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Universidade de Brasília - IPOL

Curso de Graduação em C. Política


Disciplina: Tópicos Especiais – Instituições Políticas
Período: 2012.1
Professor: André Borges

Ementa:

Instituições e neoinstitucionalismo na ciência política: o debate teórico neo-institucional;


política comparativa e o estudo das instituições. Sistemas de governo: presidencialismo,
parlamentarismo e semi-presidencialismo. Poder Executivo e burocracia: burocracia, carreiras
burocráticas e formação de gabinetes presidenciais. Partidos, sistemas partidários e sistema
eleitoral. Legislaturas: as interpretações, distributiva, partidária e informacional; interação entre
as arenas legislativa e eleitoral. Federalismo: democracia e federalismo, governo subnacional e
relações intergovernamentais.

Estrutura de tópico

1. Instituições, política comparativa e neo-institucionalismo na ciência política


1.1 – O Neo-institucionalismo na ciência política
1.3 – Política comparativa e o estudo das instituições

2. Sistemas de governo
2.1 – Presidencialismo, parlamentarismo e semi-presidencialismo
2.2 – Presidencialismo e democracia
2.3 – O debate sobre o presidencialismo brasileiro

3. Poder Executivo e burocracia


3.1 – Poder Executivo em diferentes sistemas de governo
3.2 – Burocracia e formação de gabinetes no presidencialismo
3.3 – Carreiras e nomeações burocráticas

4. Partidos e sistemas partidários


4.1 – Partidos políticos
4.2 – Sistemas eleitorais
4.3 – Sistemas partidários
4.4 – Voto, reforma política e sistema de partidos no Brasil

5. Legislaturas
5.1 – As interpretações distributiva, partidária e informacional
5.2 – Geografia do voto e bases eleitorais dos deputados brasileiros
5.3 – Conexão eleitoral e comportamento legislativo no Brasil

6. Federalismo e política subnacional


7.1 - Federalismo e democracia: questões conceituais
7.2 – Federalismo, governo subnacional e relações inter-governamentais
Metodologia

O conteúdo da disciplina será ministrado por meio de aulas expositivas e apresentação e debate
de textos em grupo. No início do curso, os alunos deverão se reunir em grupos de 3 a 4 pessoas.
Os grupos ficarão responsáveis pela apresentação dos seminários e pela preparação e
apresentação de ensaios de análise teórico-empírica.

Seminário

Os seminários ocorrerão em forma de debate sobre temas específicos, conforme indicado no


programa. Na aula anterior ao seminário, cada grupo deverá escolher um dos dois textos para
apresentar. No dia do seminário serão sorteados dois grupos para apresentação. Cada uma das
equipes terá um máximo de 25 minutos para exposição. Os demais grupos ficarão responsáveis
por debater os textos, apresentando seu posicionamento sobre questões divulgadas previamente
pelo professor.

Ensaios

Os ensaios deverão ser preparados na forma de um texto curto – recomenda-se observar o limite
de 3.000 palavras, ou seis páginas em documento Word, fonte Times New Roman 12, sem
espaços – que envolvam a aplicação do instrumental teórico e conceitual aprendido nas aulas à
análise de casos concretos. Esta atividade será obrigatória para todos os grupos. As equipes
terão duas aulas para preparação dos ensaios (sendo uma não-presencial). Na data da
apresentação serão sorteadas duas ou mais equipes para expor oralmente os seus respectivos
ensaios. A entrega da versão escrita deverá ocorrer duas semanas após a apresentação oral.

