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residência médica em
medicina intensiva
CADERN O D O C U RS O
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para quaisquer fins lucrativos. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar a autoria.
residência médica em
medicina
intensiva
CADERN O D O C U RS O
medicina intensiva
IN T R O D U Ç Ã O
Residência Médica é definida como uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob forma de especialização,
caracterizada por treinamento em serviço, em regime de tempo integral, funcionando em instituições de saúde, universitárias
ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional (Decreto 80.281-77). No Hospital
Sírio-Libanês, a residência médica, bem como todos os cursos de pós-graduação lato sensu, estão subordinados ao Instituto de
Ensino e Pesquisa (IEP) e a sua Coordenadoria de Estagiários.
A Residência Médica em Terapia Intensiva tem como objetivo oferecer conhecimentos teóricos e treinamento prático, para que
o médico intensivista em treinamento seja capaz de abordar e conduzir com propriedade o paciente criticamente enfermo, e
segue as recomendações da associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), através do “Regulamento para Credenciamento de
Centros de Formação do Intensivista” e do MEC.
Ao término do estágio, o médico deverá ter adquirido proficiência no reconhecimento e no manejo inicial de problemas comumente
encontrados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Essa proficiência inclui mas não é limitada a, choque, sepse, insuficiência
respiratória aguda, insuficiência renal aguda, monitorização hemodinâmica, cuidados perioperatórios, insuficiência coronariana
aguda, intoxicação exógena e envenenamento, neurointensivismo, distúrbios eletrolíticos, emergências endocrinológicas,
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desordens da coagulação e suporte nutricional.
N O RMAS DE T RA B A L H O
A Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente restrito, compartilhado por pacientes e profissionais de diversas áreas, em que
a tônica é o trabalho multiprofissional. Portanto, é obrigatório zelar pelo bom relacionamento entre todos os profissionais em
questão, visando à harmonia e ao bem-estar na atividade diária. Qualquer dificuldade ou reclamação deve ser dirigida apenas e
tão somente aos médicos assistentes do dia ou aos responsáveis pela residência em Terapia Intensiva.
É permitido ao médico residente fornecer informação sobre os pacientes internados na UTI aos familiares dos mesmos, desde
que o médico assistente do dia esteja ciente e de acordo. Todas as prescrições e a realização de qualquer procedimento devem
ser discutidas com o médico assistente de plantão na UTI. As mudanças na conduta médica devem ser também reportadas à
enfermeira e à fisioterapeuta de plantão.
Sempre que o residente passar visita com o médico assistente do paciente, ou admitir pacientes na UTI, deve comunicar o médico
de plantão, de preferência ainda na presença do outro colega.
As normas de isolamento dos doentes na UTI devem ser respeitadas estritamente, bem como as normas de precaução universal na
manipulação de doentes.
residência
É mandatório o uso de uniforme próprio da unidade e crachá de identificação. É vedado o uso de estetoscópios e aparelhos de
mensuração da pressão arterial próprios, com o intuito de se evitar a infecção cruzada entre doentes.
Evitar conversas desnecessárias e em tom de voz alto enquanto estiver no setor dos pacientes, e não utilizar os telefones internos
das UTIs para assuntos que não estejam diretamente ligados à assistência dos pacientes internados. Os computadores disponíveis
dentro da UTI, assim como conexão de Internet, são para uso restrito a atividades referentes à assistência aos pacientes internados
na unidade (ex: exames de laboratório e prescrição médica), ou para obtenção de informações médicas.
J O RNADA DE T RA B A L H O
O horário a ser cumprido é das 07h30 às 17h30 de segunda a sexta-feira, além de escala de evolução aos fins de semana das 07h30
às 12h30 e plantão noturno das 19h30 às 07h30 com “day off” no dia seguinte, em escala pré-definida. Há 60 minutos para almoço
diariamente. O horário a ser cumprido varia conforme nos estágios externos ao HSL onde o residente será submetido as regras do
local do estágio.
A V A L IA Ç Ã O
IN F O RMA Ç Õ ES G ERAIS
M O DE L O DE E V O L U Ç Ã O MÉDICA
A UTI do HSL encontra-se, neste momento, quase que inteiramente informatizada e as evoluções médicas seguem tal padrão.
O modelo nos estágios fora do HSL devem seguir as orientações do serviço local. Em linhas gerais, sugere-se o modelo a seguir:
GERAL: Dias de internação, principais diagnósticos, estado geral (bom, regular e mau). 7
SONDAS E CATETERES: Descrever sondas, cateteres e drenos do paciente, vias e problemas relacionados a eles e características
da drenagem.
