em filtros anaeróbios e aerados submersos.
Alta eficiência: DBO 5mg/L;SS 5 mg/L; Amônia 6mg/L; Turbidez 1.
Irrigação “clandestina” com
efluente de lagoas de estabilização
no Rio Grande do Norte, Brasil
A VISÃO DO AGRICULTOR NA PRÁTICA DO REÚSO AGRÍCOLA NÃO CONTROLADO
NA CIDADE DE CAICÓ/RN
CONCLUSÕES
O estudo apontou que o reúso informal está arraigado culturalmente e economicamente a cidade, sendo
praticado há mais de meio século. Foi possível estimar que a produção de leite dos 16 agricultores entrevistados
corresponde a cerca de 8% da produção do Município, mostrando que o reúso tem significativo valor econômico
para a população local.
Observou-se que a comunidade, de uma forma intuitiva, estabeleceu barreiras sanitárias para o reúso: a única
cultura irrigada pelo esgoto sanitário é o capim para forragem animal e não é permitido o uso de aspersor para
irrigação direta para esgoto bruto.
Um outro aspecto verificado é que os agricultores reconhecem o risco sanitário (risco potencial) decorrente
desta atividade. No entanto, ao considerar suas experiências, eles fazem, empiricamente, uma comparação entre
o risco potencial e o real, considerando que este risco (real) é baixo. A constatação, pela própria vivência, da
diferença entre o risco potencial e o risco real é que afasta o temor do risco sanitário, e provavelmente tem
contribuído para que eles continuem praticando esta atividade.
A pesquisa revelou também que esta atividade é realizada sem nenhuma orientação técnica, existindo um sub-
aproveitamento quanto à produção.
Em que pese todas as condições inadequadas quanto à segurança sanitária e ao meio-ambiente, os exemplos
verificados in loco, os dados coletados, as considerações e depoimentos ao longo de toda a pesquisa, apontam
para a propriedade do reúso agrícola para a cidade, apresentado todas as facilidades sócio-culturais para que
seja implantado um programa de reúso planejado e controlado.
MEDEIROS, Hercília C., ANDRADE NETO, Cícero O. de. A Visão do Agricultor na Prática do
Reúso Agrícola não Controlado na Cidade de Caicó/RN. In: 24º Congresso Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 2007, Belo Horizonte. Anais .... Rio de Janeiro: ABES, 2007.
Cícero Onofre de Andrade Neto
cicero@ct.ufrn.br
55 (84) 3215 3775 Ramal 203