Avaliação

A avaliação incluirá uma prova individual. Na realização da prova o/a aluno/a deverá responder
obrigatoriamente uma questão versando sobre o tema de um dos ensaios, e pelo menos mais
uma questão, a ser escolhida dentre as apresentadas na avaliação. A prova corresponderá a50%
da avaliação final. Os ensaios terão peso de 20% cada um, totalizando 40%. Atividades de
apresentação oral dos grupos (definidas mediantes sorteio) também serão avaliadas, compondo
10% da nota final (seminários e ensaios). Os grupos que não demonstrarem preparo adequado
para a apresentação oral ou que por qualquer motivo não puderem apresentar os trabalhos, terão
desconto na nota.
Seguem abaixo os pesos de cada avaliação

Prova – 50%
Ensaios – 40%
Apresentação oral (seminários e ensaios) – 10%

Freqüência e prova de reposição

Cabe ressaltar que a disciplina é presencial e que o regimento da UnB exige freqüência
mínima de 75% para aprovação. Recomenda-se fortemente evitar faltar às avaliações, pois só
terão direito à avaliação de reposição os alunos que apresentarem justificativa formal (ex.
atestado médico, viagens a trabalho devidamente comprovadas). Situações não previstas pelo
regimento serão avaliadas caso a caso.
Acesso aos textos da disciplina

Os textos da disciplina serão disponibilizados na xerox do CAPOL (Instituto de Ciência


Política) e em formato digital, no Moodle. Para acesso ao Moodle, o aluno deverá se cadastrar
na plataforma http://aprender.unb.br . Para cadastro no curso, a senha é INTPOL2012. Os
textos de leitura obrigatória estão marcados com “*”. Textos disponíveis apenas na Xerox estão
marcados com “X”. Os demais textos são de leitura complementar. É importante ressaltar que é
de inteira responsabilidade do(a) aluno(a) manter-se informado sobre o cronograma do
curso, sobre as leituras da semana e atividades de avaliação.

Prazos de trabalhos

Os prazos estabelecidos em classe para entrega de trabalho deverão ser rigorosamente


observados. Trabalhos entregues com atraso terão desconto progressivo na nota. Salvo casos
excepcionais, trabalhos com mais de 10 dias de atraso não serão aceitos em nenhuma hipótese.

Bibliografia por tópicos:

Textos marcados com “*” – leitura obrigatória


Textos marcados “X” – disponível na Xerox.

Aula 1 – Apresentação da disciplina

Aulas 2 e 3 - Instituições, política comparativa e neo-institucionalismo na ciência política

2: 1.1 – Institucionalismo x comportamentalismo x pluralismo

Rocha, Carlos A. “Neoinstitucionalismo como modelo de análise para as políticas públicas”.


Civitas, vol. 5, n. 1, p. 11-28.

*Peres, Paulo. (2008). “Comportamento ou Instituições? A Evolução Histórica do Neo-


Institucionalismo da Ciência Política.” Revista Brasileira de Ciências Sociais, 23:68.(*)

3: 1.3 - Política comparativa e o estudo das instituições

*NOHLEN, Dieter. (2008). Conceptos y contexto. En torno al desarrollo de la comparación en


Ciencia Política. Working Paper 265 - Institut de Ciències Polítiques i Socials, Barcelona,
2008. Disponível em
http://ddd.uab.cat/pub/worpap/2008/hdl_2072_9157/WPICPS265.pdf

BORGES, André. (2007). “Desenvolvendo Argumentos Teóricos a Partir de Estudos de Caso: o


debate recente em torno da pesquisa histórico-comparativa”. Revista BIB n. 63: 47-62.

Sessões 4, 5, 6 e 7: Sistemas de governo

Aula 4:

2.1 – Presidencialismo, parlamentarismo e semi-presidencialismo


*X CINTRA, Antônio. “Presidencialismo e parlamentarismo: são importantes as instituições?”.
In: AVELAR, L. & CINTRA, A. O (eds). Sistema político brasileiro: uma introdução. Konrad
Adenauer Stiftung; Editora UNESP, 2007.

Amorim Neto, Octavio. (2006). “A reforma do sistema de governo: rumo ao parlamentarismo


ou ao semi-presidencialismo?”. In Reforma Política: Lições da História Recente,Gláucio Ary
Dillon Soares e Lucio Rennó, eds., FGV Editora.