NEUROPSIQUIÁTRICO: Avaliação neurológica: nível de consciência, cognição, exame neurológico, parestesias, déficits motores,
condições emocionais e psicológicas, exames. Uso de sedação e escalas de avaliação de sedação.
CARDIOVASCULAR: Condições hemodinâmicas do doente, abrangendo a propedêutica cardíaca, perfusão periférica, uso de
drogas vasoativas, qualidade e quantidade delas, medidas hemodinâmicas (PA, PVC, CAV, débito cardíaco, resistência periférica,
etc.) e dados sobre perfusão tecidual (SvO2, lactato, etc.). Dados laboratoriais: enzimas, lactato, acidose metabólica, alterações
importantes no ECG ou ECO, CAT/CINE.
RESPIRATÓRIO: Condições respiratórias do paciente. Ex.: respiração espontânea ou por aparelho, tipo de aparelho ventilador,
modalidade ventilatória e parâmetros mais importantes, gasometria, propedêutica pulmonar e RX de tórax.
ABDOME DIGESTIVO: Condições abdominais, propedêutica completa, situação e condição de incisões e drenos, débito por SNG,
evacuações. Relatar alguma alteração importante em exame por imagem (tomografia, ultrassonografia, endoscopia, etc.).
INFECÇÃO: Avaliação do quadro infeccioso do paciente. Focos de infecções já determinados e prováveis, resultados de culturas já
obtidos e sendo aguardados, presença ou não de febre, condições do hemograma, medicação antibiótica prescrita, etc.
NUTRIÇÃO: Tipo de suporte nutricional introduzido, complicações referentes a ele (hiperglicemia, uremia, vômitos, diarreia),
avaliação da eficiência do suporte nutricional (balanço nitrogenado, curva ponderal).
residência
RENAL URINÁRIO HIDROELETROLÍTICO: Diurese/função renal, processos dialíticos em questão, distúrbios hidroeletrolíticos,
P R O G RAMA T E Ó RIC O - P R Á T IC O
• Neurológicos e neurocirúrgicos
• Cardíacos e coronarianos
• Pneumologia intensiva
• Trauma e queimados
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• Sepse e infecções graves
• Emergências
• Cirurgia experimental
• Ecocardiograma
São treinamentos teórico-práticos obrigatórios até o término da residência (podem ser feitos no primeiro ou no segundo ano do curso
e são oferecidos pelo IEP). Outros cursos e jornadas oferecidos pelo IEP e que sejam de interesse dos residentes poderão ser realizados.
• Curso de Antimicrobianos
Todos os temas do conteúdo programático, ao serem abordados em seus aspectos teóricos, devem levar em conta os seguintes
elementos mínimos:
• Aspectos Semiológicos
• Aspectos Fisiopatologia
• Diagnóstico clínico
• Monitorização
• Tratamento e Prevenção
• Prognóstico
• Aspectos da Medicina Baseada em Evidências
• Referência
1. CARDIOCIRCULATÓRIO
Arritmias cardíacas; Insuficiência coronariana aguda; Infarto agudo do miocárdio; Tamponamento Cardíaco; Trombólise; Dissecção
aórtica; Emergências hipertensivas; Choque cardiogênico; Edema pulmonar cardiogênico; ICC; Reposição volêmica; Disfunção
Diastólica; Monitorização hemodinâmica invasiva e não invasiva; Transporte de Oxigênio; Metabolismo do oxigênio em condições
normais e patológicas; Reanimação cérebro-cardiorrespiratória.
2. RESPIRATÓRIA
Oxigenioterapia; Insuficiência respiratória aguda; Trocas gasosas pulmonares; Estado de mal asmático; Embolismo pulmonar;
DPOC agudizado; Síndrome da Angústia Respiratória Aguda; Broncoaspiração; Suporte ventilatório mecânico invasivo e não
invasivo; Hipoventilação controlada e hipercapnia permissiva; Ventilação mecânica na asma; SARA e DPOC; ECMO; Monitorização
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da ventilação mecânica; Capnografia; Barotrauma & Volutrauma; Pneumonia Associação à Ventilação; Desmame do suporte
ventilatório; Oxigenioterapia Hiperbárica; Gasometria; Arterial; Óxido Nítrico; Edema alveolar não cardiogênico.