Aula5:
2.2 - Presidencialismo e democracia

*Mainwaring, Scott, Shugart, Matthew. (1997). “Juan Linz, Presidentialism, and Democracy: A
Critical Appraisal”. Comparative Politics, Vol. 29, No. 4, pp. 449-471

Aula 6:

2.3 – O debate sobre o presidencialismo brasileiro

Seminários
*X Figueiredo, Argelina & Limongi, Fernando. (2006). “Poder de agenda na democracia
brasileira: desempenho do governo no presidencialismo de coalizão”. In: Soares, G. & Rennó,
L. Reforma Política: Lições da história recente. Rio de Janeiro: Editora FGV.

*X Ames, Barry. (2003). Os Entraves da Democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV.
(Capítulo 7: “A disciplina partidária na Câmara dos Deputados”).

Aulas 7 a 12: Poder Executivo e burocracia

Aula 7: Aula x – 3.1 -

*FIGUEIREDO, Argelina. (2004). “Resenha de Estudos sobre o Executivo”. Revista do Serviço


Público, ano 55 (1-2): 5-49.

MOE, Terry M. e MICHAEL Caldwell. “The Institutional Foundations of Democratic


Government: A Comparison of Presidential and Parliamentary Systems.” Journal of
Institutional and Theoretical Economics 150/1: 171-95, 1994.

Aula 8: Aula 3.2 – Burocracia e formação de gabinetes no presidencialismo

*X Geddes, B. (1994), Politician's Dilemma : Building State Capacity in Latin America,


Berkeley: University of California Press.. (Capítulo “The Political Uses of Bureaucracy”).

Aula 9: 3.3 - Carreiras e nomeações burocráticas


Pacheco, Regina. “Mudanças no perfil dos dirigentes públicos no Brasil e desenvolvimento de
competências de direção”. Trabalho apresentado ao VII Congreso Internacional del CLAD
sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Lisboa, Portugal, 8-11 Oct. 2002

*SANTOS, Luiz Alberto. “Burocracia profissional e livre nomeação para cargos de confiança
no Brasil e nos Estados Unidos”. Revista do Serviço Público, Brasília, n. 60, jan.-mar, 2009.

Aula 10 – Preparação para ensaio analítico I

Questão : 1 - Com base no texto de Geddes e nos dados empíricos de que dispomos, aponte as
principais diferenças/semelhanças entre as estratégias de nomeação de ministérios dos governos
Lula I e II e FHC I e II.

2 – Que fatores poderiam explicar as diferenças entre as estratégias de nomeação adotadas nos
governos acima citados? Sugere-se considerar questões relativas à natureza e tamanho das
coalizões governamentais, além de outros aspectos citados nos textos.

Texto de apoio
*X Neto, Octavio Amorim. “Algumas conseqüências políticas de Lula: Novos padrões de
formação e recrutamento ministerial, controle de agenda e produção legislativa”.

Aula 11 – Preparação de ensaio analítico (II) (não haverá aula presencial)

Aula 12 : Apresentação de ensaio analítico

Aulas 13 Partidos e Sistemas partidários

Aula 13: 4.1 – Partidos políticos

*KATZ, R. S. & MEYER, P. (1997). El partido cartel; La transformación de los modelos de


partidos y de La democracia de partidos. Traduzido de : “Changing Models of Party
Organization and Party Democracy. The Emergence of the Cartel Party”, Party Politics, Vol. 1,
No. 1, 5-28 (1995)

*X NUNES, E. (1997). A gramática política do Brasil : clientelismo e insulamento burocrático.


Rio de Janeiro; Brasília: J. Zahar Editor; Escola Nacional de Administração Pública. (Capítulo
4: Capitalismo, Partidos Políticos e Insulamento Burocrático no Regime Pós-45).