3. INFECÇÃO E SEPSE
Infecção comunitária grave; Infecções nosocomiais; Infecções relacionadas a cateteres; Sepse em todo seu espectro; Choque Séptico;
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica; Disfunção de múltiplos órgãos e sistemas; Antibioticoterapia em Medicina Intensiva;
Endocardite Bacteriana; Meningites; Infecção em pacientes imunodeprimidos, inclusive AIDS; Tétano, malária e leptospirose; Colite
Pseudomembranosa; Translocação Bacteriana; Descontaminação seletiva do TGI.
4. NEUROLÓGICO
Estados alterados da consciência; Acidentes vasculares encefálicos; Trombolíticos em eventos encefálicos; Hipertensão
endocraniana; Polirradiculoneurites; Estado de mal epilético; Morte cerebral; Miastenia Gravis; Pós-operatório em neurocirurgia;
Tétano.
5. GASTROINTESTINAL
Hemorragia digestiva alta e baixa; Insuficiência hepática; Abdome agudo; Pancreatite aguda; Colecistite aguda; Compartimento
abdominal.
6. ENDÓCRINO E METABÓLICO
Coma hiperosmolar, hipoglicêmico e Cetocidose; Crise tireotóxica; Coma mixedematoso; Insuficiência suprarrenal aguda;
Rabdomiólise; Calorimetria; Diabetes insipidus; Síndrome de secreção inapropriada de ADH.
residência
7. RENAL
Insuficiência renal aguda; Métodos dialíticos; Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico.
8. PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
Avaliação do Risco Pré-Operatório; Indicação de cuidados intensivos; Circulação extracorpórea; Cirurgia no paciente oncológico;
Pós-operatório em transplantes; Abdome agudo clínico e cirúrgico; Sepse abdominal e as laparotomias programadas.
9. COAGULAÇÃO
Coagulação intravascular disseminada e fibrinólise; Cagulopatia de consumo; Trombólise e anticoagulação; Uso de hemoderivados
e substitutos do plasma.
10. POLITRAUMATISMO
Politrauma; TCE; Trauma raquimedular; Trauma de face/cervical; Trauma de tórax; Trauma de abdome; Trauma de extremidades;
Embolia gordurosa; Lesão Complexa de Extremidades; Síndrome Compartimental Abdominal; Síndrome Compartimental de
Extremidades.
12. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS E ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Protocolos; Os direitos do paciente; Drogas, vias, esquemas posológicos; Situações especiais para infusão contínua, indicações,
20. OSTETRÍCIA
Eclampsia; Doença hipertensiva na gravidez; Síndrome Hellp; Infecção pós-parto; sepse puerperal; Endomiotrites sépticas.
Legislação sanitária; Qualidade em MI; Indicadores hospitalares e de gestão; Comissões hospitalares de apoios; Gerenciamento de
Associado ao treinamento prático em UTI, os seguintes procedimentos devem ser conhecidos no que se refere a indicações, contra-
3. Entubação orotraqueal
4. Manejo do pneumotórax
B - Circulação
3. Pericardiocentese
4. Interpretação do ECG
5. Cardioversão elétrica
C O R P O D O CEN T E DA U T I
MÉDICOS ASSISTENTES:
Dr. Alexandre de Oliveira Ribeiro
Dr. Alexandre Toledo Maciel
Dr. André Apanavicius
Dr. André Hovnaniah
Dr. André Loureiro
Dr. Bruno Nunes Rodrigues
Dra. Carla Tanamati
Dr. Cesar Biselli
Dra. Daniela Bulhões Vieira Nunes
Dr. Eduardo Borges
Dr. Eduardo Casaroto
Dr. Eduardo Leite Vieira Costa
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Dr. Eduardo Lyra de Queiroz
Dr. Fabio Machado
Dr. Felipe Aires Duarte
Dra. Fernanda Maria de Queiroz Silva
Dr. Flavio Humberto
Dr. Gustavo A. Junqueira Amarante
Dra. Helena Cristina Mendes di Benedetto
Dra. Ivana Schimidtbauer
Dr. Ivens A. Oliveira
Dr. João Gabriel
Dr. José Paulo Ladeira
Dr. Laerte Pastore Júnior
Dr. Leandro Utino Taniguchi
Dra. Lessia Ilnicki
Dr. Luciano C. Pontes de Azevedo
Dr. Lucio Souza dos Santos
Dr. Marcelo Park
Dra. Mariana Dutra
Dra. Mariana Valim
Dr. Mauricio Henrique Claro dos Santos
Dr. Ozeas Galeno da Rocha Neto
medicina intensiva