Aula 14: 4.2 – Sistema eleitoral e sistema partidário


*X NICOLAU, Jairo. “Sistemas majoritários”. In: Sistemas eleitorais. São Paulo: Editora FGV,
2004.

*X Nicolau Jairo. (2007).”O sistema eleitoral de lista aberta no Brasil”. IN: Instituições
Representativas no Brasil: Balanço e Reforma, Jairo Nicolau e Timothy Power. Belo Horizonte:
Editora UFMG.

Aula 15: 4.3 – Sistemas partidários e institucionalização


*MAINWARING, Scott e TORCAL, Mariano. (2005). “Teoria e institucionalização dos
sistemas partidários após a terceira onda de democratização”. Opinião Publica. 2005, vol.11,
n.2, pp. 249-286. x

Aula 16: Seminário debate


4.4 – Voto, reforma política e sistema partidário no Brasil
*X Desposato, Scott. (2007).”Reforma Política Brasileira: o que precisa ser consertado, o que
não precisa e o que fazer”. IN: Instituições Representativas no Brasil: Balanço e Reforma, Jairo
Nicolau e Timothy Power. Belo Horizonte: Editora UFMG.

*X Melo, Carlos Ranulfo. (2006). “Sistema partidário, presidencialismo e reforma política no


Brasil”. In: Soares, G. & Rennó, L. Reforma Política: Lições da história recente. Rio de
Janeiro: Editora FGV.

Aula 17: Preparação para ensaio analítico I


(Texto de preparação a definir).
Aula 18 : Preparação para ensaio analítico II (não haverá aula presencial)

Aula 19: Apresentação de ensaio

Aulas 20 a 24: Legislaturas, geografia do voto e carreiras políticas


Aula 20: 5.1 – As interpretações distributiva, partidária e informacional
*X CARVALHO, N. R. D. (2003). E no Início eram as Bases: geografia política do voto e
comportamento legislativo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan. (Capítulo I: Estudos Legislativos
nos EUA e Brasil e os distintos modelos teóricos: distributivo, informacional e partidário).*

Aula 21: Seminário

5.2 – Geografia do voto e bases eleitorais dos deputados brasileiros

*X CARVALHO, N. R. D. (2003). E no Início eram as Bases: geografia política do voto e


comportamento legislativo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan. (Capítulo III: A geografia do voto
I: Padrões de concentração e dominância dos deputados).*

Aula 22:
BORGES, André e PAULA, Carolina A. (2012). Eleições legislativas e geografia do voto em
contexto de preponderância do Executivo. Trabalho não publicado. Brasília, Outubro de 2012
*X CARVALHO, N. R. D. (2003). E no Início eram as Bases: geografia política do voto e
comportamento legislativo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan. (Capítulo V: Conexão Eleitoral e
Mandatos Legislativos).

Aula 23: Carreiras Políticas

SAMUELS, David. (2011). Ambicion Política, reclutamento de candidatos y política


legislativa em Brasil. POSTdata, 16. n.2.
Pegurier, F. (2012), "Political Careers and the Chamber of Deputies in Brazil," Revista Ibero-
Americana de Estudos Legislativos, n. 2.

Aulas 24 a 27: Federalismo

Aula 24: 6.1 - Federalismo e democracia: questões conceituais

*STEPAN, Alfred. Para uma nova análise comparativa do federalismo e da democracia:


federações que restringem ou ampliam o poder do Demos. Dados, Rio de Janeiro, v. 42, n. 2,
1999.

ARRETCHE, Marta. Federalismo e democracia no Brasil: a visão da ciência política norte-


americana. São Paulo em Perspectiva, v. 15, n.4, dez. 2001.

Aula 25: Federalismo, relações inter-governamentais e democratização

Textos a definir

Aula 26 : Federalismo e nacionalização partidária

Textos a definir.

Aula 27: Revisão

Aula 28 : Prova

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